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História Elefthería - Capítulo Único


Escrita por: souhamucek e Jikookandwoosan

Notas do Autor


Hello, Hello!
É com muita honra que eu e a Chelly trazemos esta história para vocês. Confesso que estamos muito satisfeitas e encantadas pela Oneshot. Esperamos que vocês se envolvam com a história tanto quanto nós.
Antes de começarmos, uns avisos:
► Esta história foi inspirada no texto de Nero "Como foi “me relacionar” com uma vítima de estupro" (O link estará nas notas finais);
► A fanfic não tratará de estupro, muito pelo contrário, aborda-se uma libertação do trauma;
► Zayn Malik é Zayn Malik e Leigh-Anne Pinnock é Cassie Russel.
Sem mais, boa leitura!

Capítulo 1 - Capítulo Único


Fanfic / Fanfiction Elefthería - Capítulo Único

Liberdade

Por: Chelly e Lali

Bem difícil olhar para os lados e dizer o que era mais bonito ali. Tudo ao meu redor me encantava de maneira indescritível. Descobri o motivo pelo qual consideravam Santorini um destino luxuoso para as viagens de casal. Não, eu não estava ali acompanhado. Fui praticamente arrastado por Freddie, meu melhor amigo desde a faculdade, para um luau com seus amigos da empresa na Red Beach. Mas, precisava ser sincero, com aquela vista incrível da enseada, não estava de todo ruim ficar acolá.

Antes de chegar àquela Ilha no Mar Egeu, explorei Atenas e Creta. Era muito instigante pensar no choque de séculos como encarar o Partenon e o Cretaquarium. Um só país com tantas ilhotas distintas e histórias para contar, eu moraria lá facilmente. Tudo era lindo. Inclusive, as pegadas de meus sapatos sobre a areia vermelha.

Girei em torno de mim, admirando os barrancos rubros a se destacar do céu negro e salpicado de estrelas. Nem me lembrava da última vez em que presenciara um luar tão cândido. As tochas fincadas n'areia eram quase inúteis sob a luminosidade da lua cheia naquela noite.

Caminhei a passos lentos para alcançar o círculo de pessoas sentados à vermelhidão. Um dos rapazes continha um violão repleto de adesivos em seu colo e dedilhava uma canção a qual eu não conhecia. Sentei-me ao lado de Freddie, na tentativa de fazer amizade com os demais ou apenas me inserir em algum assunto. As conversas não me cativavam em nada. Parecia um misto de machismo e autoafirmação. Eles falavam sobre mulheres, cerveja e futebol, ou dos três ao mesmo tempo. Eu estava exausto de pessoas assim. O pior era ver algumas meninas interessadas em diálogos como aqueles. O mundo precisava de uma intervenção.

"Com licença." Como se percebesse meu estado avoado, uma voz doce rompeu meus pensamentos. Internamente, eu agradecia já que me salvou daquele discurso tolo.

"Pois não?" Indaguei, virando o meu rosto para atrás.

Meus olhos cor de mel estacionaram nos negros. Engoli em seco, completamente desconsertado com tamanha beleza. Eu não estava preparado para encontrar uma pessoa tão bonita quanto ela.

"O senhor pode me ajudar com o isopor?" Sem muito o que dizer, apenas assenti. "Eu preciso de uma cerveja, mas não estou conseguindo abrir a tampa deste negócio." Ela abriu um sorriso. Os dentes grandes e brancos se destacaram sob os lábios carnudos. Se eu achava essa moça bonita, depois daquele sorriso, eu constatei que ela era maravilhosa.

"Não se preocupe, eu pego para você."

Levantei-me com cuidado, cambaleando brevemente ao desdobrar os joelhos. Soltei uma gargalhada contida. Rumei os pés sobre a areia avermelhada até a negra das curvas incríveis. Juntos, chegamos ao canto das tochas onde o isopor estava. Abri-o sem muita dificuldade e retirei uma garrafa gélida. Toquei a tampa sobre uma das tatuagens de meu antebraço e enrosquei-a, o atrito soltou o metal.

"Aqui está." Estendi o braço para entregá-la e sorri, desconsertado.

"Obrigada." Isso foi tudo o que ela disse, antes de se virar e partir.

Observei os cachos balançarem contra o vento. A desconhecida se juntou às amigas, retornando ao antro de pessoas indesejáveis. Enfurecido pela desenvoltura falha, meus pés afundaram n’areia e, logo, tomei meu lugar. Freddie não notara minha ausência. Ele estava muito envolvido no assunto do círculo, ao contrário de mim.

