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História Eles nunca sabem. - Sorte ou azar termos nos conhecido?


Escrita por: NasooLover

Notas do Autor


Hiii! Terminei ontem o capítulo então resolvi postar hoje! Não sei se vão gostar, mas espero que gostem! Bjão!

Capítulo 5 - Sorte ou azar termos nos conhecido?


- Baekhyun? Você está me ouvindo?

Ouço essa voz. Quem é? Eu conheço essa voz. Ela está distante. Distante quanto? Sinto que vou enlouquecer se não identificar.

- Alô, sim! Um acidente na estrada que dá acesso à Incheon. Sim! Está inconsciente. Por favor! É urgente!

Agora as palavras soam bem mais altas em minha cabeça. Abro os olhos e tudo o que vejo é uma claridade enorme e um vulto preto muito próximo de meu rosto.

- Baek! Como você está? Sente dor em algum lugar? – A voz diz.

Aos poucos minha visão ganha foco e então vejo Park Chanyeol sobre meu corpo. Mais uma vez. Como da outra vez em que me salvou de um possível atropelamento.

O que mestre Yoda faz aqui? Onde estou? E então me lembro. Eu caíra da moto na tentativa de salvar um animal.

Tento me levantar mas Chanyeol coloca a mão em meu ombro, impedindo-me.

- Não se mexa! Você poder estar tendo uma hemorragia agora mesmo! – Park diz com a voz firme.

- Não seja bobo, eu estou bem! – Protesto e mais uma vez tento levantar.

- Porra, Baekhyun! Se acalma! O que custa esperar a ambulância chegar? – Chanyeol diz me segurando no chão com mais força.

Solto um suspiro entediado. Sei que não há nada de errado comigo, mas sigo seu conselho para não deixa-lo mais perturbado.

20 minutos depois ouço o barulho do carro de emergência e abro os olhos. Fingi que estava dormindo durante o tempo de espera todo. Chanyeol estava me dando nos nervos. Toda hora perguntando se eu estava sentindo alguma dor.

Os paramédicos colocam-me em uma maca, ignorando totalmente meus comentários sobre estar tudo certo comigo. Pelo amor de Deus! Eu só havia desmaiado!

                                                                                                      ~~~~~~

Por conta de minha patetice com a moto mais cedo, passo o dia todo em observação no hospital. Às 18h sou liberado e quando saio encontro Park me esperando.

- Você ainda está aqui? – Pergunto impaciente.

- Queria ter certeza que você está bem. – Chan diz se aproximando.

Quando chega perto, Dumbo pega meu braço direito e tenta passar em volta de sua cintura.

- Que porra é essa, cara?! – Pergunto dando um pulo e me afastando dele.

- Pode se apoiar em mim, afinal foi por causa de minha moto que você está assim. – Diz olhando para o chão.

Fecho os olhos tentando recuperar a paciência que havia perdido ao longo do dia. Coloco os dedos em minhas têmporas e conto até 10. Quando abro os olhos vejo Park Chanyeol encarando-me.

- Que foi? – Pergunto.

- Estava me perguntando o que havia de errado com você... – Mestre Yoda diz coçando a cabeça.

- É isso! Não há nada errado comigo! Não precisa se preocupar! Eu estou bem. – Digo forçando um sorriso e seguindo para a porta.

Quando passo por Park dou um tapinha no ombro dele. Quase me esqueço de uma coisa. Viro-me para ele e vejo que já está ao meu lado.

- Você trouxe meu carro? – Pergunto.

- Ah, não achei que você fosse sair ainda hoje daqui. Deixei seu carro em sua casa, planejava falar com sua namorada e pedir para ela trazer de manhã... – Chanyeol diz parecendo envergonhado.

Reviro os olhos. Meu Deus! Não é como seu eu tivesse me arrebentado todo! Por que ficaria tanto tempo em um hospital por conta de uma quedinha de moto. Contenho minha irritação e respondo.

- Okay... Pego um taxi então.

Acelero o passo. Sinto uma mão prender meu pulso. Olho para trás e vejo que é o Park.

- Algum problema? – Pergunto impaciente.

