História Elementar - Arrepios

Pov. Helena

Helena seguiu em direção ao mar; e quando chegou a praia desceu do cavalo; automaticamente tirou os sapatos, com o pé na areia clara, esperou de olhos fechados.  A onda que veio fria vinha envolver seus tornozelos proporcionando um raro prazer, seu corpo estava alerta a todos os sons e sua cabeça estava um verdadeiro caus, sentia vontade de chorar, de sorrir e de gritar. Queria mesmo casar? _ ela não sabia e quem saberia responder isso? A verdade e que o seu cunhado mexeu com seus sentidos que a muito tempo estavam adormecidos, ela sabia que sua vida e a dele seguiam caminhos tortuosos e rumos diferente, como ela sabia não poderia explicar, mas o que estava por vir era palpável, estava no ar; na terra e no corpo de Helena, seus sentimentos estavam confusos e sentia medo; como se algo dentro dela se libertasse ela gritou tapando a boca, gritou o máximo que conseguiu, lagrimas indesejadas rolaram nos seus olhos percebeu então o ar denso e as ondas cada vez mais agitadas. O céu que minutos antes estava azul e convidativo ficou cinza e nuvens carregadas estavam aproximando assustadoramente, há muitos anos atrás  houve uma tempestade que deu nome a propriedade, mas precisamente no dia que nasceu Helena e sua mãe morreu após o difícil parto. Mas Helena não estava acostumada a ver tempestades fortes ali. Todas que houveram foram antes do seu nascimento, em momentos que marcaram a família e principalmente a mãe dela.
   Subitamente algo lhe veio a cabeça, seria ela a responsável por essa tempestade? Como se esse pensamento lhe custasse muito esforço ela se sentiu cansada, seu corpo caiu frágil e olhando as nuvens cinzas que se aproximava ela, muito cansada para resistir fechou os olhos.
 ***
Já havia passado algumas horas quando Audrew muito cansada de dar voltas no saguão principal da mansão, decidiu montar e procurar Helena levando com ela Noah. seguiram para a montanha e após algum tempo chegaram a praia e viram o tecido vermelho de Helena balançando ferozmente, Audrew sentiu o coracao apertar quando se aproximou e a viu desmaiada e pálida, sua pede fria e os cabelos cobrindo o rosto.

Pov. Helena

Abri os olhos, todo meu corpo doía, tentei levantar e notei que minhas pernas fraquejavam.  _Chamei a Audrew e ela veio apresada.
_ Helena, como se sente? _ perguntou sentando na cama e beijando minha têmpora cuidadosamente.
_ Estou bem, obrigada Audrew, onde  esta o papai? _perguntei ansiosa
_ Há pequena, ele esteve aqui com você muito preocupado, decidiu ir a casa do Rupert pedir que lhe examinasse.
_ Pode me fazer um favor Audrew ?
_ Claro que sim, tem fome, frio? _ me examinava olhando meus braços e dando voltas!
_ Necessito falar com o Sr. Oliver  Fawley ? _ A olhei fixamente enquanto ela balançava a cabeça em negativa.
_ Você não deve falar com ele sem estar o seu pai Helena, e poderá fazer isso amanhã quando esteja se sentindo bem, agora coma; a bandeja já esta na mesinha.

Percebi que Audrew não cederia, provavelmente recebeu ordens. Mas para desgosto dela e do meu pai; eu também não era mulher de ceder a nada que queria.
_ Ótimo, então pode ir e vou comer e dormir, amanhã pela manha falarei com ele quando o papai chegar.  Por favor que ninguém me incomode, sinto-me cansada e necessito dormir . Me cobri e fechei os olhos, Audrew resmungou algo e saiu fechando a porta.

