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História Eles nunca sabem. - Alguém chame um médico.


Escrita por: NasooLover

Notas do Autor


Olááá! Mais um capítulo para vocês! Achei ele meio sei lá, não sei... Mas ainda assim espero que gostem! Bj bj bj

Capítulo 4 - Alguém chame um médico.


Não sei o que responder. Como saberia? Não vem nada a minha mente, não importa o quanto eu tente. Tudo o que sinto são borboletas no estômago. Ou pelo menos o que costumam definir assim. Fico em silêncio e tento me afastar de Chanyeol. Porém, ele não permite e aperta mais a mão em minha nuca. Olho para ele e vejo desejo estampado em seus olhos. Park aproxima-se sem tirar os olhos dos meus e por fim, encosta os lábios em meus lábios. Sinto uma corrente elétrica passar por meu corpo. Uma sensação que nunca havia sentido com ninguém. Inicialmente tento me afastar. Uma resposta natural. Nunca havia estado tão próximo de um homem. Muitos menos havia beijado um. Porém, algo dentro de mim acende e me faz puxar aquele homem para mais perto.

Park Chanyeol pega meus braços e os prende no colchão. Sobe sobre meu corpo e volta a me beijar. Beija com uma sede evidente. Esquivo-me de seu beijo e corpo e me ponho em cima dele. Puxo sua nuca e o faço ficar cara a cara comigo. Encaro-o em silêncio por alguns segundos e então beijo seu lábio inferior, mordo-o e sugo-o com a boca.

Ouço Chanyeol gemer baixinho e solto um sorriso malicioso.

- Eu quero te foder, Byun Baekhyun. Eu quero te foder todinho. – Dumbo diz com a voz rouca.

- Que coincidência! Pois quero fazer o mesmo com você. – Digo sustentando seu olhar.

Chanyeol me puxa para mais perto de si novamente e me beija. Sinto suas mãos percorrendo o caminho para tirar minha calça moletom. Por cima de minha cueca sinto suas mãos estimularem meu pênis. Solto um gemido involuntário.

- Tri tri tri tri tri -

Ouço meu celular tocando e desperto. Dou um pulo da cama. Dando-me conta do que era somente um sonho. A porra de um sonho para atormentar mais ainda meus pensamentos. Estou em choque. Que porra havia acontecido comigo?! Eu definitivamente preciso de tratamento psiquiátrico!

Corro para meu celular, vejo no visor que é minha namorada. Atendo e ouço sua voz impaciente dizendo que em 10 minutos estará aqui. Respondo que ‘’okay’’ e desligo o aparelho.

Não tenho ideia de como ver Taey agora. Estou muito abalado. Mais um maldito sonho sem cabimento. Corro para o banheiro e jogo água em meu rosto várias vezes.

10 minutos depois ouço as batidas frenéticas em minha porta e caminho para ela sem vontade alguma. Quando a abro sinto minha namorada pulando em meus braços. Inicialmente não retribuo seu abraço, apesar de ter dormido o dia todo, estou mentalmente exausto. Não sei o que pensar sobre o que aconteceu. Não sei como lidar. Certeza que dessa vez vou ficar louco. Completamente insano.

- Vi Chanyeol, ele falou que passou aqui, mas que você não atendeu a porta. – Taeyeon diz enquanto beija meu pescoço.

- Ele passou? Ele disse o que queria? – Pergunto atônito, enfim liberto de meus pensamentos.

- Ele apenas comentou que veio agradecer a você por ajudá-lo ontem à noite. – Taey diz afastando-se para me olhar.

Demoro um pouco para respondê-la. Não deixa de passar pela minha cabeça o sonho. Naquela porra daquele sonho Chanyeol também havia vindo me ver pelo mesmo motivo. Tento ficar calmo e por fim respondo. – Ah sim.

- Você está muito estranho, Byun Baekhyun. O que houve? – Pergunta a loira, totalmente desconfiada.

- Nada, só estou com muitas coisas na cabeça. Ando meio estressado. É só isso. Não precisa se preocupar. – Digo e posto um beijo em sua testa.

- É esse o motivo de ter saído quase fugindo de minha casa ontem? – Minha namorada questiona.

Sei que quase já deixou de lado o assunto, então apenas confirmo com a cabeça.

Quando acredita que realmente não há nada de errado comigo, Taeyeon começa a falar sobre uma viagem que está planejando. Sobre como será legal. Como vamos aproveitar. Tento concordar e sorrir nos momentos certos. Aparentemente fiz um bom trabalho, pois quando se despede de mim não comenta mais nada sobre minhas atitudes recentes.

Após sua saída, jogo-me no sofá da sala e lá fico durante um bom tempo. Tento não pensar naquele maldito sonho. 1 minuto depois percebo que essa proeza não seria possível. Não importa quantas vezes eu tente, sempre volto para aquela cena.

Ouço meu celular anunciar que havia chegado uma mensagem. Pego-o e vejo que o remetente é um número desconhecido.

