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História Electricity - Chapter three


Escrita por: caardosso

Notas do Autor


oizinhoo, espero que gostem!

Capítulo 3 - Chapter three


- Ok, o que querem saber? – Perguntei já sabendo o que Rick perguntaria.

- Conte-nos sobre sua família. Como era sua vida antes de tudo isso acontecer. – Dito e feito, mas não excitei em responder.

- Ah, tudo bem. Minha mãe era uma mulher incrível, sabe? Me criou sozinha desde pequena, quando eu cresci um pouco mais, ela teve ajuda do meu tio, mas foi quase sempre só ela. – Rick me interrompeu rapidamente, perguntando.

- E seu pai? – Meu pai, eu me perguntava sobre ele também, várias e várias vezes.

- Eu não o conheci, ele foi embora de Atlanta quando eu nasci. Minha mãe nunca contou pra ele sobre a gravidez, ela disse que ele “não estava preparado”. Só meu tio, irmão dele, sabia. Ele era como um pai pra mim, as vezes irmão mais velho. Me ensinou tudo que eu sei. Não sei muito sobre meu pai, só o que minha mãe e Merle diziam.  – Disse por fim. Daryl e Rick se mexeram desconfortáveis quando eu disse o nome do meu tio, mas fingi não notar.

- E qual seu sobrenome? Você não disse. – Perguntou

- Sempre me nomeei com Safira Philippi, mas as vezes, quase sempre, minha mãe e meu tio me chamavam de “pequena dixon”. – Sorri lembrando. Continuei, ignorando o fato do rosto de Daryl ter perdido a cor quando falei sobre o apelido. – Merle falava que eu era igual a ele, só que não era uma mariquinha. – Ri lembrando do jeito que ele falava do irmão. – Ele me ensinou a caçar, rastrear, como usar um arco, tudo que meu pai sabia. Sempre falava que o Dixon teria orgulho de mim. – Suspirei e meus olhos marejaram, mas pisquei pras afastar as lagrimas. Mas Rick pareceu perceber e mudou de assunto.

- E sua mãe, o que aconteceu com ela? – Meu estômago se embrulhou ao lembrar.

- Ela morreu, num acidente de carro quando eu tinha doze anos. Um bêbado perdeu o controle e bateu na moto dela. – Disse por fim. Desta vez quem se manifestou foi Daryl, que estava calado e ainda meio estranho.

- Sinto muito pela sua mãe, ela parecia ser uma boa pessoa. – Disse sincero, assenti.

- Ela era, tinha um bom coração. Ela e Merle eram tudo o que eu tinha. Eu os amava mais que tudo. – Disse mais como um sussurro.

-E depois da morte dela, pra onde você foi? – Perguntou Rick, curioso.

- Fui para um orfanato. Merle ia me visitar todos os meses, me buscava pra irmos caçar, ou pra ir em algum bar. – Ri lembrando dos momentos. – Não era tecnicamente o lugar mais apropriado pra levar uma criança, mas eu me divertia lá. Fiz amizade com alguns amigos do Merle, até do meu pai. Mas ninguém nunca falava sobre ele, ou mostrava fotos. Sempre que eu perguntava, era sempre a mesma resposta “O que você tem que saber, é que, Daryl Dixon teria muito orgulho de você pirralha.” – Dei de ombros. – Acabei me acostumando com a falta de respostas. – Disse sincera.

- Você disse que o nome do seu pai era Daryl Dixon? – Perguntou Rick assustado, assenti. Ele olhou para Daryl e eu fiz o mesmo, ele estava parado me encarando de uma forma tão penetrante, que fiquei assustada. Mas não demonstrei. Então Rick mudou de assunto mais uma vez.

- Como era o orfanato? Eles te tratavam bem? – Olhei para o chão meio inquieta e apenas disse baixinho.

- Sabe como é. Era só um orfanato, como todos os outros. – Encarei Rick. – Eles não eram legais, mas sabe, se eu colaborasse, ficava tudo bem. – Então Rick assentiu compreensivo, ele entendeu o que acontecia. Continuei. – Ainda tenho as marcas. Mas olha-las me fazem ver que eu fui forte, que eu passei por aquilo, mas que agora estou bem. – Falei por fim e Daryl se mexeu desconfortável, ele ainda me encarava. Não aguentava mais aquilo.

- Você está bem, caipira? – Perguntei, o que o deixou surpreso, mas continuou me encarando.

- Se eu te contasse uma coisa agora, uma coisa muito louca sobre o seu pai. – Ele parou, me mexi desconfortável. – Como você reagiria? – Disse por fim.

- Como assim sobre o meu pai? Do que você está falando? Ele está morto. – Disse com a voz um pouco alterada.

- Ele não está morto. – Disse firme.

- Como você tem tanta certeza disso? Você o conhecia, por acaso? – Perguntei curiosa. Queria saber em que rumo essa conversa iria levar.

- Eu o conheço. Eu sou Daryl Dixon. – Disse finalmente. E eu tranquei a respiração, ele só podia estar brincando. Ele continuou me encarando. Ok, ele não estava brincando. Mas tudo se encaixava. O nome, a forma que ele fala, caipira, a besta. Meu Zeus.

Me levantei em um pulo e disse.

- Se você é mesmo meu pai, me diga, qual era o apelido que só o Merle o chamava? – É óbvio que ele não vai saber, só três pessoas sabem, Merle, eu e meu pai.

- Darlina. – Daryl disse convencido. E deixei minha faca cair no chão, faca que no qual eu não avia percebi, mas tinha pegado. (os idiotas não se ligaram em olhar meu coturno pra ver se tinha algo, inúteis).

- Oh, você. – Então fiz a coisa mais estupida que eu poderia fazer, o abracei. Ele retribuiu na hora, me abraçou forte, como se a vida dele dependesse daquilo. Deixei as lágrimas rolarem, não me importava.

- Me desculpe por não estar presente. – Ele sussurrou no meu ouvido com a voz calma. Não sabia que Daryl poderia ser “sensível”, aquela pose de durão enganou todo mundo, até a mim.

Passamos mas um tempo abraçados, até que ele me soltou, segurou meu rosto com as duas mãos, olhou nos meus olhos e disse.

- Eu tenho orgulho de você, pequena. Sinto muito por tudo que você passou, sinto muito mesmo. E me desculpe ter feito com que você aguentasse o Merle, ele é um porre. – Disse rindo, eu o acompanhei.

- Eu não sou pequena, tenho uma altura consideravelmente saudável pra minha idade. – Disse irônica.

- E você tem o que? Nove anos? – Perguntou rindo. Rolei os olhos.

- Eu tenho quinze, idiota. Ou dezesseis, não sei bem. – Dei de ombros.

Rick finalmente se manifestou.

- Fico feliz por vocês dois, mesmo que eu ainda ache estranha a ideia de existir uma mini dixon. – O olhei com uma cara de reprovação. – Quer dizer, uma dixon com altura consideravelmente saudável. – Ele se corrigiu, abri um sorriso. – Mas temos afazeres, certo? Então vamos trabalhar. Vocês dois tem todo o tempo do mundo pra colocarem o assunto em dia.

Nós dois rimos, mas não dissemos nada. Até que o caipira se manifestou.

- É vamos mesmo. Tenho que dar uma bronca no cowboy que atirou na minha filha. – Disse passando o braço pelos meus ombros, me levando em direção a saída da sala.


Notas Finais


comentem o que acharam, postarei o próximo capitulo semana que vem, beijinhoss <3


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