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História Ele vai voltar. - Kagami Taiga


Escrita por: Aoy

Notas do Autor


Terceiro capítulo já na sequência..

Capítulo 3 - Kagami Taiga


*Flash back on*

 

Conheci Kagami Taiga na 6º série do ensino fundamental, depois de me mudar de Nova York para Los Angeles. A segunda viagem mais longa da minha vida, só perdia para o dia em que me mudei para o Japão. Desde que eu me lembre ele sempre fora uma pessoa feliz, do jeito dele, com jeito dele quero dizer um viciado em basquete, se tivesse basquete tudo era perfeito.

No dia em que o conheci eu estava passeando com a filha da vizinha nova, em um meio de tarde quente, mas que tinha uma brisa fresca, faltavam dois dias para as férias de verão acabarem, então minha avó achou uma boa ideia eu ir dar uma volta com a menina para conhecer a vizinhança. Passamos pela quadra de basquete do meu bairro, onde alguns meninos estavam disputando uma partida de basquete, e ele estava lá, jogando praticamente sozinho contra o time adversário.

 

“Se parar para analisar ele sempre teve essa cara de bicho ruim”

 

Lembro perfeitamente dele bloqueando um arremesso dando um tapa na bola, que escapou da mão do adversário vindo na minha direção, consegui me abaixar o suficiente para a bola não acertar meu nariz, porém minha testa não teve a mesma sorte, me fazendo cambalear para trás e cair sentada no chão muito tonta pela pancada. No mesmo instante ele se aproximou todo preocupado junto com os outros rapazes.

-Você está bem? Ele se abaixou na minha frente tentando tirar minhas mãos do rosto.

-Você é algum mutante por acaso, por que não é normal alguém ter tanta força assim cara. Esfrego os olhos tentando fazer as coisas pararem de rodar.

-Isso é um sim? Pede confuso.

-Vai ser quando você me pagar um lanche completo.

 

“Minha mente gorda funcionando desde sempre. ”

 

Abro apenas um dos olhos dando um sorriso leve de canto demonstrando que sim, eu estava bem.

-Como? Te pagar um lanche?

-Sim, ou prefere que eu chame meus avós e depois eles chamam os seus pais e é fácil deduzir o resto, não é?

-Isso é chantagem? Ele franze as sobrancelhas.

-Na verdade só estou sem dinheiro para comer e essa situação veio bem a calhar. Falo enquanto peço a ajuda dele para levantar.

-Sei, então é só te pagar um lanche que está tudo certo? Ele me estende a mão, a seguro e logo sou puxada para cima ficando de pé.

-Isso aí, bom garoto. Uso o mesmo tom que usamos quando brincamos com algum cachorro. Os outros rapazes dão uma risadinha.

-Você ainda vai jogar basquete Taiga? Um deles pergunta já se virando para voltar para a quadra, sendo imitado pelos demais.

Ele olha da quadra para mim e de volta para a quadra.

-Não, vou pagar um lanche para ela, não quero acabar em encrenca com meus pais. Se volta para mim. – Só vou pegar minhas coisas e já volto. Diz e já sai andando até suas coisas.

-Okay. Respondo enquanto dou mais uma limpada nas minhas roupas. – E quanto a você, por que não fez nada quando a bola me acertou? Olhos para a filha do vizinho.

-Foi tudo tão rápido e quando eu vi ele já estava aqui falando com você. Me respondeu fingindo preocupação.

-Sei. Contorço o lábio em descontentamento com a resposta.

Não consegui falar mais nada pois um ruivo bem emburrado estava somente a alguns passos de mim.

-Vamos? Ele pede já andando na nossa frente.

Depois que dou uns dois passos indo atrás dele a garota me chama, fazendo tanto a mim quanto a ele pararmos de andar. Me viro na sua direção para ver o que ela quer.

-Angie! Não vou com você, não vou ficar na companhia de um desconhecido. Ainda mais alguém como ele. A forma que ela falou “ele”, com um tom tão nojento, me fez perceber que esse era o tipo de gente que eu deveria manter distância.

-Por mim tudo bem. Respondo e volto a andar. Ele ainda continua parado. Dessa vez sou eu quem passa por ele, o puxando pelo pulso para longe dali e para a lanchonete mais próxima.

Ando até perder a menina de vista a passos apressados, só diminuo a velocidade no momento em que olho para trás e tenho a certeza de que não a vejo mais e de que ela não está nos seguindo.

-Desculpa. Digo parando de andar e soltando o pulso dele. – Mas não faço a menor ideia de para onde estou indo, me mudei para cá não tem nem 1 semana ainda. Justifico-me meio envergonhada pela minha atitude.

-Você veio de onde? Ele pergunta voltando a andar e me convidado a fazer o mesmo.

-Nova York. É só o que respondo.

-Hummm... Agora faz sentido o seu jeito de falar. Solta uma risadinha.

-Meu jeito de falar? Minha vez de ficar confusa.

-Você tem um sotaque diferente do que eu estou acostumado a ouvir por aqui, chegou a passar pela minha cabeça que você era de fora.

-Hummm... E a gente vai ir comer aonde? Peço curiosa e com a fome dando sinais de vida.

-Tem um lugar aqui perto que sempre paro para comer antes de voltar para casa depois de jogar ali na quadra. Me olha de canto.

Apenas concordo com a cabeça e o silêncio reina entre nós. Não sabia quem era ele mas parecia ser alguém legal, alguém de quem seria bom ser amiga. Enquanto ele me guiava pelas ruas de L.A., eu admirava as vitrines das lojas e de outros estabelecimentos, volte e meia observando as pessoas, com estilos diferentes dos quais estava acostumada a ver em N.Y.