Abro a mensagem e me deparo com os seguintes dizeres.

- Olá, vizinho! Tem um tempo para conversar?  

- Como conseguiu meu número?  - Respondo.

- Vi sua namorada. Pedi para ela.

- Ah sim. Podemos sim, eu acho... Amanhã na faculdade. – Mando.

- Não pode ser agora? – Chanyeol envia.

Penso por um momento, muito tentado a evitá-lo, por conta do sonho. Porém, percebo que ele não tem culpa das peças que minha mente vem pregando em mim. Aceito e mando uma mensagem dizendo para me encontrar em 5 minutos na minha varanda.

Abro a porta e vejo Park já sentado no degrau, como da última vez. Sento-me ao seu lado e ofereço um cigarro.

- Sobre o que quer conversar? – Pergunto olhando para a grama.

- Ontem. Acho que bebi mais do que devia. – Chanyeol diz rindo.

- Oh, você acha? – Digo sorrindo.

O sorriso simplesmente sai. Por um momento me esqueço da confusão dentro de mim. O que é muito irônico, já que ele é o causador.

- Tenho certeza? – Park pergunta ainda rindo.

Confirmo com a cabeça e espero que prossiga.

- Lembro pouca coisa. Lembro de ter batido no balaústre da minha casa. – Dumbo diz.

Solto uma gargalhada. Não consigo evitar. Lembro de como ele havia ficado ridículo, rindo como uma criança. Meu riso só é interrompido quando essa lembrança traz à tona outra. O beijo. Fico perturbado, Chanyeol percebe, pois sinto seu olhar analisando meu rosto.

- O que mais aconteceu? – Mestre Yoda pergunta olhando para mim.

- Nada muito estranho. Você pesa para caramba! Sabia disso? – Pergunto tentando quebrar o clima tenso.

Ouço sua risada e vejo que a tentativa foi bem sucedida.

- Eu??? Que ultraje! Você parece uma bola e nem por isso eu fico comentando sobre sua obesidade. – Ele diz me dando um soco no braço.

- OBESIDADE??!! – Pergunto tentando fingir irritação.

- É, no seu corpo todo. – Park Chanyeol diz e faz sinal de desdém com a mão.

Dou um soco no braço dele, como ele havia feito comigo mais cedo. Ouço-o rir e sei que não precisaria mais pedir desculpas. Já estava tudo resolvido.

Ficamos mais uns 10 minutos conversando sobre coisas aleatórias. Despeço-me dele e entro. Logo me arrependo, pois fico sozinho. Não queria ficar sozinho com minha mente fodida. Não deixo de notar o quanto isso é cômico, afinal, minha cabeça só estava assim por conta de Park Chanyeol.

Sigo para a cozinha e pego no armário uma garrafa de Whisky. Não perco tempo procurando um copo. Entorno o líquido em minha boca direto da garrafa.

                                                                                                           ~~~~~~

 

Quem é Park Chanyeol? O que aconteceu? Eu estava preocupado com algo? Sei que estava. Não consigo lembrar.

Existe um barulho distante. Mais perto. Talvez muito perto. Onde estou? Por que esse barulho não para?

Acordo e vejo de onde vem o som que me incomodava. Era meu despertador. Hora de acordar. Hora de ir para a faculdade. Segunda-feira. Dia de prova. Nada fora do normal. O que acontece é que nada está normal. Porre nenhum, ressaca nenhuma resolveria isso.

Ando sem vontade para o banheiro. Um costume rotineiro. Fora isso, nada estava como costumava ser. Há alguns dias antes minha mente não estava tão insana como agora.

Entro de baixo do chuveiro de uma vez. Precisava daquele choque térmico para acordar. Na verdade, precisava de um choque térmico na vida.

Sigo para meu quarto. Visto qualquer coisa que vejo em meu armário e então saio às pressas.

20 minutos depois estaciono na frente da casa de meu amigo. Kyungsoo milagrosamente já me esperava. Logo que senta no banco do carona sinto a animação que emana do corpo dele.

- Tá legal, desembucha! Sei que está doido para contar algo. – Digo olhando para a estrada em minha frente.

- Adivinha quem transou ontem à noite? – Kyung diz e mesmo sem olhá-lo sei que está sorrindo.

- Chae Seo Jin? – Pergunto olhando para ele por fim.

Meu amigo parece radiante. Diria que até mais maduro. Diria... Do ‘’verbo’’ não vou dizer. Sei que continua do mesmo jeito.

- Quem poderia ser? – Kyungsoo pergunta. Não respondo. Sei que é uma pergunta retórica.

Seguimos o caminho todo até a faculdade conversando sobre a transa de meu amigo. Por um momento até esqueço-me de tudo. Porém, como um lembrete, quando estaciono o carro no campus, vejo Park Chanyeol encostado em sua moto. Sinto seu olhar sobre mim. Saio do veículo, aceno com a cabeça e sigo com meu amigo para os bancos na grama ao lado do refeitório.

