1. Spirit Fanfics >
  2. Eles nunca sabem. >
  3. Por favor, não fuja. Não tente me deixar.

História Eles nunca sabem. - Por favor, não fuja. Não tente me deixar.


Escrita por: NasooLover

Notas do Autor


Inhaíí! Como vocês estão? Dessa vez eu demorei pra postar, uahuah, mas é porque não cheguei muito perto do computador esses dias, então não tinha terminado... Mas aqui está o capítulo para vocês! Espero que gostem! BJ BJ BJ

Capítulo 8 - Por favor, não fuja. Não tente me deixar.


Dou um pulo e fico de pé no mesmo instante.

Taeyeon reveza o olhar entre mim e Chanyeol, sei que está procurando algo para que possa começar a gritar.

- O que faz aqui, amor? – Pergunto nervoso.

Não sei o quanto ela viu. Nem ao menos imagino o que havia passado por sua cabeça quando nos viu. Será que minha namorada havia sentindo o clima estranho pairando sobre mim e Park? Pergunto-me o que teria acontecido se Taey não tivesse chegado. Teríamos nos beijado?

Sem perceber balanço a cabeça em negativa. Vejo Taeyeon franzir a testa para mim.

Impaciente espero a boa vontade de Tae para responder minha pergunta.

Depois de uns 2 minutos, minha namorada caminha até mim, para em frente a meu rosto e então lança um olhar de poucos amigos para Chan. Pelo canto dos olhos posso perceber que Chanyeol se sente desconfortável.

Quando volta a me encarar, Taeyeon diz. – Precisamos conversar.

- Pode falar. – Digo sem tirar os olhos dos dela.

- Corrigindo, precisamos conversar sozinhos. – Diz e olha fazendo careta para Chanyeol.

Viro-me para meu convidado para dizer que saia, porém não é necessário. Park acena com a cabeça em sinal de entendimento e então caminha para a saída.

Quando volto a olhar minha namorada ela está com a expressão vaga. Quase que sem expressão alguma eu diria...

- Sobre o que quer conversar? – Pergunto.

- Não quero mais que você fale com essa cara. – Diz e cruza os braços.

Acho que algo em meu rosto entrega meu choque, pois Taeyeon levanta o rosto e coloca uma expressão altiva em sua face.

- Por quê? – Pergunto devagar.

- Você é burro, Beakhyun? – Pergunta dando uma risadinha falsa.

Franzo a testa para ela, o que a faz revirar os olhos. Mentalmente conto até 10 para que não exploda e descarregue nela toda a energia negativa que venho acumulando há dias.

- Diz logo o que quer dizer, Tae! – Digo e tento controlar-me para não revirar os olhos.

- Este ser claramente está te querendo! – Diz e posso ver que está muito perto de começar a gritar.

Rio, mas por dentro estou querendo dizer para Tae que ela devia era afastar Park Chanyeol do namorado dela, o perigo aqui era minha sanidade ir embora de vez.

- Não seja ridícula! Chanyeol não é gay. – Digo.               

- Byun Beakhyun, se eu o ver falando com esse viado novamente, saiba que está tudo acabado entre nós. – Diz.

Analiso o rosto de Taeyeon e vejo que de fato está falando sério. A pele de minha namorada raramente atingia aquela tonalidade. Suas maçãs do rosto estavam tão vermelhas quanto sangue. Eu conheço minha namorada há 4 anos, namoramos há 3.

Uma vez fomos a um passeio no parque Hangang. Era feriado e fazia uma tarde ensolarada, no meio do verão. Lembro que naquela ocasião passamos uma tarde agradável, cheia de momentos maravilhosos que guardaríamos e contaríamos a nossos filhos quando estes viessem ao mundo. Não havia nada que pudesse estragar um dia como aquele. Porém, naquela mesma tarde encontrei por acaso uma ex-namorada. Arrepios percorrem meu corpo ao lembrar em como Taeyeon havia ficado vermelha, por um momento eu havia pensado que ela havia sido picada por uma abelha e estava tendo uma reação alérgica. Mais tarde, naquele mesmo dia, descobri que ela havia ficado puta comigo.

Balanço a cabeça e espanto aquela lembrança. Tae ainda espera minha reposta de braços cruzados em frente a meu rosto.

- E caso eu não concorde com isso? – Digo sério.

- Uma escolha sua. Mas não espere que me verá novamente. – Diz.

- Taeyeon, não faça isso... – Digo em voz baixa.

