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História Ele vai voltar. - Tem certeza?


Escrita por: Aoy

Notas do Autor


E ai galerinha, estou aqui para mais um capítulo.

Aproveitem.

Capítulo 23 - Tem certeza?


Estava tendo um sonho tão bom quando escuto o celular tocar ao fundo, pensei seriamente em deixar tocar, mas como eu recebo pouquíssimas ligações e quando recebo são importantes, abro os olhos e levanto do sofá.

Daiki ainda assistia a TV, só me lançou um sorriso quando levantei do sofá e fui em direção ao quarto. Peguei o aparelho de dentro da bolsa e atendi ser verificar quem era.

-Alô? Pergunto bocejando.

-O que você aprontou dessa vez? Uma voz grossa e visivelmente autoritária disse.

-Quem é? No momento que perguntei um lampejo me fez lembrar da voz. – Tio Roger?

-O que você fez dessa vez? Isso significava um sim.

-Juro que dessa vez não sei do que o senhor está falando.

-Uma mulher procurou um advogado para pedir uma ordem de restrição de aproximação contra você para o filho dela. O que você fez dessa vez? Enquanto ele explicava eu me encaminhei de volta para o sofá bem acordada.

-O que ordem de restrição? Sentei-me do lado de Daiki que fez cara de interrogação quando falei sobre a restrição.

-É. E como o advogado que ela procurou é um conhecido meu ele logo me telefonou avisando. Então vou perguntar só mais uma vez, o que você fez?

-Quem é a mulher? Perguntei já irritada com as acusações.

-Sora Aomine, conhece? Olho para o Daiki.

-Como é o nome da sua mãe? Pergunto para ele que mesmo não entendo responde.

-Sora, por que? Ele franze o cenho.

-Okay, já sei o que está acontecendo. Tio essa mulher é a mãe do meu namorado, e ela não gosta muito de mim.

-Mas ela não iria pedir uma ordem de restrição de aproximação atoa. Diz acusatório de novo.

-Vai com calma aê nas acusações, valeu? Ela não gosta de mim e acha que eu não tenho nada para oferecer ao filho dela, então por isso me quer longe, ela também tinha arrumado um casamento arranjado para ele, mas como ela não aceitou isso ela acha que a culpa é minha. Fiz uma pausa para ver o que ele iria dizer.

-Só isso? Desembucha o resto.

-Hoje eu fui comer numa lanchonete com alguns amigos para relaxar depois do dia inteiro fazendo prova, ele foi com a gente e sentou do meu lado, e ela chegou do nada com a garota que ela arrumou para ele se casar, dizendo que eu não servia para o filho dela e que era para ele levantar e ir embora com ela. Como eu faço parte da família Carter não fiquei quieta. Disse para ela que ele ia ficar e que ela podia vim com tudo que eu não ia abandonar ele tão fácil assim. Disse a última parte num tom mais baixo e olhando para o Daiki, tipo uma declaração indiretamente dita.

-Você tem que parar de arrumar encrenca e colocar a família no meio. Disse ele num tom cansado.

-E não é para isso que serve a família?

-Não para briguinha de adolescente.

-Não é briguinha, ela quer obrigar o filho a casar com quem ele não quer. A garota é uma vadia sem rumo e só está piorando. Digo séria. – Tem alguma forma de impedir isso?

-Você gosta mesmo do pirralho para estar fazendo tudo isso, mas antes de fazer a bola de neve ficar maior você tem certeza que ele sente o mesmo por você?

Depois da pergunta fiquei encarando o Daiki sem responder ao meu tio. Eu sabia que ele sentia alguma coisa por mim, mas será que chegava a ser tão forte quanto o que eu sinto por ele? E será que seria forte o suficiente para eu querer lutar por isso? Será que valia pena? E se depois de tudo isso a gente acabar não dando certo?

Balancei dispersando aqueles pensamentos e voltei a falar com meu tio.

-Ele aguentou poucas e boas vindas de mim por quase dois anos, se ele não sentisse nada já teria corrido para outra em menos de uma semana. Então sim, acho que ele sente o mesmo e eu quero lutar por isso. Coloquei toda convicção que pude naquela declaração.

-Okay, vou ver o que eu posso fazer. Ele está aí com você?

-Sim, depois da briguinha que tive com a mãe dele ele preferiu vim para cá do que ir para casa. Digo rindo.

-Ele é um frouxo. Disse meu tio rindo também.

-É o meu frouxo, mas ele só é frouxo com a mãe dele, como até eu seria com a minha. Daiki faz cara feia quando eu digo frouxo olhando para ele.

-Okay, vou desligar e ver como resolver tua situação pirralha, amo você, se cuida e use camisinha, por favor.

-Pode deixar tio, também amo você, até. Desligo antes que ele possa dizer mais alguma coisa.

