Naquela mesma noite depois de ter subido para o meu apartamento liguei para o vovô, para saber como ele estava, conversamos um pouco sobre isso e também sobre a semana de provas que estavam chegando, ele queria saber quando eu voltaria para os E.U.A, mas eu ainda não sabia, tinha que ver primeiro qual ia ser o meu resultado nas provas finais.
O resto da semana foi extremamente chato, aulas mais tediosas que o normal e com atividades além do necessário, só por que na semana seguinte seria as provas finais e depois disso adeus ensino médio e olá faculdade. Apesar de tudo tiveram alguns momentos bons também, que eram os momentos em que eu me encontrava escondido com o Daiki, com a ajuda da Satsuki é claro, sem ela teríamos sido pegos pela Bitch-chan, e isso não seria nada bom. E quanto a ignora-lo na frente dos outros foi mais fácil do que eu pensava, como havia dito antes a preguiça dele sempre me irritou, então me apeguei a esse motivo para evitar dar olhares na direção dele durante a aula.
Quando chegou o final de semana o céu decidiu desabar em chuva, me fazendo ficar em casa o tempo inteiro. Em casa modo de dizer, pois passei a maior parte no apartamento do Taiga, junto com o Renji que estava de folga, depois de uns minutos de conversa fui atualizada sobre a situação da relação deles dois. Parece que o Renji havia visitado o Taiga na quinta-feira e terminado o que eu interrompi na terça-feira no meu apartamento, tentei arrancar alguns detalhes dos dois, mas não consegui nada, mas eu sabia que o Taiga só não estava falando por que o Renji estava junto, então quando eu estivesse sozinha com ele eu saberia de tudo.
Consegui trocar algumas mensagens com o Daiki, apenas o suficiente para saber como ele estava, mas parece que a mãe dele andava desconfiada então não podíamos ficar muito de conversa. No geral o final de semana foi chato e tedioso, queria ter estuda um pouco para as provas, mas a minha consciência dizia que estudando ou não eu provavelmente pegaria exame.
E quando a segunda-feira finalmente chegou eu estava com os nervos à flor da pele.
“Eu devia ter estudado, eu vou reprovar, to vendo tudo, adeus férias com o vovô. ”
Analisei minhas chances de me dar bem nas provas e todas foram descartadas com sucesso, mesmo sabendo que me daria mal entrei na sala exalando confiança e determinação.
“Vai que assim meu anjinho da guarda se compadece de mim e resolve me ajudar. ”
Assim que recebi a primeira prova, das duas que teríamos naquele dia, em mãos, sabia que nem céu e nem inferno poderiam me ajudar.
“Física não é de Deus. ”
Bufo e começo a ler as questões, leio todas, as encaro por muito tempo, adivinha quem não sabe resolver nenhuma delas? Exatamente, euzinha aqui, fiz cara de choro para a prova, e recomecei a ler as questões, a fazer contas totalmente sem sentido nenhum, tentando chegar em uma resposta que combinasse com as alternativas e claro que nenhuma chegou nem perto das alternativas, então comecei a chutar a resposta que talvez fizesse mais sentido, vai que dava certo.
No final da prova eu sabia que tinha me fodido legal, ia ficar de exame e provavelmente rodar. Deitei sobre a carteira cobrindo minha cabeça com os braços, eu queria morrer naquele exato segundo e também desejava que física nunca tivesse sido inventada.
No meio dos chingões direcionados aos criadores da física e a mim mesma por não conseguir entender nada daquilo, sinto que alguém estava me olhando, ergo a cabeça e olho para meu lado esquerdo, onde o Daiki estava sentado.
-E aí como foi a prova? Eu sabia qual seria a resposta.
“É claro que ele foi bem já que era a terceira coisa em que ele era realmente muito bom. A primeira é o basquete, a segunda é o sexo (apesar deter feito só uma vez na vida e com ele, mas para mim foi ótimo) e a terceira são os números. ”
-De boas e você? Ele dá de ombros.
