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História Eles já devem estar mortos - Cinco meses


Escrita por: AWalkerHunter

Notas do Autor


Olá pessoas da terra!! Vou tentar ser o mais breve possível... ok. Meu nome é Mirella e eu sou louca por histórias, já tenho mais algumas espalhadas pelo site, se vocês tiverem alguma fanfic que gostem no universo TWD e SPN deveriam dar uma chance a minha, venho trabalhando nela a muuuito tempo.
os capítulos ficaram organizados em VOICE, cada capítulo será narrado por algum personagem (alguns serão maiores que os outros)! Espero de coração que gostem!! Essa história é minha única esperança das coisas voltarem a dar certo, da minha inspiração voltar. Se gostarem PF deixem um tempinho para comentarem! Me ajudam muito!

Capítulo 1 - Cinco meses


antes de tudo, é importante que você leia as notas iniciais!! Obg!

ZOE’S VOICE

Cinco meses. Já se passaram cinco meses desde que eu trombei com o primeiro infectado. A esta altura nem espero mais encontrar qualquer outra pessoa viva, não querendo dizer que eu sou a última pessoa que não foi mordida no mundo mas sei que as que sobreviveram já estão bem longe daqui.

Irei começar a contar pelo inicio o que aconteceu até esse momento, tentarei não perder o foco para não cair da arvore que estou pendurada agora mesmo.

No começo de tudo eu estava na casa da minha tia, um almoço normal de domingo. Minha avó e meus tios resolvem ir no cemitério levar flores e me deixam sozinha com minha prima mais nova e meu primo mais velho. Não levou nem vinte minutos para os barulhos na cerca começarem a ser ouvidos. Quando bati o olho no primeiro infectado não entendi o que diabos era aquilo, ele era uma pessoa normal como qualquer outra, sem pele balançando nem dentes amostra, apenas pele pálida e olhos levemente amarelados. Bem quando eu ia chamar meu primo Cole ele me chamou. Na televisão estava passando um noticiário urgente, um dos milhares que estavam por vir, todos falavam a exata mesma coisa: Não saia de casa, nova doença desconhecida, vírus que se assemelha a raiva. Deu para entender o que aquilo parecia, o tão temido apocalipse.

Esperamos até o anoitecer, a cada hora mais infectados apareciam na cerca, o pânico tomava conta de mim e Cole e tentávamos manter Anne, a mais nova, fora do alcance das noticias ruins, mas não deu para segurar a farsa por muito tempo. Já era para nossos pais e avó terem voltado do cemitério mas não havia nem sinal deles, no outro dia também não e nem no seguinte. Eu e a menorzinha chorávamos sem parar, não dava para acreditar o que a gente estava passando. Eu sempre pensei que, devido ao numero absurdo de seriados e filmes de apocalipse que eu já vi, na hora eu estaria pronta, mas eu estava terrivelmente enganada.

Meu primeiro reflexo foi levar eles até a minha escola, era perigoso ficar la esperando pela morte e a minha escola era bem grande, tinha cozinha e departamento médico além de uma pequena floresta atrás do parquinho, tudo cercado. Pegamos a arma que meu tio guardava no cofre e contamos com a sorte para nos ensinar a manuseá-la.

Pegamos o carro e meu primo foi dirigindo, chegando la eu dei graças a Deus por tudo ter acontecido em um fim de semana: a Escola estava totalmente deserta, não foi um problema entrar depois que eu quebrei o alarme. No caminho, alguns infectados nos perseguiram, alguns deles eram lentos porém outros eram mais rápidos que eu, aquilo era preocupante. Foi realmente um lugar bom para se ficar se tivéssemos levado em conta a construção que estava acontecendo em uma das partes do muro, alguns infectados conseguiram entrar...

            Em meados do segundo mês aconteceu... perdemos um. Eu estava andando pela floresta com Anne, seus cachinhos loiros dançavam enquanto ela tentava alcançar uma flor. Como eu pude ser estupida a ponto de tirar meus olhos dela? Que tipo de imbecil se distrai com uma pequena borboleta?! Seu grito me trouxe de volta, virei finalmente minha atenção a minha pequena e um infectado estava com os dentes cravados em seu ombro, minha menininha tinha sido mordida. Matei o infectado com minhas próprias mãos e uma faquinha que achei na cozinha, foi o primeiro que eu matei. A peguei no colo e corri até a sala que o irmão dela estava e pessoalmente entreguei a ele sua irmanzinha gritando e sangrando, não tinha mais o que fazer então o mandei sair da sala.

            “Você é muito corajosa pequena, onde já se viu uma Polegarzinha enfrentar esse mundo?” eu sussurrei perto dela com um sorriso, meus dedos acariciavam seus cabelos e ela queimava em febre, finalmente os gritos haviam cessado. Com os olhos cheios de lagrimas eu disse que estava orgulhosa dela e eu um movimento rápido atirei em sua cabeça com a arma de seu próprio pai. Cada centímetro do meu corpo gritou de dor, eu queria virar a arma para mim e estourar minha própria cabeça, qual era o sentido em toda aquela merda?! Mas desistir não era uma opção, não podia, por ela.

            Cole estava inconsolável, ele nunca disse nada que deixasse a entender que a culpa da morte de Anne tinha sido minha, mas os olhos dele diziam isso a todo momento, eu não podia o culpar. Mas ainda assim ele era meu primo, ainda assim ele me amava e sabia que tinha que esquecer para que nós dois pudéssemos viver. Matar os infectados, manter aquela comida boa enquanto fosse possível, economizar agua potável e ainda consertar o muro, isso nos manteve ocupado durante os meses seguintes. Tudo parecia, na medida do possível, estar correndo bem, até o inverno decidir chegar.

            A minha sorte era que na minha cidade nunca havia nevado mas os invernos alcançavam medidas de até 20° abaixo de zero... muito frio. Em um desses dias eu estava na sala arrumando as cobertas que consegui achar quando Cole chegou com o braço pingando sangue, a primeira coisa que passou pela minha cabeça era que ele havia sido mordido, mas descobri que o desastrado havia caído em um dos arames que colocamos no muro e precisava de pontos, foi aí que descobri meu talento para isso, costurei sua ferida e superando todas as expectativas, ele ficou bem.

            “Vou tomar um ar, estou quase morrendo aqui dentro” foram as ultimas palavras que ele me disse e logo depois saiu da nossa sala quentinha e foi para o clima congelante la de fora. Dez minutos depois ouvi gritos e corri para fora, era tarde demais, o muro provisório havia sido derrubado pelo vento e quatro infectados estavam devorando meu primo com ferocidade, senti algo crescer dentro de mim, peguei um machadinho que achei na floresta (provavelmente foi esquecido la pelo Sr. John, que cuidava do jardim) apertei com força o cabo e fui para cima. Não sei exatamente como mas eu consegui matar todos eles e arrasta-los para longe de Cole, tirar aqueles monstros de cima do meu irmaonzinho. A esta altura eu chorava mais que criança que descobre que papai Noel não existe, os olhos dele estavam vazios e distantes, ele estava morto.

           


Notas Finais


Tomara que tenham gostado! não se esqueçam de comentar!!
Beijinhos


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