-Eu não sou frouxo. Daiki me disse assim que desliguei a chamada. Não foi necessário explicar já que ele ouviu a conversa toda.

-Então por que veio para cá e não para a sua casa?

Ela não disse nada, torceu o nariz e voltou a atenção para a TV. Ri da sua atitude e sentei mais perto dele dando um selinho em sua bochecha, ele sorri e passa um braço ao meu redor me puxando para mais perto, para depois me dar um selinho na boca.

-Eu te amo. Ele soltou depois que nos separamos. A declaração fez meus olhos brilharem.

-Eu também te amo. Respondi por fim.

Assisti mais um pouco de TV com ele e fui tomar banho para depois fazer alguma coisa para comer.

Se valia a pena ou não eu não sabia, mas correria o risco para descobrir. Se der certo vou ficar muito feliz. Se der errado é só mais um dos obstáculos da vida que vou ter que superar e seguir em frente.

 

 

 

*Enquanto isso dois andares abaixo. *

 

 

*Renji on*

 

 

Taiga estava sentado em uma ponta do sofá enquanto eu estava na outra, lançando olhares para ele, enquanto ele mudava de canal consecutivas vezes sem deixar em nenhum. Aquilo estava me irritando.

Tentei iniciar uma conversa por várias e várias vezes, mas fui respondido com “sim” e “não” ou “aham” e “uhumm”. Depois de perceber que não ia conseguir nada dele no momento resolvi desistir e tentar de novo mais tarde.

Meia hora depois estávamos vendo um documentário sobre os dragões de cômodo no national geographic, que estava me deixando extremamente entediado e com raiva do ruivo na outra ponta.

-Sério isso? Tem tanto outro filme bom que você passou e vai assistir logo isso? Perguntei olhando de novo para ele.

-Desculpa. Disse ele baixinho e me estendendo o controle. – Quer escolher alguma coisa?

-Não. Quero sair para dar uma volta, vem comigo?

-Não estou muito afim de sair. Me respondeu desanimado.

-Por favor, vamos. Fiz manha e juntei as mãos implorando para ele que me olhou e parecia ponderar.

-Tudo bem, eu vou. Disse por fim já levantando e indo trocar de roupa.

Esperei ele ficar pronto, depois de uns 5 minutos já estávamos saindo pelo portão do prédio. Olhamos algumas vezes para os lados, tentando decidir por onde ir. Acabamos indo pela esquerda, que levava para o centro.

Passamos por várias lojinhas de roupa e bagulheiras, também passamos por uma sorveteria, pedi para o Taiga se ele queria, mas o mesmo negou e continuou andando. Apesar de ser meio da semana e os jovens estarem nas semanas de provas, haviam muitos deles perambulando pela cidade, se divertindo com os amigos ou em encontros.

Alguns casais andavam de mãos dada e totalmente alheios ao mundo a sua volta. Tive vontade de fazer o mesmo e aproximei minha mão da do Taiga, primeiro esbarei nela “sem querer”, fiz mais uma vez, e depois segurei seu dedinho com o meu, ele diminuiu o ritmo, mas não se afastou.

Depois de mais alguns passos tomei coragem e entrelacei nossos dedos andando realmente de mãos dadas agora. Algumas pessoas nos olharam com nojo, e apenas lancei lhes um olhar de indiferença, mas por dentro estava mais feliz do que eu achei que estaria. A partir daí andei por aí com ele com um mini sorriso estampado no rosto, por andar de mãos dadas com ele e por ver que ele tinha uma expressão feliz como a minha na cara.

Depois de umas duas horas andando por aí, já havia convencido Taiga a tomar sorvete e comer cachorro quente comigo, mas estava ficando tarde e como ele ainda tinha prova no resto da semana voltamos para o apartamento dele.

-Vi ficar para dormir? Perguntou enquanto ia para o quarto.

-Posso ficar? Pergunto ansioso.

-Você quer ficar? Ele pergunta colocando só a cabeça para fora do quarto, dava para ver que ele estava sem camisa.

-Só se você dormir pelado. Brinquei indo atrás dele parando no batente da porta.

-Isso a gente vê depois. Ele me lança um sorriso e agarra a gola da minha camisa me puxando para perto e para dentro do quarto no mesmo instante que atacava minha boca, fazendo eu cair por cima dele na cama.

Provavelmente não dormiríamos de roupa, sorri durante ao beijo pensando nisso. Eu estava feliz, mas não sabia exatamente por que. Talvez seja por ter andado de mãos dadas com ele agora pouco na rua e me sentido feliz, ou por saber que ele gosta de mim. Acho que comecei a enxergar o que realmente sentia por ele, estava com um pouco de medo do que viria a seguir, mas isso todo mundo sente, pensei comigo, é só deixar rolar e fazer o meu máximo que tudo vai dar certo.


Notas Finais


Então é isso.

Espero que tenham gostado.

Inté.


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