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História Elementary - Pai


Escrita por: ollgzain

Capítulo 20 - Pai


CAPÍTULO QUINZE – PAI

Dad, I need to tell ya (pai, eu preciso te contar)

Sometimes its hard to show you how I feel (as vezes é difícil te mostrar como eu me sinto)

Dad, I'm gonna tell ya (pai eu preciso te contar)

I wish that all our differences weren't real (eu desejo que todas nossas diferenças não sejam reais)

Dad – Goldfinger

HELENA

Helena descobriu que ela não era aluna dele e que ele não a amava.

Tudo isso em poucos minutos conversando com o casal na sala de jantar. Por mais que não vivesse com o seu pai, ela sabia e reconhecia os gestos de ‘amor’ de Robert. Ele sempre cuidava dos pratos sujos e até agora não se manifestou para lava-los para sua noiva.

Robert estava o mesmo, tirando o recente noivado. As olheiras arroxeadas no fundo dos olhos, o porte atlético de um ex nadador de Leeds, os mesmos pratos de porcelana brancos, quase amarelados agora. Robert ainda tinha as mesmas tradições e Helena se sentiu esperançosa com isso.

Na verdade, ela queria confronta-lo, dizer que ele estava fazendo uma burrada ao se casar com a loira plastificada que tinha idade para ser irmã gêmea de Heitor. Mas ela tinha um pouco mais de classe e educação que isso (na verdade, ela respeitava demais Robert para falar qualquer coisa do tipo) então não havia dito nada demais até agora.

Thea havia perguntado coisas básicas a ela. Se ela gostava de chá puro ou com leite (e é claro que ela respondeu puro, quem tomava chá com leite na Inglaterra? E mais tarde descobriu que Thea tomava com leite), se ela já tinha escolhido um curso, se ela estava namorando...

Helena contou que namorava um garoto da sua escola, o que surpreendeu Robert. Os olhos castanhos de seu pai a encaravam, tão profundamente que Helena percebeu que se pareciam muito com os de Zayn. O professor de Oxford pediu a Thea para ir retirando a mesa, enquanto conversava com sua filha para matar as saudades.

- Namorando? Quando você cresceu tão rápido?

- Desde que eu nasci – Ela rebateu – Casamento, pai? O que deu em você?

- A gente tem que seguir em frente, Hels – O pai responde, mas um pouco desconfortável – Dorothea é ótima e eu não quero ficar sozinho pelo resto da vida.

- Mas você tem a mamãe! – Ela grunhiu – Ela ficou tão perplexa quando recebeu o convite. Como você pode procurar alguém quando tinha a mamãe?

- Sua mãe e eu vivemos muitas coisas, Helena – Ele respirou fundo – Atualmente, não podemos ficar juntos.

- Não podem? Ela te ama. Você ama ela. Qual é o grande problema?

- Talvez não seja algo que você entenda agora, querida – Robert sorriu para ela – Qual o nome dele?

- Zayn. Ele vem de família muçulmana e ele é incrível – Ela lhe contou – Eu o levei no Queen’s House, quando saímos pela primeira vez.

- Na nossa pichação? – Robert perguntou surpreso – Ele deve ser muito especial.

- Estou apaixonada por ele – Ela responde, abertamente – Ele é puro. Digo, ele tem uma alma tão branca... Ele tem todas as qualidades possíveis. Nunca vi pessoa tão iluminada.

Robert fitava a filha. Sim Helena você está apaixonada como eu, ele queria responder. O jeito que ela falava de Zayn era como ele falava de Eleanor, antes.

- Gostaria de conhece-lo.

- E você pode – Helena afirmou – Venha passar o natal conosco.

- O natal? – Robert ergueu a sobrancelha.

- Eu, você, Heitor e mamãe – Helena choramingou – É só a ceia e na troca de presentes. Por favor.

- Não sei, Helena – Mr. Clarke se ajustou na cadeira – Não vejo sua mãe a tantos anos...

- Isso não importa, pai. Por favor!

- Vou pensar – Ele garantiu – Sobremesa?

- Torta de chocolate?

- Com muito chocolate – Ele sorriu.

