História Elementum (Interativa) - Encerrado - Katherine White

Em uma noite escura e densa, há uma floresta que se destaca por ser a mais tenebrosa e silenciosa, contudo naquele momento ela sussurrava os passos de uma loba que corria com toda a velocidade, ela possuia a pelagem branca qualquer mancha e seus olhos são vermelhos como um rubi. Ela, tendo nascida com o sangue de guerreira, cresceu mais que o normal e por causa disso seus pais queriam que ela lutasse contra o atual líder para se tornar a nova alfa. Por que ela existia? Qual era a sua motivação de viver? Tudo na vida é baseado na força, como seus pais falaram?

Quando terminou de correr e pensar, Katherine White decidiu voltar para casa. Porém quando chegou, só havia casas sendo consumidas pelo fogo, todos corriam de lá pra cá e de cá pra lá. Alguns eram atacados pelas fênix e outros tentavam ajudar os que estavam presos nas casas. Quando entrou em Luna, como chama a vila onde nasceu e cresceu, não pensou duas vezes, foi correndo ajudar na luta contra os atacantes. Atacava um e defendia de outro, enquanto fazia isso, se perguntava porque o líder deixou isso acontecer. Ele era tão fraco a ponto deixar a vila ser atacada? Se fosse assim, é claro que ela lutaria contra o atual líder. Depois desse dia, treinou sem parar, seus irmãos apoiavam e treinavam juntos. Depois de sua mãe  falecer por uma doença desconhecida, Kat treinou mais do que o seu corpo aguentava, aprendeu a usar katana e sai, eram dias e noites sem descanso, passava tanto tempo treinando que não percebeu que havia se passado muito tempo após o ataque. Um dia, quando decidiu falar com o alfa, ouviu uma coisa que a deixou um pouco intrigada.

- Meu filho, eu entendo a sua raiva, mas não podemos fazer nada. - ouviu atrás da porta. Após refletir um pouco, viu o filho do alfa sair do cômodo. Após encará-lo estranhou que ele olhou para ela como se fosse uma estranha. Ela sabia quem ele é e sabia que o Maison poderia facilmente tirá-la da liderança. Após ele sumir de vista, Kat bateu na porta e ouvir um “entre”.

-Alfa, com sua licença. - falou formalmente antes de entrar.

- Pode falar. O que a senhorita deseja? - perguntou educadamente.

- Gostaria de saber o motivo de o senhor fazer uma aliança com o povo que nos atacou. O senhor não teme que eles possam trair a nossa confiança novamente? - perguntou.

- Você e ele são tão parecidos. - falou o alfa, pensando na conversa que teve com o filho anteriormente. Ele sabia que os jovens não entendiam o motivo, eles pensavam que o poder e a vingança são os motivos de escolha dos aliados. Ledo engano.

- O senhor quer dizer eu e seu filho? - confirmou.

- Sim. Ele acabou de fazer a mesma pergunta. - disse enquanto apoiava os braços na mesa. - Senhoria White, eu sei que você treina para um dia pegar o meu lugar como alfa da Vila. Então antes que chegue o dia da luta, quero perguntar a você uma coisa: o que você acha necessário para ser um alfa?

- Ser forte para proteger a vila. - falou convicta.

- Por que você acha isso? - perguntou como se esperasse aquela resposta.

- Porque se não formos fortes, outros seres irão invadir nossas terras para nós dizimar. - falou como se estivesse julgando o líder atual por ser fraco.

- Bom, irei dizer o que eu aprendi com o tempo de Alfa. Eu aprendi a respeitar os outros seres porque sei que nem todos são iguais, aprendi que muitas vezes um mal líder pode condenar um reino inteiro a autodestruição. Contudo tem uma coisa que aprendi recentemente e isso me fez aceitar o acordo de paz, que é: abaixar a cabeça quando não é necessário fazer isso. Você sabe porque estou te falando disso? - perguntou e quando viu a negação da garota, continuou. - É porque um líder veio até mim e se ajoelhou quando a culpa não era dele. Para aquele povo, ajoelhar-se é o modo mais humilhante de agir, é como se ele pedisse para perder todo o respeito e orgulho que adquiriu ao longo do tempo. Isso foi o que me fez acreditar na promessa dele. - explicou.

- O senhor não achou ser uma armadilha? - duvidou, mesmo conseguindo imaginar a dor um líder ter que humilhar-se a tal ponto, ainda precisava ouvir a resposta para essa pergunta.

- Você, como líder, faria isso para concretizar uma armadilha? - perguntou, mesmo sabendo da resposta da garota. Afinal ele sabia que ela foi criada desde criança para derrotá-lo e tornar-se a líder.

- Não. Eu não faria isso. - respondeu. - Com sua licença, irei me retirar.

- Só uma coisa. Para se tornar uma líder, você terá que derrotar o Mal e não eu. - disse levando na brincadeira.

- Mal? - perguntou, afinal quem era Mal?

- É o apelido que o irmão do Maison colocou. É um meio de lembrar que ele existiu. – disse ao se lembrar de sua amada esposa e filho.

- Entendo. Obrigada por ter me ensinado muitas coisas hoje. Como futura general, prometo guiar o Mal pelo caminho correto de um líder. - concluiu e logo após sai do cômodo.

Nesse dia ela havia ido para tentar ensinar umas coisas para o alfa, mas percebeu que havia muitas coisas que ELA precisava aprender antes de tomar qualquer conclusão. No fim, ela decidiu duas coisas, primeiro é que seria a general e segundo era em acreditar que as Fênix não eram tão ruins assim.

Quando saiu da casa do líder, ela pensou em ir treinar no meio da floresta, afinal não poderia ser tornar a general se fosse fraca, talvez essa posição fosse melhor para ela, já que prefere a luta que a política.

-Vai ser tão bom treinar depois de tudo o que aconteceu. - falou sozinha enquanto ia para o meio da floresta. Contudo, parou de andar ao ouvir o som de uma espada. - “Quem será que está treinando aqui?” - perguntou-se antes e observar.

Kat ficou surpresa ao ver que quem treinava era o filho do alfa, Maison. Ela nunca pensou em vê-lo treinar tão duro, já que normalmente uma pessoa na posição dele não gosta muito de lutas, ainda mais com o uso de espadas, que é o que ele usava agora.

- Quem está aí? - perguntou apontando a espada para o local.

- Eu sou Katherine White, uma das moradoras da vila. Eu vim aqui para treinar e acabei vindo para o mesmo lugar que você. - explicou enquanto saia de seu esconderijo.

-O que você treina? - perguntou.

- Eu treino espadas. Desculpe, não quis incomodar você no treinamento. - respondeu.

 -Você quer treinar comigo? Os outros guerreiros não querem fazer isso porque sou o filho do alfa. - pediu, ele sempre pedia para os guerreiros treinar com ele, mas sempre fugiam com medo, afinal se o machucasse pensavam que haveria punição, o que certamente era um pensamento errado.

- Claro. Faz tempo que não tenho alguém para treinar junto. - falou retirando a espada. - Só tome cuidado para não se machucar.

- Eu que falo isso. – respondeu enquanto se preparava para começar um treino em dupla.

E foi então que começou uma amizade baseada em confiança entre um alfa e sua general.