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História Elementum (Interativa) - Encerrado - O caminho de um guerreiro da terra parte 2


Escrita por: SwordCat

Notas do Autor


Desculpa a demora, este capítulo já estava bem adiantado, no início de novembro, contudo tive um pequeno problema com tendinite e por isso tive que parar de escrever para me recuperar.
Como desculpa pela demora fiz um capítulo grande para vocês desfrutarem.
OBS: foi postado o capítulo da entrevista.
OBS²: leiam até o final!
OBS³: imagem fiz em um jogo de vestir.

Capítulo 8 - O caminho de um guerreiro da terra parte 2


Fanfic / Fanfiction Elementum (Interativa) - Encerrado - O caminho de um guerreiro da terra parte 2

No dia seguinte, todos que estavam curiosos sobre o futuro da princesa compareceram à competição. O local da prova seria num lugar aberto para que muitos pudessem assistir, montaram arquibancadas em círculo e no centro estava os alvos e seu dois participantes, a princesa Lyel e o príncipe Calion. Para os nobres foi providenciado um espaço exclusivo. A primeira vestia roupas de caçadora, com um tecido leve da cor verde, já o segundo estava com uma roupa de caçador, mas da cor marrom, e por cima dela, vestia uma capa que cobria o rosto, de uma cor marrom quase preto. Antes do casal entrar na arena, o Rei havia falado com eles e explicou para a filha o motivo do noivo vestir a capa.

Na hora da competição, ambos estavam de frente aos seus alvos e cada um possuía uma mesa ao lado de seus corpos contendo as flechas, sendo no total cinco delas. Os alvos estavam em uma distância igual aos dois.

- Para ser o vencedor desta competição, vocês têm que acertar o alvo a frente. Vocês terão cinco chances e aquele que acertar mais flechas ganha. Caso haja empate, terão de atirar uma flecha, no mesmo alvo e aquele que acertar mais próximo do centro ganha. -disse o Rei citando as regras. - Boa sorte aos jogadores.

Após o Rei declarar as regras, os dois guerreiros foram aplaudidos pela plateia que também desejaram “boa sorte”.  Ao fim dos aplausos, os dois arqueiros pegaram seus arcos e ficaram de frente aos alvos.

Lyel não olhara para o seu rival, no momento só estava prestando atenção no seu alvo. Ele estava mais longe que o usual para o treino, o dia não colaborava, pois, o vento estava forte e o sol batia direto em seu olho, parecia que seu pai desejava sua derrota. Então, apenas seguindo seu instinto, ela mirou no alvo, fechou os olhos e soltou a primeira flecha. Ao abri-los, ela viu que acertou o alvo, contudo ao olhar para o adversário, percebeu que ele acertou mais perto do centro, não que isso importasse agora, contudo se fosse a segunda fase, ele teria ganho. E assim foi com as flechas seguintes, ela acertou todos, contudo ele também. Era humilhante para ela, que era considerada uma arqueira melhor que todos os guerreiros do Reino.

Calion estava impressionado em como o Rei desejava a derrota da herdeira. Como estava acostumado a competições e já havia participado de algumas guerras internas, ele conseguia acertar facilmente o alvo, contudo até mesmo para ele, os alvos estavam mais longe que o normal. Outra coisa que havia percebido era a força do vento, estava mais forte que o previsto para o dia, então concluiu haver uso de magia do vento, ou era ajuda de alguma fada ou havia um híbrido no Reino.

Após o fim da primeira fase da competição, Lyel e Calion foram descansar por alguns minutos. Eles sentaram em um banco debaixo da sombra e foram oferecidas jarras d’água para ambos. Calion estava determinado a vencer, mas não por injusta causa, ele era um nobre, então deveria vencer do mesmo modo.

- Cuidado com o vento. –advertiu sua adversária. Ele não tinha certeza de que ela iria ouvi-lo contudo tinha que tentar. Ele gostava de vencer, mas gostava mais ainda de jogos limpos.

- O que tem o vento? – perguntou sem entender nada. Contudo, após sentir um pouco o vento, percebeu que ele estava diferente de antes, parecia mais suave e estava indo para uma direção diferente. Então como havia imaginado antes, seu pai realmente sabotou a sua competição, por isso estava tão difícil de acertar o centro.

- Percebeu, não é? –perguntou. Ele sabia que ela não havia percebido, afinal apenas uma pessoa realmente experiente em vários tipos de campo perceberia que tinha algo diferente. – O vento está 5 graus ao nordeste e em uma velocidade de 2,8 km/h. – disse antes de se levantar. – Não sei se ele irá mudar o rumo do vento, então só posso dar uma dica, tente sentir apenas o vento. Será ele que guiará a sua flecha até o alvo.