- Posso te dar uma carona. Vamos para o mesmo lugar mesmo.

Penso por um momento e quase aceito. Porém, na mesma hora me vem à mente uma cena em que Chanyeol dirige a moto e eu estou sentado logo atrás. Muito próximo dele.

- Ah, obrigado, mas não quero incomodar. – Respondo e saio apressado mais uma vez.

- Não vai incomodar! – Chanyeol diz já ao meu lado de novo.

- Acho que vou passar na casa de Taeyeon no caminho. – Digo.

- Posso te deixar lá. – Dumbo diz com as mãos enfiadas no bolso da calça.

URGH! Por que tem de ser tão prestativo?!

- Okay. Vamos então. – Concordo.

Sente-se tão culpado que acho até que seria capaz de me seguir na moto, para garantir que eu chegaria bem em casa.

Seguimos por entre os carros no estacionamento. A Harley está estacionada em uma das últimas vagas. Durante o caminho eu tinha avistado várias vagas vazias no começo. Percebo então que ele devia ter ficado o tempo todo ali.

- Você saiu para comer? – Pergunto.

- Ah... Acho que me esqueci desses detalhe... – Chanyeol responde dando um meio sorriso.

Reviro os olhos para tamanha irresponsabilidade. Nem parece que estava estudando Medicina. Pelo amor de Deus! Tento manter a voz calma e digo.

- Vamos passar em alguma lanchonete no caminho. Estou morrendo de fome.

Minto. Estava sem fome alguma. Se tem uma coisa que fiz no dia de hoje foi comer. A todo momento aparecia algum enfermeiro com algum tipo de comida. Será que era normal? Eles devem ter pensado que eu passava fome...

- Você ainda vai passar na casa de sua namorada? – Park pergunta enquanto sobe na moto e a liga.

- Não. Não precisa. – Respondo e fico observando-o.

Chanyeol tira a moto da vaga e se aproxima de mim.

- E aí? Vai subir ou ficar olhando? – Dumbo pergunta em um tom de voz sarcástico.

Faço cara feia para ele e sigo para o veículo. Subo e sento-me na ponta, quase caindo.

- Qual é, Baek? Não vou te morder nem nada. Chega mais perto ou vai cair. Não quero me sentir culpado por você ter de voltar ao hospital mais uma vez hoje. – Park diz impaciente.

Tento não pensar naquele maldito beijo, mas fracasso. Uma vez que já estou pensando. Que ótimo! Agora chegar perto de Park Chanyeol era sinônimo daquele beijo dos infernos?

- Baek? É pra hoje ainda? – Chanyeol pergunta.

Aproximo-me cauteloso. Mantenho as mãos segurando firme no banco da moto. Chanyeol acelera a Harley e mais uma vez no dia sinto aquela sensação maravilhosa.

Me sinto extremamente tentado a abrir os braços. Aquela cena clichê que vemos em filmes. Quando você passa por isso pessoalmente, não parece nem um pouco forçado. Me controlo. Não preciso pagar esse mico assim de graça.

15 minutos depois, Chanyeol estaciona a moto na vaga de uma filial do McDonald’s. Assim que a moto para dou um pulo dela. Não quero ficar tão próximo assim de Park por mais tempo do que o necessário.

Seguimos para dentro da lanchonete e vejo que não há ninguém para fazer pedido. Um verdadeiro milagre! Todas as vezes que paro naquele lugar há uma fila quilométrica.

- Boa noite, senhores. O que gostariam de pedir? – A recepcionista pergunta.

- Eu quero um Deluxe Bacon, uma Coca, uma porção grande de batata, quero também um milk-shake. – Respondo.

- Porra! Você estava preso? – Chanyeol pergunta rindo.

- Isso não é para mim. É para você. – Digo dando de ombros.

- Quê? – Pergunta confuso.

- Não estou com fome. – Digo enquanto dou meu cartão para a mulher.

- Então por que pediu para passarmos em uma lanchonete? – Park pergunta fazendo careta.

- Para você comer, ué. – Respondo enquanto pego meu cartão e sigo para uma mesa.

