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História Eleanor - Sossego e vivencias


Escrita por: FoxChan

Notas do Autor


Olá, pessoas!

Aqui está mais um capítulo! E no prazo, olhem que coisa kkkk

Boa leitura!

Capítulo 28 - Sossego e vivencias


- Vamos almoçar – minha mãe chamou.

            Eu fui até Benjamin e só peguei sua mão e ele me retribuiu com um sorriso. Depois disso fomos almoçar, foi um almoço um tanto silencioso. Minha mãe tinha mandado que levassem comida a Marianne. E logo depois de todos satisfeitos nos levantamos e fomos para sala.

- Quer ir para casa? – Benjamin perguntou.

- Adoraria na verdade, tenho muito sono, quase não dormi essa noite.

- Então vamos. Aliás, Anthony vai ficar lá em casa até o casamento.

- Acho melhor mesmo, se não meu pai o mata.

            Benjamin riu disfarçadamente.

- O que não seria nada bom...

- Não mesmo.

            Ben então ficou de pé e anunciou que agora já íamos. Eu subi correndo as escadas para falar com Marianne. Ela estava comendo ainda e Oliver estava deitado na cama ao lado dela, dormindo gostosamente. Eu fui até ela e a beijei.

- Volto antes de você voltar a fazenda.

- Não me lembre que tenho que voltar...

- As coisas serão diferentes. Se ambos derem uma chance tudo será melhor...

- Eu não...

- Não seja teimosa e tente, terá mesmo de passar o resto da sua vida com ele... Como quer que sua vida seja daqui para frente? Tudo vai depender de você.

- De mim?

- Riley está disposto a mudar. Você está?

            Ela suspirou.

- Não sei...

- Eu não posso te defender para sempre se você for a errada... Eu sou boa com argumentos, nunca fui boa mentirosa!

            Ela baixou a cabeça e entortou a boca.

- Eu posso tentar.

- Ótimo. Volto para lhe ver.

            Me virei e desci as escadas correndo. Benjamin e Anthony já me esperavam perto da porta. Me despedi de meus pais, Aryana e Riley, depois saí com os dois e entrei na carruagem que já estava li. Benjamin e eu num banco e o garoto de frente.

            Peguei a mão de Ben o que o fez me olhar.

- Meu amor, você falou para o meu pai olhar o casamento de Aryana?

- Não, eu vou resolver isso já que vou pagar tudo. Seu pai sabe, se opõem a que eu pague, mas eu disse a ele que prometi, e não vou quebrar uma promessa.

- Depois o senhor diz que eu faço muito pelo senhor. Eu nem sei como lhe agradecer pelo que está fazendo pela minha família.

- Não importa o que eu faça, é sempre por você, minha raposa.

            Eu levei a mão ao rosto dele e acariciei sua barba bem conservada. Então me lembrei do garoto ali junto de nós e tirei a mão.

- Obrigada – agradeci.

- Não tem que agradecer. Desde que eu nunca mais precise te ver chorar como vi aquele dia que descobriu sobre sua irmã, por mim tudo está ótimo.

            Eu só sorri para ele. Não muito tempo depois estávamos entrando na casa dos Gray.

- Fique a vontade Sr. Scott e, por favor, longe de Rosaleen – Benjamin avisou.

            Assim que ele disse no nome ela surgiu correndo pela porta da sala de visitas e pulou em Benjamin.

- Oi, meu amor – Ben falou.

            Ela o beijou na bochecha.

- Oi, Ben. Trouxe alguma coisa de Londres?

- Não, me desculpe. Tivemos que voltar correndo, porque a irmã mais velha da Sra. Eleanor estava doente.

            Rosa olhou para mim, se soltando de Benjamin. Ela veio até mim e me abraçou pela cintura, e eu a apertei pelos ombros. Ela logo me alcançaria em altura.

- Oi, Ellie. Sua irmã está bem?

- Agora está. O bebê nasceu, é um garoto e se chama Oliver.

- Quero conhece-lo – ela exclamou.

            Eu sorri para ela.

- Te levo junto da próxima vez que for vê-la.

            Ela me apertou mais nela e me agradeceu. Então me soltou e viu, Anthony. Franziu o cenho e se virou para Ben.

- Quem é esse?

- Anthony Scott, noivo de Aryana.

            Ela sorriu para ele fez um reverencia, que ele retribuiu.

- Eu nem sabia que Aryana tinha noivo.

- É, ela arrumou um em Londres – contei.

