História Eles nunca sabem. - Então agora digo adeus ao velho eu, ele já foi embora.

- Para alguém que vive em crise de identidade você está me parecendo muito decidido! – Park diz em tom debochado.

De fato. Os ciúmes que senti exerceram tanto efeito assim sobre mim?

- Tem razão. Acho que ainda não estou pronto realmente. – Digo após analisar o que eu havia dito.

- Ei, eu estava brincando. – Park diz apressado.

- Sim, mas você tem razão. Tenho certeza que te deixaria na mão. – Respondo.

- E confesso que nunca fui a pessoa que era a refeição, se é que você me entende... – Park diz e aparenta estar envergonhado.

Olho para ele e tenho vontade de rir. Não sei explicar o motivo, talvez seja porque ele aparenta estar extremamente envergonhado.

- Nunca? – Pergunto tentando não rir.

- Em nenhuma situação. – Ele diz sério.

Olho para ele e ao analisa-lo de fato ele não aparenta o tipo passivo.

- Então como faremos? – Pergunto brincando.

- Essa sua vontade fodeu com tudo! – Ele diz fazendo careta.

Rio. Rio por sua expressão, mas também rio pela situação absurda. Há um tempo eu jamais estaria conversando com um homem sobre como faríamos sexo.

- Mas estaria disposto a tentar. Com você. – Ele diz olhando para o chão.

Suas palavras fazem meu estômago sentir aquelas tais borboletas que ultimamente ando sentindo muito.

- Estaria? – Digo tentando me distrair, pois a conversa aos poucos faz meu pênis latejar de excitação.

- Mas também confesso que faz um tempo que estou ficando louco com a ideia de te comer. – Diz encarando-me.

Olho para o teto sem saber o que responder. Quando volto minha visão para Park ele olha para algum ponto em mim.

Acompanho seu olhar e vejo que meu amigo acordara. Estava em pé e parecia querer dizer para todo o mundo.

‘’Me notem! Eu estou aqui! ‘’

- Parece que você está excitado. – Chanyeol diz com um sorriso malicioso brincando em seus lábios.

Sinto o sangue esquentar meu rosto e sei que devo estar vermelho igual a uma pimenta.

Park aproxima-se novamente e sem tirar os olhos dos meus enfia a mão dentro de minha bermuda.

Fecho os olhos enquanto sinto as mãos dele brincando com meu pênis por sobre a boxer.

A sensação é maravilhosa! Todas as vezes em que eu havia transado com Taeyeon foram boas sim, mas a sensação que Park está me proporcionando agora é quase surreal!

Quando Chanyeol toca em mim sem qualquer tipo de tecido entre nossas peles eu solto um gemido baixo.

As mãos de Park fazem um movimento de sobe e desce em meu pau que me deixa simplesmente extasiado.

Sem conseguir me controlar, solto gemidos de prazer. Ao ouvi-los, Park aumenta a intensidade de seus movimentos e chego a beira do orgasmo.

Quando estou prestes a gozar, Chanyeol interrompe. Abro os olhos para ver o que houve e vejo-o ajoelhar-se em minha frente.

Ao ver meus olhos abertos ele retribui meu olhar com intensidade e ainda sem parar de me encarar, enfia meu pênis na boca.

Não consigo descrever a excitação que sinto quando o vejo fazer isso. É simplesmente prazeroso ao extremo!

Não consigo fechar os olhos. Ver Park me chupar prende minha atenção de uma maneira quase hipnótica.

A boca de Park suga meu pau enquanto sobe e desce. Com o quadril impulsiono meu pênis dentro dela, como se estive fodendo-a.

Quando estou próximo ao meu ápice não consigo controlar os sons que saem por minha boca.

- Din-don! Din- don! –

Park dá um pulo e afasta-se de mim. E é assim que meu coito é interrompido.

- Din-don! Din- don! –

Tento controlar minha respiração que se encontra descompassada. O Som da campainha me lembrando da visita inesperada não me ajuda.

Chanyeol apenas olha-me e em seu rosto parece estar estampada a pergunta ‘’podem me ver?’’.

- Você pode esperar lá em cima? – Pergunto ainda com a respiração ofegante.

Sem falar nada, Park confirma com a cabeça e sobe as escadas. Quando vejo-o suas costas sumirem de vista me encaminho até a porta.

Abro-a e vejo ninguém menos que Taeyeon ali. Ao me ver analisa-me da cabeça aos pés.