Chanyeol me segue e senta de frente para mim. Parece irritado. Ignoro-o e pego meu celular para checar se tem alguma mensagem de Taey.

- Você ao menos deveria ter me deixado pagar. – Ouço-o dizer ainda irritado.

Desvio o olho do celular e vejo-o de braços cruzados. Fazendo um bico enorme. Minha vontade é rir. Um homem daquele tamanho fazendo birra... Faço um esforço enorme para não gargalhar. Quando me controlo digo. – Considere como um agradecimento por ter ficado o dia todo no hospital me fazendo ‘’ companhia’’.

- Apesar de não ser necessário... – Acrescento e volto a olhar meu celular.

Ouço ele falar algumas coisas mas não entendo bem, me perco em pensamentos enquanto olho o visor do telefone.

Taeyeon havia me ligado 15 vezes e mandado uma mensagem de texto.

- Baek, por que não está me atendendo? Aconteceu alguma coisa? Perguntei ao Kyungsoo sobre você e ele também não teve notícias suas desde esta manhã. Assim que pegar esse recado me ligue! Estou quase ligando para a polícia!

Reviro os olhos. Preciso ligar logo para ela. Taeyeon sempre foi muito exagerada e precipitada. Não quero ter de me envolver com a polícia ainda hoje. O dia já está sendo maluco demais, não preciso de mais isso.

O celular chama 3 vezes até que ouço a voz preocupada de minha namorada.

- BYUN BAEKHYUN! ONDE VOCÊ ESTEVE O DIA TODO??? ESTÁ ME TRAINDO???? QUEM É ESSA PIRANHA???? ME DIZ PARA EU ARREBENTAR A CARA DELA! COMO VOCÊ TEM CORAGEM DE FAZER ISSO COMIGO??? EU TE AMO TANTO E SEMPRE FUI TÃO BOA PRA VOCÊ...

Meu Deus! Taeyeon as vezes consegue se superar! Tenho de gritar com ela para que me deixe falar.

- EU ESTAVA NO HOSPITAL! SOFRI UM ACIDENTE DE MOTO! PARA DE SER PARANOICA, GAROTA!

Taey fica em silêncio por alguns segundo e então começa a gritar de novo.

- MEU DEUS! COMO VOCÊ ESTÁ, AMOR? ME DESCULPA! EU TE AMO! NÃO MORRA! NÃO ME DEIXE! POR FAVOR! ONDE VOCÊ ESTÁ? ESTÁ COM DOR? ME PASSA O ENDEREÇO QUE VOU AÍ TE VER! AGUENTE FIRME, AMOR!

Posso ouvir sua voz chorosa do outro lado da linha. Reviro os olhos e conto até 10. Vejo que Chanyeol me observa. Não ri, apenas me olha com seriedade.

Desvio o olhar e volto a falar com minha namorada.

- Taeyeon, calma! Eu estou bem! Eu só desmaiei, por precaução os médicos me mantiveram o dia todo em observação. Fui liberado agora. Não há nada de errado comigo. Não precisa vir me ver. Amanhã conversamos. Vou desligar. Beijo! Eu te amo!

- ESPERA! – Ouço-a protestar.

Suspiro e espero o absurdo que sei que ela vai dizer. Tae não seria Tae sem absurdos.

- O que você estava fazendo andando de moto? Estava me traindo?? Eu sabia... – Começa novamente.

- Eu estava andando na Harley de Chanyeol. Não tivemos aula hoje cedo e então aproveitei a oportunidade para ‘pilotar’ essa maravilha! Você bem sabe do meu amor por essa moto. – Respondo impaciente.

- Ah, desculpa por duvidar de você... – Diz e a corto logo.

- Eu sei, amor. Não estou bravo, mas estou cansado. Vou desligar! Beijo!

Termino a ligação e vejo Chanyeol pegando o pedido no balcão. Quando volta para a mesa, senta-se e começa a devorar tudo rapidamente. Sinto vontade de esfregar na cara dele que eu tinha razão, mas me controlo e apenas olho o movimento na rua.

- Como você sabia que eu gosto do Deluxe Bacon? – Pergunta enquanto mastiga a comida.

