"N/A, AG, é uma fanfic one short (de um único capítulo) porém, em breve eu irei adicionar 2/3 capítulos também (one) ou seja,independentes, cada capítulo vai ser uma parte diferente da história, por isso serão enormes. Um grande beijo e aproveitem a leitura!"
Era uma noite fria de inverno, as ruas estavam cobertas por uma fina e lisa camada de neve, e a morena estava tentando decirdi-se em qual livro compraria naquela noite. É claro que se ela tivesse algum tipo de estabilidade mental, levaria os dois, mas sabia que iria ler os dois de uma única vez e que de verdade, não se dedicaria a nenhum deles por inteiro. Então resolveu levar o que falava sobre psicologia para traumas adolescentes. Indo até o balcão para paga-lo, tirando o dinheiro da carteira e estendendo a moça do caixa, enquanto enfiava ambas as mãos no casaco chocolate grosso.
-obrigada e volte sempre!- ela exclamou, entregando-lhe a sacola com o livro e um marca texto da livraria
-grata- respondeu, pegando a sacola e seguindo para fora da livraria
Andando apressadamente pelas ruas vazias, colocando seus fones negros e apertando o aleatório em sua lista de música. Se distraíndo enquanto andava lentamente, Londres era uma linda cidade, mesmo a noite e com ruas vazias. Era algo bom para a vista. Respirar o ar frio, pisar na neve fofa e fina... era uma sensação reconfortante e gostosa, quase mágica.
Enquanto virava na esquina, ela pode sentir o cheiro quente e conhecido de café, café quente. Era tudo oque ela precisava naquele momento. Um belo copo de café quente. Olhando rapidamente para a cafeteria pequena, com um letreiro brilhante, enquanto ela passava pela porta e escutava o "trim" do sino ao sentir o aquecedor lhe causar uma sensação boa e confortável.
O ambiante era adorável, com pequenas mesas por todos os lugares, com algumas pessoas que habitavam o local, casaid e até mesmo homens e mulheres sorridentes. A morena então direcionou-se para o balcão, onde estava uma jovem de negros cabelos e avental vermelho, que mascava chiclete.
-boa noite senhora, já vai pedir?-
A morena acenou que sim, dando uma olhada para o cardápio estendido no balcão.
-um café com leite, um chá de maracujá e um pedaço dessa torta de morango- ela falou enquanto a atendente escrevia o pedido
-okay, o garçom levará em alguns minutos, porque não se senta?- ela sugeriu, enquanto a menina escolhia a mesa mais reservada, no canto esquerdo do local
Colocando a bolsa e a sacola de livro recém comprado em cima da mesma, tirando o casaco pesado, deixando-o sobre a mesa enquanto passava as mãos pelas têmporas, o dia havia sido difícil, a turma da faculdade era grande e dispersa, principalmente quando se tratava de literatura, que era uma matéria que sem dúvidas requeria uma pouco mais de atenção.
Sentindo rápidamente uma brisa fria invadi-la o organismo, ela virou-se para a porta, a tempo de admirar a bela entrada triunfal de uma senhora, uma bela senhora de preto. Seus cabelos loiros logo foram agitados pela brisa de ventro frio que surgiu no local, após fechar a porta a mesma senhora segiu até o balcão. Sinalizando algo com a mão, e ajeitando o negro e apertado vestido com a outra, enquanto recebia um "sim" da atendente. Ela logo foi se sentar, a mulher devia estar aos meados dos cinquenta anos. Já que haviam nítidos sinais do tempo em seu rosto, o que, por sinal, não a deixavam menos bonita.
Quando ela se sentou, uma mesa a frente da sua, no lado oposto, na cadeira escostada na coluna cor vermelha do local. A professora pôde observa-la mais atentamente, os traços aristotráticos, os olhos bem marcados, cor âmbar, uma mistura de verde e marrom. Sua boca pequena, levemente inclinada. Sua postura ereta, arogante, prepotente. Era encantadoramente sedutora. Bela mulher, bela mulher. Pensava a professora, encarando-a silênciosamente.
Como que ouvindo seus pensamentos, a mulher enclinou o rosto, olhando bem nós olhos da professora, erguendo a sobrancelha direita, com uma expressão confusa. A professora virou o rosto. Olhando para a parede transparente que dava para a rua, batendo os dedos nervosamente contra a mesa de madeira invernizada.
Mesmo achando aquilo muito estranho, a mesma continuou a encarar a rua, agora pegando seu livro recém comprado. Sorvendo o cheiro bom, era seu perfume favorito. O cheiro de livro recém comprado. Abrindo a primeira página e lendo a introdução. Porém ela ainda sentia uma sensação estranha e vergonhosa, como se alguém a tivesse observando, pior, sugando sua alma pelos olhos.
Mordendo o lábio inferior, ela pôde conter a vontade de olhar novamente para a mulher sentada a uma mesa da sua no lado oposto, admirar seus belos olhos, sua boca bem desenhada, suas belas pernas torneadas, até demais para sua idade.