            Ela me olhou como se lesse em mim, que havia mais coisa ali do que eu estava contando, mas ela não perguntou.

            Terminamos de entrar e apresentamos Anthony a todos, mostrei-lhe seu quarto, onde mais tarde todas as malas foram deixadas. E depois de dar notícias de Marianne a todos tomamos o chá da tarde e eu me recusando a esperar pelo jantar fui me deitar um pouco. Minha cabeça já doía pela excesso de sono. Pedi licença a todos e fui para meu quarto. Nem me dei ao trabalho de tirar o vestido, faria isso mais tarde. Me deitei sobre as colchas mesmo e logo estava cochilando.

            Acordei com a cama se mexendo, e ali estava Benjamin, olhando para mim.

- Que foi? – perguntei.

- Nada, gosto de te ver dormir.

- E o que há de bom nisso?

- Só gosto. Você é linda, Eleanor. Gostaria de poder ficar te olhando o dia todo.

            Eu sorri para ele.

- Acho que posso dizer o mesmo... Mas não dormindo. Ninguém é charmoso dormindo. Prefiro você acordado.

            Ele me retribuiu o sorriso.

- Ao menos sou charmoso.

- Bobo, você é o homem mais lindo que já vi.

- Você só está apaixonada – ele afirmou.

- Então não quero deixar de estar nunca.

            Ele acariciou meu rosto.

- Então, minha garota apaixonada, vai tomar banho?

- Com certeza, ontem foi um viagem bem complicada, um banho me relaxaria bastante.

- Ótimo, porque já trouxeram a agua. Vá logo para que possa ir.

- Por que não vai primeiro?

- Não, eu tenho contato com muita gente e com dinheiro, não quero que tome banho em sujeira.

- Como se eu estivesse limpa.

- Eu não me importo, você tem menos contato que eu.

- Acho que se eu insistir, discutiremos o resto da noite.

- Por certo que sim.

            Eu só balancei minha cabeça e fui tomar meu banho. Ainda estava frio e era complicado sair daquela agua temperada. Mas não me demorei para não estragar o banho de Benjamin. Assim que saí ele entrou e não se demorou.

- Vai jantar? – ele quis saber.

- Não, vou dormir.

            Ele veio até a cama onde eu estava sentada e se sentou ao meu lado. Levou a mão ao meu rosto e me beijou. Foi suave e calmo, mas eu não queria deixar que ele saísse dali. Coloquei uma mão no pescoço dele e acariciei levemente, o que fez com que ele levasse um braço a minha cintura e me puxasse contra seu corpo com força. Entrelacei os dedos da outra mão no cabelo dele. Então ele veio em minha direção me deitando no cama. Eu o puxei para mais perto e levei a boca ao pescoço onde eu mordi de leve, em reação ele apertou minha cintura com força. Continuei o que fazia desta vez levando a língua a sua pele macia, ele voltou a me apertar.

            Bateram na porta, Benjamin levantou a cabeça e olhou em direção a porta.

- Sim? – ele respondeu.

- Ben, a mãe quer saber se vão jantar – era Dylan.

- Não, vamos não – Benjamin respondeu.

            Ele se virou para mim, eu o olhava com as sobrancelhas levantadas.

- Ben?

- Oi, Dylan? – Ben pareceu meio irritado.

- Podemos conversar?

- Tem que ser agora?

- Eh... Não, tudo bem, depois conversamos.

            Acho que Dylan notou a censura na voz do irmão.

- Devia ir, pode ser importante – falei.

- Nada que não possa esperar.

            Ele se abaixou sobre mim outra vez e levou os lábios aos meus. Eu o retribuí abraçando seu pescoço. Ben me puxou me fazendo sentar e começou a desabotoar meus vestido para tira-lo...

            No outro dia acordei mais cedo que o normal e Benjamin ainda dormia, ele tinha saído antes de eu dormir ontem a noite para ver o que Dylan queria, mas eu não tinha visto voltar. Apesar de não ter mais sono, não queria me levantar e fiquei ali fitando o teto.

            Fui tirada de meus devaneios quando um dedo tocou a ponta do meu nariz, sorri e olhei Benjamin que me olhava ainda deitado ao meu lado.

- Qual a programação do dia? – perguntei.

- Hum... Vamos a missa e depois eu vou conversar com o padre sobre o casamento da sua irmã.

- Gostei. Vamos ver para quando conseguimos esse casamento.  

