1. Spirit Fanfics >
  2. Ele vai voltar. >
  3. Um pouquinho de felicidade em meio a tempestade

História Ele vai voltar. - Um pouquinho de felicidade em meio a tempestade


Escrita por: Aoy

Notas do Autor


Olaaa galerinha linda!!! Como estão?

Então estou aqui pois minha consciência ficou pesada por não ter conseguido postar mais um capítulo no outro dia como eu disse que ia tentar fazer mas que acabou não dando certo.
Vou postar ele hoje para vocês e se tudo der certo a partir da semana que vem as postagens dos novos capítulo vai voltar ao normal.

Pois bem, vamos ao que interessa.

Aproveitem o novo capítulo.

Capítulo 15 - Um pouquinho de felicidade em meio a tempestade


Dormir aquela noite foi impossível, pois a cada 10 minutos que se passavam naquela madrugada, uns 8 eu passava chorando. Não consegui retornar para o vovô aquela noite, se eu estava destruída imagina ele, que esteve com ela tantos anos, nos momentos bons e ruins e do nada ver quem você mais ama morrer na sua frente sem conseguir fazer nada, deve ser a pior sensação do mundo.

Já se passavam das 5 da manhã quando consegui cochilar um pouco, cochilo que durou menos de 1 hora, logo já era hora de se arrumar para ir para a escola. Taiga tentou me impedir é claro, mas acabei o convencendo que era melhor do que ficar em casa chorando.

Renji se ofereceu para me levar para a escola, tentei recusar, não seria legal chegar com outro cara ainda mais com as olheiras e a cara de tristeza que eu estava. Também tinha o fato de ter aceitado, mesmo que sem palavra nenhuma, não desistir do Daiki, que se me ver chegando com ele vai pensar coisas erradas e não estou nem um pouco afim de mais um barraco como o do mercado. Por fim consegui convence-lo a não me levar.

Façanha que não se repetiu com o Taiga, ele sabia o quanto eu amava a minha avó, já que fora praticamente ela que me criou enquanto meus pais viajavam a trabalho em todo canto do mundo. Ele fez questão de ir até o portão da escola comigo, correndo o risco de chegar atrasado na sua própria aula.

-Você vai mesmo ficar bem? Ele apoia as mãos nos meus ombros me encarando.

-Tenho, pelo menos aqui vou ter que me obrigar a me concentrar em outra coisa que não seja ela, aí quem sabe eu consiga parar de chorar um pouco. Enquanto falava foi impossível evitar que uma lagrima caísse, me recompus no mesmo segundo. – Eu vou ficar bem, qualquer coisa eu te ligo, Okay?

-Está bem, me liga mesmo. Ele beija a minha testa. – Vou indo, acho que consigo chegar só uns 10min atrasa se eu for agora. Até a noite. Acena para mim de longe.

Passo pelos portões a passos lentos e cabisbaixa, vejo alguém vir em minha direção pelo canto dos olhos, mas não me importo com quem seja ou o que quer, e quando chega perto o suficiente me abraça.

-O Tai-chan me disse o que aconteceu e pediu para mim cuidar de você hoje. Satsuki diz quando desfaz o abraço e me dá um sorriso. Sorri de volta.

-Obrigado. Digo baixo, querendo ou não estava contente por ter pessoas que se preocupam comigo.

-Vamos para a sala, a aula já vai começar. Ela passa seu braço pelo meu e me puxa para a sala de aula, tagarelando alguma coisa sobre as semanas de provas que estavam por vir.

As duas primeiras aulas foram de inglês, entediantes já que era minha língua mãe e eu sempre tirava 10, motivo que me fizeram pensar na vovó o tempo todo, rabiscando coisas aleatórias nos cantos das folhas do meu caderno e tentando evitar o choro. Em algum momento olhei na direção das enormes janelas da sala, uma tempestade se armava do lado de fora.

 

“Chuva.... Ótimo para combinar com o meu dia.... ”

 

Sorrio fraco diante do pensamento e antes de voltar meu olhar para o caderno encontro com duas orbes azuis me encarando. Ele me olhava aparentemente preocupado.

