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História Ele vai voltar. - Sogrinha querida


Escrita por: Aoy

Capítulo 20 - Sogrinha querida


A conversa fluía normalmente, com risadas altas até demais segundo a treinadora da Seirin, o papo estava muito bom, estava tudo indo muito bem, mas como alegria de pobre dura pouco, aquilo logo mudaria.

Somente alguns minutos depois recebermos os lanches a porta do estabelecimento se abre com força, sinto um arrepio na coluna e ergo o olhar para a porta, já que estava de frente para a saída. Para ali estava a mãe do Daiki com um olhar cheio de fúria, que se não estivesse em público, com toda a certeza de mundo, teria voado dali mesmo no meu pescoço e no do filho. Logo atrás dela estava a Bitch-chan, com um sorriso convencido e vencedor na cara, o que me fez entender completamente o que estava acontecendo.

 

 

“Aquela vadia foi correndo contar para a mãe dele o que ele estava fazendo e com quem. Está precisando de outra surra, só aquela do mercado não foi o suficiente para aprender a não mexer comigo. ”

 

 

Ela se aproximou a passos lentos, mas firmes, com a vadia no seu encalço, parou na nossa mesa, fazendo a conversa cessar e o silêncio reinar. Ela olhava de mim para o Daiki, provavelmente decidindo quem ela matava primeiro. Dei uma olhada para o moreno do meu lado, ele estava mais paralisado do que eu, tanto que esqueceu de terminar de mastigar o pedaço de hambúrguer na boca. Ele encara a mãe assustado, e provavelmente ponderando as consequências por ela estar ali.

-Aomine o que você está fazendo aqui? Ela pergunta com uma falsa calma. Vejo ele respirar fundo tomando coragem para responder e provavelmente escolhendo as palavras corretas para dizer.

-Comendo um lanche. Diz frio mudando a expressão de surpresa e até medo para assustador e destemido.

-E com qual autorização? Ela estava tentando manter o controle.

-Com a sua é que não foi. No mesmo segundo só é possível escutar o tapa que a mulher deu no filho, que chegou a fazê-lo virar o rosto para o lado, que ficou de frente para o meu que o encarava enquanto ele dava as respostas a mãe. – Me desculpe por isso, não achei que ela fosse correndo para a minha mãe. Ele diz baixinho tentando fazer só eu escutar.

Nessa hora o lugar inteiro prestava atenção na cena, era impossível não olhar, todo e qualquer Aomine tinha uma presença muito forte e chamava a atenção aonde quer que fosse, e é claro que com a Sra. Aomine não seria diferente. A calma e a ira que aquela mulher exalava ao mesmo tempo assustaria qualquer um.

-E bem que ela fez em correr para mim, assim posso acabar com essa palhaçada de uma vez por todas. Achei que tinha sido bem clara quando eu disse que não queria você perto dessa menina de novo. A mulher faz cara de nojo quando olha para mim. -Vamos embora.

Daiki fica em silêncio. Ele me olhava tentando decidir se enfrentava a mãe e acabava correndo o risco de eu ser deportada ou ficava quieto fazendo as vontades da mãe e me deixando fora de risco. E com aquele olhar triste dele, que fez meu peito doer, decido por ele.

-Ele não vai sair daqui ele ainda não terminou de comer e nem terminou a conversa que estávamos tendo antes da senhora nos interromper. Olho decidida para ela e aperto com força a coxa do moreno por baixo da mesa, tentando dizer que eu estava do lado dele e que eu queria que fosse desse jeito.

-Eu sou a mãe dele e como ele ainda é dependente de mim eu ainda decido por ele. Ela se descontrola ao ver que decidi desafiar sua autoridade.

-Olha, eu sei que a senhora o ameaçou para que se afastasse de mim e fazê-lo se casar com a Bitch-chan. Aponto com desdém para a vadia atrás dela. – Mas eu sei que nem você e nem seu marido possuem poder suficientes para cumprir o que dizem, e se decidir continuar com essa “palhaçada” que é a ameaça que a senhora fez a ele, vou ser obrigada a tomar providencias desagradáveis. Levanto-me, apoio as mãos na mesa me inclinando um pouco para a frente ficando cara a cara com a mãe dele, tentando parecer a mais séria e perigosa possível. – A senhora muito se engana quando pensa que não tenho nada para oferecer ao seu filho, minha família estará disposta a lutar comigo quando eu precisar e quando eles entram numa batalha não é para perder.

Volto a me sentar, acho que a cara que eu fiz foi convincente o suficiente, pois a Sra. Aomine respira fundo me encarando algumas vezes e deixa a raiva tomar conta do seu rosto, ela se vira e sai andando com a vadia indignada para fora do estabelecimento.

-O que foi tudo isso? Você não estava nem falando para mim e eu fiquei com medo de você Angie. Satsuki diz quebrando o silêncio e o clima pesado do ambiente.

-Foi mal, mas eu não estou brincando quanto a minha família. Eu não vou ser deportada tão cedo.

-Você nunca me contou o que sua família faz. Depois de todo aquele tempo o moreno entra na conversa.

-Você nunca perguntou e eu também não gosto muito de ficar falando sobre eles. Torço o nariz me lembrando do por que não gosto de falar deles.