Precisava fumar. Precisava sentir aquela fumaça saindo de meus pulmões. Poderia fingir que levava com ela todos os meus problemas. Deitamo-nos naquele chão totalmente verde e ficamos em silêncio por um bom tempo. 

- Você alguma vez já sentiu atração por um homem? – Quebro o silêncio.

- Que porra de pergunta é essa, Byun Baekhyun? – Kyung pergunta, sentando-se na grama e voltando seus olhos para me encarar.

Penso em uma desculpa para dizer sem parecer que eu estava interessado em sua resposta. Forço um sorriso em minha boca e digo. – É que eu sempre achei você meio gay. Fiquei muito surpreso quando me disse que estava de flerte com Chae Seo Jin.

Meu amigo me dá um soco no ombro e diz. – Meio gay vai ser o soco que vou dar na sua cara.

Sorrio e tento manter uma expressão de alguém que não se importa. Kyungsoo não me responde mais nada, muda de assunto. Mas posso ver pela forma como reagiu à pergunta que definitivamente isso não era uma opção para ele. Não era nem uma remota possibilidade.

Perto de começar a aula me despeço de meu amigo e sigo para o prédio 03. No caminho vejo Chanyeol. Ele perece discutir com alguém pelo celular. Aceno com a cabeça e recebo um sinal de positivo dele.

Quando chego em minha sala não vejo o professor em sua mesa. Acho estranho, pois o Sr. Kim nunca chegava atrasado. Entro no ambiente e vejo grupinhos conversando. Sento-me em uma cadeira no fundo da sala, como sempre. 10 minutos depois, Park Chanyeol entra na sala e senta-se ao meu lado.

- Eu estou tão atrasado que a aula já terminou ou o Sr. Kim realmente ainda não chegou? – Dumbo pergunta.

- Ainda não chegou. – Respondo.

Uma mulher aparece em frente a sala e faz um anúncio.

- Alunos, devido à problemas de saúde, o professor de anatomia, Sr. Kim, não poderá comparecer para lecionar aula para vocês. Estão dispensados.

Solto um suspiro de irritação. Havia vindo hoje por causa da maldita prova que ele iria passar e o indivíduo me inventa de não aparecer.

Pego minhas coisas e sigo para a porta. Penso em chamar Taeyeon para irmos dar uma volta, porém lembro que ela devia estar em aula.

Me perco em meus pensamentos mas sou interrompido por uma voz conhecida.

- Estava pensando... Fiquei de deixar você dar uma volta em minha Harley qualquer dia desses... – Chanyeol diz coçando o queixo.

Não consigo evitar soltar um palavrão. Digamos apenas que minha paixão por essa moto é maior que eu. Nem preciso dizer que é claro que topei, né?

Digo para ele que queria ver a potência dela em uma estrada em que pudesse correr. Concordamos em ir para uma rodovia que dificilmente havia trânsito. Sigo em meu carro na frente e Park me segue em sua moto.

Quando chegamos onde eu queria, estaciono meu Toyota e mal posso conter minha animação. Dumbo para com a moto do lado do carro e desce rindo. Acho que minha inquietação é evidente.

- Você sabe dirigir uma moto? – Mestre Yoda pergunta.

- Sei, aprendi justamente para quando pudesse ter a minha. – Respondo.

Chanyeol se aproxima lentamente, fica tão perto que me faz lembrar do beijo de ontem. Fico tenso mas tento manter a expressão calma. Meu impulso é afastar-me, porém me mantenho firme. Sei que ele só havia feito aquilo por conta do álcool.

- Abre a mão. – Park diz olhando para mim sério.

- Hã? – Pergunto tenso.

- Sua mão. Abra-a. – Diz sem parar de me encarar.

Faço o que ele disse e vejo-o jogar a chave da Harley em minha mão.

Esqueço tudo, abro um sorriso que acredito que para qualquer pessoa pareceria doentio, mas para mim, um sorriso autêntico.

Vejo Park andar em direção ao meu carro e recostar-se na lataria. Encaro isso como um ‘’Vá em frente’’ e quase corro para sua moto.

Quando subo no veículo sinto seu potencial, logo fico louco para fazê-la rugir para o mundo. Giro a chave na ignição e sinto-a ganhar vida. Direciono-a lentamente para a rua e então acelero.

Não consigo descrever a sensação. Sinto o vento ricocheteando em minha pele e sei que essa foi uma das melhores sensações da minha vida.

Faço o caminho de volta, mas quando estou voltando um animal atravessa a rodovia. Tento frear, porém vejo que não vai funcionar, jogo a moto para o lado, salvando o animalzinho de um atropelamento. Perco o equilíbrio da moto e caio. Não sei distinguir o que acontece em volta. Acho que estou rolando.

E então tudo fica branco.


Notas Finais


É isso, Bj!


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