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História Os Doze - Livro I: Guerra - A Morte


Escrita por: Thiagowillyam22

Capítulo 1 - A Morte


Natanael

Todo mundo tem sonhos, todos querem ser algo ou alguém, muitos tem como referencial uma pessoa, um líder, um ícone que almejam ser igual… eu também tinha sonhos, mas eles foram destruídos, todos em um único dia. A morte como um predador cruel veio em minha direção, sem dó nem piedade e arrancou de mim aquilo que eu mais amava.

A noite está fria, como todas as outras, deixo a janela do meu quarto aberta só por essa noite, não sei bem o porquê, mas sentir o vento frio se espalhar pelo ambiente me acalma, e o eu preciso dessa calma, especialmente essa noite, levando em conta o que está acontecendo no quarto ao lado.

A porta se abre com um barulho e eu vejo diante de mim o homem forte e mal encarado de sempre, o porte atlético e tamanho colocando medo em qualquer um, mas eu não sou qualquer um .

- Vossa alteza, o rei deseja vê-lo. - Exclama o homem. Jason, o mais intimidador e dedicado soldado do rei. -  Agora! - A última palavra saiu com um tom de urgência. Levanto da cama e me dirijo aos aposentos dele.

O quarto é ao lado do meu, ele quis assim pois dizia que a família deveria estar sempre perto, até na hora de se recolher. O lugar é bem aconchegante e ao mesmo tempo luxuoso, as cortinas são na cor prata e estampam o brasão real, uma espiral na cor prata. Existem poucos móveis, sendo o maior deles a cama, na qual meu pai está deitado e ao seu lado sentado em uma poltrona, o líder do exército.

- Oh meu filho, entre… - Fala ao me ver na porta, sua voz soou fraca e cansada. - Precisamos conversar. - Ele tosse, como se fizesse um grande esforço para pronunciar cada uma daquelas palavras.

Eu me aproximo dele e os guardas fecham a porta do quarto. Chego mais perto e percebo o quanto seus olhos parecem tristes e seu rosto está suado. O general logo se levanta e faz uma breve reverência.  - Olá jovem príncipe. - Ele se limita a dizer isso, mais por formalidade do que por respeito, eu não me incomodo em responder.

- Meu jovem e único filho, se aproxime de mim, quero vê-lo antes de eu partir. - Ele fala, em meio as tossidas. Eu me aproximo e ele me olha nos olhos, depois acaricia meu rosto, as mãos trêmulas e finas, magras como o resto do corpo.

- Você sabia que esse dia chegaria… Todos sabíamos, só não imaginava ser tão cedo… - Ele fala com dificuldade.

- Eu sei… - Minha voz sai trêmula, e não consigo evitar as lágrimas que correm em meu rosto.

- Sua mãe se foi e agora chegou minha vez de me juntar a ela. - Ele continua.  - E agora você será rei. Não tenha medo, foi para isso que eu te treinei, você será melhor do que eu fui. Meu amado Nate… - Ouvir ele me chamar assim arranca de mim mais lágrimas do que eu esperava. Ele sempre foi um bom pai, eu o amava e sei que ele também me amou…

- Pai eu...

- Não fale nada, já tivemos 20 anos para conversar, só ouça o que eu vou falar! - Ele tosse novamente, dessa vez mais forte. A doença realmente acabou com ele. - Eu deixei minhas últimas ordens com o general Crank, ele irá lhe aconselhar em tudo quanto puder. - Ele aponta para o general, que continua imóvel - Também escrevi um testamento, quero que o leia com atenção, está na sala do trono, em cima dele, só você deve lê-lo, meus últimos conselhos a você estão lá escritos. - Só o que faço é concordar com um gesto de cabeça. - E por último.. Seja melhor que eu, lembre-se: sabedoria é a maior característica de um Rei. - Essas últimas palavras saíram com mais dificuldade. - Filho, eu te amo.

- Eu também te amo… - Respondo, e vejo sua mão cair do meu rosto e ele da seu último suspiro. Então eu ganho um reino, mas perco meu pai…

Arison

A morte...
Sempre me perguntei porque o gênero da palavra é feminino, porque não poderia ser O morte? Isso parece machismo? Não, não, isso só tem a ver com regras chatas  de linguagem.
Ah! Outra coisa pra se pensar: porque se a morte é feminina, a vida não deveria ser masculina? O ying e yang, Preto e Branco, luz e escuridão, a vida e a morte, todos se completam. Eu gosto de pensar na morte como daquela lenda que os sacerdotes contam,  um dia a vida e a morte se apaixonaram, desde então a vida manda presentes eternos à morte... 
Essas histórias não passam de devaneios, sonhos de alguém que tem medo do que há de vir, que tem medo da resposta à pergunta " o que acontece quando a vida acaba? ", porra, que resposta fácil: ela acaba, seu imbecil! NÃO existe nada além, nem paraíso, nem deuses nem fogo e sofrimento para os injustos, só há a escuridão e o fim de tudo.
Pelo menos é como eu quero que seja, porque independente da morte ser masculina ou feminina, irei encontrá-la hoje... Serei mais um presente da vida para a morte, diria o sacerdote... Nada pode impedir meu encontro com ela ou ele  ah que merda , vou chamar de " ela "!
Algumas pessoas poderiam estar chorando, clamando aos deuses, pedindo misericórdia, achando que esse mundo ainda merece-Los por mais tempo, mas eu não, sei o que fiz e porque fiz. Não há arrependimentos pra mim, alcancei o que queria, e meu troféu após toda a caminhada é ver a face dela, da morte...
*
Ele está me encarando faz alguns segundos,  o que você quer, porra? , se eu pudesse falar é o que eu diria. Seus olhos azuis fitos em mim, quase Como se conseguisse ler minha alma, vez meu passado e me condenasse por tudo que fiz.
Como em um passe de mágica minha voz volta, só não sei o porque, mas ele sabe.
- Suas últimas palavras antes da sentença? - Ele me pergunta com frieza na voz, seus olhos firmes.
- Foda-se você e toda sua ideologia estúpida! - Eu cuspo as palavras com toda força que me resta, minha voz sai rouca devido a tanto tempo sem falar.
- Palavras vãs, minha querida.
-  Vai tomar no ... - Sou interrompida por uma dor, maior do que tudo que eu ja senti antes. Olho para baixo e vejo o brilho da lâmina de prata e junto dela meu sangue, escorrendo livre, sendo puxado pela gravidade...  do pó viemos e ao pó voltaremos,  ouço a voz do sacerdote lá no fundo da minha mente.
Antes de ela me levar, só tenho tempo de olhar uma última vez para ele, para aqueles olhos azuis, como o céu onde os deuses moram...
Escuto uma voz na escuridão, e você não vai acreditar...
... A morte é mulher …

 


Notas Finais


Seja bem vindo ao meu mundo!
Não sei se você gostou desse primeiro capítulo, talvez esteja pensando "Mas quem foi o babaca que escreveu isso?", bem fui eu!
Mas espera! Não para por aqui, leia mais dois ou três e prometo que consigo te surpreender, ou pelo menos te provar que realmente sou um babaca que não sabe escrever, você só saberá quando virar a página (No caso a página da web... você me entendeu!).
Mas agradeço por você ter lido. Esse é só o começo do que espero ser uma grande história de fantasia e uma pitada de Guerra dos Tronos (Que Martin me perdoe...).
Por último, mas não menos importante: Aviso que não sou bom com datas então não tem dia fixo pra saírem os capítulos, mas o cronograma q tenho planejado são no máximo 15 capítulos, espero eu... Isso depende de como a história irá fluir e da recepção de vocês!


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