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História Eles nunca sabem. - Cruzando a linha.


Escrita por: NasooLover

Notas do Autor


OLáaaaaaaaaaaaaaaaaaaa! UAHUAHAUHAUAHUA, tudo bem com vocês? kkkkkkkk, então, aqui mais um capítulo pra vocês! Espero que gostem! BJ BJ BJ!

Capítulo 6 - Cruzando a linha.


Levanto em um pulo. Olho para Chanyeol e ele me olha assustado. Tento me acalmar e enquanto o faço não o encaro. Não consigo. Sei que seu movimento foi sem querer, um acidente, mas ainda assim me sinto perturbado.

- Desculpa. – Ouço Park dizer baixinho.

Fecho os olhos, conto até 10. Quando os abro tento sorrir e volto a me sentar do lado dele.

- Tudo bem, acidentes, acidentes... – Digo tentando parecer indiferente.

Chanyeol me olha e não sei identificar sua expressão. Talvez vergonha?

- Sabe o que lembrei? – Dumbo pergunta.

Um caos toma conta de minha cabeça. Começo pensando no beijo, depois os sonhos aparecem para completar minha insanidade. Mal ouço o que mestre Yoda diz. Sei que disse algo.

- Baek? – Chanyeol diz passando a mão em frente a meus olhos.

- Sim? – Digo.

- Sabe o que lembrei? – Park diz.

- Não. – Respondo.

- Nossa! É muito empolgante conversar com você, sabia?! Acho que quero ter umas aulas com você sobre como responder as pessoas. – Chanyeol diz sorrindo.

Dou uma risada. Ela simplesmente sai. E isso me faz pensar mais uma vez em como isso é absurdo! Meu Deus! Ele é o causador de vários momentos perturbados que tive desde que o conheci. Ainda assim, quando estou na companhia dele, ele consegue me fazer rir e esquecer nem que por alguns segundos a insanidade mental em que me encontro.

- Desculpe, estou meio distraído. – Respondo.

- Jura? – Chan pergunta e revira os olhos.

Olho de cara feia para ele e ele ri.

- Do que você lembrou, afinal? – Pergunto tentando tirar sua atenção de mim.

- Panquecas. – Ele diz dando um sorriso de canto de boca.

- Hã? – Pergunto confuso.

- Você ficou de me preparar panquecas. – Diz levantando as sobrancelhas.

- Ah, achei que era brincadeira. – Digo rindo.

- Nunca é brincadeira. – Chanyeol diz ficando de pé, joga o cigarro no chão e quando o apaga prossegue. – Amanhã. Esse horário. É melhor que sejam boas.

- Isso era para soar estranho assim? – Pergunto.

- Era. – Diz sorrindo enquanto se afasta.

Fico sozinho. Que porra aconteceu? Como eu iria fazer panquecas?! Eu não faço a mínima ideia de como fazer. CARALHO!

Corro para dentro de casa, pego meu celular e mando uma mensagem para minha namorada.

- Taey, você sabe fazer panquecas? Poderia me passar a receita?

Espero por 5 minutos até receber uma ligação de Taeyeon. Começo a ficar inquieto. Minha mente insiste em voltar a momentos que quero muito esquecer. Ouço o celular tocando e ansioso quase jogo-o no chão.

- Oi amor, e aí... Você sabe? - Pergunto.

- Sei... Mas por que você quer cozinhar? Você nunca fez isso... Quer impressionar alguém, Byun Baekhyun?!

Puta que pariu! Meu Deus! Taeyeon me tira do sério com essas desconfianças. Conto até 10 para poder responde-la.

- Amor, lembra do meu vizinho? O Chanyeol? Fizemos uma aposta... Preciso fazer essas malditas panquecas. Agora, pelo amor de Deus, me passa a receita!

Incrivelmente Tae fica em silêncio. Deve estar tentando achar alguma mensagem por trás do que eu disse. Reviro os olhos e espero.

- Achei... Vou mandar em uma mensagem para você...

- Okay! Te amo! Bj! – Digo.

- BAEKKIE! Espera, o que vocês apostaram? – Pergunta.

Penso por um momento, não consigo lembrar o que apostamos. Após vasculhar a memória e não achar nada, fico meio nervoso... Se eu não conseguisse fazer as malditas panquecas qual seria o preço?

- Baek? Está aí? – Minha namorada pergunta.

- Ainda não definimos, mas acredito que não vá ser nada muito interessante. – Respondo.

- Hum... Quando decidirem me diga. Tchau. – Taeyeon diz e desliga na minha cara.