E como um atentado a sua vida, a mulher loira soltou uma gargalhada, alta e gostosa, mexendo no seu aparelho telefônico. Era estranho, extremamente estranho.
-senhora Goode?! Seu pedido- exclamou a atendente, enquanto levava o pedido da mulher loira, deixando-o o mesmo em cima de sua mesa.
Por um minuto ela se questionou porque seu pedido ainda não chegará, sendo que ela havia pedido antes da loira gostosona lá. Talvez ela tivesse alguma preferência, por ser cliente antigo, ou talvez pela idade.
A postura da loira se tornou rígida, enquanto bebia seu copo de café quente.
-seu pedido senhora- o garçom alega, enquanto retira o prato com torta de sua bandeja e coloca sobre minha mesa.
O chá, e logo o café fumegante.
E como em um estalar de dedos, o café caí de sua mão, abrindo-se e molhando todo o meu livro que estava aberto. Ao sentir os pingos quente, afastou-se e levando consigo o casaco
-Puta merda, meu filho você está cego?!- questionava, brava, seu livro era um caso perdido. Estava ensopado.
Já com o sangue fervendo ela pôde ouvir a risada despreocupada, vinha daquela mulher loira uma mesa a frente, do lado oposto. Desgraçada! A mesma tinha o sorriso grudado nós lábios, enquanto bebia seu café quente.
-e a senhora? Doque está rindo? Pareço piada?!- bravou, quase perdendo sua paciência mínima
Ela prontamente fuzilou-a com os olhos, ela até teria um pouco de medo, mas estava brava demais para isso no momento. Cruzando as pernas e deixando o copo sobre a mesa, enquanto respirava pesadamente.
-por acaso está se direcionando a mim? Que petulância!- "que delícia"
-se a senhora tomou a carapúcia para sí, quem sou eu para contestar- sorriu mostrando-lhe os brancos dentes
-de-desculpe-me senhora, eu, darei um jeito- ele tentou, nervoso
-está tudo bem...-
-vamos pagar o livro, eu juro, eu pagarei- ele estava quase chorando
-está tudo bem, tudo bem, tudo bem, apenas me traga um outro café- exclamou, indo para a mesa do lado oposto, colocando-lhe a bolsa e o casaco.
O garçom logo lhe serviu novamente a torta e o chá.
-só um minuto- ele estremeceu e correu até a cozinha novamente, enquanto a professora mexia em seu aparelho telefônico.
Parando no momento em que sentiu novamente que estava sendo observada, logo encarando a mulher loira a sua frente, que continuava com um sorriso de satisfação nós lábios.
Prepotente, e entojada, não poderia ser pior, não poderia!
Faz muito tempo que Fiona não se divertia tanto, destruir o livrinho interresantísimo que ela havia acabado de comprar. Fora todos os elogios assanhados que pulavam de sua mente quase em um dourado que a cegava. Ela não podia negar que gostava, que gostava de se sentir desejada, de sentir que seu corpo ainda chamava muito a atenção de uma pequena garotinha daquela. Que deveria beirar os 20, uma linda garota, linda e deliciosa.
Fiona estava devastada, a recém descoberta do câncer e da nova suprema ser sua filha. Ela estava cansada, tanto física quando psicologicamente. E foi ali em busca de um bom café e um minuto para esparecer um pouco a cabeça. E logo ali chegando, fora cercada dos doces elogios da menina, e brincar com ela, foi sem dúvidas satisfatório.
Os grandes e atentos olhos claros da menina eram ao mesmo tempo confiantes e aborrecidos, ao encarar o livro perdido na mesa ao lado. Fiona quase sentiu pena. Seus cabelos soltos e bagunçados, davam-lhe um ar de -pós sexo- era lindo, e sedutor sem dúvidas.
A medida que a menina comia os pedaços da torta, Fiona sentia uma necessidade extrema de se aproximar, de falar, de encantar ainda mais a garota. Deixa-la aos seus pés, como todos os homens já foram. Oque Fiona estava pensando? Teria uma mulher, nem mesmo em sua juventude chegou a mais que beijos e carícias com uma outra mulher. E agora, a beira da morte ela estava tendo seus desejos despertos por uma moçinha simples e ingênua de uma mesa de cafeteria. Que bela irônia dos deuses.
-desculpe pelo incidente do livro- a voz grossa fez o corpo inteiro da professora arrepiar
Erguendo os olhos, ela quase perdeu o folêgo ao se deparar com os belos olhos cor âmbar em sua frente.
-não foi sua culpa senhora-
Fiona sorriu, sentando-se na cadeira em sua frente, e analisando o rosto da mais nova, em busca de qualquer sinal de sua conturbada mente. Ela poderia usar facilmente seus poderes, porém ela preferia desvendar a menina lentamente. Sorvendo cada pequeno prazer de sua mente.
"Chegue perto criança" a mente da bruxa ordenava.
Porém a mente da professora protestava, a razão ainda lhe soava mais alto que os encantos da loira em sua frente. O sorriso de Fiona ficou ainda maior, séria mais divertido do que ela imaginava.