Se antes eu já estava aéreo ao assunto, naquele instante estava mais ainda. Tudo o que via era a bela morena dançando, balançando suavemente o quadril enquanto equilibrava a cerveja na mão. O que eu não teria dado para poder enfiar os dedos em seus cachos aparentemente sedosos... Céus!​

Senti a presença de alguém ao meu lado, virei-me brevemente para desvendá-la com um sorriso o qual não tardou em se desfazer. Era a nova amiga de Freddie.

"Oi." Ela cumprimentou e soltou um sorriso tímido.

"Oi." Minha resposta não foi tão entusiasmada.

Tudo o que veio na mente era a dona dos cachos perfeitos que conhecera minutos atrás.

"Você quer dançar?" Perguntou sem demora. Segundos se passaram. Pensei em recusar sua proposta. Dançar com certeza não era uma das minhas qualidades. Mas acabei aceitando na expectativa de me aproximar e poder conversar novamente com a mulher que sequer perguntara o nome.

Levantamo-nos, e ela puxou minha mão, guiando-me até o aglomerado de pessoas. A música desconhecida soava alta. As pessoas dançavam e bebiam, sem se importar com os passos. Apenas seguiam o ritmo das batidas.

Olhei em volta, procurando quem roubou minha atenção, porém meu olhar não a encontrava. Nem o grupo de amigas estava mais ali. Sendo assim, deduzi que foram embora.

"Você não leva muito jeito com dança, não é mesmo? " Ela observou e riu. Eu realmente não me importei com o comentário, não deixava de ser verdade. Tentava imitar seus passos, contudo minha coordenação motora não era suficiente.

"Digamos que dançar não é meu ponto forte." Gritei para que ela me ouvisse em meio à melodia. Meu desânimo estava nítido. Naquele momento, eu só queria achar Freddie a fim voltarmos para o hotel, mesmo que ele pudesse ter achado companhia melhor.

"Eu estou com sede, vamos pegar uma cerveja?" A moça diminuiu a distância entre nós e fixou seu olhar ao meu. Aquele era o sinal de que eu precisava sumir. Ela era bonita, mas não queria algo a mais. Pelo menos, não com ela.

"Eu posso ir até o isopor buscar... É melhor você esperar por mim aqui." Sugeri em desconversa, entretanto ela aceitou.

"Tudo bem, gato. Não demore." Alertou e voltou a dançar. Em passos rápidos, distanciei-me de onde ela estava. Sem planos de voltar.

Cheguei ao isopor e peguei uma garrafa, mas, antes que pudesse fechá-lo, uma mão acastanhada com unhas azuis também retirou uma bebida. Quando percebi de quem era a mão, meu coração bateu desgovernado. Senti como se meu corpo congelasse em questão de segundos.

"Parece que a vida quer muito que você me ajude esta noite." Sua voz doce me despertou do transe. Era ela de novo.

Engoli em seco. Toda ação simples se pareceu impossível. Eu fiquei estático. A única coisa que consegui fazer foi sorrir, admirando cada estrela refletida nos olhos escuros.

"Eu sou Zayn." Apresentei-me às pressas para descobrir seu nome.

"É um prazer." Por um instante, eu pensei que ela não me diria como se chamava, no entanto, para minha surpresa, ela esticou a mão. "Sou Russel, Cassandra Russel. Pode me chamar de Cassie para facilitar." Simplificou, com uma piscadela capaz de ferver o meu interior.

Juntei minha mão tatuada a dela e chacoalhamos num aperto de mão. Com a ponta da garrafa, ela apontou para a beirada da água. Assenti e caminhamos para lá. Espiei se a outra garota me vigiava ou não e segui a dona dos cachos perfeitos. Sem pudor em sujar o vestido branco, Cassie se sentou sobre a areia vermelha. Uma sequência de espalmadas ao seu lado me convocou. Não demorei em me abancar ali.

"É a sua primeira vez na Grécia?" Ela quebrou o silêncio.

"Sim, eu sempre tive curiosidade em vir, mas nunca tomava coragem." Desabafei e Russel negou com a cabeça. "E a sua?"

"Não. Ano passado eu fui a Mykonos sozinha e me encantei por isso aqui. As minhas amigas ficaram empolgadas com as minhas fotos e vieram comigo desta vez... Todavia, é como se eu estivesse sozinha. Elas só pensam em homem."

Pela resposta ácida, toda minha esperança em conquista-la foi por água abaixo.