 

O fim de semana com seu pai foi um tanto divertido. Dorothea não dormiu lá, o que era uma benção divina. Ela queria aproveitar o tempo com seu pai e era ótimo não ter uma pessoa desconhecida junto. Eles estavam no museu de Oxford e Helena já estava se sentindo em casa. Todas as relíquias da fundação da universidade eram magníficas e era uma ótima programação para os dois.

- Onde você a conheceu?

- Conheci quem? – Ele perguntou confuso.

- Dorothea, é claro.

- Ah – Ele piscou os olhos – Ela é do mestrado de sociologia.

- Sociologia? – Helena ergueu a sobrancelha – Você, doutor em contabilidade, está noivo de uma mestranda de sociologia?

- O que? – Ele perguntou.

- Por favor, pai – Helena rolou os olhos – Quem você está querendo enganar?

- Eu acho que para uma mocinha de dezessete anos, você está muito focada em ser cupido dos pais.

- Admita que pelo menos eu sou boa nisso – Helena debochou – Ela sabe sobre mamãe?

- Que sua mãe é uma cantora famosa? Não. Só disse que ela viajava demais e que isso atrapalhou nosso relacionamento.

- Menos mal – Helena focou seus olhos em outra coisa sem ser seu pai – Odiaria ter uma madrasta como da Cinderela sabe?

- Dorothea não é assim, Hels – Robert deu um olhar repreendedor a filha – Ela não é inglesa.

- Percebi no momento em que ela colocou leite no chá – Helena revirou os olhos e o pai deu um sorriso mínimo.

- Estamos pensando em nos mudar para Boston depois da lua de mel.

- É o que? – Helena deu um grito agudo, recebendo uns ‘shi’ em resposta de todos os presentes – Boston? Boston, nos Estados Unidos?

- Não acho que exista Boston em outro lugar do mundo, Helena.

- Você pirou de vez? – Ela crispou os lábios e deu um olhar mortal ao pai.

Tudo que ela estava sentindo agora era ódio por Thea. Mulher abominável.

- Não vou levantar minha voz no museu de Oxford para falarmos sobre minha vida. Tenho 45 anos, dono de mim mesmo.

Helena cruzou os braços e bufou. Ela estava levando bronca como quando tinha sete anos. Continuaram se olhando naquele fogo cruzado até que Helena se rendeu e disse um ‘tanto faz’ falso. Não iria brigar com o pai, não quando tinha tão pouco tempo com ele.

Ela iria embora pela manhã; mal continha a felicidade de contar a mãe que Robert passaria o Natal com eles. Bem, não ele que tinha dito sim, mas aquela pontinha de esperança crescia nela a cada minuto. Helena e Robert tinham uma conexão que Eleanor uma vez chamou de ‘além de tudo e todos’. Por mais que não se viam com tanta frequência, não conversavam com tanta frequência... Eles sabiam o que estavam escondidos em suas almas só pelo olhar.

Ao chegarem em casa fizeram o jantar. Peixe e purê, salada e carneiro. Chá gelado de acompanhamento. Helena não gostava de salada, mas Robert tinha a tradição de sempre se manter saldável. Não era à toa que ele que ele era forte como um touro. Na hora de dormir, Robert foi até o quarto dela, beijando-lhe a testa e desejando bons sonhos.

Não foi difícil Helena fechar os olhos, sentir os lábios do pai em sua testa e adormecer num sono profundo

 

LIAM

Zayn Malik estava na casa de Liam para a noite de poker. Na verdade, seria apenas uma noite dos dois já que nenhum dos meninos estavam disponíveis depois do Dia de Ação de Graças. Os pais de Liam iriam para a casa de Ruth, uma das irmãs dele para um jantar, mas o mesmo não quis ir.

Liam achou estranho Zayn ligar e pedir para ir até sua casa; geralmente os meninos chegavam, não avisando ninguém. Mas quando Zayn abriu a boca e disse ‘vou ser modelo’ Liam deixou sua KS¹ da Pepsi cair e sujar um pouco do chão da sua sala.

¹: KS, são aqueles refrigerantes de vidro.

Zayn não brincava com frequência, então Liam aprendeu a levar Zayn muito a sério em seus anos de amizade. E a pose de Zayn refletia que sim, Malik estava falando sério sobre ser modelo.

- Como aconteceu?

