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História Ele vai voltar. - Desistr ou não desisitr


Escrita por: Aoy

Notas do Autor


Olaaa meu povo lindo...

Mil desculpas por não ter postado o capítulo ontem, aconteceram alguns imprevistos e não foi possível posta-lo ontem..
Então sem mais delongas na sequencia um capítulo novinho pra vocês.

Aproveitem.

Capítulo 12 - Desistr ou não desisitr


Não podia ser verdade, não era ele ali, era tudo coisa da minha imaginação, por conta de tudo que aconteceu hoje, só pode.

-O que você está fazendo aqui? Faço cara feia.

-Eu posso entrar? Aquela simples frase sai de um jeito tão triste que fiquei em dúvida se deveria deixar ele entrar ou não. – Por favor?

 

“Okay, quem era aquele e onde raios enfiaram o Daiki que eu conheço/conhecia? ”

 

-Não sei se é uma boa ideia. Apoio-me na porta semiaberta.

-E provavelmente não é. Ele dá um passo em frente e eu continuo no lugar.

Depois daquele passo mais 2 vieram, os olhos deles tão fixos nos meus que era impossível desviar. E eu não queria desviar, por mais que minha cabeça dissesse que eu deveria manda-lo embora meu corpo queria ele perto. Não foi necessária nenhuma palavra, só o beijo que veio em seguida já dizia muita coisa.

Já dizia o quanto a gente sentia falta um do outro, o quanto ainda nos queríamos, o quanto a gente separado era muito errado naquela história toda, como se dissesse com aquele beijo, que eu não deveria desistir dele ainda, que havia uma explicação para tudo o que aconteceu, porém eu não queria ouvir nada agora. Agora eu só queria me saciar dele enquanto eu poder.

Segurei ele pela gola do moletom escuro e o trouxe para dentro, fechando a porta e me recostando nela, sem me separar dele, aquele beijo era urgente, como se desse para recuperar todos os que perdemos nesses 3 dias distantes, meus braços circularam o pescoço dele enquanto ele me puxava pelas coxas, rodeei sua cintura enquanto ele me prensava contra a porta.

Pressionei minhas unhas contra a nuca dele, puxando um pouco dos cabelos curtos dele, tentando de algum jeito ter ele mais perto, enquanto ele apertava minhas coxas e tentava chegar mais perto como eu queria, quase como se fosse se fundir comigo bem ali.

Nesse momento tudo estava no lugar certo de novo, tudo estava recuperando o sentido, eu e ele ali era certo, por que tudo estava me levando para tão longe dele? Eu não conseguia entender, só podia ser o destino tentando testar o quanto gostávamos um do outro, se a partir daquelas dificuldades ainda restaria amor para continuar em frente, e alguma coisa gritava dentro de mim que ainda havia sim amor, não só de mim mais dele também. É a única explicação lógica que eu consigo enxergar do porque ele está aqui. Só pode ser isso.

A urgência do beijo foi diminuindo, se tornando mais lento, carinhoso, tentando dizer com gestos o que o nosso orgulho impede de verbalizar, um “eu te amo tanto” tão bem camuflado em um simples beijo, que de simples não tinha nada.

O beijo foi encerrado com um selo demorado, logo depois ainda de olhos fechados encostamos nossas testas, e não consegui mais aguentar, aquilo tudo era muito para minha cabeça, no final não consegui impedir as lágrimas de surgirem ainda nos meus olhos fechados e o abracei com força. Aquela era a hora perfeita para eu conseguir algumas respostas.

-Por que? Não consegui mais segurar o choro depois disso.

Apoiei minha cabeça em seu ombro e ele me abraçou tão forte, querendo tirar tudo aquilo que me machucava, tudo aquilo que me deixava triste, para pegar só para si todos aqueles sentimentos ruins que me rondavam nos últimos dias. Antes dele começar a falar ele também fungou, mesmo que quase imperceptível.

-Muito tempo antes de você aparecer na minha vida.... Uma pausa, ele respira fundo. – Eu fiz uma escolha e as consequências dela estão aparecendo só agora, e ainda não sei como lidar com tudo, e eu.... Dessa vez um soluço escapa bem audível, ele respira fundo algumas vezes antes de continuar. – E eu não sabia que você ia aparecer nesse meio tempo. Eu não achei que iria gostar tanto de uma marrentinha que nem você. Ele solta um riso soprado no meu pescoço seguido de mais um soluço.

Enquanto ele falava meu choro aumentava, e eu me agarrava cada vez mais a ele, mais eu tentava me controlar para pelo menos conseguir escutar o que ele tinha para dizer. Era a primeira vez desde que ele havia mudado que ele estava sendo sincero, esse era o Daiki que eu descobri que existia por trás daquela marra toda, do orgulho, da grosseria, de tudo que ele demonstrava ser para as outras pessoas, mas que aos poucos consegui descobrir que era bem diferente.

