Elegia ao Vazio
Reino de Ikana, outrora imponente e grandioso,
agora jaz em uma sombra do que fostes um dia.
Suas grandes paredes, imensos portões, agora
se perderam no limbo da escuridão da morte.
Seus habitantes se foram para terras distantes.
Somente um homem e sua filha ainda habitam
nestas secas e mortas terras, antes vívidas e
belas.
Seu rei, enlouquecido com o poder, ainda assim
insiste em não abandonar o velho poderio.
Não conseguindo descansar, nessas paredes
ele ainda habita, ao lado de seus fiéis escudeiros.
Oh! Terra de Ikana, consumida pelos espíritos,
a impureza do velho mal te assombra,
impedindo seu descanso.
As almas detestam a solidão, então tentam,
mesmo que sem nenhum sucesso,
reproduzir a forma humana, criando somente
cascas mortas e vazias, incapazes de sentir,
pensar, falar, agir.
Vazio que impera neste velho reino,
por que sentes prazer na dor?
Sádico Vazio, ama assistir, sempre rindo,
o sofrimento do velho líder e daqueles que,
sem cautela, adentram nas mortas fronteiras.
Aqueles que entram, jamais irão sair.
Transformar-se-ão em cascas vazias,
para suprir a necessidade das almas de
vida humana e feliz. Tornar-se-ão em corpos,
parados como estátuas, presos na terra seca.
Enquanto alguém munido do sagrado e da luz
não chegar a este triste e sombrio lugar,
a morte continuará sua habitante
sem permitir que tu descanses.
Oh! Reino de Ikana.
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