- Foi tudo muito rápido. Eles me viram pelas fotos do jantar com Helena e Eleanor. Fui fazer uma entrevista. Fui aprovado – Zayn falava muito rápido.

- E como você está se sentindo com isso? – Liam perguntou, massageando as têmporas.

- Confuso. Assustado – Ele listou – Ansioso.

- Cara, é o último ano. Oxford! Como você vai conciliar prova, os trenos do 1D, Helena...

Zayn fez uma expressão de horror quando ouviu o nome da namorada sair da boca do melhor amigo.

- Puta merda! Helena! Ela vai pirar!

- Você não contou pra Helena? Que espécie de namorado você é? – Liam perguntou.

- Eu simplesmente esqueci de falar com Helena esses dias – Zayn argumentou – Ela está com o pai, então não quis atrapalhar o momento deles. Deus, eu tenho que conversar com ela.

- Você tem que criar juízo na sua cabeça – Liam agora estava de braços cruzados – O que te fez aceitar o trabalho?

Zayn franziu a testa – Como assim?

- Malik, eu não vou refazer o discurso onde eu conto que eu te conheço na palma da minha mão. Eu sou seu melhor amigo, eu te conheço. Quanto?

- Isso não tem nada a ver...

- Malik! Quanto?

- Cinco mil libras por trabalho – Ele sussurrou, cabisbaixo.

Liam soltou um ‘puta que pariu’ muito audível, dando um pulo de onde estava sentado. Cinco mil libras? Era por isso que Malik havia aceitado. Não porque ele só queria dinheiro, mas é porque ele queria de qualquer jeito ver sua família com uma condição de vida melhor. Por isso Oxford. Por isso todas as noites em claro estudando com Liam. Tudo para poder subir o patamar financeiro da família.

- Isso é muita grana.

- Sim.

-  O que sua mãe disse?

- Ela não sabe – Zayn contou.

- Sua mãe não sabe, Helena não sabe. Para quem você contou?

- Don sabe, ela estava comigo. E agora você sabe.

- Você só contou para mim? – Liam o encarou.

- Você é o único que eu confio – Zayn o encarou de volta – É o meu melhor amigo.

Liam tentou não se mostrar afetado com tal declaração, mas foi uma falha. De todos, ele era o mais sentimental em relação a amizade, então Zayn não se importou muito quando sentiu os braços de Liam o apertarem em volta do seu pescoço.

- É melhor contar – Liam disse depois que se separou de Zayn, fungando o nariz – Para sua mãe e Helena. Será pior ouvir por terceiros que por você.

- Sei disso – Ele suspirou – Mas não faço ideia de como começar o assunto com as duas.

- Sua mãe é tão mente aberta, Zayn – Liam resmungou – Ela vai entender quando você abrir sua boca.

- Não é minha mãe que me incomoda, Liam, é Helena.

- Porque Helena seria um incomodo?

- Não que ela seja um incomodo – Zayn coçou a nuca – Ela nunca gostou da fama que a mãe tem. Eu tenho medo de brigarmos por isso.

- Acho que ela entenderia que você está fazendo isso pela família e não por você próprio.

- Não sei. Às vezes eu acho que Helena é inalcançável.

- Como assim? – Liam franziu o cenho.

- Sabe quando sua vida está perfeita demais, certo demais? Esse tipo de coisa não existe na vida real, Liam. Helena as vezes não me aparece real. Ela é tudo. Ela é tudo que eu sonhei para mim. É o molde perfeito da mulher ideal para mim. A gente não discute. Nunca. A gente não discorda de nada. A única diferença que não temos a mesma banda favorita.

- E você acha isso ruim?

- Não é ruim, Liam. É utópico! Às vezes eu me sinto em um sonho. Estar com Helena é um sonho.

- É real – Liam afirmou.

- Não me sinto como se fosse real – Zayn murmurou – Me sinto em um perfeito sonho. Todos os dias.

- E o que pretende fazer sobre isso?

- Vou continuar sonhando.

.::.

MEUS AMIGOS, VOLTEI

EU TAVA FICANDO DOIDO

BORÁ ESCREVER Q EU TO NO BRASIL DE NOVO

Depois de três semanas, tô de volta! Feliz 2017 a cada um de vocês! Não esqueçam de se juntar ao nosso facebook! Um beijo enorme!

Obs: tava morrendo de saudade



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