 

“A Satsuki deve ter contado para ele.... E ele, além do Taiga, sabem o quanto ela era importante para mim... ”

 

Dou um sorriso fraco de canto para ele e volto a atenção aos meus rabiscos. Não voltei a desviar os olhos dos cadernos até o intervalo. Sai praticamente correndo da sala, queria ficar sozinha. Andei entre o mar de alunos que saiam das outras salas, fugindo de uma rosada que já gritava meu nome as minhas costas, não dei ouvidos e segui para o terraço sem ela, de qualquer forma ela me encontraria aqui, mas pelo menos teria alguns minutos de sossego até que ela chegasse.

 

“Dito e feito… ”

 

Pensei comigo quando ouvi a porta do terraço abrir, os paços pararam assim que a porta se fechou com força.

 

“Ela deve estar me procurando... ”

 

-Aqui Satsuki. Ergo a mão de trás da claraboia aonde eu estava sentada encolhida, com as pernas encolhidas junto ao peito.

Os paços vêm em minha direção calmamente, abaixo minha cabeça a apoiando nos joelhos, abraço eles e fico ali encolhida. Assim que os passos param na minha frente e um vento forte sopra sobre nós, sinto um perfume forte, mas não era de mulher, não mesmo, era de homem, um homem e um perfume que eu conhecia bem. Meu coração começou a bater forte e algumas lagrimas começam a crescer em meus olhos.

-Como você está?

-Como você acha Aomine? Não consigo controlar a grosseria e a acidez na voz.

-Desculpa... Ele se abaixa na minha frente e me puxa em direção ao seu corpo. Com o abraço apertado e a saudade que eu tinha dele junto com a perda recente caio no choro novamente. – Você vai ficar bem, você é mais forte do que pensa.

Com aquelas palavras a represa que, até a pouco, estava conseguido me controlar e segurar as lagrimas se rompe, começo a chorar como nunca antes havia feito na frente de ninguém.

Chorei por tudo que eu tinha direito, por ter perdido duas pessoas que amava muito em menos de um mês, pela saudade de casa, por todas as vezes que eu podia ter ido visitar meus avós mas preferi ficar por aqui com meus amigos e agora eu sentia muita culpa por isso, pelas vezes que fui uma idiota e ciumenta com o Daiki, pela culpa de não ver o que estava acontecendo antes do nosso relacionamento acabar, pelas provas finais que estavam chegando e que seria as últimas até a faculdade, ter que começar a vida “adulta”, toda aquela pressão de final de adolescência. Ou seja, naquela hora chorei por tudo aquilo que eu não tinha certeza, por tudo aquilo que eu me arrependia, e por tudo aquilo que eu perdi em um piscar de olhos sem que eu pudesse ter feito nada.

O sinal do fim do intervalo toca, mas eu ainda não conseguia parar de chorar, o Daiki permaneceu ali comigo o tempo todo, acariciando meus cabelos e sem afrouxar o abraço, me dando a segurança de eu poderia pôr tudo para fora naquele momento e que ele ficaria ali até que acabasse.

Quando finalmente consegui parar de chorar, a chuva começava a dar o ar da graça em pequenos pingos d’agua caindo aleatoriamente pelo terraço.

-Você quer voltar para aula? Ele afasta o rosto para olhar nos meus olhos e nego com a cabeça. – Levanta, vamos sair daqui antes que chova.

-E para onde nós vamos? Se ficarmos pela escola e formos pegos matando aula além de advertência vamos ser obrigados a voltar para a sala. Digo preocupada com a possibilidade de ter que voltar para a sala e encarrar meus colegas com essa cara de choro ainda mais como o Daiki entrando junto comigo.

-Quer ir para a minha casa? Ele me encarra.

-Qualquer lugar é melhor que a escola ou meu apartamento agora. Digo baixo.

Nos levantamos e saímos do terraço, descemos as escadas em silencio, não queríamos ser pegos pelo monitor dos corredores, e depois de desviarmos dele umas quantas vezes conseguimos sair pelos fundos da escola, Daiki ainda mandou uma mensagem para a Satsuki avisando que não voltaríamos para o resto das aulas e  onde nós estávamos indo e que era para ela levar nossas coisas para casa assim que a aula terminasse.

