Quando eu fui chuva
E você foi garoa
Eu não te culpo por ter se desviado de mim na primeira curva
e ter se incomodado com como a música da minha alma soa
Quando você foi mágoa
E eu fui tempestade
Pudera eu viver só com a tua metade
E negar ‘pra sempre a maldita verdade
de que eu nunca fui amor
uma data ou um impulso sem pudor
Eu nunca fui saudade
mas você foi a minha vontade de mudar
De crescer e me conformar com a minha própria realidade
Mas em cada gota dessa chuva que eu chorar
Lágrimas vazias e morrendo pelo desejo de voltar
Você irá me sentir
E quando eu for luz solar
Você poderá encontrar os meus vestígios de água fria durante o dia
Porque o arco íris não irá chegar
e o teu meio termo não te permitiu ficar
E em cada frasco das pílulas que eu tomar
Memórias e lembranças irão te acompanhar na cama que eu costumava me deitar
Na madrugada do teu coração a lua não traz nenhuma iluminação
Pudera eu viver nessa solidão
E os teus porquês eu nunca saberei
Porque tudo que eu sei é que nada eu aprendi
E eu serei chuva novamente
Quando eu ver o teu rosto se transformar em nuvem
Pois você promete e nunca vem
A janela se fechou e a porta nunca se abriu
De casa você saiu
Sem avisar
Sem hesitar
Quem sabe, repensar
Quando o cigarro se apagou
E do meu sorriso apaixonado você lembrou
A falta não te corroeu
E foi quando eu soube
que você nunca me pertenceu
Eles dizem que a madrugada é dos poetas, das putas e dos bêbados
E deitado na cama fumando um cigarro e com um caderno ao lado
Eu confirmo a teoria
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