-Acho que vou ser colega de classe do Wakamatsu mais um ano. Debocho dele enquanto passava no meio de nossas carteiras em direção a saída da sala. Ele me olhou com raiva.
-Está me chamando de burro? Ele ergue um pouco o tom de voz.
-Você é mais burro que eu pelo menos em física, então eu não duvido nada que vamos nos ver ano que vem nessa sala de novo. Mostro a língua para ele.
Ele bufa, mas depois acaba rindo fraco, ele sabia que eu tinha razão, mas ao contrário de mim ele ainda tinha alguma esperança de ter passado raspando.
-Vou comer alguma coisa para aliviar o estresse que essa prova me deu, até mais gente.
-Até. Digo de volta e o Daiki apenas acena com a cabeça.
-Podia ter me pedido ajuda. Ouço o moreno me direcionar a palavra.
-E como faríamos isso? Eu não posso nem te olhar direito, quem dera estudar com você, e também não sei o quanto eu ia conseguir estudar. Digo a última parte baixinho só para ele escutar.
-Nisso eu tenho que concordar. Logo depois da resposta dele o sinal do fim do intervalo tocou novamente. – Agora é a prova de matemática.
-Que? Olho indignada para ele. – Está de sacanagem comigo. Digo olhando para o teto da sala. Finjo um chorinho.
-Boa sorte. Ele diz assim que o professor entra na sala já pedindo silêncio.
Eu não devolvi o boa sorte, já que aquele desgraçado ia se dar muito bem nessa prova também, o olhei com uma certa raiva, como se o xingasse apenas com os olhos, ele entendeu o que eu quis dizer e apenas sorrio, olhando para a frente e prestando atenção no professor, por fim ri de canto e balancei a cabeça, me preparando mentalmente para mais uma tortura.
Como o esperado não sabia resolver nada daquela prova também, usei a mesma tática que havia utilizado para responder as questões de física, daquele jeito alguma coisa eu iria acertar, eu acho.
Após entregar a segunda prova sinto alguém me cutucar do lado direito.
-Como foi a prova? Satsuki me pergunta.
-Miga... Pausa dramática. – Já to pensando qual vai ser o tema dos meus cadernos para o ano que vem e rezando para o Wakamatsu estar comigo nessa. A garota ri.
-Ei quem disse que eu vou rodar? Ele se intromete na conversa.
-Eu to dizendo, se eu rodar em alguma dessas matérias você vai também.
-Veremos, acho que eu fui melhor do que você dessa vez.
-Nehh Satsuki.... Quanto será que eu vou ter que desembolsar para rodar o Wakamatsu e ele estudar comigo ano que vem? Digo pensativa olhando para a minha amiga que ri mais ainda com a cara de incredulidade que ele faz.
-Você não faria isso... Ele tenta me desafiar.
-Então reza para mim passar direto por essas matérias. Dou um olhar determinado para ele. Ele sacode a cabeça rindo, apesar de tudo era óbvio que aquilo era uma brincadeira.
-Vejo vocês amanhã. Diz ele se levantando e indo embora.
-Xauu. Eu e Satsuki dizemos juntas balançando um pouco a mão.
-E você, Dai-chan como foi nas provas de hoje?
-Sério que você ainda pergunta? Respondo por ele.
-Eu fui bem. Diz ele simples. Olho para ele e começo a sorrir esperançosa.
-Sabe, acabei de lembrar de uma coisa. Olho para ele e começo a sorrir esperançosa.
-O que? Os dois me perguntam juntos.
-Você só é bom mesmo em matemática e física, já nas outras matérias você é um lixo, acho que não vou ser a única reprovada, fico mais aliviada assim. Fico sorrindo para mim mesma, imaginando a gente ainda no ensino médio no ano que vem.
-Tire o cavalinho da chuva, a Satsuki anda sendo uma boa professora, acho que até tenho chances de passar direto.
-Vai sonhando, pelo menos em exame você fica. Solto uma gargalhada junto da rosada.
-Vocês duas vão ver, vou passar sem exames.
-Duvido. Olho desafiando ele.