- Obrigada. - agradeceu e não disse mais nada, apenas fechou os olhos e tentou visualizar o vento, sua força, direção e qualquer outra coisa que pudesse ajuda-la.

Enquanto meditava, ouviu o som do sino. O que indicava que havia acabado o tempo de descanso. Ela sabia que seu pai tentaria mudar a direção de sua flecha, mas agora ela estava mais confiante de sua vitória. Agora ela conseguia ver e sentir o vento. Havia apenas uma coisa que ela não entendia, o por quê dele ter ajudado a sua rival. “Talvez ele não fosse tão ruim assim?” foi o seu pensamento.

- Agora será a segunda parte da competição. Vocês terão cinco flechas. Aquele que acertar mais perto do centro vence. Será medido a distância das flechas até o centro e aquele que obter a menor, vence. – disse.

Lyel não estava 100% confiante de sua vitória. Calion havia percebido que o vento estava diferente e mesmo assim conseguia acertar muito bem os alvos, sem contar que ele havia dado uma dica que ela nunca imaginou em pensar. Ela fechou os olhos e mesmo não confiante, utilizou de seu auxílio e mirou em um ponto distante do alvo. Imaginou o vento. Direção, ok. Velocidade, ok. Mira, perfeita.

No momento que abriu os olhos viu que havia acertado o centro perfeitamente.

Ela olhou para o lado e viu que a do príncipe estava um pouco longe do centro.  Ela se perguntou o motivo dele ter errado. Calion era muito mais experiente que ela, havia percebido isso quando recebeu a dica. Será que era um pedido de desculpas em nome do Rei Julian? Mas ele não precisava fazer isso. Era uma ofensa para ela.

- Por que você errou? Não irei aceitar uma resposta como: “Isso foi proposital.” -comentou com Calion.

- Foi um acidente. Digamos que estava pensando em outra coisa quando soltei a flecha. – respondeu honestamente.

- Hum. Fingirei que acredito nessa desculpa. – respondeu, mesmo não acreditando na resposta dele. Afinal quem fica pensando em outra coisa numa competição, ainda mais na reta final. Ah... Ela estava fazendo isso agora, estava pensando mais nele do que na competição, por que se preocupava tanto?

Depois deles terem soltado as flechas restantes, eles estavam na última. O futuro deles estava nessa flecha. O futuro marido de Lyel seria decidido no momento que ela soltasse essa flecha. Mesmo querendo se acalmar, ela não conseguia. Não estava conseguindo se concentrar no alvo. Como que esse último tiro decidiria todo o seu futuro, toda a sua felicidade. Como a vida era injusto.

Depois de respirar fundo, fechar os olhos e imaginar o vento. Ela soltou os dois dedos que seguravam a flecha, ela ouvia a flecha cortar o vento para então logo após ouvir o som da flecha acertar o alvo. Estava com medo. Onde será que havia acertado? No centro? Na beirada?  Ela não conseguia ouvir nada, todos estavam em silencia. Isso fazia com que ela temesse abrir os olhos. Mas tinha que fazê-lo. E assim o fez. Quando abriu, ela viu que havia acertado o centro perfeitamente, mas quando olhou para o lado percebeu que o príncipe também havia o feito. E agora, não sabia a diferença entre as distâncias, qual deles acertou mais perto do centro?

Depois que o juiz mediu o resultado de cada um, obteve um resultado e logo foi contar para o Rei. Este decidiu contar para a plateia e para os desafiantes o resultado obtido. Mas antes disso, chamou um soldado e então falou algo para ela, fazendo com que ele saísse rapidamente de perto do Rei e corresse para a floresta.

- O juiz já tem o resultado. E o vencedor, por ter uma distância de 4 cm somados, distantes do centro, contra 5 cm somados, foi determinado que o vencedor é a Princesa Lyel. - concluiu. Fazendo assim que o coração da princesa se aliviasse. – Contudo, por ela ter trapaceado no jogo, o vencedor por justa causa é o Príncipe Calion.

- O quê? Como pode dizer tal absurdo. Eu não trapaceei no jogo. Joguei limpo. –gritou. Ela não acreditava, agora seu pai queria fazer dela uma trapaceira? Nesse momento, ela estava indo de frente ao seu pai, contudo antes de chegar perto dele, foi segurada por dois guardas elfos.