Talvez eu devesse gritar com ele, falar mais algumas verdades que ele merecia ouvir. Eu não sabia o quanto do que ele falava era verdade, mas se fosse mentira ele não estaria chorando também, isso parece doer muito mais nele do que em mim, e não parece justo crucifica-lo sem pelo menos saber porque.

-E hoje quando eu te vi no mercado com o irmão do Wakamatsu, meu sangue ferveu de um jeito que... eu te juro que tem um motivo para a Asami não desgrudar de mim, e quando ela percebeu que eu estava com, caramba, eu estava morrendo de ciúmes de você, e só foi tirar o olho dela por um segundo que ela sumiu e quando a achei você já estava em cima dela. Ele falava rápido, pois a cada palavra a voz de choro dele aumentava, e o abraço dele ficava mais apertado. -E você soube muito bem atacar onde mais doe em mim, no meu orgulho como homem. Solta baixinho essa última parte.

-Desculpa. Finalmente consegui dizer alguma coisa.

-Eu bem que mereci. Ele ri.

-Talvez. Já havia conseguido parar de chorar, mais as fungadas ainda eram insistentes. Não sei dizer quanto tempo ficamos em silêncio só aproveitando a presença um do outro, nós dois sabíamos que não iria durar muito.

-Eu tenho que ir, minha mãe não pode desconfiar que estou aqui. Não desiste de mim ainda não, ta bom? Ele afrouxa o abraço e me deixa pôr os pés no chão. – Eu já te disse muita coisa do que não devia ainda te dizer, então por hoje é só isso. Ele acaricia meu rosto com a ponta do nariz segurando meu rosto com as duas mãos.

Ele me afasta da porta e logo em seguida a abre, mas ainda sem me soltar, ele fica para fora enquanto me mantém ainda dentro do apartamento. Roça seus lábios nos meus algumas vezes antes de dar vários selinhos seguidos.

-Só mais uma coisa. Eu abro os olhos quando ele volta a falar.

-O que? Encaro aqueles orbes azuis tão lindos, ainda mais quando brilham do jeito que estão brilhando agora. Ganho mais um selinho.

-Eu te amo. Ele diz com a boca bem próxima a minha e olhando tão fundo nos meus olhos que não parece que ele está falando com meu eu consciente mais sim com algo que está mais fundo, minha alma.

Eu não sabia o que responder. Sabe quando sua cabeça fica em branco quando te falam esse tipo de coisa? Então, era bem assim que a minha estava nesse momento. Eu não sabia o que falar nem o que fazer, eu só o encarei enquanto meus olhos voltavam a se encher de lágrimas mais uma vez.

Depois daquilo ele me deu um último selo demorado na testa, soltou meu rosto, e começou a se afastar, a cada passo que ele dava para longe era como se ele levasse um pedaço de mim com ele para nunca mais trazer de volta, e eu queria todos os meus pedaços bem pertinho de mim, e ele era o mais importante, ele era o meu coração, não podia deixar ele ir embora assim.

Corro atrás dele que já estava dentro do elevador, as portas iam se fechar logo, corro o máximo que posso e consigo passar pelas portas antes que elas se fechassem, me jogo nos braços dele mais uma vez, para mais um beijo digno de novela. Se não era para mim desistir ainda, eu ia continuar lutando. Ele saiu do elevador naquela noite no hall de entrada, com um sorriso bobo no rosto, o sorriso que eu sempre ganhava quando eu chegava na casa dele, pelo menos não me sentia mais como se estivessem levando embora para sempre meu coração, dessa vez pelo menos eu tinha alguma esperança de que eu iria tê-lo de volta.

Volto para meu apartamento um pouco mais leve, mas ainda preocupada.

 

“Que escolha do passado era essa que estava ferrando com tudo logo agora? ”

 

Entro e tranco a porta, ando até meu quarto deitando automaticamente na cama, encarro o teto revivendo mentalmente tudo que aconteceu desde que abri a porta, eu sentia tudo como se ele ainda estivesse ali, e aquele perfume bom dele que sempre grudava na minha roupa quando eu o abraçava, estava ali de volta, tendo ainda mais certeza de que foi real, que não foi a porcaria de um sonho, ele esteve mesmo ali, e ainda por cima disse que me amava. Ouvir aquilo foi como estar nas nuvens.

Depois de repetir centenas de vezes, me levanto e troco de roupa, coloco o pijama e me ajeito na cama, aquela noite ia ser muito boa, principalmente pela boba apaixonada que eu era, estar ainda mais apaixonada. Pelo menos agora eu acho que sabia que aquele comportamento indiferente que ele começou a apresentar tinha “porquês” escondidos por trás, e eu sinceramente esperava que ele conseguisse resolve-los logo.

 

“Mas como tudo na minha vida eles não vão se resolver logo e nem de forma rápida e fácil. ”


Notas Finais


Então é isso, espero que tenham gostado.

Inté o próximo.


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