-é claro, mesmo assim devo admitir que foi muito grosso de minha parte rir da situação-
"muito grosso de sua parte" a mente da menina gritou, irônica
Fiona ergueu a sobrancelha.
-está tudo bem, de certo eu também riria se fosse com outra pessoa- ela acenou sorrindo
-ótimo, mas eu poderia perguntar uma coisa?- os olhos da loira brilharam
-claro- a menina respondeu protamente, caso a loira perguntasse qualquer coisa ela responderia prontamente, ela talvez até faria qualquer coisa... céus oque ela estava pensando
-o que havia de tão interressante no livro, para que você ficasse tão brava ao vê-lo estragado?- a loira apoiou o cotovelo na mesa e enclinou-se um pouco para frente. Fazendo seus seios ficarem mais expostos.
Foi inevitável. A professora estava se alto batendo, dando tapas fortes em seu rosto, por ter deixado seu autocontrole se estragar juntamente com seu livro, ela estava olhando despurodamente para os seios -belos seios por sinal- de uma completa desconhecida muito estranha por sinal.
-eu nunca vou saber- ela pronunciou, apoiando seu cotovelo na mesa e encarando a mais velha um pouco mais de perto.
Fiona se sentia revigorada, mais forte que nunca, sua única vontade naquele momento era ser tomada nós braços por aquela bela morena de olhos claros.
-Goode, Fiona Goode!- ela falou, estendendo a mão
A morena foi pega de surpresa, logo apertando a bela mão da loira, quente e delicada. Macia.
-Esme, Esme Jouth-
"Esme... Esme... não poderia achar nome mais aprópriado"
Fiona queria se deliciar com tal nome, Es-me, era gostoso de se pronunciar. De curvar os lábios enquanto dizia cada letra lentamente e deliciosamente.
-então Esme, eu moro há alguns quarteirões daqui e posso dizer que tenho uma bela coleção de livros lá... caso queira conhecê-los, eu ficaria grata em mostra-los-
A postura da menina tornou-se tensa.
"Cedo demais, droga, timidez agora não Esme"
Parecia que toda a parte ciente da mente da professora desapareceu junto com seu livro, ela sentia que poderia se jogar a frente de um carro caso Fiona mandasse, era uma verdadeira piada do destino. Logo ela, que nunca se deixou controlar nem pelos próprios pais, estava servindo de marionete para uma dama desconhecida.
-porque não, é sexta a noite e eu não tenho nada para fazer- as palavras saíram com tamanha facilidade, que Esme teve que forçar para não transparecer sua surpresa
Fiona demorou-se em um sorriso.
-vou pedir a conta- ela alegou, chamando o garçom que tinha servido Esme, que ao menos notou.
-a minha e da senhorita aqui porfavor- ela pediu, abrindo sua elegante bolsa de couro azul marinho
-não vou deixar que pague ambas as contas- a morena insistiu, colocando a mão por cima das mãos da loira
-eu pago- ela sugeriu, entregando a quantia com algumas notas a mais para o garçom
-fique com troco- ela piscou para o garçom, dando-lhe um belo sorriso
Fiona estava se segurando para não lançar o garçom na parede, ela estava extremamente raivosa com aquela menina a sua frente entregando seu sorriso para um outro, que não seja ela. Oque estava acontecendo? Ela estava com ciúmes de uma garota? De uma garota que ela ao menos conhecia. Nem mesmo com seus melhores amantes, ela se permitia sentir tal sentimento. E ali, com uma completa estranha?!
Fiona então recolheu seus pertences, colocou seu cosaco e esperou a senhorita fechar a bolsa e vestir seu pesado casaco marrom. A mesma logo o fez, e seguiu a loira até a porta.
-urgh, está ainda mais frio de quando eu entrei- murmurou a morena, enquanto cruzava e esfregrava os braços
Fiona apenas riu
-talvez você precise de um casaco mais grosso minha cara- ela comentou, arqueando a sobrancelha.
O caminho foi agradável, embora as duas não tenham trocado muitas palavras, elas não eram tão necessárias naquele momento. Elas estavam bem assim, ali.
Fiona logo que chegou na frente de sua casa, passou pelo portão principal, e Esme admirou o seu jardim de rosas brancas. Enormes. A bruxa, abriu a porta principal, e observou a morena cheirar uma das flores e sorrir.
-ande, ou vai congelar- a loira chamou, e a professora logo atendeu, entrando em rápidos passos na casa
Sem dúvidas Fiona tinha um ótimo gosto para decoração, a casa misturava uma pegada rústica com a clássica. Era fascinante.
-vou pegar algo para bebermos, aceita um vinho?- ela questionou deixando a bolsa no sofá e desaparecendo no corredor.
-claro, claro- Esme respondeu, enquanto admirava a arquitetura da casa, o piso de madeira queimada. As paredes em tons de bege e âmbar, lembravam os olhos de Fiona.
Passando os dedos pelo corrimão da escada, a menina pode sentir o cheiro daquele local. Tudo, cheirava a fiona. Acentuado e intenso, extremamente intenso. Talvez se ouvesse qualquer resquício de juízo na cabeça da morena, ela saíria dali imediatamente e correria de volta para sua casa, onde era protegido e confortável. Porém Fiona logo voltou, a fazendo soltar o corrimão e encara-la.