Que porra eu fiz agora? Caralho! Será que essa mulher não consegue fazer nem que seja um pouco de sentido?!

Não passa nem 2 minutos e Taey me manda uma mensagem com a receita e modo de preparo. Respondo perguntando se tem algo errado mas sou claramente deixado no vácuo. Tento não me estressar. Ela deve estar de TPM, é isso.

Dou uma olhada e vejo que precisarei comprar alguns ingredientes. Desisto de treinar agora e sigo para meu quarto.

Tomo um banho com água gelada. Preciso disso. É tão refrescante. Nunca entendi a mania das pessoas de preferirem tomar banho em água quente.

Sigo para minha cama após estar devidamente vestido. Fecho os olhos, decidido a não pensar em nada. Se é que isso é possível... Mas não, não é. Me vem à mente a imagem de Chanyeol tocando meu pênis. Sinto um arrepio percorrer meu corpo.

- NÃO FODE, MENTE! CARALHO! – Xingo.

Me levanto da cama e decido ir até a janela. Abro-a e sinto o vento gelado em meu rosto. Olho para a rua, nada em especial, apenas olho. Fico alguns minutos assim e então vejo um carro estacionar em frente à casa de Park. Um homem alto sai do veículo enquanto outra pessoa buzina.

Alguns segundos depois, vejo Chanyeol sair e correr para abraçar o cara. Logo em seguida um outro homem sai do carro e se aproxima dos dois. Esse pega a mão de Dumbo e a leva até a boca.

Na mesma hora sinto um desconforto no estômago. Náuseas tomam conta de mim e não consigo mais observar. Corro para o banheiro e vomito. Era só o que estava faltando, ficar doente. Que ótimo!

Fico sentado no chão esperando para ver se o mal estar voltaria, mas não volta.

Levanto e caminho para minha cama, jogando-me nela. Não consigo dormir. Apesar de não estar mais sentindo nada, há algo que me incomoda. Não sei dizer o que, mas sinto um aperto dentro do peito.

Minha vontade é levantar e ir olhar se Chanyeol ainda está com os amigos, digo a mim mesmo várias vezes que isso não interessa. Porra! O cara pode ter amigos! O que há de errado comigo?!

Depois de perder uma discussão comigo mesmo, levanto-me e sigo até a janela. Inicialmente não vejo ninguém. Estou puxando a cortina quando vejo Park sair com um dos homens.

Eles seguem até um ponto na grama, onde sentam-se. Ambos seguram garrafas de cerveja na mão. Parecem conversar sobre algo sério. Ou pelo menos o homem parece estar sério. Começo a perceber então que estou agindo como um xereta. Pelo amor de Deus! Para que diabos eu estou observando a vida de Chanyeol! CARALHO!

Obrigo-me a sair dali mas então vejo algo que chama minha atenção.

O amigo de Park aproxima-se dele, perto o suficiente para beijá-lo. Nessa hora sinto um desconforto horrível. Pela primeira vez em tempos, sinto raiva irradiar em todo meu corpo.

Forço-me a continuar olhando e então antes que os lábios deles possam se tocar, vejo Chanyeol ficar em pé em um pulo. Estranhamente sinto alívio. Vontade de sorrir e gritar um ‘’ SE FODEU!’’ para seja lá quem for esse homem.

Chanyeol volta para dentro de sua casa. O homem continua sentado no mesmo lugar, parece estar pensando. Vejo-o levantar-se e então chutar o ar.

Minha vontade é rir. Rir até não aguentar mais! Até sorrio por um tempo, mas então caio em mim. Que porra estou fazendo?! Desde quando fico feliz em ver a desgraça alheia?

Fico irritado e então volto para minha cama. Por que um homem está afetando tanto sua vida, Byun Baekhyun?

 Como eu podia estar tendo sonhos eróticos com ele?! Por que me senti subitamente enjoado mais cedo? Tenho tantas perguntas mas não parece haver uma resposta para nenhuma delas.

Tento me lembrar se alguma vez já me senti assim. E sim. A resposta é sim. Há mais ou menos 3 anos atrás. Uma garota linda, a mais linda que eu já tinha visto. O começo foi extremamente perturbador para mim. Como conseguia uma mulher me deixar enjoado só de vê-la com alguém? Como essa mesma mulher me fazia ter sonhos que nunca antes havia tido? Eu era só um garoto sem experiência alguma sobre o amor. E então me vi apaixonado por ela.