- Um dos guardas encontrou uma híbrida perto da floresta. – disse antes de estralar os dedos e um guarda chegou com uma mulher de cabelos verdes com as mãos amarradas nas costas. – Diga mestiça, o que você contou para o guarda.

-A princesa me contratou para atrapalhar o príncipe e auxiliá-la na competição. Ela me pagou com muitas moedas de ouro. – disse apontando para uma sacola amarrada na cintura.

- Isso é uma grande mentira. Eu nunca faria isso, sempre prezei por um jogo honesto acima de tudo. – disse gritando com seu pai. Ela olhou para o lado e se perguntava o motivo de ninguém estar defendendo-a.

- Então me responda o motivo de você ter melhorado na segunda parte, a mais importante. Sendo que no início estava acertando o arco, mas ainda estava longe do centro. -perguntou o Rei.

 -Isso é porque estava me atrapalhando na primeira metade da competição. – afirmou convicta. Ela sabia que a mestiça e seu pai estava trabalhando juntos, mas como provar tal verdade?

- Chega de mentiras. – gritou furioso. – Você quer sujar ainda mais o nome da família real? Você jogou sujo e vai pagar por isso. Seu casamento será daqui três noites. Levem ela para o seu aposento. – falou para os guardas, que mesmo ela se debatendo e tentando fugir, não conseguia sair dos braços deles.

-Você vai pagar por isso. Eu juro! – Lyel gritou enquanto se distanciava de seu pai.

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Depois de passados os tão temíveis dias, finalmente, para a ansiedade do Rei Julian, chegou o dia do casamento de Lyel com Calion. No momento eles estavam no jardim do castelo, com algumas cadeiras expostas em frente ao altar. A manhã estava agradável, como se Misha, a deusa deles, aceitasse e desejasse essa união.

 O Rei Julian queria algo grandioso, para mostrar o quão importante era essa união, mas por causa conselho do Rei Viktor, o casamento teria participação apenas da família, alguns nobre e para a família dos generais. Por conta disso, estavam os Reis Julian e Viktor, este acompanhado de seu cônjuge Yuri, um elfo progenitor com forte poder de gelo, algumas famílias de nobres e o general Marshal, da família do Reino de Áurea, e o general Semery, da família Liteah e braço direito do Rei Viktor.

- Rei Viktor, você tem certeza de que é melhor ser algo pequeno? Sinto que deveria ser muito grande a festa, para mostrar nosso poder. – perguntou o Rei Julian.

- Existem alguns aliados que acreditam fortemente na inocência da princesa. Se fizermos um casamento aberto, eles poderão armar algumas coisas contra a família real. Sem contar que a princesa poderia fazer um grande escândalo e assim interromper o casamento. – disse o Rei Viktor.

- Tens razão. –afirmou. Logo após, reparou no homem que seguia o rei ao seu lado. E reparou na feição séria e quase erótica, era como se o Deus Eros tivesse descido o santuário dos deuses e se tornado um elfo. Contudo não continuou na sua análise por conta do rei.

- Temo dizer que se continuar a contemplar o meu marido desse jeito, terei de cancelar o casamento e começar uma guerra. – ameaçou, contudo foi levada na brincadeira pelo outro rei.

- Não precisa levar tão a sério a minha análise, estava apenas curioso sobre o seu marido, ele nunca apareceu em público e nem nas reuniões importantes com os nobres. – disse Julian.

- Não me importo com essas coisas. Contudo o casamento de nosso filho é muito importante e necessária a minha presença, como progenitor é claro que estaria aqui. – Yuri respondeu com agressão, ele não gostava e nunca gostou do Rei Julian.

- Vamos fazer silêncio, eles já estão chegando. –falou o Rei Viktor.

O primeiro entrar foi o Calion, ele usava uma máscara branca que cobria a parte de cima do rosto. Usar uma máscara durante o casamento era um costume de todos os elfos, pois era um símbolo da personalidade. Ela representava as atitudes falsas que as pessoas sempre mostravam aos outros e que ele/ela só retiraria a máscara e mostraria seu verdadeiro “eu” a pessoa com quem se casaria. Usava também uma armadura leve, apenas uma roupa formal, da cor escura e com a capa marrom com alguns detalhes dourados. Toda a roupa destacava de seus cabelos brancos, puxados de seu pai Viktor.

Logo após sua entrada, estava Lyel. Ele esperou por ela e quando a princesa chegou perto do príncipe ele ofereceu a mão e ela o pegou. A Lyel usava um vestido branco com alguns detalhes coloridos, sua máscara tinha um formato de borboleta na cor azul claro, seus cabelos rosados estavam soltos e ela usava um pouco de maquiagem no rosto, apenas algumas cores pegadas das tintas das flores.