Quando voltei a realidade de que eu estava andando com um estranho para longe de casa e que eu não sabia o caminho de volta, nem daqui para a quadra e muito menos da quadra para casa, um desespero começa a crescer me fazendo estancar no lugar.

-O que foi? O ruivo pede.

-Eu não faço ideia de como voltar para casa e ainda por cima estou indo com um estranho para Deus sabe onde. Digo com o exterior calmo e com os olhos meio arregalados fixos em um ponto no chão, enquanto meu interior gritava e se desesperava mais e mais a cada segundo que passava.

-Eu posso te levar de volta para a quadra mais de lá não sei para onde você tem que ir. Ele se aproxima de mim.

-Não, eu não quero ir para casa. Acabo falando em voz alta e mudo o foco do chão para o rosto do ruivo. – Aproposito, qual seu nome? Talvez eu não fique tão apavorada se pelo menos souber seu nome. Rio fraco

-Taiga, Kagami Taiga. Se apresenta me estendo a mão.

-Kagami Taiga. Repito. Você é japonês?

-Sim, nasci lá mais estou desde os 2 anos morando nos E.U.A. Esclarece.

-Hummm.... Você estuda certo? Recebo um aceno positivo com a cabeça dele e continuo. – Em qual escola e qual série?

-Santa Monica High School, 6º serie, por que?

-É onde vou começar a estudar quando as aulas voltarem. Digo surpresa. – E acho que vamos ser da mesma turma. Rio sem graça.

-Sério? Que bom assim não precisamos mais ser estranhos. Diz de uma forma toda inocente.

-Você quer ser meu amigo?

-E por que não? Pelo visto vamos estudar juntos, nada melhor do que começar numa escola nova tendo pelo menos um rosto conhecido, não é? A cada palavra o sorriso dele aumentava e os caninos apareciam.

-É. Acho que você tem razão. Sorrio de volta.

Naquele dia não consegui descobrir mais nada sobre o Taiga, pois logo depois meus avós apareceram preocupados por mim não ter voltado com a filha da vizinha para casa, provavelmente ela também disse que eu tinha preferido ir atrás de um estranho que ficar com ela. Fui obrigada a ir para casa sem me despedir do Taiga, mas eu não precisava me preocupar com isso, aparentemente seriamos colegas de classe e eu teria um ano inteiro para descobrir mais sobre meu novo amigo.

 

 

*Flash back off*

 

-Vocês dois se merecem sabia. Ele diz apontando a faca para mim depois de arrumar a comida no garfo.

-Você acha que eu mereço alguém tão frio e indiferente? Falo de boca cheia indignada.

-Não estou dizendo isso, em partes não. Mas vocês dois são teimosos e orgulhosos, tentam esconder a todo custo o que sentem e quando se chateiam gostam de usar palavras que magoam o outro para se vingar. Então sim, vocês dois se merecem. Ele diz dando de ombros.

-Eu mereço coisa melhor. Digo convicta.

Ele me olha com um olhar que diz “desisto de argumentar com você” e terminamos a janta em silêncio. Depois de a louça suja estar lavada, seca e guardada, sentamos no sofá. Enquanto ele zapeia pelos canais da TV atrás de algum filme verifico meu celular e as outras notificações que tinham por ali além da mensagem do Taiga de mais cedo.

Ele coloca em algum telecine que passava um filme de ação, ele deita a cabeça nas minhas pernas já que eu ocupava uma das pontas do sofá, não estava muito interessada pelo filme então apenas fiquei mexendo nas redes sociais, alterando status e apagando algumas publicações.

Algumas realmente foram difíceis de apagar, já outras foram mais fáceis por conta da raiva que surgia em uma velocidade absurda por conta das lembranças. Em meio a indecisões do que fazer com tantas fotos meu ser sucumbe novamente as lágrimas. Eu não queria de jeito nenhum ficar sem ele, foi tão difícil encontrar o verdadeiro Aomine no meio daquela confusão de orgulho, egocentrismo, arrogância e preguiça que ele era.

 

“Por que ele fez isso? Por um corpo melhor? Alguém mais bonita? Mais burra? Que cedesse a todas as suas vontades? Ele é um imbecil isso sim. ”

 

Tampei a boca para os soluços não voltarem a sair, ele não merece essas lágrimas, fecho os olhos com força e respiro fundo. Nessa hora Taiga já estava sentado no sofá me puxando para um abraço. Era injusto com Taiga, mas não era seu abraço que eu queria, mas ele é o único que está aqui por mim agora, não posso simplesmente ignorar isso. Ele estar aqui faz com que eu não me sinta sozinha, eu poderia contar com ele sempre, eu nunca estaria sozinha.

Ele alisava o topo da minha cabeça enquanto eu chorava baixinho, pois eu sabia que por mais que ele estivesse me consolando ele queria também prestar atenção ao filme, então pelo menos fiz o favor de tentar ser um pouco silenciosa com a minha tristeza.

Nessa mesma noite ele fez brigadeiro para a gente depois que conseguir segurar as lágrimas dentro do corpo, foi tipo um prêmio por mim ter parado de chorar, foi o que ele disse. Começamos a ver outro filme, mas eu estava cansada demais para aguentar até o fim e adormeci ali mesmo, encolhida contra o corpo enorme do meu melhor amigo, sob sua proteção.


Notas Finais


Inté o próximo.

Sim, não faço a menor ideia do que escrever aqui e muito menos nas notas iniciais..... hehehehe


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