Sento-me abruptamente. Os sintomas são os mesmos. Mas não consigo acreditar nisso. Meu Deus! Eu estou gostando de Park Chanyeol? Não parece nem um pouco possível! Mas que porra eu sei? Tudo indica que pode ser isso. Mas como? Como aceitar? Eu não sou gay! PUTA QUE PARIU!

Tento me acalmar, mas não consigo. Como fazer isso? Por mais que eu não consiga aceitar, as evidências dizem outra coisa, não? Vou ficar louco! Completamente insano e pirado.

Para foder mais ainda com meu psicológico a imagem de Chanyeol tocando meu pênis surge para me assombrar. É quase como se ele estivesse me tocando agora mesmo. E mais uma vez no dia fico excitado. Que ótimo! Maravilhoso!

Passo um tempo pensando se eu de fato poderia estar gostando de um homem, tudo indica que sim. Decido testar essa teoria amanhã. Ver o que acontece quando nos encontrarmos. Confesso que apesar de haver vários indícios de minha atração por Park, lá no fundo não consigo aceitar. Não tem como isso ser possível. Eu amo Taeyeon. Tudo que sempre quis foi construir uma família com minha namorada. Pelo amor de Deus!

Pego no sono sem perceber. Mas afinal, quem percebe?

Não tenho sonhos, o que é incrível. Acordo em algum momento do dia mas não consigo identificar qual é. Talvez meio dia? O sol parece estar a pino. Fico por um momento só olhando para o teto. O que é esse ponto preto no canto do quarto. Um mosquito?

Dou um pulo da cama e solto um grito que deve ter acordado do sonho eterno até as almas. Não tiro os olhos dali. É uma aranha, a criatura mais obscura do mundo. Penso no que vou fazer para matá-la. Penso em jogar veneno, saio do quarto de costas. Ela poderia muito bem pular em mim no momento em que eu desse-lhe as costas. Já no andar de baixo decido que minha opção não é a mais segura. Lembro de um episódio com um monstro desses uma vez.

Eu havia espirrado o veneno em uma aranha e isso fez com que ela pulasse no meu braço. Juro que naquele dia eu cheguei muito perto da morte. Tão perto que vi minha vida passando em um pequeno filme. Acho que sobrevivi porque meu amigo Kyungsoo estava comigo e tirou aquela criatura de cima de mim. Apesar de ter de aturar dias de piadinhas dele, confesso que agradeci muito por ele estar ali naquela ocasião.

Balanço a cabeça para espantar aquele pesadelo. Penso em mandar uma mensagem para Kyung, mas não sei se estou disposto a passar mais um par de dias ouvindo suas piadinhas ruins.

Estou em meio a esse dilema quando ouço a campainha. Corro para a porta secretamente esperançoso, talvez meu amigo tenha sentido que eu precisava dele nesse momento de dificuldade.

Quando abro a porto vejo um Chanyeol com uma expressão alarmada.

- O que aconteceu? – Diz apressado.

Confuso analiso Park e vejo que está vestido somente com uma samba-canção que imita um short, sem camisa, meio curvado e ofegante.

- A pergunta é, o que aconteceu com você. – Digo.

Chanyeol ignora meu comentário e sem pedir licença entra em minha casa. Sobe correndo a escada e depois de 2 minutos volta e segue para a cozinha e só então retorna para onde estou.

- Que porra você está fazendo? – Pergunto.

Chanyeol mexe no cabelo aparentando estar envergonhado. Olha para o chão quando responde. – Ouvi um grito.

Caio na risada. Park agora me encara enquanto franze a testa. Deve achar que eu tenho problemas, o que é totalmente verdade, mas isso não vem ao caso agora.

Cada vez que olho para ele rio mais ainda, e a confusão em seu olhar aumenta. Sinto que está quase me pegando pelo ombro para me sacudir quando resolvo responde-lo.

- Aranha. – Digo ainda rindo.

Park me olha sem entender, após alguns segundos entendimento aparece em sua expressão e então vejo-o revirar os olhos.

- Por favor, não me diga que aquele grito foi por causa de uma aranha...- Diz descrente.

Olho para o teto e tento esconder a vergonha que sinto. Tamanho velho e gritando por causa de uma aranha. Consigo entender sua descrença.

- Pelo amor de Deus, Baek! Você tem quantos anos?! – Diz balançando a cabeça em desaprovação.

- Você nunca ouviu falar em pessoas que possuem fobia por causa de aracnídeos? – Pergunto tentando manter a dignidade.