"Você trabalha na empresa de sapatos com aquele pessoal?" Ela sempre puxava o assunto. Podia ser coisa da minha cabeça, mas eu sentia que ela queria saber mais sobre mim.

"Não, olhe para as minhas roupas... Eu estou completamente fora do mundo da moda." A gargalhada da morena era doce, apesar de ruidosa. "Eu sou escritor."

"Desculpe-me, sr. Zayn, entretanto, eu, enquanto estilista, gostei bastante desta sua bermuda branca rasgada. Inclusive, combina-la com esta bata azul foi uma escolha sábia." Não sei se com sinceridade ou não, ela elogiou.

"Se a Stylish Cassie Russel aprovou, estou divino." Ironizei. "Quando não está desenhando, o que gosta de fazer?" Consegui, finalmente, manter uma conserva digna.

"Assistir série." Não hesitou ao responder.

"Boa! Quais suas séries preferidas?" Surpreendi-me com o mesmo ponto em comum.

"Breaking Bad, Game Of Thrones... São tantas." Os orbes escuros correram de um lado para o outro. "Preciso pensar em mais. Um segundo."

"Mr. Robot." Dissemos ao mesmo tempo sim. "Sim!" Continuamos simultâneos.

Nossos olhares se encontraram enquanto ríamos da sincronia. Aquilo era estranho, mas foi suficiente para tirar todas as palavras de nossas bocas e dar espaço a apenas olhares. E que olhares. Era como se aquela mirada me atravessasse e ela conseguisse me enxergar por dentro. Intimidado, desviei meu olhar para a areia fofa.

"Escritor, não é? Então quer dizer que estou na praia com Shakespeare?" A mão gordinha espalmou em meu braço repleto de tatuagens.

Gargalhei ao fraquejar.

"Quem me dera, eu sempre sonhei em criar uma história na qual todos se lembrassem."

"Escreva sobre mim." Ironizou, batendo levemente nos cachos sensualmente volumosos.

"Quem sabe um dia?" Brinquei, sem dar muitas esperanças. Escondendo a vergonha nítida que me percorreu, mudei de assunto. "Então quer dizer que a moça do sorriso bonito também gosta de Shakespeare?"

"E quem não?" Retrucou rapidamente. "Como é aquele verso famoso? 'Duvides que as estrelas sejam fogo, duvides que o sol se mova, duvides que...' como é mesmo?"

"...Que a verdade seja mentira, ..." Completei, guiando-a. Meus olhos migraram dos grãos de areia rubros para os olhos ébanos, e seu sorriso me mostrou que ela se recordara.

"Mas não duvides jamais de que eu te amo." Recitamos juntos.

Naquele instante, meu coração não mais pulsava, debatia-se entre os pulmões, bombeando desesperadamente o sangue fervente para todo o meu corpo. Eu sabia que não era amor, porém não fazia ideia de como nomear aquela sensação indescritível quando, num avançar brusco, ela aniquilou a distância entre nós.​

Meu olhar colou ao dela. Senti que nada no mundo me faria quebrar aquela ligação. Ela começou a revezar entre meus lábios e olhos. O que me fez chegar à conclusão de que ao tentar beija-la, ela não se afastaria. Receoso, comecei segurando sua nuca, finalmente, tendo liberdade para tocar seus lindos cachos. A outra mão ficou em sua cintura fina. Colei nossas testas. A respiração ofegante de Cassie chocou com a minha, e ela, então, colou nossos lábios.

Deixei que ela comandasse o beijo no início, mas ficar na defensiva estava me deixando louco. O beijo foi ficando veloz, e quando percebi já estávamos de frente um para o outro. A falta de ar foi chegando e o ritmo do beijo cessando. Ela terminou, deixando uma leve mordida em meu lábio inferior. Ainda próximos, deixei meu olhar encontrar os escuros novamente. Sem dizer uma palavra, o beijo recomeçou.

Eu não sabia aonde aquilo chegaria. Contudo, eu queria ir até o fim. Minhas mãos começaram a passear pelo seu corpo repleto de curvas e, abraçando-a sua cintura, deitamo-nos na areia vermelha. No momento em que elevei a mão rumo aos seios arredondados, ela estremeceu. Não de maneira positiva. Respondendo ao meu toque, Cassie guiou minha mão de volta para a cintura.