            Naquela tarde fomos a missa. Assistimos toda missa e quando terminou Benjamin foi atrás do padre. Fiquei ali com a Sra. Gray e Rosaleen, que tinha vindo junto conosco. Dylan tinha ido se encontrar com a Srta. Wilkinson e Anthony fora com ele.

            Fiquei torcendo para que Benjamin conseguisse um bom dia para o casamento. E um bom dia significava um casamento rápido, o quanto antes melhor

            Enquanto Rosaleen fazia perguntas a Sra. Gray sobre religião e a Sra. Gray penava para responder, eu fiquei olhando a igreja. Eu já tinha vindo a essa igreja milhares de vezes, tinha me casado aqui, mas nunca tinha realmente reparado nesse lugar. Era grande demais para essa cidade, mas tinha seu esplendor. Apesar de ser um lugar apagado, as vidraças coloridas e bem feitas davam um toque especial ao lugar.

            Benjamin demorou bastante. Eu já estava querendo ir atrás dele, quando ele apareceu de volta.

- O que conseguiu, meu senhor? – perguntei.

- Um mês. Depois do casamento do Dylan. Foi estranho por que tive que menti a uma padre.

- Desculpe por isso...

- Tudo bem. Deus há de me perdoar.

- Há sim.

- Bom, vamos para casa agora.

            Voltamos para a e casa e no dia seguinte fomos lá em casa contar aos meus pais sobre o conseguido. Na visita eu percebi que minha mãe já tinha descoberto sobre a gravides, pois parecia abalada e não dirigia a palavra a Aryana em nenhum momento. Fiquei com dó de Aryana, mas não demonstrei, ela tinha que entender a gravidade da situação em que estava.

            Os dias passaram rápido, por que desta vez eu fazia parte da organização de dois casamentos. E era uma loucura, ajudava minha mãe com o casamento de Aryana, mesmo que ela não estivesse falando com ela, e ajudava a Sra. Gray com o casamento de Dylan e com a casa. Annabelle quase não apareceu para ajudar. Foi bem complicado, mesmo tendo começado bem antes do que deveríamos. A Srta. Wilkinson não era muito exigente, e parecia ter medo de mim desde aquele dia que a repreendi no almoço, mas a mãe dela era um saco de chata, e vivia dando opiniões e fazendo exigências sobre tudo.

            Marianne não quis ir embora depois de ter melhorado. Insistiu que ficaria até que soubesse tomar conta de seu bebê sozinha. E minha mãe tinha de se dividir entre os preparativos do casamento e ensinar Marianne com o e bebê. Marianne só foi embora uma semana antes do casamento de Dylan. Minha mãe por um lado achou ruim de ficar sem Marianne, por outro lado achou bom de poder agora se focar no casamento.

            O tempo passou rápido, parecia que ontem mesmo estávamos em Londres para conseguir o casamento de Aryana e agora já era o casamento de Dylan. O de Aryana não tardava a chegar também. Mas mesmo agora não havia muito mais o que fazer, só o vestido de Aryana ainda tinha de ser terminado.

            Depois de algum tempo minha mãe voltou a falar com Aryana, mas ainda não suportava ouvir que ela estava gravida. Quando o assunto era mencionado ela passava horas xingando e repreendendo Aryana. Mas se seu ódio por Aryana era grande, por Anthony era imensurável, ela não gostava nem de ver o garoto, que para sorte dele estava ficando na casa dos Gray. Meu pai parecia ter aceitado o fato, não reclamava e nem xingava como minha mãe, mas a magoa em seus olhos era permanente, mesmo que ele sorrisse sempre que me via.

            A Sra. Wilkinson tinha reclamado tanto de tudo que chegou a um ponto que a Sra. Gray a obrigou a fazer parte da organização e fazer tudo do jeito dela, e se algo desse errado a culpa seria dela também. No fim as duas acabaram combinando, o que me deixou meio de lado e eu agradeci muito, pois eu só tinha que fazer algo quando elas me pediam e isso pouco aconteceu. Então voltei a minha velha rotina de ler e ir ao parque com Rosaleen, que também pareceu bastante contente com tudo isso, pois sem mim ela não podia sair.

