História Elementares - CAPÍTULO 6: ATAQUE

Capitulo 6: ATAQUE

- Você está bem? Meu Deus a sua mão,  está sangrando muito, deixe me vê-la! - Enquanto dizia isso estendeu sua mão até a minha.

Primeiramente me afastei, pois aquele mesmo homem que estava me oferecendo ajuda estava super "puto" comigo, mas acabei cedendo pois maior que o meu orgulho era a dor que eu estava sentindo em minha mão! Estendi ela até o Sr. Niccolas que foi me puxando até um sofá de canto que havia em sua sala, ele pegou uma maleta de remédios e começou a tratar minha mão com muito cuidado, oque era até agradável. Havia um silêncio entre nós, porque bem, ninguém gostaria de olhar no rosto do outro após o ocorrido! Mas novamente Sr. Niccolas fez esse favor para mim e resolveu quebra-lo!

- Nossa isso ficou bem feio em! Ah então... bom... me desculpe! Pois sabe, e-eu realmente não sabia de nada sobre você e sua história! Então... apenas... -Ele se ajoelhou no chão - POR FAVOR ME PERDOE!

Aquilo realmente me surpreendeu, pois ele realmente estava ajoelhado a meus pés, apenas para me pedir desculpas! Isso não era legal! Me levantei rapidamente e disse:

- Ei, Ei! Para com isso! Levanta a cabeça! Não precisa pedir desculpas! quer dizer tem sim! Mas não assim! Já esta tudo bem, então não se preocupe! E...é... acho que é obrigado né? Bom, obrigado por cuidar da minha mão! - Cocei a cabeça ao dizer essas ultimas palavras antes de me sentar, pois dizer que estava agradecida por alguma coisa tão descaradamente, era algo muito difícil de acontecer!

O Sr. Niccolas finalmente tirou aquela cara de cachorro sem dono, e sorriu! Oque era algo bonito, pois não havia chegado a ver fazer tal expressão! Minutos se passaram e ele finalmente enfaixava minha mão, que já não estava com aquela dor estrondosa de antes! Eu ficava olhando de um lado a outro, procurando algo de interessante para ver, até que pousei meus olhos novamente naquela prateleira! Oque não passou despercebido pelo Sr. Niccolas!

- Você me parece curiosa para obter uma resposta! Por favor não se contenha, apenas pergunte! - Me dizia com aquele sorriso.

- Ah bem... então... quem seriam aquelas pessoas das fotos na prateleira? - Perguntei com uma total curiosidade.

O Sr. Niccolas se surpreendeu com a pergunta, mas logo respondeu.

- Bom aqueles... são a minha família! Meus pais e meu irmão. -Dizia sorrindo. - Mas infelizmente já não estão entre nós! - Agora ele não me mostrava aquele sorriso bonito, mas sim um sorriso com uma grande angustia por detrás! E eu de vez de apenas entender, não tirava os olhos daquele rosto, que passava sentimentos que eu não conhecia!

- Como?! - perguntei.

- An, como assim? - respondeu confuso!

 Como eles morreram? Como sua família morreu? Se não tiver problema para você me contar. - Eu não havia mudado a minha expressão nem por um segundo, oque me fazia parecer uma pessoa totalmente desprezível, Como se eu não fosse tal coisa.

O Sr. Niccolas fechou seus olhos, e começou a respirar calmamente! Então os abriu e começou!

- A alguns anos atrás, 15 anos para ser exato! Eu morava com minha família em uma cidade que era rica e prospera! Muitas pessoas que tiveram vidas difíceis foram para lá, e todos acabavam bem! Eu era apenas uma criança na época! Mas me lembro muito bem de todos os detalhes! Haviam boatos se espalhando pela cidade que diziam que haviam um povo que estava indo a todos os lugares apenas para destruir tudo e a todos, e que eles eram imparáveis, pois não eram humanos, mais sim demônios! Muitos desacreditavam dessa história, até mesmo meus pais! Era uma noite de verão onde todas de casa estavam dormindo, estava tudo muito agradável! Até que se pode ouvir um barulho da quebra dos portões que guardavam a cidade! Comecei a ouvir muitos gritos do lado de fora! E quando olhei pela fresta da janela, pude ver algo que jamais poderei esquecer! Havia pessoas correndo freneticamente, pessoas mortas pelo chão, havia fogo, tudo estava em ruínas! Tinha sido tudo tão rápido, como um piscar de olhos! Então pude ver! A sombra que corria de um lado ao outro, cortando o pescoço dos inocentes! Era tão rápido que quase não era capturado pela luz! Até que fui puxado pelo meu irmão que estava tentando me esconder dentro do armário! Então eles finalmente haviam chegado.... a minha casa! Primeiro mataram meu pai que tentara nos proteger, e depois de falhar, foi a vez de minha mãe, que implorava que ele poupasse pelo menos suas crianças, no qual sua prece não foi ouvida pelo monstro, que simplesmente a cortou ao meio como se não fosse nada, e bem em nossa frente, eu e meu irmão estávamos com muito medo! Mas meu irmão mais velho tinha o dever de proteger seu irmão mais novo! Então me abraçou e disse para não me mexer nem um músculo daquele armário! Então ele saiu correndo e foi para cima do monstro, e ele simplesmente quebrou o pescoço do meu irmão como um osso de cachorro! Então pude ver! Aquele sorriso enorme de prazer! E aqueles olhos vermelhos sangue! Convencido que não havia mais ninguém na casa o monstro de retirou, e lá fiquei por dois dias inteiros, até que a polícia me achou! Entre milhares de pessoas que lá moravam, apenas vinte sobreviveram, e lá estava eu, ali no meio! Depois de alguns anos e muita ajuda médica, me recuperei, mas aquele rosto faminto por sangue não saía da minha mente, então resolvi pesquisar! E descobri oque eles eram! Eram elementares... assim como você! Lucy!

- Ah sim, agora compreendo tudo! Uma história bem triste Sr. Niccolas! Agora também posso compreender o motivo desse tamanho ódio por mim, então não posso te culpar! Mas o senhor também não tem o tal direito, já que eu não estava lá, e ser da mesma espécie não indica nada! Então é só!  - Não aguentava mais ver aquele rosoto cheio de dor!, me fazia sentir algo no peito! Algo que me recusava sentir! - Agradeço pelos cuidados, e desculpe o incomodo, até Sr. Niccolas! - Já estava de saída, pois a porta já não estava mais trancada, pois havia sido aberta pelo mesmo. Mas antes de sair Sr. Nicccolas disse:

- Então quer dizer que você não é igual a eles? Isso é bom! Você pode continuar trabalbando aqui ok? Pois as-

- Agradeço! Esse trabalho vai me ajudar e muito! Mas... Não se engane com simples palavras Sr. Niccolas! - Me virei diante dele. - Pois também sou, ou talvez pior..., um monstro imparável! - Saí da sala, antes que pudesse ouvir algo mais.