Os dois caminhavam juntos até chegarem no altar, onde possuía um arco cheio de flores e entre o arco e o casal estava um elfo velho, considerado o Ancião do Reino Áurea e seria quem realizaria a união dos dois.

- Por permissão de Ljosalfr podemos nos reunir hoje para celebrar o casamento real de Calion, príncipe herdeiro de Liteah, e a Lyel, princesa herdeira de Áurea. – dito estas palavras, os noivos viraram um para frente ao outro para citarem suas promessas.

- Eu Calion, juro por meu sangue e minha linhagem proteger esta família. Não deixarei ninguém desrespeitar e nem machucar você. Eu serei fiel e em meus braços ninguém repousará além de ti. - ditou Calion enquanto segurava a mão de Lyel.

 -Eu Lyel, juro por meu sangue e minha linhagem cuidar desta família. Não desrespeitarei e nem machucarei você. E eu serei fiel e em meus braços ninguém repousará além de ti. – disse enquanto tinha as mãos sendo seguradas por seu marido e olhava com tristeza aos olhos dele.

- Agora que os votos foram trocados, vocês estão unidos pela linha da vida. Assim, Misha os protegerá e os guiará pelos caminhos que vocês trilharão juntos. - disse o ancião.

A noite chega e com ela a agonia de Lyel só aumenta. Como ela conseguiria dormir com um cara que ela não conhece e muito menos viu o rosto, parte que imaginou muitas e muitas vezes, ficara até decepcionada quando descobriu que durante a competição ele iria esconder o rosto, no início pensou que era algum costume, mas quando descobriu que foi por escolha do próprio, o sentimento de raiva passou em seus pensamentos, seu maior erro.

Enquanto andava em círculos no quarto de núpcias, pensava em fugir. Talvez assim, como já estavam casados oficialmente, não iria ter a guerra futuramente. Contudo, antes de colocar em prática seu plano, Lyel ouve o som da porta se abrindo e então vê seu marido passando por ela, usando a mesma máscara do casamento. Lyel também usava a sua, mas Calion já havia visto o rosto da princesa na competição. Com medo de olhar diretamente aos olhos de seu esposo, a mulher virou de costa. Um momento depois, sente ele abraçar-lhe pelas costas.

- Espera um pouco, por favor. – implorou, pela primeira vez, demonstrando sua fraqueza. – Eu não quero assim. – chorou, pela primeira vez desde que descobriu sobre o noivado. – Por favor.

- Você odeia tanto assim ficar em meus braços? – perguntou calmo, com a Lyel de costas para si.

- Sim, eu odeio isso. –respondeu sinceramente. – Eu nunca quis isso, nunca quis esse casamento. – continuou, ainda com algumas lágrimas escorrendo de seus olhos e seus braços circulavam sua cintura.

- Por isso o desafio? – questionou, mesmo sabendo que a resposta era “sim”.

- É claro. – falou, saindo dos braços de seu cônjuge e virando para encarar o rosto coberto. – Por que você não entende isso? Eu não queria esse casamento, eu queria escolher o meu marido. – respondeu com uma voz um pouco mais elevada.

- E você escolheria quem? O seu general? – perguntou com calma, parecia não demonstrar nenhum sentimento. – É uma boa escolha, mas você sabe que é quase impossível uma lady como você casar-se com um general, sem contar que por seu irmão estar em sono profundo, você é a próxima ao trono.

- Está dizendo que só casou comigo porque sou a próxima líder? – perguntou emanando um pouco de magia em volta de si.

- Você descobrirá em breve. Mas você não me respondeu, quem você deseja ter como seu marido? – perguntou mais uma vez, como se aquela pergunta fosse extremamente importante.

-Ele não é do nosso Reino. Seu nome é Carl, na verdade é do seu Reino. Ele é a pessoa que eu amo.– respondeu como se estivesse perdendo toda a esperança de um dia poder se encontrar com ele.

-Interessante. –respondeu com um sorriso em seus lábios. – Mas vamos mudar de assunto, afinal não é legal ficar falando de outro homem quando é a nossa noite de núpcias. – continuou enquanto passava a mão no rosto de sua esposa.

-Eu já disse, eu não quero isso. Nós devemos perder nossa pureza somente com a pessoa que amamos. - falou esperando que o outro desistisse.

