-A gente podia marcar um mano a mano qualquer dia desses né Daiki? Preciso esfregar essa sua cara de bicho ruim no chão de novo. Taiga fala para o moreno quando paramos no semáforo esperando abrir para os pedestres.
-Aquela foi a única vez que você conseguiu vencer de mim e ainda foi com a ajuda do seu time, sozinho você não consegue Bakagami. Aomine debocha do ruivo.
-Esse final de semana então? Vou provar para você que eu consigo sim. Diz o ruivo com convicção.
-Tudo bem, esse final de semana então, na quadra do Maji Burguer. Prepare-se para perder.
-Quem perder paga as pizzas do jantar? Me intrometo na conversa, tentando uma boquinha grátis para o final de semana. Começo a atravessar a faixa.
-Você não sabe apostar algo que não seja comida? Pergunta o moreno.
-Não reclame Aho, você vai ganhar mesmo então não precisa se preocupar certo?
-Oeee quem disse que ele vai ganhar? O ruivo grita no meio da rua.
-Taiga.... Coloco uma mão no ombro dele quando chegamos do outro lado. – Nós dois sabemos que você não tem a menor chance no mano a mano, mas eu torço por você, para você não se sentir tão mal.
-Eu também posso torcer por você. Uma voz ao fundo entra na conversa, viro na sua direção.
-Renji. Acho que o Taiga vai amar ter você torcendo por ele. Falo empolgada.
-Eu não preciso de você. Taiga retruca com as bochechas vermelhas.
-Não precisa? Essa magoo... Diz Renji fazendo cara de triste.
-Está vendo, magoo ele, vai lá concertar agora. Fico atrás do Taiga e o empurro na direção do Renji, os dois se chocam e ficam cara a cara. – Vem Daiki, essa é nossa deixa. Puxo o moreno pela mão passando pelo dois indo para o portão do nosso prédio.
-O que eu perdi? Pergunta o moreno já dentro do elevador.
-Os dois estão meio que ficando, não sei direito, não consegui arrancar do Taiga muita coisa ainda.
-Nunca imaginei que o Taiga fosse gay. Diz e passa um braço pelos meus ombros.
-E ele não é.
A conversa se encerrou por aí. Quando entramos no apartamento, um certo moreno folgado já se jogou no sofá o ocupando por inteiro, largando os sapatos e a mochila em qualquer canto da sala. Pegou o controle na mesinha de centro e ligou a TV zapeando pelos canais atrás de alguma coisa para assistir.
Enquanto isso levei minhas coisas para o meu quarto e troquei de roupa colocando um short jeans e uma camisa larga preta. Voltei e fui para a cozinha, abri a geladeira e peguei uma garrafinha de água de lá, a abri e iria tomar no gargalo mesmo, até que escuto uns gemidos vindos da televisão.
Uma veia salta na minha testa e aperto um pouco a garrafa, respiro fundo e giro nos calcanhares, vejo o meu alvo e arremesso a garrafinha de água aberta sem pensar duas vezes.
-O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO BAKAYAROU HENTAI!!! SÓ POR QUE TEM CANAL PORNO NÃO SIGNIFICA QUE É PARA VOCÊ ASSISITR TODA VEZ QUE VEM AQUI EM CASA.
-Eii para que a garrafa d’água, eu só estava passando pelo canal. Ele levanta tirando a camisa de uniforme e vem na minha direção.
-SEI, SÓ PASSANDO PELO CANAL, CONTA OUTRA. Digo ainda irritada, mais constrangida do que irritada. – O que você quer?
-Vingança, acha mesmo que vai me molhar e ficar por isso? Para na minha frente e se abaixa para ficar na altura dos meus olhos.
“Se ele acha que vai ser fácil assim, pode tirar o cavalinho da chuva meu amor. ”
-ACHO. Bato o pé e coloco as mãos na cintura o encarando de volta.
-Mas é muito marrenta né! Diz com um sorrisinho de canto.
“Me ferrei. ”
-E VOCÊ MUITO CONVENCIDO SE ACHA QUE PO.... Não consegui acabar de falar pois ele juntou nossos lábios e me puxou de encontro a ele, me segurando com força pela cintura e pela nuca.
“Eu não vou retribuir, eu não vou.… ”
Ergui as mãos até seus cabelos os puxando com muita força, quase nos separando, mordi o lábio dele e o puxei também com a mesma força, não ia deixar ser tão fácil assim calar minha boca, apesar de no fundinho ter gostado muito daquilo.
-Quer se vingar? Então essa é a sua chance de fazer o seu melhor. Sussurro na orelha dele a mordendo em seguida, ele arrepia todo, fechando os olhos e afrouxando a pegada, dando assim a chance perfeita para eu fugir. – E acabou de perde-la.
Corro para o quarto e tento fechar a porta, mas uma mão grande e mais forte me impede, desisto da porta e pulo na cama ficando de pé próximo a cabeceira.
-Não sabia que você jogava sujo desse jeito. Ele começa a andar para a perto da cama.
-Ainda tem muita coisa que você não sabe sobre mim. Sorrio convencida.
-Então é bom você começar a me dizer. Ele sobe na cama e vem engatinhando até mim.
-E se eu não quiser te contar? Sento no colchão.
-Meninas más merecem ser castigadas. Ele fica cara a cara comigo.
-Eu não sou uma menina má senpai. Mordo o lábio.
Ele sorri e balança a cabeça, acho que ele não estava acreditando no que estava ouvindo de mim.
-Desde quando você é assim? Ele me segura por trás dos joelhos e puxa, me fazendo deitar na cama.
-Desde sempre amor. Seguro seu pescoço trazendo sua boca de encontro a minha.
Ele sorri e inicia um beijo ardente, se deita sobre mim comprimindo meu corpo contra a cama, o calor já começava a se fazer presente então ele sobe de vagar a barra da minha camisa.
-Humm Daiki, hoje não vai dar. Digo meio receosa.
-Por que? Me olha com aquele olhar de cachorro perdido.
-Eu.... Eu.... Eu to naqueles dias. Coro muito com a revelação.
-Agora faz sentido você estar me desafiando desse jeito. Ele se joga do meu lado na cama. – Quer fazer o que então?
-A gente podia assistir um filme.... Eu deixo você até escolher. Olho para ele e abraço seu tronco. – Ou se você quiser até assisto o jogo da NBA que deve estar passando agora.
-NBA? Sabe quem está jogando? Ele me encara.
-Acho que os Lakers contra os Spurs, algo do tipo pelo o que eu vi.
-Vai mesmo assistir comigo? Ele ergue uma sobrancelha.
-Com um pote de sorvete e calda sim, eu assisto com você.
-Me diz que eu não tenho que ir comprar... Ele choraminga.
-Para sua sorte não, o Taiga já fez esse sacrifício por você. Levanto da cama indo para a sala.
O moreno me segue e vai reto para a TV ligando no canal da NBA onde o jogo mal havia começado, ele senta numa das pontas e deixa o resto todo para mim, que depois de ligar o ar condicionado para ficar bem friozinho, pego um cobertor e o meu sorvete e a calda, indo ocupar o lugar deixado para mim.
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