-porque ainda está de casaco minha cara? Ainda sente frio aqui dentro?- a loira questionou, despejando o vinho dentro da tarça oval de cristal, e logo entregando a mesma nas mãos da morena
-n-não- ela tentou, tirando o casaco e o colocando em cima do sofá de couro branco
-ótimo- ela respondeu, bebendo um pouco do conteúdo de sua tarça, enquanto encarava a professora, Esme estava realmente paralisada. Os lábios da mais velha eram extremamente desenhados, rosados, sensuais... fazia Esme tentar advinhar que gosto eles teriam
-que tal se eu ligasse a lareira?- ela questionou um pouco rouca
-eu nunca vi uma lareira antes- comentou a mais nova, tomando um gole do vinho
-será sua primeira vez então-
Foi então que a professora avistou uma série de cd's, caminhando até uma cômoda, não deixando de notar o quadril da loira, enquanto ela se abaixava para ligar a lareira. Engolindo seco tal situação, a medida que o fogo da lareira crescia, o fogo em seu baixo ventre também.
-gosta de cd's?- a voz de Fiona foi evidente, fazendo Esme a encara-la, sentada no sofá de couro preto, com as pernas cruzadas naquele negro vestido tão apertado. Com o tarça entre os lábios.
-s-sim... são bem raros- ela comentou, passando os dedos por eles
-escolha um, para ouvirmos então-
Fiona estava enfeitiçada, e a menina nem bruxa era.
-esse...- escolheu a menina, pegando o cd nas mãos frias, e deixando a tarça em cima da cômoda.
-então coloque no aparelho- sugeriu Fiona, erguendo as sobrancelhas
A menina foi cuidadosa, encaixando o disco no aparelho de som, e deixando que ele processasse o mesmo. Pegando novamente sua tarça, e indo até onde Fiona estava.
A loira então, deu duas batidinhas ao seu lado, indicando onde ela deveria sentar. Em seu lado direito. A morena então, obedeceu. Questionando-se oque ela estava fazendo. Ambas ficaram ali, sentadas, extremamente próximas. Esme podia sentir a respiração da mulher mais velha, seu perfume agarando-lhe e a lançando no buraco mais fundo e escuro do universo. Mas ela iria, ela iria por Fiona. Por uma desconhecida.
-eu posso tocar o seu cabelo?- a voz da menina foi baixa, baixa o suficiente para Fiona questiona-se sobre ter ouvido certo
-perdão?-
A bruxa a encarou
-seu cabelo, ele é tão lindo, eu posso tocar nele?- a morena parecia estar com vergonha de seu pedido, porém tal sentimento desapareceu quando Fiona deu seu brilhante sorriso
-claro, porque não-
A menina depositou a tarça sobre a mesa de centro, usando a mão direita para tocar os fios loiros que cercavam o rosto da mais velha, respirando com certa dificuldade, por conta da próximidade absurda. Colocando certa mecha atrás da orelha da loira, e usando a ponta do dedo indicador para correr pelo rosto da mais velha, sentindo a pele macia. Fechar os olhos foi inevitável, inevitável para Fiona.
A mão da menina era tão macia, seus dedos trilhavam todas as linhas de afeições que haviam no seu rosto. A loira já havia sido tocada por muitos, todos adolatravam seu corpo, todos tinham muita devoção na hora do sexo. Mas muito pouco amor, muito pouco amor. E o toque, tão delicado, suave, Fiona não precisava estar de olhos abertos para sentir que a respiração da menina estava acelerada. Ela estava nervosa, e pela primeira vez em muito tempo, Fiona também estava rendida.
-você é tão linda, tão absurdamente linda-
O sussurro da professora foi quase ináudivel, porém foi o suficiente para fazer a bruxa sorrir, abrindo os olhos para dar de cara com os olhos claros da morena.
-caso você tivesse me conhecido, há uns, 20 anos atrás, eu concordaria com tal elogio minha criança- Fiona explicou, tomando o ultimo gole de vinho que havia em sua tarça
Esme tinha as sobrancelhas arqueadas, e um nó na garganta.
-eu discordo, creio que o tempo tenha lhe feito muito bem- A morena sugeriu, sorrindo discretamente
Fiona ficou em silêncio, ela sabia que a menina não estava mentindo, havia sinceridade em sua voz e em sua mente. O tipo de sinceridade que as pessoas raramente expressavam, sem serem enfeitiçadas para tal coisa. A menina era uma peça rara, e no momento, era a peça que Fiona mais queria apreciar. Deixando discretamente a taçar rolar ao chão, a bruxa usou a mão direita para acariciar o rosto da morena, colocando os fios ondulados do seu cabelo para trás.
Esme nunca havia sentindo sensação igual, os dedos da mulher eram como larva quente descendo sua pele branca, entrando em sua corrente sanguínea e acabando com todo seu sistema imunológico. Ela era como uma doença terminal, mantando-a por dentro.