            O casamento de Dylan ficou mais extravagante do que a Sra. Gray tinha planejado, em maior parte pela interferência da Sra. Wilkinson, mas a Sra. Gray estava tão feliz com o casamento do filho que nem tinha notado esses detalhes. Mas o que estava em minha mente nesse dia nem era isso e sim uma coisa que a Sra. Gray tinha me contado. Ela tinha me dito que iria se mudar para morar com Dylan, assim que ele se fosse. Logico que eu questionei isso e ela me explicou que era porque o filho ainda não tinha muito juízo e precisava muito mais dela do que Benjamin e eu, e que eu já podia cuidar da casa sozinha. Ela ainda contou que deixaria Rosaleen aos nossos cuidados, pois ela sempre fora mais apegada ao Ben que ao Dylan. Eu não tive como me opor a tais ideias, eu nem tinha esse direito. Então apenas concordei e prometi cuidar bem da casa dela em sua ausência, que ela garantiu não saber de que tamanho seria. Quando contei a Ben sobre isso ele pareceu surpreso, mas não tentou argumentar com a mãe.

            Dylan se mudou no dia seguinte ao casamento, mas a Sra. Gray ainda levou quase uma semana para ir. Ela ficou arrumando as coisas. E uma dessas coisas que ela ficou fazendo foi insistir que Benjamin e eu passássemos para seu antigo quarto, dizendo que os senhores de uma casa tem que ficar com o maior quarto e não com um secundário. Benjamin relutou muito em aceitar, por fim acabou cedendo. Mas para que fossemos para lá muitas mudanças foram feitas e o quarto ficou quase irreconhecível, e era assim que queríamos. Não queríamos nos lembrar dos antigos habitantes ao entrarmos lá. Mudamos os moveis e suas disposições e assim melhorou muito.

            A mãe parecia receosa em deixar a filha para trás, mas Rosaleen estava firme de que não iria deixar aquela casa para morar com Dylan e a esposa, e que preferia mil vezes ficar aqui com Ben e eu.

            Logo se realizou o casamento de Aryana e então minha mãe teve que passar a suportar Anthony, mas tão logo conheceu o garoto o adorou, o achou educado e sabendo que Benjamin tinha dado um emprego a ele ficou feliz com seu ganho. Não que essa fosse sua ambição para a vida da filha e vivesse resmungando que apenas uma filha dela tinha se dado bem na vida, eu sabia muito bem que ela falava de mim, mas para minha sorte minha mãe tinha sua descrição e não citava nomes, ao menos não quando Benjamin e eu estávamos por perto. Mas Benjamin não era estupido e sabia muito bem de quem ela falava.

            Marianne depois de voltar para casa dela com Oliver quase não saiu, pois dizia que o garoto não podia pegar friagem e coisas desse tipo, coisas de uma mãe tola e superprotetora, mas quem poderia julgá-la. Mas ela me mandava várias cartas, na qual contava que sua convivência com Owen tinha melhorado muito, que ela até começara a gostar dele agora, mas disso ela pouco falava, mais falava de Oliver do que tudo. Mesmo que a saúde do meu sobrinho muito me interessasse, bastava ela me dizer que ele estava bem que me daria por satisfeita, mas ela tinha que descrever toda sua rotina, sendo que meu interesse no outro assunto era muito maior. Eu entedia, até certo ponto que ela estava abobada com seu novo bebê, mas eu queria mesmo eram notícias de sua vida conjugal e saber se ela ainda corria perigo de abusos como antes, pois se existisse essa possibilidade eu mesma iria dar jeito, mas ela pouco falava disso. E eu só podia esperar.

            Quanto a Aryana ela parecia bem feliz em seu casamento apesar da pouca liberdade que tinha por causa de morar com nossos pais. Quando ela não tinha liberdade, Ben e eu tínhamos ganhado a nossa. Ben tinha dado o quarto dele, que era o segundo maior a Rosaleen e assim o quarto dela agora era longe do nosso, e depois de irmos nos deitar ela nunca nos procurava, a menos que fosse mesmo necessário.

            Rosaleen e eu continuamos com nossos passeios pelo parque, mas só depois de ficar a sós com ela naquela casa que fui ver o quão prendada aquela menina era, eu me sentia até envergonhada por minha falta de talentos e interesse perto dela. Rosa sabia desenhar, tocar piano, bordar e até mesmo cantar extremamente bem. Eu também sabia bordar, apesar de odiar fazê-lo, mas do resto nada fazia. Passei a insistir que Rosa passasse suas manhãs a praticar desenho e bordado pois ela o fazia muito bem e a tarde depois que voltávamos do parque ela ia para o piano, as vezes Ben, ao voltar, fazia dueto com ela, e eu só apreciava os dois. 


Notas Finais


E aí? O que estão achando? Espero que estejam gostado!
Agora sim estamos na reta final!

Até mais! o/


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