- Eu vi na minha bola de cristal. – Digo sério.

Chanyeol me encara e percebo que deve achar que tenho algum problema. Rio e digo. – Todo mundo gosta! Se você não gostasse eu diria que você só poderia ser um alienígena.

- Eu conheço um par de gente que não gosta. – Diz dando um sorriso convencido.

- Me diga duas pessoas. – Respondo cético.

- Suho e Chen. – Diz dando um sorriso maior.

- Quem são esses? – Pergunto rindo. Aposto que é invenção.

- Amigos meus. Inclusive virão me visitar essa semana. Talvez se mudem para cá. – Park diz sorrindo.

Sinto um desconforto que não sei explicar de onde vem. E nem porque veio. Olho para fora novamente e ignoro-o. Não me sinto bem. Se tem uma coisa que não devo fazer quando estou assim, isso é evitar falar com as pessoas.

- O que você tem? – Chanyeol pergunta enquanto toma seu milk-shake.

- Nada. – Respondo sem olhá-lo.

Dumbo não fala mais nada mas sinto seu olhar sobre mim. Quando termina, seguimos para sua moto ainda em silêncio. E o caminho todo até nossas casas é assim.

Chanyeol para a moto em frente à minha casa. Desço dela e ainda não falo nada. Aceno com a cabeça e sigo para dentro de minha casa.

Lá dentro começo a pensar. Penso em um maldito beijo. Penso em malditos sonhos.

E então percebo que tive uma ereção. Que porra! Eu não estava fazendo nada excitante. Sento-me na cama e vejo meu pênis em pé. Nessa hora decido que eu realmente estou precisando de um maldito psiquiatra para a minha maldita vida.

Se ficar mais um pouco aqui dentro irei pirar. Pego meu cigarro e sigo para minha varanda. Claro que não irei me ‘’aliviar’’. Me recuso. Quão bizarro seria isso? Ainda mais quando desconfio que isso aconteceu enquanto eu pensava em um maldito homem. Caralho! Eu estou pirando!

Sento na escada e acendo logo um cigarro. Ele sempre tem o poder de me fazer esquecer os problemas.

Fecho os olhos, sugo aquela fumaça com força e então a solto. Faço isso repetidas vezes. Talvez duas, três... Sei lá. Por um momento funciona.

- Vi você da janela. Resolvi vir aqui. – Ouço a voz do maldito homem.

Abro os olhos e Park já está sentado ao meu lado. Olhando para o céu. Minha vontade é pedir para que ele me deixe sozinho. Mas lembro que ele não tem culpa de minha insanidade. Quer dizer, não totalmente...

- Quer um? – Ofereço o cigarro.

Park aceita e ficamos lá fumando em silêncio por alguns minutos. Tenho medo de isto estar se tornando um costume. Chanyeol é um cara legal, mas tenho medo de que essa proximidade me deixe mais maluco. Ultimamente já não tenho feito sentido algum.

Estou distraído em meus pensamentos e não ouço quando Park fala comigo. Só percebo quando ouço sua gargalhada.

- CARA! VOCÊ REALMENTE ESTÁ DE PAU DURO??? – Pergunta em meio a risadas.

Olho para baixo. Droga! Havia esquecido disso! PORRA! Tento manter a dignidade e puxo minha camisa sobre o joelho. Escondendo minha ereção indesejada.

- Ah, eu estava assistindo uns pornôs antes de vir aqui. – Digo tentando parecer indiferente. Mas sinto meu rosto me entregando. Parece estar pegando fogo.

Chanyeol ri mais ainda. Se joga no piso de madeira e se encolhe de tanto rir.

Reviro os olhos e tento ignorá-lo.

Depois de um tempo vejo se sentar novamente. Já contido. Não o olho.

- Qual é! Não precisa ter vergonha! É normal. Eu entendo. – Diz e dá um tapa com a mão em minha blusa. Tentando puxá-la.

Seu movimento faz com que a mão de Chanyeol pare examente sobre meu pênis. Isso mesmo. Na cabeça dele. Era o que eu precisava. Maravilha!

 

 



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