-eu fiz uma torta de chocolate, está na cozinha, não quer comer um pedaço?-
Esme sorriu, e acenou afirmando.
-saiu em busca de alguém para comer sua torta Senhora Goode?-
A loira riu, graciosamente.
-pode-se dizer que sim- ambas riram, Esme se levantou e logo estendeu a mão para a mais velha
Fiona entourtou um bico, e rejeitou o gesto de respeito.
-eu não sou tão velha quanto pareço criança, ainda sei me levantar sozinha- falou dura, com um sorriso travesso nós lábios.
Enquanto Esme encarava o nada, com uma verdadeira cara de abismada, decidindo seguir a mulher mais velha pelo corredor da casa.
-mas eu não quis dizer...- ela tentou, embora Fiona a ignorasse, sorridente
Ao chegar na enorme cozinha tipo americana, com um enorme balcão de inox negro. Um ármario de parede branco, um fogão, pia e uma grande janela na parede esquerda. Esme andou apressadamente até a janela, vendo que a rua estava apenas iluminada pelas lâmpandas no alto dos postes ou na varanda das pessoas.
-quando eu comprei a casa, já veio com a janela, também achei inadequado- Fiona contou, abrindo a galadeira
-é estranho, mas também é bonito- A morena explicou, indo até a loira
-pode pegar os pratos dentro do ármario?-
A professora logo foi até o grande ármario de parede branco
-segunda porta-
A mesma logo avistou uma pilha de pratos, pegando dois dos pratos e levando para a mais velha. Goode partiu dois pedaços da elegante torta de chocolate e serviu ambos os pratos, entregando um garfo a morena e ficando com uma, Esme garfou o pedaço, e levou a boca elegantemente, soltando um gemido de prazer ao sentir o gosto bom em sua boca.
-humm, realmente está muito bom- exclamou a morena
-estava duvidando dos meus dons culinários Senhorita Esme?-
Fiona perguntou, colocando um pedaço da torta na boca.
-longe de mim- riu a professora
Então Fiona pegou a torta, e a colocou de volta na geladeira, fazendo total questão de enclinar bem o quadril, fazendo o já não grande assin vestido subir-lhe as pernas. Em instantes os pensamentos da menina se tornaram uma verdadeira bagunça... e entre eles, um havia chamado a atenção da loira.
"Eu poderia joga-la em cima desse balcão nesse exato momento"
O que fez, as veias de Fiona se agitarem, só de imaginar tal ato. Então a loira fechou a geladeira, e andou sedutoramente até a professora. Ficando perto o suficiente para grudar seus corpos.
-faça- uma palavra, uma única palavra, e Esme sabia exatamente oque ela estava mandando-a fazer
A professora largou o prato com torta na pia, segurando a cintura da loira com pressa, enquanto Fiona prendeu seus braços no pescoço da jovem. Sentindo os lábios urgentes da morena atacarem os seus, com graciosidade. Suaves e delicados. Fiona nunca havia sido beijada daquele jeito, tão lentamente. "Homens eram sempre tão apressados"
As mãos da menina era firmes, acariciando suas costas e descendo por sua coluna, e Esme quase sentiu seu corpo derreter, quando a mais velha passou sua língua urgente pelos lábios da mais nova. A professora estava a beira de uma despenhadeiro, e ela estava pronta para se jogar dele, sem paraquedas. Usando a mão destra para segurar o cabelo da mais velha com força, forçando a mesma a afastar os lábios. E enclinar a cabeça para trás. O gesto bruto fez a mais velha gemer, com um sorriso demoníaco nós lábios. As luzes do local falharam, a mágia de Fiona estava agindo. Porém nenhuma das duas ligou, elas estavam ocupadas demais para aquilo.
Esme passou a língua por todo o pescoço da loira, chupando seu ponto de pulso, e deixando uma bela mordida no local. A morena encostou a loira na beira do balcão, segurando-a com a mão esquerda em sua cintura e a direita em seu cabelo. Fiona estava sendo controlada, por uma humana sem nenhum poder. E ela devia confessar, estava gostando disso. A bruxa tocou a cintura da mais nova, trazendo-a ainda mais pra perto, ela queria o corpo da menina grudado no seu. A menina colocou ambos os braços ao lado da cintura da mais velha, predendo-a entre suas pernas, encarando-a sem fôlego. Fiona acariciou a barriga da menina -ainda coberta por uma blusa social verde clara- subindo pelo tecido até tocar os seios fartos da professora. Espalmando as mãos nós mesmos e depositando uma mordida na clavícula da morena, beijando o pescoço da menina e logo esfregando seus lábios nós dela.
Esme não ligava para absolutamente nada, ela estava perdida demais para raciocinar no momento, descendo as mãos para tocar novamente, o corpo da mais velha, apertando-lhe a bunda e chegando a barra do apertando vestido. Subindo até mais ou menos metade das coxas fartas da loira, apenas para coloca-la no colo e senta-la no balcão da cozinha. Fiona gemeu contra sua boca, abraçando o pescoço da mais nova, e selando seus lábios. Abrindo o zíper do vestido negro e o subindo para cima, Esme estava impaciente, ela queria a loira nua e queria agora, oque fez a mais velha sorrir, abertamente.