Ouço- o rir. Chanyeol se aproxima, quando chega ao meu lado para e fica me olhando por alguns segundos e então diz. – Já que era só isso, já vou indo. Não quero que corra o risco de que haja muitas pessoas na rua que me vejam nesses trajes...

Só então lembro de como ele está. Olho-o da cabeça aos pés e sem notar, demoro-me um pouco na região abaixo do abdômen.

- Até mais tarde. – Diz e sei que percebeu para onde eu estava olhando, pois quando o encaro há um sorrisinho malicioso em sua boca.

Puta que pariu! Maravilha Baek! Você é bem discreto né... Que diabos ele vai pensar? Aposto que vai ficar com medo de vir aqui sozinho.

Antes que Chanyeol saia da varanda, grito. – ESPERA!

Dumbo vira-se para me olhar e pergunta levantando as sobrancelhas. – Sim?

- É que... Tem uma criatura... Acho que ela ainda está lá... Você poderia... – Digo mas antes que eu possa terminar a frase Chanyeol me interrompe.

- Matar a aranha? – Diz e é evidente que tenta não rir.

- Deixa. Não é nada. – Digo.

Mestre Yoda passa por mim e então pergunta. – Onde está?

Minha vontade é mandar ele ir embora e dizer que eu cuido dela. Mas sei que quando a vir vou entrar em pânico novamente. Contra a vontade digo que o monstro está no meu quarto. Ele segue na frente e vejo que sua costa treme. Ele está rindo. Desgraçado. Vou colocar veneno na tua panqueca!

Quando chegamos lá, indico à ele a morada da criatura. Ele olha para mim incrédulo e não consigo identificar o que ele pode estar pensando. Talvez que eu tenha razão em ter me apavorado?

- Você estava com medo disso?! Essa coisa não deve ter nem 1cm! – Diz.

- Nunca ouviu aquele ditado ‘’Tamanho não é documento.’’? – Digo sarcástico.

Chanyeol revira os olhos e segue para o canto do quarto. Olha em volta e então me pergunta. – Onde tem um banco que eu possa subir?

- Precisa? Você é quase do tamanho dessa casa! – Digo me vingando.

Vejo-o revirar os olhos e tenho vontade de rir, mas me controlo. Vai que ele se irrite e me deixe lidar sozinho com aquela criatura das trevas!

Saio do quarto e volto 2 minutos depois com o banco.

Park sobe em cima e então aproxima a mão da aranha. Fico em choque quando vejo-o pegar na mão aquele ser cheio de maldade.

Dumbo desce e se aproxima de mim. Me afasto e percebo que ele está zuando com minha cara, pois se aproxima mais. Subo na cama e digo apontando o dedo para ele. - Não ouse chegar perto de mim com esse demônio!

Ele gargalha e ignora meus protestos. Sobe na cama também e sorri de canto de boca.

- ESTOU FALANDO SÉRIO, PARK CHANYEOL! NÃO QUERO TER QUE TE DAR UM SOCO. – Digo já entrando em desespero.

Ele vai até a janela e então joga aquele bicho. Fico aliviado. Quase sorrio, mas quando vejo sua expressão quando se vira para mim, minha vontade é espanca-lo.

- Você precisa enfrentar seus medos. – Diz dando um sorrisinho debochado.

- E você quer encarar um soco na sua cara? – Pergunto brincando.

Ele sorri e sinto alguma coisa no estômago que não consigo identificar. Talvez náuseas por ter chegado tão perto da morte?

Chanyeol aproxima-se da cama e estende a mão para que eu possa descer. Ignoro a ajuda. Ele pensa que sou um criancinha?

Já no chão estendo a mão para ele e digo. – Obrigado!

Ele aperta minha mão e dá de ombros. Me afasto dele para pegar o banco e levar para a cozinha de novo, mas no caminho tropeço no nada e caio em cima dele. Sinto meu coração acelerar e tenho uma vontade enorme de xingar, porém, noto algo que não havia notado antes. Uma ereção. Park Chanyeol está excitado.

Que porra é essa? Será que ele é algum maníaco que se excita com pessoas desesperadas?

Saio de cima dele apressado e já vou comentar sobre o ocorrido, assim como ele fez comigo, porém sinto-o me puxar para perto de si. Caio em cima de Dumbo mais uma vez, mas dessa vez, Park puxa-me para perto e como da outra vez, cola nossas lábios. Tudo igual. Exceto que dessa vez Chanyeol está sóbrio. 


Notas Finais


Gostaram? Bj bj bj


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