- Por que eu deveria não fazer, Byun? Você sabe o quanto eu te amo? Só você não percebe que esse seu vizinho quer ser mais que seu amigo, pelo amor de Deus! – Diz e então cobre o rosto com as mãos.

Corro para ela e então a abraço. Sinto suas lágrimas molharem minha camisa seguida dos soluços contra meu peito.

Afago o cabelo de minha namorada, em algum momento entre afagar seu cabelo e ouvir seus soluços, decido. Farei isso por Taeyeon, não a deixarei sofrer, afinal ela não está me pedindo a lua, seu pedido está dentro de minhas capacidades. Amo minha namorada, ela merece tudo que me pedir. A partir desse momento, Park Chanyeol está banido de minha vida.

                                                                                                      ~~~~

Depois de despedir-se de mim, Tae caminha para seu carro e mesmo que esteja de costas para mim sei que olha de cara feia para a casa de meu vizinho. Fecho a porta e volto para meu quarto. Sinto um aperto no peito que aos poucos está se tornando familiar. Jogo-me na cama e aperto os dedos em minhas pálpebras, tentando assim eliminar toda a confusão em minha mente, fracassando é claro.

Estou tão perdido em meus pensamentos e preocupações que inicialmente não percebo que meu celular apitava, indicando a chegada de mensagens.

- Sua namorada ainda está aí?

- Quando ela sair posso ir aí?

- Baek...

- Estou aqui na sua porta, abra por favor! Precisamos conversar sobre o que aconteceu.

- Byun... Você prometeu! Lembra?

Não sei quantas vezes digito a palavra ‘’desculpa’’, sei que bem mais do que uma vez. Penso em responder para ele que sim, eu sinto algo por ele. Dizer que ultimamente meus pensamentos a todo instante trazem ele para mim. Dizer também que sinto desejo por ele, e ainda que ele protagonizou meus sonhos eróticos por mais de uma vez. Mas como dizer isso? Como aceitar que eu poderia estar atraído por um homem? Até para mim essa ideia parece absurda demais.

Eu amo Taeyeon, não amo? Por que essa atração por Chanyeol continua perturbando-me ainda? Por que eu deveria estar considerando entre os dois? Quando minhas opções tornaram-se tão sem sentido? Escolher entre um homem e uma mulher... Supostamente nenhum hétero deveria passar por isso, não é mesmo? 

Por alguns segundos meu impulso é correr até a casa de Park e pedir para ele me explicar o que está acontecendo. Estranhamente, em minha mente ele parece ter todas as respostas. Porém, decido não ir. A promessa que havia feito para minha namorada passeia em minha mente. Taeyeon havia feito eu prometer que não falaria mais com Chanyeol, eu preciso manter minha palavra por ela e por nós. Deixo o celular novamente na mesa de cabeceira e jogo um travesseiro no rosto, tentando impedir de chegar aos meus ouvidos o som de meu celular tocando.

Em algum momento adormeço, não sei dizer ao certo quando e nem o que pensei antes de cair no sono, mas sei que a dor em meu peito permaneceu, pois a primeira coisa que noto quando abro os olhos é ela. Olho para o relógio na parede e vejo que já são 7:30. Sei que se não levantar agora e correr para o banheiro, chegarei atrasado para minha primeira aula do dia, porém, não consigo encontrar motivação para levantar.

Quando olho o relógio novamente, são 7:50. Suspiro e então levanto sem vontade alguma. Não posso perder a aula do Sr. Kim, como ele havia faltado na aula passada, provavelmente hoje teríamos a prova que ele teria passado caso não tivesse se ausentado.

Pensar na aula passada me faz pensar no acidente com a Harley de Chanyeol, o que traz à tona o cuidado que Park tivera comigo na ocasião.

- CARALHO! PUTA QUE PARIU! VÁ SE FODER CHANYEOL! EU NÃO QUERO MAIS PENSAR EM VOCÊ! EU NUNCA QUIS! – Grito liberando toda minha frustração.

Entro de baixo do chuveiro e aumento a temperatura do aquecedor. Sinto a água quente caindo sobre meu corpo. Dói, mas não ligo, de qualquer jeito parece que tudo em mim dói.

- Meu Deus, Baekhyun... Você está se tornando uma mulherzinha! – Falo comigo mesmo.

Faço tudo no automático. Visto a primeira roupa que vejo, empurro uma tigela de cereal goela abaixo e só volto a mim quando estou saindo e vejo Park em minha porta.

- Oi. – Diz Chanyeol enquanto olha em meu rosto, procurando meu olhar.