Ajudando a mais nova, ela retirou o próprio vestido e deixou o mesmo cair ao lado, fazendo a mais nova umidecer os lábios. A bruxa era linda, completamente e totalmente linda, independentemente de idade, era como ver um pedaço do paraíso. Fiona abaixou a alça do sutiã negro, como em uma oferta silênciosa, convidando-a chamando-a para uma escuridão sem fim, uma escuridão que Esme enfrentaria sem pensar duas vezes.
Tocando o ombro da mais velha com a mão destra, tomando a cintura da mulher com a esquerda e a trazendo para ainda mais perto. Distribuíndo beijos e mordidas, ela queria provar, provar cada pedaço daquele corpo. Endeusa-la, adora-la, mostrar toda a sua devoção. Queria mostrar a Fiona tudo oque estava preso dentro dela, queria vê-la gemer, gritar, dar-lhe prazer era quase uma necessidade. Desabotoando o fecho do sutiã e deixando cair no chão, a professora tocou o seio macio, acariciando, vendo a boca da loira fomar um perfeito "O", chupando, lambendo, mordendo o mamilo rígido. Enquanto Fiona castigava-lhe as costas, puxando-lhe a gola e rasgando a frente com todos os botões -que voaram pela cozinha- tirando a blusa da mais nova e cruzando suas pernas pela mesma, usando suas unhas pintadas em preto noite para arranha-la duramente.
Esme sentiu o sangue escorrer, a dor rasga-lhe a pele sensível. Porém continuava a massagear o seios macio e rosado, trocando de alvo e indo para o seio oposto, enquanto ainda segurava o seio direito, apalpando-o, massageando, acariciando.
-desgraçada...- a palavra custou a sair dos lábios da bruxa, e logo as luzes voltaram a falhar
Esme riu, puxando as coxas da loira para frente, segurando-lhe o queixo e beijando-a intensamente, sentindo a língua da mais velha explorar-lhe a boca, e agarar sua nuca. Sua pele estava pegando fogo, queimando, quase em combustão. A mão destra da menina desceu para entre suas pernas, e seu corpo tremeu quando sentiu que a peça estava encharcada, Fiona estava pingando, despudoradamente.
-sinta, o que diabos você fez comigo garota?!- Ela gemeu, contra a boca da menina, fazendo Esme estremecer. Afastando a peça da mais velha e encaixando um dedo entre suas dobras macias.
Introduzindo um dedo, devagar, lentamente, estabelecendo um ritmo calmo e cauteloso.
-Meu deus- a voz da loira saiu dificultosamente, enquanto ela apertava as costas da menina contra si, respirando contra a boca da professora
Enquanto a morena saboreava, cada gemido, cada sensação, ela queria gravar tudo, pregar cada som e estampa-lo em seu quarto. Aumentando cautelosamente seu ritmo, e sentindo que a mulher se derretia em seus braços, a bruxa passou a morder o ombro da menina, arranhando dolorosamente as costas da mesma. Era uma turbilhão de sensações, sem dor, pela primeira vez em toda sua vida sexual, Fiona não estava sentindo dor, só prazer -muito prazer-, os homens que estiveram em sua cama, ligavam mais para os próprios desejos, e acabavam tornando o ato dolorido e muito pouco prazeroso. O corpo da mais velha parecia que ia explodir de prazer, ela estava pingando em suor, e os dedos da menina estavam fazendo um trabalho apreciável.
Porém Fiona queria mais, ela não queria que a menina lhe proprociona-se um dos melhores orgasmos de sua vida, ela queria a menina para si, queria explorar o corpo firme e juvenil da morena. A muito custo, empurrou o corpo da jovem, que respondeu com uma cara de indagação.
-eu quero fazer amor com você, pela primeira vez na minha vida, eu quero fazer amor com alguém, e não só sexo- as palavras da loira atingiram a professora com uma faca, direta no peito, rasgando-a por completa
-onde fica seu quarto?- questionou a morena, respirando com dificuldade
-no fim do corredor, ao lado da escada- respondeu a mulher loira, ela poderia estralar os dedos e telestransportar ambas para sua cama, porém ela não queria assustar a menina, não podia correr o risco de perdê-la logo agora
A professora respondeu cruzando as pernas da loira em suas costas, e erguendo-se, andando confortávelmente, com uma facilidade descomunal.
-eu não sabia que era tão leve assim- comentou a loira, beijando o pescoço da morena
-você apenas não sabia que eu era tão forte assim- rebateu a morena, abrindo a porta e a fechando com o pé, o cheiro do quarto da bruxa, era de hortelã.
Fiona desceu do colo da morena, e logo alcançou o cóz da calça jeans da professora, porém a menina logo tomou sua cintura novamente. A bruxa resolveu usar de seus artifícios, usando a magia para prender os braços da menina contra a parede. Esme pragejou.