Obedeci seus comandos. Sem ousar romper o beijo, pressionei o tronco contra o meu. Ela soltou um suspiro, aparentemente entregue. As mãos curiosas em direção a minha ereção foram a deixa para que eu retornasse aos meus movimentos. Escorreguei vagarosamente a mão tatuada, seguindo os arrepios leves. Quando cheguei à coxa torneada, a fim de levantar o vestido, ela travou. E o medo de ter feito algo errado me consumiu.

Ao nos interromper, Russel se sentou e encarou a água quebrando n'areia. Tomou uma inspiração profunda. Sem coragem de olhar para mim, ela começou a falar:

"Zayn, e-eu..."

"Eu fiz alguma coisa de errado?" Questionei, inseguro.

"Eu fui estuprada há dois anos atrás."

Como se uma onda gigante me lavasse ali, eu congelei. Todas as palavras que vinham a minha mente não pareciam boa o bastante. Ela não me prepara para tamanha revelação. Apenas cuspiu a realidade para mim. Cassie era oposto do estereótipo de vítimas mais comum. Aquilo nunca passaria na minha cabeça.

"Sinto muito." Tentei formular alguma réplica, no entanto, ainda sim, sem a certeza nas palavras. "Eu jamais imaginaria. Peço mil desculpas pela maneira como agi, estou me sentindo um estuprador agora..."

"Não..." Ela ergueu a mão ao me interromper. "Não se culpe, eu não transo há anos. Eu estava gostando. Aliás, eu quero. São só alguns toques que me remetem ao abuso, mas não tem a ver com você." Tranquilizou-me.

"Preciso dizer que eu nunca imaginaria isso de você, eu te achei tão forte." Desabafei minha insegurança.

"A gente aprende a ser."

Eu não sei se ela queria mais falar sobre aquele assunto. Nem notei quando voltamos a nos beijar. Porém, os lábios carnudos já preenchiam os meus. De repente, com nossas bocas ainda grudadas, a dona dos cachos perfeitos disparou:

"Acredito que a melhor vingança de um estupro seja se libertar do trauma." Os olhos escuros faiscavam ao vibrar marejados. "Liberte-me." Não tardou a unir nossos lábios de novo.

Meu coração disparou. Meus dedos fincaram n’areia rubro, na tentativa de transferir o desejo que percorria as minhas veias.

"O que houve?" Ela indagou, com a sobrancelha cheia e grossa a se erguer.

"Estou inseguro..." Suspirei, apreensivo. "Tenho medo de fazer alguma coisa que te assuste."

"Eu duvido." Num movimento bruto, os lábios de Cassie encontraram os meus num contato casto. "Você não é como os outros, Zayn."

"Se qualquer coisa te incomodar, avise-me. Não hesite em me mandar parar, por favor."

A minha mão tatuada atravessou uma mecha dos cabelos da estilista, a qual, em forma de resposta, cravou as unhas em minha nuca. Trazendo o corpo definido para cima de mim, ela rompeu o beijo. Tão logo, migrou os lábios carnudos para a minha orelha, onde roçou a ponta de seu nariz no lóbulo e mordiscou a região de forma lenta e torturante. Despediu-se do último instante de sanidade, quando ela sussurrou:

 “Não se preocupe, Zayn. Eu quero. ” 

Sem conseguir mais resistir, nossos corpos tremiam em luxúria. A negra se virou para mim, agarrando meus cabelos com determinação e grudando os lábios de forma desesperada.

As minhas mãos deslizaram para as coxas, desenhando o formato de cada músculo destacado. Continuei a subi-las, enfim, segurando firmemente os quadris avantajados, retribuindo mais intensamente às carícias furiosas de minha língua com a sua. Naquele segundo, os lábios de Cassie sorriram vitoriosamente durante o beijo. 

Sem perder tempo, eu me encaixei entre as pernas escuras, deixando nítido que não pretendia me afastar da dona do sorriso mais lindo. Ambas as minhas mãos corriam livremente pela barriga magra, assim como as dela exploravam meu abdômen sob a camisa.

 Ela, Cassie Russel, inteiramente entregue aos encantos meus encantos. 

Meus dedos ágeis começaram a passar mais tempo brincando com o laço do vestido frente única, fazendo a respiração da morena falhar com ainda mais frequência. Não capaz de conter o desejo, ela coloca as minhas mãos em seus seios sobre o tecido, à espera de que eu sentisse a arritmia no coração desesperado entre os pulmões, e terminasse logo com a agonia urrando em seu interior. 

Visivelmente surpreso com sua atitude, eu farto minhas mãos nos seios arredondados e volumosos, demonstrando total satisfação. Antes que eu me desse conta, o vestido branco não mais cobria o busto.