Sem pedir licença passa por mim e entra em minha casa.

- Precisamos conversar. – Diz e senta-se em meu sofá.

- Não temos nada para conversar. – Digo irritado.

- Você ainda não voltou ao normal? – Pergunta.

- Estou perfeitamente normal. Agora saia. – Digo e ponto com a mão para a rua.

Taey caminha até mim e subitamente pula em meus braços. Em um ato reflexo abraço-a para que ela não caia. Isso parece dar a ela a fagulha para que enrosque as pernas em meu quadril, enquanto pressiona a vagina em meu pênis.

- Que porra você está fazendo? – Digo tentando soltar o aperto das pernas dela.

- Vamos transar, Baekkie! Assim você voltará ao normal! – Diz em uma voz manhosa.

- Se você não me soltar agora eu juro que te derrubarei. – Digo trincando os dentes.

Ela faz careta, mas desenrosca as pernas de mim e me solta.

- Vá embora. – Digo impaciente.

- É TUDO CULPA DAQUELE DESGRAÇADO! VOLTA AO NORMAL, BAEKKIE! – Taeyeon grita enquanto chora.

Aproximo-me dela e enxugo as lágrimas que escorrem em seu rosto, mais uma ação reflexa.

- Taeyeon, por favor! Vá embora! Acho que vir aqui só trará mais sofrimento para ambos. Eu não sirvo mais pra você! Eu sou uma pessoa complicada demais que ultimamente não faz sentido nenhum. – Digo calmamente.

 Ainda chorando Taeyon me abraça. Inicialmente não retribuo, mas ao ver seu desespero evidente acabo cedendo.

Quando se afasta de mim parece mais calma. Encara-me e parece estar pensando em algo.

- Ainda não acabou. – Diz e sai, deixando-me destruído por vê-la assim.

Quando fico sozinho as lágrimas aparecem. Como eu podia estar fazendo tão mal para alguém que costumava ser minha vida?

Sinto uma mão em minha costa e sei que é Park. Ele não diz nada, apenas mantem-se ali para me fazer companhia.

Em algum momento me acalmo.  Não sei ao certo quando. Mas sei que adormeci no colo de Park Chanyeol, enquanto ele pacientemente acalentava-me.

                                                      ~~~~*~~~~~

Abro os olhos e vejo a claridade do sol preenchendo o ambiente.

Estou em minha cama. Como chegara ali eu não sei, mas definitivamente é minha cama.

Olho ao redor e não vejo Park. Ao meu lado há um pequeno bilhete.

Você dormiu em meu colo enquanto estávamos no sofá.

Trouxe você para sua cama.

Acho que preciso te dar um tempo. Um tempo para que você possa pensar com calma em tudo que está acontecendo.

Vou fazer uma viagem para Busan esse fim de semana. Não sei quando volto. Por favor, durante esse tempo pense com carinho sobre a gente.

Eu acho que estou amando você, Byun Baekhyun.

Se cuida! Com amor, Park Chanyeol.

Ao ler aquelas palavras sinto um aperto no peito. Eu estou fazendo mal a Park Chanyeol também? Por que ele precisou viajar à Busan tão de repente?!

Pego meu celular e procuro o nome dele em minha agenda. Quando o acho, ligo para ele.

A ligação chama até cair na caixa postal. O aperto em meu peito parece piorar à medida que percebo que ele não atenderá.

Sinto desespero tomar conta de meu corpo e então decido. Ei irei a Busan.

Pego a primeira roupa que vejo em minha frente e visto. Não como nada. Não há tempo.

Pego a chave do carro e corro escada abaixo.

Quando saio de casa olho para a casa vizinha e vejo-a toda fechada.

Procuro a Harley, mas ela não está ali.

Entro no carro e dirijo. Durante o caminho até Busan caio em mim. Eu não sei onde ele mora. Eu nem ao menos tenho a mais remota ideia de onde seja. Eu não conseguirei encontra-lo.

- Byun Baekhyun, que caralhos você está fazendo?! – Digo freando o carro.

O que está acontecendo comigo?! Park Chanyeol não me deu um adeus. Ele voltaria. Ele não havia partido para sempre!

Quando percebo o quão patético fui, caio na risada. Rio alto.

- Você está se tornando patético! – Zombo de mim mesmo.

Após perceber a idiotice que estava fazendo, pego o caminho de volta para Seoul.

Algum tempo depois estaciono em frente a minha casa. Fico um tempo dentro do carro, apenas tentando me esconder do mundo.

