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História Élise e Arno - A História Nunca Contada - Simples Desejo


Escrita por: Lady_Kitana

Notas do Autor


Terceiro capítulo para vocês. Espero que gostem. Obrigado por acompanhar a história :)

Capítulo 3 - Simples Desejo


Fanfic / Fanfiction Élise e Arno - A História Nunca Contada - Simples Desejo

   No dia seguinte, Arno levantou cedo, antes de Élise acordar. Ele foi para a cozinha e descobriu que ela estava silenciosa. Nem mesmo Madeleine estava lá.

   Olhando a hora em seu relógio de bolso que seu falecido pai havia lhe dado, ele vou ainda eram cinco da manhã. Madeleine não iria demorar para chegar na cozinha e começar a preparar o café da manhã. Arno não queria esperar, ele pretendia começar o dia cedo, então ele encheu seus bolsos de maçãs que estavam em cima da mesa - o que o fez recordar do dia em que conheceu Élise - Saindo da cozinha e indo para o salão principal da casa onde a escava ficava, ele teve uma idéia.

   Com os bolsos ainda cheios, ele saiu pela porta dos fundos da mansão e depois de caminhar por alguns metros, ele logo chegou ao jardim da mansão. Ele colheu algumas rosas vermelhas que eram as preferidas de Élise e depois de ter improvisado um laço no buquê com a fita que prendia seu cabelo, ele voltou para a casa e subiu em direção aos quartos.

   Ao parar em frente á porta do quarto de Élise,  ele ouviu vozes que vinham do quarto de François.

- Antes de começar seus afazeres, peça para o jardineiro providenciar uma carruagem para levar Élise amanhã. Ela deve estar pronta ás oito. - François fez uma pausa - Eu terei que resolver alguns assuntos em Londres então terei que me ausentar por um tempo. Partirei amanhã logo assim que Élise for.

- Sim monsieur. - era a voz de Madeleine - Quer que providencie uma carruagem para ti também? - Ela perguntou

- Não será necessário. Ela virá amanhã alguns minutos mais cedo que a de Élise. - isso é tudo Madeleine. - assim que ele disse isso, Arno ja pode imaginar que Madeleine sairia pela porta a qualquer instante.

   Sem perder tempo, ele abriu a porta do quarto de Élise e entrou fechando a porta silenciosamente atrás de si.

    Élise ainda estava dormindo, então ele pegou a bandeja que ficava na penteadeira dela, tirou a escova e alguns acessórios que estava em cima e ajeitou ali algumas maçãs e o buquê que ele havia feito.

   Antes de acordar Élise, ele olhou para o espelho de sua penteadeira e levou um susto ao ver sua aparência esfarrapada. Suas roupas ainda estavam amarrotadas, seu cabelo solto estava todo bagunçado e ele estava com olheiras que eram resultado da  noite mal dormida.

   Sem pensar muito, ele pegou a escova de Élise e escovou seus cabelos apenas para desembaraça-los. Após penteados, seus cabelos  soltos pendiam um pouco acima de seus ombros, e olhando mais uma vez no espelho, ele concluiu que estava no mínimo apresentável para acordar Élise sem mata-la de susto.

   Caminhando em direção a cama de Élise enquanto segurava a bandeija, ele começou a refletir sobre a conversa que tinha ouvido entre François e Madeleine. A ausência de François era a oportunidade perfeita para que ele pudesse por o seu plano em prática.

- Élise - Arno sussurrou enquanto a sacudia delicadamente para que ela pudesse acordar. Ela se revirou na cama e acordou esfregando os olhos. - Bom dia - ele disse enquanto ela se sentava na cama.

- Bom dia Arno - ela disse e sorriu.

- Eu trouxe isso para você - ele disse a entregando a bandeja

- Obrigado - ela falou enquanto pegava o buquê - São lindas - ela cheirou as rosas e depois deu uma mordida em sua maçã.

- Hoje nós vamos passar o dia juntos Élise, quero poder aproveita-lo ao máximo antes de você partir amanhã. - ele pegou uma maçã que havia sobrado em seu bolso e a mordeu.

- Tudo bem. - Ela já estava terminando a segunda maçã. - Eu vou me trocar - Élise falou dando uma última mordida na maçã e levantando da cama. Ela deu um beijo em Arno e abriu uma das gavetas de sua cômoda, tirando de lá uma uma de suas calças de couro e uma blusa de mangas longas azul.

   Abrindo o guarda roupas, ela pegou um de seus corpetes e foi para trás de uma cortina de privacidade que ficava no canto de seu quarto.

- Sabe Élise, - ele falou terminando de morder sua maçã - Madeleine tem me olhando estranho ultimamente.

Élise soltou uma gargalhada,  enquanto pendurava na cortina sua roupa da noite anterior.

- É serio Élise. Ontem a noite quando saí de seu quarto, dei de cara com ela no corredor. Eu a cumprimentei mas ela nem sequer falou nada, apenas me olhou de cima abaixo e depois olhava para a porta de seu quarto.

- E oque você queria que ela fizesse depois de ter nos  pego aquel dia? - ela saiu de tras da cortina enquanto terminava de amarrar seu corpete.

- Será que ela contou para o seu pai? - Arno disse preocupado

- Acho que não. - falou pensativa enquanto se dirigia para a penteadeira - Se ela tivesse dito algo, provavelmente ele já teria vindo falar conosco a respeito.

- Tem razão. - ele levantou da cama e olhou pela janela em direção ao jardim.

Élise terminava de escovar seu cabelo quando Arno a surpreendeu com um grito.

