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História Eleenad - Saiko.


Escrita por: Muizinha

Notas do Autor


Capítulo dois e tal.

Capítulo 2 - Saiko.


2º CAPÍTULO

O sol já havia aparecido no céu.  A brisa gelada estava começando a esquentar, o que fez Tom retirar o seu casaco e ficar apenas com uma camiseta.

- Gostei da camisa. – apontei para uma estampa de explosões que ele estava vestindo debaixo do seu antiquado fanatismo por basquete.

- Obrigado. – ele sorriu.

Não tinha percebido o quanto havíamos caminhado, mas as pessoas começavam a aparecer nas ruas e os prédios cresciam diante de nós. Estávamos chegando ao departamento do Conselho, mas ainda era muito cedo.

Paramos em uma praça que havia no caminho enquanto o tempo não passava. Era impressionante a quantidade de árvores presentes em um lugar tão pequeno.

‘Não precisa ficar nervosa, Kyla.’

Infelizmente era irritante o quanto Tom me conhecia.

- Não estou. – menti procurando algum banco vazio para me sentar. Estava cansada de andar.

- Vem! – Tom puxou minha mão correndo entre as pessoas e empurrando quem quer que tivesse o azar de parar na sua frente.

- TOM, PARE DE CORRER! – Gritei sem sucesso.

Alguns segundos depois paramos debaixo de uma árvore enorme. Estávamos no centro do parque e tínhamos a visão do relógio local. Era incrível.

- É o melhor lugar daqui. – Ele sorriu levantando o cabelo para trás.

- Obrigada pelo exercício. – Olhei para o relógio e sentei na grama macia.

Alguns minutos se passaram e a brisa gelada me fez adormecer.

‘Está na hora.’

Uma voz me acordou. Procuro Tom e percebo que ele está dormindo encostado na árvore. O relógio marcava ainda alguns minutos para a conversa com o Conselho, o suficiente para não nos atrasarmos.

Por um momento pensei na voz que me acordou. Não era a de Tom. Talvez fosse algum sonho em que eu não me lembre. Talvez.

- Tom, acorde. – dou leves batidas em seu ombro. – É hora de conversarmos com o Conselho.

Ele se levanta, amarra o seu casaco na cintura e arruma o seu cabelo caído nos olhos.

'Eu não dormi.'

- Sim, eu percebi que não. – Ri.

‘Está na hora.’

A voz ecoou de novo. Olho para Tom atordoada ao perceber que não era sonho. Ele entendeu o recado.

- Você também? – Tom me encarou assustado.

- Sim. Achei que só os que trabalhavam para o Conselho pudessem usar a telepatia livremente. – lembrei.

- A lei não mudou.

Tom segura meu pulso com força e vai em direção à saída do parque.

Algo estava errado.  As pessoas continuavam ali, como se nada estivesse acontecendo, e isto foi o suficiente para querer ficar longe daquele lugar.

- A telepatia tem o seu limite de distância. – Tom lança o olhar sobre meus ombros enquanto anda. – Alguém está perto e sabe de algo.

Alguém? Estão nos seguindo?

- Precisamos chegar ao Conselho. – falei enquanto era puxada por Tom.

E rápido.

Saímos da multidão. Tom estava tão assustado quanto eu, mas se forçava a manter a calma.

- Eu acho que viemos pelo lado errado. – olhei ao redor.

Estávamos do outro lado do parque e longe da saída. O chão era repleto de gramas verdes e as árvores se colocavam ao redor de uma pequena fonte que jorrava água. Não havia bancos e a voz das pessoas se tornara imperceptível.

- Pelo menos não estamos mais sendo seguidos. – Tom estava inquieto.

Me acalmei e sentei na beira da fonte.

- O que era aquilo?

- Não sei, mas não parecia ser o Conselho nos dando boas vindas. – Tom deitou na grama.

- Precisamos voltar, o Conselho... – algo interrompeu a nossa conversa.

'Temo que não será necessário, senhorita Kyla.'

Uma voz doce e gentil ecoou em nossa mente, o que nos fez levantar e procurar de onde vinha.

'Eu irei explicar tudo para vocês. Claro que o plano seria bem mais simples, mas tivemos algumas... Complicações no caminho.'

- Em menos de uma hora eu corri mais do que a minha vida inteira, não me diga o que é complicação. – Resmunguei.

Tom riu.

Uma mulher surgiu das árvores. Ela era muito pálida, usava um vestido roxo muito longo que cobria seus braços e pernas, seus cabelos negros eram presos por uma tiara branca e sua feição era gentil.

- Devo me apresentar adequadamente. – Ela nos saudou como uma rainha. – Meu nome é Saiko.



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