Faltando umas 2 quadras para chegarmos finalmente a casa dele uma chuva torrencial começou a cair, quando alcançamos à varanda da casa dele riamos que nem duas crianças que tinham recebido a permissão da mãe para brincar na chuva, ainda mais depois que o Daiki quase caiu de cara no chão quando escorregou em uma das poças da rua.

Mas assim que entramos na casa não consegui manter a alegria de uns minutos atrás, tantas lembranças, e ao entrar ali tudo o que estava acontecendo comigo voltou num piscar de olhos.

-Vem atrás de mim até o meu quarto, assim dá um rastro só e não molha tanto a casa. Fiz o que ele pediu e o segui escada acima.

O caminho até o quarto dele foi bem rápido e fomos direto para o banheiro, ele logo começou a tirar a roupa molhada ficando só com a box preta, na mesma hora desviei o olhar e fiquei de costas para ele.

-Pode tomar banho primeiro, vou ir buscar uma roupa seca para você. Diz e sai às pressas.

Demoro alguns segundos até que começo a me despir, fiquei mais aliviada de poder tirar aquela roupa molhada de mim, não estava nem um pouco a fim de pegar um resfriado logo agora, mas quando eu ia tirar a última peça de roupa, minha calcinha, ele volta e abre a porta sem bater, me fazendo parar imediatamente o que ia fazer e cubro os seios com os braços. Ele fica encarando de cima a baixo.

-Daiki? Chamo tentando fazer ele se tocar do que estava fazendo. Ele ainda estava só de cueca.

-Errr... Eu vou deixar isso aqui.... Coloca as roupas e uma toalha limpa em cima da pia... – Foi sem querer eu.... Ele me dá mais uma olhada de cima abaixo.

-Daiki... Tento fazer ele parar de falar.

 

 

“Eu faço isso ou não faço? O máximo de ruim que pode acontecer é uma negação, não é? ”

 

 

-Eu não queira ver nada.... Eu só vim trazer a roupa e esqueci de bater.... E... E... Ele coça a nuca ficando vermelho.

-Daiki!!! Chamo mais firmeza a atenção dele.

- Que? Ele me olha nervoso.

 

 

“Que se foda, vou sim e se eu ganhar um não.... É só um não... ”

 

 

-Toma banho comigo? Fico menos vermelha do que achei que iria, e estendo uma das mãos para ele, enquanto a outra continua cobrindo meus seios.

Ele me encara um tempo, mas acaba segurando minha mão, era um sim, seguro firme na sua mão, agora que ele aceitou não o deixaria se arrepender no meio do caminho, me aproximo e dou um beijo no seu peito, vejo ele se arrepiar e rio, ergo o olhar para ele e ele se inclina para me beijar, mas só ganhei um selinho e um lindo sorriso logo depois.

Nos afastamos e ele foi ligar o chuveiro, enquanto isso tiro a calcinha.

-Isso não está muito quente, não é?

-Não, por que?

-Olha o vapor que essa água está fazendo, isso deve estar pelando de quente.

-Está nada... Ele coloca a mão na água. – Aiiii.... Okay está sim.

-Eu avisei.... Rio dele enquanto ele diminui a temperatura. Coloco a mão de baixo d’agua depois que ele sai do box e eu entro. – Agora sim dá para tomar banho.... Observo com o canto do olho ele retirar a box e é impossível não dar uma avaliada na parte que o faz homem, não consigo evitar a vermelhidão que surgiu nas minhas bochechas e encaro os azulejos a minha frente.

Começo a molhar meu cabelo, nesse meio tempo ele entra no box e fecha a porta, finjo não ligar, mas meu coração para nesse momento. Recebo um abraço por trás e cabo me virando para ficar de frente para ele, passo meus braços pelo seu pescoço, nossos olhares conectados, roçamos de leve os lábios, e antes mesmo de conseguir fechar os olhos já estamos nos beijando como se não houvesse amanhã.


Notas Finais


E é isso ai!!!

Minha consciência esta mais leve agora kkkkk
Espero que tenham gostado e se não gostaram paciência pq nem Deus agrada todo mundo.....
Enfim.... Digam o que acham se quiserem, isso ajuda muito e também serve como base pra mim poder melhorar cada vez mais. :D

Inté o próximo capítulo.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...