História Élise e Arno - A História Nunca Contada - Capítulo 10

Pov'S Arno

Acordei com a luz do sol que entrava pela janela e batida direto no meu rosto. Élise estava deitada em cima de mim.
E eu não podia negar, eu amava aquela sensação. Eu precisava ir embora, mas ela dormia tão tranquilamente que fiquei com pena de acorda-la. Eu continuei ali, deitado por mais alguns minutos enquanto acariciava seu rosto que descansava suavemente sobre meu peito.

  Eu me sentia tão feliz quando estava com ela, ela era tudo para mim. Eu não conseguia  imaginar minha vida sem a Élise. O fato de eu saber que teria que ir embora na manhã seguinte, partia o meu coração. Eu não queria ir, mas se eu não estivesse em casa quando o De La Serre chegasse, obviamente ele iria suspeitar que eu estava fazendo companhia para a filha dele.

   Apesar dele pensar que eu e Élise éramos apenas amigos e que eu via ela como uma irmã, saber que eu estou aqui poderia mudar tudo. Então eu não podia arriscar. Infelizmente, eu teria que partir na manhã seguinte.
 
  Élise levantou sua cabeça e  olhou para mim enquanto sorria. Eu amava aquele sorriso.
- Bom dia - ela disse sonolenta enquanto esfregava os olhos.
- Bom dia querida. - eu sussurrei para ela, o que a fez sorrir.
- Arno? - ela pergunta se sentando ao meu lado.
- Sim? - eu sento na cama e olho para ela.
- Por favor, fique aqui comigo hoje. - Ela pede olhando em meus olhos.
- Tudo bem, Élise. Eu fico. Mas você não tem aula hoje?
- Eu não vou para a aula hoje. Não estou com ânimo para  aturar aquele zoológico. - ela colocou a mão na testa.
- Se está dizendo. - sorri e a puxei para junto de mim.

Pov'S Madeleine

- Estou começando a achar que ele não volta mais. - Olivier disse coçando a cabeça.
- Será ? - eu disse preocupada. Isso nunca tinha acontecido antes. Arno nunca ficava tanto tempo assim longe de casa,  pra falar a verdade, ele nunca passou mais de um dia fora . Parte de mim tinha quase certeza de que ele estava fazendo companhia para Élise, mas outra parte de mim, ja temia pelo pior.
- O monsieur De la Serre não vai gostar disto. - Olivier se sentou em uma cadeira da cozinha. - Esses últimos dias foram muito, digamos assim, bizarros.
- Bizarros? - eu disse incrédula. Será que ele também estava se referindo àquela vez que eu e ele fizemos amor ?  Será que ele achou aquilo bizarro? Pra ser sincera, nenhum de nós dois tocamos no assunto de novo, mas Olivier continuou agindo da mesma forma que sempre agiu. Para ser sincera, de vez em quando eu o surpreendia me encarando, mas eu nunca cheguei a confronta-lo. E para falar a verdade, eu acho que ja passou da hora de esclarecermos o que houve entre a gente. E se ele não vai dar o primeiro passo, então eu vou.
- Olivier? - eu disse enquanto me aproximava mais dele. Ele engoliu em seco.
- o que foi? - falou um pouco hesitante.
- Não acha que tem algumas coisas entre nós que deveriam ser esclarecidas? - eu o questionei enquanto avalaiava a sua reação.
- Por exemplo? - ele perguntou um pouco desconfortável. Como se quisesse mudar de assunto.
- Não se finja de inocente. - eu me aproximei mais. Agora, nossos narizes estavam quase se tocando. - Você sabe muito bem doque eu estou falando. - acrescentei.
- Madeleine... - ele começou e em seguida parou de falar.
- Madeleine o... - antes que eu pudesse terminar a frase, ele me surpreendeu com um beijo.
  
   Suas mãos seguraram firmemente a minha cintura. O beijo começou a ficar mais quente e eu logo percebi que o " amiguinho " do Olivier ja estava dando sinal de vida. E antes que eu pudesse protestar, ele me ergueu e me colocou em cima da mesa. Parando de beijar minha boca, ele cobriu meu pescoço com uma trilha de beijos longos, com pequenas mordiscadas. Aquilo era tão bom. Eu simplesmente não conseguia resistir.
   Senti suas mãos desamarrando o meu vestido enquanto eu tirava sua blusa. Sem querer perder mais tempo, eu enfiei minhas mãos dentro de sua calça. E quando eu finalmente coloquei as mãos no que eu buscava, a porta se abriu.

- Merda. - Olivier sussurrou.
  
   Olhei para trás e arquejei ao ver o sujeito que estava parado na porta.

- Monseiur De la Serre! - eu disse surpresa, enquanto por reflexo, empurrei Olivier  para longe de mim