Com a respiração arfante, eu separei apressadamente os lábios dos de Cassie. Admirei cada centímetro da pele castanha e o círculo perfeito que formavam os seios mais perfeitos, a coloração escura de seu mamilo pouco destacado, com uma pinta delicada ao lado da auréola. O sorriso maravilhado em meu resto não tardou a se fazer presente. Retornei meu olhar para a imensidão negra de seus olhos.

As mãos marrons se desfizeram da bermuda branca que eu usava. Ela estava tão decidida quanto eu. Arrastando vagarosamente a parte debaixo de Cassie, as ondas quebraram em nossos pés. Sem nem me dar tempo de assimilar o que estava prestes a acontecer, ela me empurra para o lado. Erguida sobre mim, ela se preenche, fazendo-me pensar por um momento que se rasgaria por dentro. 

Os olhos se reviraram, reconhecendo aquela sensação que há dois anos não sentia. A força com a qual ela se remexia causava uma sensação inédita. Recapitulando todas as transas de minha vida, constatei que jamais tivera tamanha explosão com nenhuma outra mulher.

De supetão, Cassie se inclinou, aproximando minimamente nossos rostos. A maneira como ela continuou se movimentando, enquanto soltava ruidosamente o ar em meu ouvido, fez-me retorcer os dedinhos dos pés sobre a areia avermelhada e agarrar seu traseiro como se eu dependesse daquela força para viver. 

Os corpos estavam tensos, sobrecarregados por inteiro de prazer, e, ainda assim, ansiosos por mais. Nunca na minha vida pensei que me entregaria tanto àquela maneira obediente e dobada, ainda mais em um lugar público, mas, sem dúvidas, foi a melhor decisão que tomei.

Após alguns minutos, na mesma posição e intensidade, nós começamos a perder o controle sobre nossos corpos. Quando já tinha perdido a conta de quantos pequenos orgasmos ela mesma lhe causara, percebi o quão prepotente eu fui. Não era eu quem estava a libertando, Cassie, naquela situação, libertava a si mesma.

 O cansaço começou a nos dominar. Lutando contra a exaustão que teimava em querer interromper aquela sensação incrível, Cassie segurou meus cabelos entre os dedos, puxando-se para fora de mim e retornando num bruto cavalgar, enquanto eu me preocupei em beijar intensamente sua clavícula.

 Sem sucesso algum em nos mantermos firmes, procurei os lábios carnudos da morena, na tentativa de afastar o cansaço inconveniente. Num clímax de volúpia, consegui me reanimar para o ato final e, com uma investida forte e profunda a ponto de sentir seu fundo, soltei um gemido rouco rente a boca rosada, finalmente gozando ao mesmo tempo em que ela, também esgotada, sob aquele luar brilhante na praia paradisíaca.​

Naquela época, eu não sabia o quanto aquela noite significaria para mim. Hoje eu sei. Meu próximo livro está na editora e, em breve, será publicado. Como se Cassie pudesse prever meses atrás, eu escrevi sobre ela. Acredito que não seja um best-seller por conta do tema que abordo, mas, sem dúvida, é a minha história preferida.

Creio que, com ele, o mundo se conscientizará aos poucos quanto à cultura do estupro e a respeito de nunca desistir de renascer o brilho nos olhares apagados. Tenho ciência de que o meu livro não mudará o mundo, porém, se um leitor refletir sobre ele, sentir-me-ei um escritor completo.

Não, não me tornei o novo Shakespeare. Tão logo meu nome será esquecido, mas eternizei em palavras todo o meu amor pela minha noiva dos cachos perfeitos e, junto a elas, contei ao mundo sobre o dia em que me apaixonei por uma vítima de estupro.


Notas Finais


Agradecemos infinitamente por terem lido até aqui.
Esperamos do fundo de nossos corações que tenham gostado.
Para nós, foi uma honra escrever esta história. ♥
Com muito carinho e dedicação,
Chelly e Lali.

► Como foi “me relacionar” com uma vítima de estupro: https://trendr.com.br/como-foi-transar-com-uma-vitima-de-estupro-9210eea52090#.e4frv0ulc
► Histórias da Chelly: https://spiritfanfics.com/perfil/bieber_mahone96/historias
► Histórias da Lali: https://spiritfanfics.com/perfil/souhamucek/historias

Este texto leva, em média, 11 minutos para ser lido. Exatamente o tempo para o próximo estupro.
Diga NÃO à violência contra mulher.


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