- Mas porque você não quer? Acabou de se confessar à mim. - respondeu como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

-O quê? - se perguntou ao, pela primeira vez, olhar diretamente à máscara. No momento, ela levantou os braços até que suas mãos tocassem na lateral da mesma para que assim pudesse retirar aquilo que impedia de ver o rosto de seu marido. No momento que retirou a máscara, ela o deixou cair, de tamanha era a surpresa. - Você? Mas como? Você me enganou esse tempo todo? Por quê?

- Essa é uma longa história. - respondeu aquele que ela ia visitar sempre no meio da floresta, Carl ou como era seu verdadeiro nome, Calion. - O meu pai deseja ajudar o povo daqui, sabe, acabar com algumas das suas leis mais antiquadas para o povo. Para isso, ele queria saber como era o Rei. Então eles se encontraram e algum tempo depois marcaram o seu noivado.

- E o que isso tem a ver com você fingir ser outra pessoa? - perguntou séria.

- Isso é porque eu estava te espionando para saber se você era como seu pai ou não. -respondeu sinceramente.

- Então, por que, mesmo depois de descobrir que somos diferentes, você continuou a ir para lá?

- É porque fiquei cativado por você. - respondeu sem nem ao menos pensar.

- O quê? Como assim? - perguntou incrédula. Sua mente não conseguia processar o que estava acontecendo. Primeiramente imaginou que era uma brincadeira a sua mente, depois descobriu que a pessoa que sempre amou, desde a primeira vez que viu, era o homem com quem se casou, sendo o mesmo aquele que ela sempre odiou. E agora, descobriu que o seu amor não era unilateral, era recíproco.

- A sua atitude, o seu jeito de querer o bem para o seu povo, a sua personalidade de querer ir contra o seu pai, eu me apaixonei por tudo isso. - respondeu alisando o rosto da mulher a sua frente com as pontas dos dedos.

- Você é um grande idiota, sabia? Não precisava de todo esse teatro para querer casar comigo. – falou se afastando para sentar na beirada da cama. Ela, mesmo um pouco feliz, estava zangada com Calion, ou no caso Carl.

- É claro que precisava, pensei que a pessoa que você amava fosse o Marshal. – respondeu com sinceridade. Afinal, essa era a verdadeira personalidade dele. Calion era frio com algumas coisas e muito egoísta, contudo seu coração desejava justiça aos fracos. Uma vez que ele desejava uma coisa, ia até o fim para consegui-lo, mesmo que isso fosse forçar um casamento com a pessoa amada.

- E se eu o amasse? – perguntou furiosa com a atitude egoísta. – Eu sou livre para amar quem eu quiser e queria ser para casar com a pessoa que amo, mas as atitudes suas e de seu pai não permitiram isso. – gritou nervosa. 

- Não me importo. Essa é a minha verdadeira personalidade. Eu amo você e te desejo do fundo do meu coração. Não me importo com os métodos sujos e nem mais com o verdadeiro objetivo desse casamento, desde que fui cativado por você. – disse calmo enquanto segurava o braço de Lyel e a puxando para um beijo necessitado, cheio de paixão e desejo.

- Pare agora mesmo. – disse após se separar. – Não toque mais em mim. Se fizer isso, nunca o perdoarei. – disse furiosa.

- Se assim desejar. Contudo não posso prometer que não te tocarei, afinal só temos uma cama nesse quarto. – disse irônico, ao apontar a cama de casal no quarto. Após Lyel visualizar a cama e pensar um pouco, sua mente brigava com sua outra personalidade, a generosidade, ela deixaria ele dormir na mesma cama ou simplesmente falaria para ele dormir no chão? Bom, era óbvio qual ela escolheria, afinal estava zangada com Calion.

- Tudo bem. Eu deixarei você pegar um cobertor e dormir no chão. Mas a cama é toda minha. – respondeu da mesma maneira.

E assim aconteceu, Lyel entregou um cobertor e um travesseiro para Calion e o deixou dormir no chão. Ele, não querendo deixar a esposa enfurecida, obedeceu-a calmante. Pelo menos até ele perceber que ela estava no sono profundo, para então subir do outro lado da cama e assim poder dormir abraçado nela, como se fosse protege-la de qualquer maldade que quisesse chegar até ela. E assim foi a noite inteira.


Notas Finais


E aí, alguém ficou com raiva do Rei Julian? Acredito que sim. Rs'
Eu fiz uma homenagem a um anime, vocês conseguem adivinhar qual anime é? Quem acertar vai poder escolher o próximo personagem para a entrevista. Mas antes disso, preciso que vocês façam perguntas para que ela ocorra.
Próximo e última raça a ser apresentada serão as fadas. Depois voltaremos a linha tempo-espaço original.


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