Analiso seu rosto e vejo que olheiras profundas rodeiam seus olhos. É quase como se ele tivesse chorado a semana inteira ou ainda que não dormisse há dias.

- Oi. Desculpe. Tenho que ir, estou atrasado. – Digo e passo por ele apressado.

Não dou dois passos, na verdade, acho que nem dou nem um passo. Quando começo a me encaminhar para a rua, Chanyeol segura meu pulso e o aperta firmemente.

- Baek, não faz isso. Você prometeu! Mantenha sua palavra! – Diz e posso ouvir o desespero em sua voz.

- Me solta. – Digo olhando para o chão.

- Vamos conversar, Baek! Por favor. – Diz.

A dor no peito parece aumentar quando ouço o tom de sua voz. Posso ver que está triste. Desconfio que por minha causa, mas não posso fraquejar. Prometi à Taeyeon.

- Não temos nada para conversar. – Digo e puxo meu braço do aperto da mão de Park. Dessa vez ele não me segue. Não insiste.

                                                                                                       ~~~~

A manhã na faculdade se resume em evitar Chanyeol. Quer dizer, evitar quando possível. Eu não podia expulsá-lo da aula de anatomia. Acredite, eu perguntei a uma orientadora. Ela disse que se eu fizesse isso, a pessoa expulsa poderia ser eu.

Durante a aula que teríamos que estar juntos, tive receio de ter que fingir que ele não existia. Isso não parecia certo, parecia quase que ilegal. Porém, em nenhum momento meu colega se dirigiu a mim. Acreditei que eu poderia estar invisível e não saber.  Naquele momento eu havia sentido algo que não pude identificar. Sentira um misto de coisas. Confusão principalmente.

Aquela dor no peito parecia ter evoluído para algo mais insuportável. De todas as coisas que esperara daquele momento, ser ignorado não era uma delas.

Quando minhas aulas no dia haviam acabado, me dirigi para o estacionamento para poder ir para casa. Precisava descansar, precisava pensar. Porém, havia visto algo no caminho que fodera muito com alguma coisa dentro de mim.

Cá estou eu, a três carros de distância do meu. Minhas pernas parecem ter perdido a habilidade de andar. Sinto um enjoo insuportável no estômago. Na verdade, sinto que posso vomitar a qualquer momento. Mas nada disso importa. Por que deveria importar? Quando tudo que eu vejo é Park Chanyeol e o mesmo cara daquele dia. Aquele que havia tentado beijá-lo. Tudo parece igual, exceto pelo fato de que agora, exatamente agora, aquele homem beija a boca de Park Chanyeol.

Não consigo me mover, é como se eu estivesse entorpecido por inteiro. Passo um tempo assim, não consigo lembrar como fazer meu corpo funcionar. A dor em meu peito volta. Fico assim por tanto tempo que sinto que estou prestes a desabar em dor e choro quando finalmente sou liberto. Park encontra meu olhar. Aquele olhar traz consigo minha liberdade. Vejo susto estampado em seus olhos. Não fico para ver o que virá a seguir. Corro para meu carro e ouço seus gritos atrás pedindo para que eu espere.

Não sou capaz. Não sou capaz de lidar com essa porra toda. Não sou capaz de lidar com as explicações que certamente Dumbo me daria.

Dou partida e saio do estacionamento sem olhar para trás. Dirijo, apenas dirijo. Sem rumo algum. Exatamente como minha vida ultimamente. Sem rumo algum.

Não percebo que estou chorando até me dar conta de meus gritos. Há tanta coisa entalada. Há tantas dúvidas.

- CARALHO, BAEKHYUN! – Grito entre soluços.

Passo por um penhasco e apenas uma coisa toma conta de meus pensamentos. Parece a única solução. Eu aos poucos estou me tornando uma desonra para meu pai. Ele não merece o filho com a mente fodida que ele tem.

Freio bruscamente e meu corpo vai para a frente, batendo com tudo no volante.

- Baekhun! ACORDA! ACORDA!

Ouço uma voz, ela parece ficar mais distante aos poucos. Alguém está falando comigo? Eu acho que alguém está de fato falando comigo. Não consigo responder. Tudo está escurecendo.

- BEAK! NÃO DORME! FICA COMIGO!

Tem alguém chorando? Alguém parece estar chorando. Quero obedecer a voz, mas estou me sentindo tão pesado. Eu quero ir. Eu quero dormir. 


Notas Finais


ioooo


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...