-Agora eu quero saber o que eles fazem. A rosada pergunta toda anima.

-A família dela não é nem um pouco fácil.

-Você sabe bem né Taiga. Rio da cara que ele faz enquanto comenta.

-Agora eu fiquei curiosa também. O que eles fazem Angie?

-Bem.... Penso por onde devo começar. – Meu avô é ex coronel da marinha, serviu desde o alistamento até a aposentadoria, meu pai seguiu os passos dele e hoje também é coronel, só que ainda vai demorar para ele se aposentar. Tomo um gole de refri antes de continuar para observar as expressões dos meus amigos a primeira informação.

 

 

“Surpresos, como eu imaginava. ”

 

 

-O Taiga fez a mesma cara quando descobriu. Dou uma risadinha.

-Não foi nem um pouco fácil encarar seu avô com aquela cara de mau que ele tem. Só de lembrar, me dá calafrios.

-Mas você conquistou o velhote e agora você é que nem um filho para ele, faz parte da família.

-Ainda bem.

-Você não tem cara que foi criada por militares. Kuroko comenta.

-Você é bocuda e desobediente demais. Satsuki comenta.

-Pois é, mas meu avós quando me criaram não usaram do militarismo comigo, foi como em uma família qualquer, com amor e carinho, enfim....Continuando tem o irmão mais velho do meu pai, o tio Roger, que presta serviços para o governo, por baixo dos panos, o chamam quando precisam resolver coisas extraoficiais/assassino de aluguel do governo. Bebo mais um pouco rindo da boca aberta de todos eles, menos do Taiga já que ele conhece todo mundo.

-Sua família é tão maneira, por que nunca me contou sobre eles? Daiki fala indignado.

-Como eu já disse você nunca perguntou e eu não gosto e nem posso ficar falando sobre eles.

-Ainda bem que somos amigas Angie-chan. Satsuki me dirige a palavra meio cautelosa.

-Somos sim, não se preocupe. Sorrio para ela para acalma-la. – E quanto minha mãe e a parte dela da família eles são normaizinhos, ela é ambientalista, evive por aí salvando o mundo, e é filha única, os pais dela vivem bem também, resumindo pode-se dizer que a minha família é poderosa, conhecem bastante gente… importante. Por isso.... Viro o rosto para o Daiki. – Eu não me importei em enfrentar sua mãe e desafia-la, eu não vou a lugar nenhum, desculpa pelo o que eu vou dizer, mas os Aomine’s não são nada comparados aos Carter’s. Ela vai ter que virar Deus se quiser colocar um dedo se quer em mim. Mas chega de falar da minha família. Eles são muito sérios e não tem graça falar deles.

-Foi por isso que você não ficou nada preocupada quando eu te contei sobre minha mãe querer deportar você? Daiki pergunta indignado.

-Aham. Antes de entrar naquela sala de aula eu sabia tudo sobre todo mundo, pedi para meu tio puxar a ficha de todos que iriam estudar comigo antes do meu primeiro dia de aula na Too.

O moreno deixa o lanche cair no prato de cara com a revelação. Parecia frio e calculista, mas eu estava indo para um lugar que eu não fazia ideia de como era e nem que tipo de gente existia por lá, eu tinha que estar preparada para tudo.

-Você me chamou a atenção desde a primeira vez que eu te vi, na foto que meu tio conseguiu de você. Tento confortá-lo e ele cora com o comentário. – Não sabia que você podia corar desse jeito Aho. Todos nós da mesa rimos dele.

Depois disso comemos em silêncio, tudo parecia mais leve e que finalmente tudo estava voltando aos eixos. Senti-me mais leve ao contar sobre a minha família para eles, mesmo que não tivesse nada a esconder, e que se tivessem me perguntado antes eu teria respondido a mesma coisa.

Saímos do Maji Burger quando já era de noite, caminhamos juntos por alguns minutos, logo tivemos que nos separar. Daiki estava com medo de ir para casa naquela noite, mesmo não admitindo verbalmente, então o convidei para dormir lá em casa, que ele aceitou sem demora.

-Hoje tem. Satsuki me fala bem baixinho quando me abraça se despedindo, ela iria com o Kuroko para casa já que o amigo não iria.

-Você não presta garota. Bagunço um pouco os cabelos dela.

-Só agora você percebeu. Ela retruca sorrindo e se afastando como azulado.

-Então é isso, vamos indo gente boa que eu estou cansadas e preciso de um banho, urgente. Digo já puxando os dois que sobraram pelos braços os incentivando a andar mais rápido, logo me arrependo. – Não tão rápido, as pernas de vocês dois dão duas de mim quase, não consigo acompanhar desse jeito. Inflo as bochechas.

-Anda logo tampinha. Os dois falar em uníssono sem parar de andar.

-Ahh então é assim é. Coro atrás do Daiki pulando em suas costas. – Me leva nas costas então?

-Okay. Dou minha bolsa para o Taiga levar e o moreno faz o mesmo.

-Não sou mula de carga. Diz o ruivo emburrado.

-Por hoje é. Retruco ele e subo direito nas costas do Daiki.

O caminho até em casa seria divertido.


Notas Finais


É isso ai meus amores... até semana que vem....


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