Esperei e quando não ouvi mais os passos no corredor, coloquei o roupão por cima da camisola e arrumei o cabelo que estava muito desalinhado, estava bonita com a camisola de seda e o roupão verde com bordados negros, abri a porta e sai, fechando-a com cuidado. Subi as escadas e bati na porta do quarto que provavelmente o encontraria;  esperei ansiosa, bati uma e outra vez e não conseguia ouvir nada, nenhum passo, de repente ouvi alguém vindo nas escadas, estaria com problemas se me encontrassem ali.
Quando pensei que estaria perdida ouvi a maçaneta girar e me atirei para dentro fechando a porta. Percebi então a loucura que tinha feito, não me movia esperando algum movimento atras de mim, sentia meu coração bater forte, poderia jurar que até o ouvia, me centrei na pessoa que estava atrás de mim e sua respiração estava acelerada. Girei devagar e o vi, estava sem camisa, segurava de forma descuidada um pedaço de madeira  que apontado para mim.
_ O que pensa em fazer com isso? _ perguntei enquanto corava violentamente, ele olhou para o pedaço de madeira e guardou rapidamente ficando serio e parecendo irritado.
_ Poderia perguntar o mesmo a você senhorita, o que faz no meu quarto?
_ Há, eu vim conversar, se não for incomodar. _ disse de cabeça erguida tentando parecer decidida e obstinada a não sair dali ate falar com ele.
_ Claro que sim,  quer sentar no sofá ou prefere a cama Senhorita? _ Abri a boca assombrada.
_ Obrigada Sr. Oliver, mas o sofá me parece suficiente, visto que tenho minha própria cama e quando queira deitar na cama de um homem, não será na sua. _ O olhei com mais intensidade, sabia que jogava um jogo perigoso.
_ Pois não teria tanta certeza disso. _ Ele aproximou um passo e eu recuei encostando na porta não sabia o que ele pretendia mas não ia sair correndo agora.
_ Você tem lábios preciosos sabia? 
_ Se o senhor diz, suponho que devo acreditar. _ ele deu outro passo, e já podia sentir sua respiração mas perto e quente.
_ Já beijou alguma vez Helena? _ perguntou enquanto segurava uma mecha do meu cabelo.
_ Como ousa? e obvio que não lhe devo satisfações.
_ Quer ser beijada Helena?  _ prendi a respiração, abri a boca mais não saiam palavras. senti seus dedos tocar meu rosto e meu corpo queimar como brasa, ele aproximou o rosto e seus lábios roçaram os meus pedindo passagem num beijo delicado e sensual.  Apertei a maçaneta com força e fechei os olhos. então senti ele afastar enquanto seguia de olhos fechados.
_ Como se sente senhorita? _ abri os olhos e sentia que todo o sangue estava no rosto
_ Bem, suponho que estou satisfeita.
_ Então isso significa que não fiz bem o que desejava. _ falou enquanto descia a mão a minha cintura e apertada suavemente enquanto fechava os olhos.
_ E o que exatamente desejava?_ subitamente senti medo da resposta, a proximidade era quase invasiva
_ Que perdesse o ar; e que seu corpo suplicasse por mais, que sentisse o vazio se apoderar de você quando não sentisse meu lábios. _ ele se aproximava perigosamente e mais rápido do que poderia prever estava aninhada em seus braços fortes, meus pés não tocavam o chão e sua língua pedia passagem, enquanto era pressionada contra a parede sua mão descia e explorava minhas costas e queimava contra minha pele. O beijo era intenso, e quando ele afastou o rosto eu o segurava pelos cabelos desnorteada.
_ isso e um beijo Senhorita!_ Ele me largou afastando-se
_ Posso saber sobre o que quer conversar?_ disse secamente
_ Sobre o que esta acontecendo comigo, e porque você veio. _ Falei sem rodeios
_ Sente-se por favor, vamos começar falando do motivo de ter vindo. Lhe parece bem? _ balancei a cabeça afirmativamente enquanto ele tirava aquele ridículo pedaço de madeira e girava no ar, ouvi ele murmurar Abafiato, e depois com outro giro Colloportus.
_ O que disse? _ Prendi a respiração  quando ele fez aparecer em cima da mesa uma garrafa com duas tacas. Ele serviu e me ofereceu sem responder minha pergunta.
_ O que e isso? _ perguntei com receio aceitando
_ Whisky de fogo, uma bebida alcoólica que é consumida por bruxos e bruxas do nosso mundo. _sentando-se  elegantemente e comecou a falar.

_ Como já sabe meu nome e Oliver  Fawley, meus pais são Teodoro Fawley e Kendra Shacklebolt e meus irmãos, Violeta e  Kenway Fawley que por acaso e será seu noivo._ notei que ele não gostou de pensar nisso e se esforçou para prosseguir
_Bom Senhorita, a parte que você não sabe e que minha mãe e a sua foram amigas e estudaram juntas em Hogwarts, suponho que também não saiba que a sua era uma bruxa brilhante, pertencia a família Rosier; ambas famílias fazem parte dos sagrados 28._ abri a boca para falar mas ele levantou o dedo pedindo silencio. 
_Há mais de vinte anos sua mãe desapareceu sem deixar rastros, e a alguns dias recebemos uma carta, que foi enviada por seu pai na qual ele explicava tudo que aconteceu com sua irmã e mandava dentro do envelope uma outra carta escrita por sua mãe Lisandra, nesta porem, ela pedia a minha mãe que ajudasse a você e a sua irmã quando o feitiço de proteção fosse quebrado e seus poderes fossem revelados. infelizmente quando seu pai mandou a carta já era tarde e sua irmã já tinha sido ferida. Meu pai sugeriu então que você ficasse noiva do meu irmão mais velho Kend.
_ E porque seu pai quer o nosso casamento. Melhor dizendo; o meu com seu irmão? 
_ Porque você não e apenas uma bruxa Helena, você e uma bruxa elementar .
_ De onde você tirou a ideia de que sou bruxa? isso parece realmente um absurdo.
_ Porque acha que todas essas coisas te acontecem ? E levantando ele segurou na minha mão
_ levante-se, segure isso. _ disse enquanto me entregava uma madeira e me rodeava por os braços
_ Mas o que e isso? _ Perguntei assustada
_Ora, uma varinha Helena o que mas seria?
_ Senhorita para você...
_ Não gosto dessas formalidades, seremos da mesma familia. _ agora mova a varinha e me diga o que sente
 Movi a mao apertando forte, os quadros foram arremessados para o chao, larguei a varinha e recuei, Oliver abaixou e me olhou feio, com um movimento ele colocou todos os quadros no seu devido lugar.
_ Isso nao se joga no chao, e minha primeira varinha .
Fui ate a porta e estava trancada e olhei irritada  para ele
_ Abra essa porta agora Oliver Fawley, eu nao sou uma bruxa e nao vou me casar com seu irmão.
_ E o que pensa fazer se eu nao abrir? _ com a furia se apoderando de mim ouvi o fogo da lareira crepitar e me sentrei no fogo, no calor, de repente a cadeira ao lado de oliver estava queimando.
Ele me olhou assustado e murmurou ´´Aguamenti`` e com passos largo me segurou pelo braço. _ Você e sim uma bruxa Helena, e juro por Merlin que lhe ensinarei tudo que precisa saber, e sobre seu casamento com meu irmão esta certa, e comigo que você vai casar. Antes mesmo de assimilar tudo isso, eu já estava em seus braços, meu corpo queimava e ele me apoiará na cama, sentia seu peso sobre mim e suas mãos serpenteavam pelo meu corpo. Seja la quem for Merlin ele sabe que eu já me apaixonei antes mesmo de beija-lo.