-o que diabos?- exclamou
-conto depois criança, depois- a bruxa ofereceu, descendo o zíper da calça e puxando-a para baixo, enquanto Esme fazia o restante do trabalho com os pés
A loira analisou as belas pernas torneadas da morena, sem dúvidas ela malhava, sem dúvidas. A mesma usou ambas as mãos para acariciar as coxas brancas da professora, subindo para seu quadril e enroscando seus dedos no elástico azul marinho da calçinha da morena. Que pragejou, tentando em vão se soltar. Fiona passou seu dedo indicador pelo nervo pulsante da menina, subindo lentamente para sua barriga, e o meio dos seus seios.
-Fiona, solte-me- rosnou a professora, entre os dentes
A loira riu.
-você fica uma graça bravinha, meu doce- ela estava provocando
Porém soltou a menina, que imediatamente a tomou nós braços, deitando-a na cama lentamente e beijando sua boca apaixonadamente.
Fiona provocou, excitou, exposta, dando-se por inteira, observando as reações da menina, gravando cada toque e cada ação da professora. Esme seguiu beijando os seios da loira, descendo pela barriga, e logo beijando o centro da mulher -ainda coberto pela peça- usando a mão direita para retirar a peça negra, e sem cortar o contato visual, ela provou da mulher, lambendo-a despudoradamente.
-por deus menina- o gemido da loira foi alto, ela de contorcia, segurando-se no lençol de seda da cama
Enquanto Esme, resolveu introduzir novamente, vendo a mesma desmorronar, suando, ela sentia os músculos da mulher se contorcerem. Clamarem pelo climax. Enquanto Fiona agarrava seus cabelos, e cravava as unhas em suas costas.
Fiona sentiu que nada na sua vida havia sido tão íntimo, tão especial, nenhum homem havia a tratado de tal forma. Esme era sua tábua de salvação, em meio aquela notícia desvatadora de seu câncer. Uma humana tão ingênua a fez esquecer exatamente tudo. A fez feliz como não era há tempos.
-ESME- o grito foi o sinal, enquanto as pernas da mulher amoleciam, e seu corpo tinha pequenos espasmos, ela estava sem fôlego.
A professora sorriu satisfeita, dando-lhe um beijo castro nós lábios. E afastando os fios loiros grudados pelo suor de seu rosto. E sentando-se em seu lado, a loira encostou-se em seu peito, acariciando seu rosto.
-eu vou tomar um banho- ela explicou, recebendo um aceno silêncioso da mais nova.
Fiona logo sumiu dentro do banheiro.
Deixando a professora perdida em meio a seus pensamentos, sobre oque diabos havia acontecido ali. Era como se o peso da realidade tivesse lhe caído os ombros, ela estava na casa de uma desconhecida que apararentimente tinha poderes sobrenaturais, e elas haviam transado, ela havia transado com uma mulher que conheceu no mesmo dia. Ela estava arruinada, culpada, ela sentia que ia morrer. Uma cruz enorme e pesada foi posta em seus ombros, colocando as mãos na cabeça ela se pergunta oque diabos ela tinha feito. Ela não conhecia aquela mulher, ela nem sabia se ela era casada, se ela era o diabo na terra. Vai saber, ela estava completa e totalmente perdida. Não arrependida. Perdida.
Enquanto Fiona, penteava seus cabelos de frente ao enorme espelho, havia um sorriso em seus lábios. Um sorriso há tempos escondido. Ela estava feliz, realizada, era capaz de dar o mundo aquela menina. Ela faria qualquer coisa para que a menina ficasse com ela, Esme era um presente divino para a mulher, e ela não a deixaria escapar. Era como se um presente fosse lhe dado. Porém o coração da mulher apertou, ao ler os pensamentos da mais nova.
A professora estava pegando suas roupas, vestindo sua calça jeans e buscando sua blusa, abrindo a porta e vestindo seu enorme casaco marrom. Buscando sua bolsa e arrumando seus cabelos de frente ao espelho. Já passava das três da manhã, e ela estava confusa demais para pensar como chegar em casa. Porém ela não queria ficar mais nenhum minuto naquela casa, com aquela mulher. Quando a morena girou a maçaneta da porta, a mesma sentiu o frio subto, e a mesma fechou brutamente, fazendo a professora virar-se contra a mesma assustada.
-ia fugir de mim criança?- questionou Fiona, usando uma camisola pérola na alturando joelho e um rob negro longo
-n-não, eu só quero ir pra minha casa-
Tentou a professora, cruzando os braços impaciente
-e pode me dar um bom motivo para isso?- pediu Fiona, se aproximando em lentos passos
-Por que? Que tal porque você é uma senhora estranha, desconhecida e que tem malditos poderes sobrenaturais, e por deus, eu transei com uma desconhecida que conheci numa porcaria de uma cafeteria. É motivo suficiente para você?- cuspiu a menina, sentindo-se mal
-está arrependida, pior, com medo de mim?- os músculos de Fiona se contraíram, de repente, um medo subto lhe subiu a espinha
-n-não, sim, estou confusa- ela explicou, dando de ombros
-meu bem, o pior defeito de você humanos, é ter medo do desconhecido- ela chegou perto da professora, tocando-lhe a mão
-eu posso dar oque você quiser, dinheiro, fama, glamour, qualquer coisa... apenas fique comigo, fique comigo Esme- havia uma sinceridade exposta na mulher, que fez Esme estremecer, ela queria ficar com a mulher, estava estampado em sua testa
-o que diabos você é?- ela questionou
-uma bruxa minha querida, uma bruxa- ela respondeu, tocando o rosto da menina
-porém você não respondeu minha pergunta- a bruxa insistiu
Ali estava, Esme em uma bela encruzilhada, entre a razão e o coração. Poderia ela, a criatura mais certinha daquela região, se apaixonar por uma bruxa desconhecida, em uma noite?! Ela não sabia, porém ela sabia que era a coisa mais incrível que já aconteceu na sua vida. Fiona era a coisa mais linda e deslumbrante que já havia acontecido com ela, e ela não deixaria essa chance lhe escapar.