Sem vontade alguma saio do veículo e caminho para minha casa sem olhar para o lado.

Sigo para o banheiro e me enfio embaixo da água gelada. Meu corpo estremece por conta do choque térmico, mas não me importo.

Pensamentos da noite passada preenchem minha mente e mais uma vez me vejo excitado.

Fecho os olhos e massageio meu pênis, imaginando que quem o faz é Park Chanyeol.

Ao ouvir meus gemidos me dou conta do que estou fazendo.

Puta que pariu! Eu definitivamente estou me masturbando pensando em Chanyeol.

Saio do banho e decido fazer algo pra ver minha reação.

Visto uma calça moletom e sigo para meu notebook sobre a mesa ao canto do quarto.

Abro a página do navegador e tento criar coragem para pesquisar o que estou querendo.

Conto até dez e tento acalmar minha respiração que se encontra descompassada.

Com a mão trêmula, digito ‘’pornô gay’’.

Dentre as opções que aparecem, aperto em um site de vídeos pornôs.

Olho os vídeos que aparecem por alguns minutos, sem apertar em nenhum.

Em um surto de coragem, aperto no primeiro vídeo.

Dois homens aparecem conversando em um sofá. Aparentam ser apenas amigos jogando conversa fora. Então eles aproximam-se e se beijam.

O beijo é selvagem. Vejo quando um deles tirar a bermuda e a boxer do outro, deixando a mostra o pênis do homem. Em seguida, o homem fica nu também e sobe sobre o colo do outro.

Com as mãos, ele junta os pênis deles. Como se masturbasse os dois simultaneamente.

De alguma forma, aquela cena é extremamente excitante. Sinto meu membro latejar e ganhar vida.

No vídeo, vejo então a penetração acontecer.

Isso faz minha mente pensar em Chanyeol. Pensar em como eu quero fazer aquilo com ele.

Fecho os olhos e estimulo meu pênis imaginando Park Chanyeol. Inicio com movimentos lentos de vai e vem, como faria caso estivesse estocando Park.

Ouço os gemidos do vídeo e imagino que são os de Park Chanyeol quando eu estivesse fodendo ele. As sensações que sinto são tão extremas que tenho de me controlar para não chegar ao meu ápice. Quero prolongar, assim como faria caso estivesse transando com Park.

Abro os olhos e volto a prestar atenção no vídeo, mas algo em minha visão periférica chama minha atenção.

Olho para o lado e quase tenho um infarto quando vejo Park Chanyeol encostado no batente da porta.

Ele observa-me enquanto também se masturba. Ao ver que notei sua presença, Chanyeol aproxima-se e diz. – Byun Baekhyun, por favor, me diga que podemos transar agora.

Não consigo respondê-lo. Ainda estou em choque por conta da situação.

- Há quanto tempo está aí? – Pergunto depois de um tempo em silêncio.

- Tempo o suficiente para querer te foder intensamente. – Diz sem tirar os olhos dos meus.

- Eu disse algo? – Pergunto tentando lembrar se havia gemido o nome dele.

- Algo específico? – Pergunta com a voz cheia de malícia.

- Não. – Respondo constrangido.

- Ouvi gemidos que quase me fizeram enlouquecer. – Chanyeol diz.

Não respondo. Vergonha resume muito bem meu estado agora. E então lembro-me que o pornô ainda está rodando.

Tento fechar, mas Park põe a mão sobre a minha, impedindo que eu faça.

Sem tirar os olhos dos meus, Chanyeol senta sobre meu colo como o homem do vídeo fizera.

Ainda encarando-me, Park parece pedir permissão com os olhos para fazer o que está planejando.

Confirmo com a cabeça e espero pelo que ele fará.

Como no pornô, ele junta nossos pênis e começa a masturba-los juntos. Fecho os olhos e então sinto ele soltar nossos membros e segurar meu rosto.

Abro os olhos para ver o que aconteceu e ele diz. – Não feche os olhos. Quero ver o que causo em você transparecendo em tudo.

Quando se certifica de que eu não fecharei os olhos, Chanyeol volta a estimular nossos pênis.

A cada movimento dele sinto vontade de fechar os olhos, mas me controlo. Antes de que possamos gozar, Park interrompe o vai e vem.

- Você quer me foder? – Diz e sua voz parece nervosa.

Olho para ele e me lembro de meus pensamentos antes de perceber que ele estava ali me observando e balanço a cabeça em afirmativa.