-Quer apostar? Ele se inclina para a frente.
-Tem certeza, você sempre perde quando aposta comigo.
-Dessa vez não vou perder. Ele diz superconfiante.
-Okay senhor confiança, o que vamos apostar? Levando em conta a nossa situação atual.
-Não sei.
-Fazemos assim se o Dai-chan pegar exame ele paga uma rodada de sorvete para a gente e se você perder você paga. Ela aponta para mim na última frase.
-Quem vai pagar sorvete para quem?
“Estava demorando. ”
-Nada que seja da sua conta Bitch-chan. Digo grosseira.
-Vocês estão falando a um bom tempo com o MEU namorado, nada mais justo do que eu saber sobre o que estavam falando.
-Não é da sua conta. Fico feliz em ver o Daiki ser grosso com ela também.
-O que você disse?
-Além de vadia virou surda também. Encaro a Satsuki de boca aberta.
“É assim que se fala amiga. ”
A intrusa fica de boca aberta com a resposta malcriada que recebeu, enquanto minha amiga finge que ela nem está ali, e tecla no celular.
-Nehh Angie-chan, o Taiga quer saber se você vai acompanhar a gente no Maji Burger.
-A gente quem? Pergunto, ignorando também a pessoa indesejada que ainda estava ali.
-Vai eu, o Tets-kun, o Tai-chan, a Riko-chan e mais alguns meninos do time, quer ir?
-Pede se o Taiga vai pagar meu lanche, aí eu vou. Ela tecla rapidamente e logo vejo uma resposta chegar.
-Ele disse que mal tem grana para o dele hoje.
-Eu pago o seu então, acho que tenho dinheiro suficiente para os meus lanches e o seu, se não qualquer coisa eu pego menos aí da que chega. Daiki se pronuncia me encarando.
-Okay então. Levanto colocando minha mochila nas costas. – Ao Maji Burgeeerrr. Grito erguendo os braços sorrindo, não só por que vou ganhar um lanche de graça mais também pela cara que a Bitch-chan fez ao saber que é ele que vai pagar para mim.
-Você não vai a lugar nenhum com ela Aomine. Ela segura o braço dele com cara de ódio.
-Sim eu vou. Ele puxa o braço com força se livrando dela. – Você não manda em mim. Ele começa a andar até eu e a Satsuki que já estávamos na porta.
-Então eu vou junto. Ela dá um paço sendo impedida de continuar pelo Daiki.
-Não tenho como te impedir de ir, mas não pense que vai sentar com a gente e nem que vou pagar algo para você, quer ir vá por sua conta, pois ninguém aqui te convidou para ir junto.
Ele espera uma resposta que não veio, então volta a andar e saímos do prédio onde ficava nossa sala, somente nós três, a Bitch-chan no final das contas não quis ir junto.
-Aquilo que você disse foi cruel Dai-chan. A Satsuki comento rindo.
-Tadinha da menina, ela só queria aproveitar um tempinho com o noive dela. Brinco com ele.
-Minha noiva o caramba, quero mais é que ela se exploda.
-Você é mesmo cruel Daiki. Concordo com a Satsuki.
O caminho até a lanchonete foi tranquilo, cheio de risadas e provocações ao moreno sobre as matérias que ele pegaria exame. Quando chegamos no Maji Burger reparo que praticamente todos do time do Taiga vieram, ocupando quase todo o espaço da lanchonete, por sorte o Taiga e o Kuroko já tinham guardado nossos lugares. Na hora de sentar acebei ficando no meio do Taiga e do Daiki de um lado da mesa, enquanto a Satsuki e o Kuroko ocupavam o outro.
Fizemos nossos pedidos e enquanto aguardávamos conversávamos sobre várias coisas aleatórias, assim como na minha escola na do Taiga também estavam acontecendo as provas finais, então depois de contar sobre a aposta e incluir os dois jogadores da Seirin na rodada de sorve e na aposta, qualquer assunto relacionado as provas estava proibido, até por que havíamos ido até ali para esquecer daquilo.
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