Deixando a bolsa e casaco caírem do ombro, ela abraçou a loira em sua frente, Fiona sorriu, beijando-a os lábios apaixonadamente, feliz, extremamente feliz.
-porém, eu não quero nada além de você, guarde sua mágia para si mesma Fiona- ela sussurrou, dando um beijo lento na testa da loira
-você é realmente o ser mais intrigante que já conheci nessa minha vida- falou Fiona, sorrindo, enquanto segurava as mãos da menina em seu rosto
-mas escute, você pode fazer comida aparecer do nada com esse seu poder?- a menina questionou, fazendo Fiona gargalhar
-ande, vamos dormir- puxou a mesma pela mão
-não, não, estou falando sério, tipo uma pizza enorme aparecer do nada?- Fiona negou com a cabeça, seguindo para seu quarto, e fechando a porta em seguida
-tanta coisa importante no mundo, e você vem me perguntar sobre pizza criança?- ela rebateu, tirando o rob e deitando-se na cama, seguinda pela menina
-o que, comida é importante, e se sua mágia não serve para fazer comida do nada, para quê ela serve então?- perguntou a menina, engatilhando na cama e deitando-se ao lado da loira, que logo deitou-se em seu peito
-para ouvir oque você pensa talvez- confessou a bruxa, fazendo a menina encara-la
-então foi assim que você leu meus pensamentos na cafeteria? Sua vagabunda descarada- falou a morena, rindo
-você não parava de me cantar mentalmente, foi divertido, embora sua mente seja uma verdadeira bagunça- Confessou a loira, fazendo desenhos aleatórios na barriga da professora, já que ela tinha rasgado a blusa da mesma, e ela tinha pensado em ir embora sem blusa, apenas com o casaco
-que vergonha, céus!- a mesma murmurou, sorrindo
-uma graça, um doce- sorriu Fiona.
Em minutos, acariciando os fios loiros da mais velha, a professora caiu no sono, estava exausta, cansadíssima.
Fiona não sabia oque pensar, ela sabia que queria a menina ao seu lado, porém sabia que seria julgada não só pela filha Cordelia, como por toda comunidade do mundo da mágia. Já podia ouvir as palavras duras, porém ela nunca ligou para isso, porque ligaria agora, ela havia encontrado alguém especial. Finalmente, depois de quase toda a sua vida. E ela faria, qualquer coisa para protegê-la, para mantê-la perto. Ela era um anjo enviada de presente para um demônio.
Fiona tinha insônia, nunca conseguia dormir adequadamente, porém ficou ali, sentada na beira da cama, com um tarça cheia de vinho na mão, observando o corpo magro da menina descansar. Ela parecia serena, Fiona se certificou de que apenas sonhos bons se formassem em sua mente. A menina dormia calmamente, descansando. A loira beijou-lhe a testa, demoradamente.
-eu realmente não acredito que depois de toda a minha vida, eu finalmente encontrei você minha querida, finalmente-
Deixando novamente um beijo na testa da menina, ela se sentou na poltrona ao lado da cama, reabrindo seu livro e colocando seus óculos. Voltando a ler, vez ou outra, olhava para sua menina que descansava sem problemas, divertida criança. E sem ao menos perceber, ela sorria.
"Velhos autores, costumavam dizer que no começo do mundo, as almas eram ligadas no nascimento, por uma corda invisível. E assim, elas sempre estariam ligadas, e assim nunca se perdiam. Porém, os deuses, enciúmados com tal amor e devoção, cortaram a corda. E obrigou as almas a vagarem isoladas e perdidas pela Terra, sem ao menos saber da existência da outra. Porém a deusa lua, misericórdiosa, ordenou que, caso as almas se encontrassem, a corda séria ligada novamente, e desse jeito, o amor ligaria ambas as almas como uma só. E o amor retornaria a seu local de origem"
Fiona havia perdido sua alma, ela tinha ouvido aquela palavra dura quando foi em busca de sua imortalidade. Porém, mal sabia ela, que a corda de sua alma havia sido religada. E voltado para seu local de origem.
Por que mesmo na escuridão das piores pessoas, mesmo na mágia negra. O amor ainda era a mágia mais poderosa de todas.
Fim
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