- Olha ela ali! Olha só! - Arno gritou desesperado. - Está olhado para cá.

- Arno, você ainda vai acabar enlouquecendo por causa de Madeleine. Deixe ela quieta. Provavelmente está checando se as janelas precisam de uma limpeza por fora. - ela se aproximou da janela. E acenou para Madeleine que retribuiu seu aceno de volta. - Viu só?  Provavelmente ela só estava tendo uma noite ruim ontem. - ela se virou

Arno acenou para Madeleine que ao contrário do que fez com Élise, não retribuiu o aceno de Arno.

- Ei Arno? - ele voltou sua atenção para Élise que ja estava na porta o esperando -  Para onde vamos agora? - Arno andou na direção de Élise  quando estava ao seu lado, segurou sua mão.

- Vamos passear por ai como fazemos todos os dias. Mas hoje quero lhe mostrar uma coisa especial, por isso levantei tão cedo. - ela sorriu e os dois saíram pela porta.

   Os dois cruzaram a porta de mãos dadas e caminharam em direção ao jardim. Élise respirava fundo, aproveitando o aroma das rosas que pairava pelo ar. Eles caminharam em direção á fonte que havia no jardim onde carpas japonesas nadavam tranquilamente. Élise se sentou na beira da fonte e esticou os dedos para tentar acariciar os peixes, que fugiram ao vê-la se aproximando.

- Essa manhã ouvi seu pai dizendo que irá para Londres amanhã. - Arno se sentou ao lado de Élise - Venha - disse estendendo a mão para ela.

- Provavelmente ele está indo resolver algo com o covil dos Carroll. - ela pegou na mão dele e se levantou. - O lado bom de ir para essa escola será que eu não terei mais que olhar para a cara da May.

- Tem razão. - ele sorriu - Ela é chata demais. - eles começaram a sorrir um para o outro.

    Arno a abraçou forte. Élise inclinou sua cabeça e fitou o rosto dele, ela sorriu enquanto os dois ficavam ali parados olhando um nos olhos do outro sem dizer uma palavra sequer. Até que Élise o beijou. Um beijo apaixonado e delicado como o bater das asas de uma borboleta, enquanto o  sol da manhã refletia em sua pele.

   A brisa da manhã soprava fresca e clama, os gramados da mansão balançavam com a brisa. A manhã estava perfeita. Os dois passaram o dia caminhando e conversando, sem sequer pensar na idéia de que Élise partiria no dia seguinte.

- Élise, quero lhe mostrar uma coisa. - ele falou a levando de volta para a casa.

   Ao invés de se dirigir para a porta de entrada, Arno a levou para a lateral da casa, onde havia uma árvore quase ao lado da parede. Élise raramente ia ali, ela nem se lembrava que a árvore havia crescido tanto assim desde a última vez que ela a viu.

- Por aqui - Arno falou parando em frente a parede da casa onde havia uma enorme janela que dava para ver a sala de jantar dali. Não havia ninguém por perto, nem mesmo Madeleine, que sempre ficava por ali limpando os móveis a tarde. Ele se apoiou na janela com um pé e com as mãos, deu impulso e subiu para um galho da árvore.

- Oque está fazendo? - Élise perguntou brincalhona.

- Você vai ver. - ele estendeu a mão para ela e a puxou ali para cima.

   Em seguida, Arno se colocou de pé no galho e escalou até uma pequena varanda que havia ali no segundo andar. Quando Élise foi tentar o seguir, seu pé escorregou e antes que ela perdesse o equilíbrio, Arno segurou seu braço e a puxou para cima.

       Quando os dois ja estavam na varanda, Arno deu mais um impulso se escorando na janela e logo em seguida, hã estava no telhado da casa.

- Venha Élise - ele estendeu a mão e a puxou para cima novamente.

- Nem quero imaginar como vai ser na hora em que descermos daqui. - ela falou se colocando de pé. - Além do mais, porque estamos aqui? - ela perguntou.

- Já está quase na hora. Vamos nos sentar ali - ele apontou para o outro lado do telhado.

- Na hora de que? - ela perguntou confusa.

- Você vai ver.

   Eles se sentaram, e Élise entendeu o porque de Arno estar a levando ali. Dava para ver a agitação nas ruas da cidade ao longe, os navios desembarcando no porto o oceano no horizonte.

- É lindo - ela falou encantada.

- É sim. - ele disse enquanto olhava para Élise, que estava apreciando a vista.

   Ali em cima, o vento soprava bagunçando os cabelos de Élise, mas ela estava tão encantada com a vista que nem se importou.

- Quando você descobriu isso? - ela se voltou para Arno

- Faz muito tempo. As vezes eu venho aqui para pensar.

- Dá para ver quase Paris enteira daqui de cima. - ela abraçou Arno.

   Retribuindo o abraço, ele a beijou. Élise se jogou em cima de Arno, enquanto acariciava o seu rosto suavemente. Arno desceu as mãos pelas costas de Élise até chegar em seus quadris. Ela parou de o beijar e ergueu a cabeça  olhando apaixonada para ele, que sorriu ao vê-la o olhando daquele jeito. Élise o desejava, dava para ver em seu olhar, ela o queria ainda mais. Assim como Arno, ela não queria mais ficar só nos beijos.

   Arno tirou uma de suas mãos dos quadris de Élise e começou a desabotoar o seu corpete. Então ela o deteve.

- Não. - ela sussurrou. - Aqui não.

- Desculpe. - Arno disse constrangido - Não era a minha intenção... - ela colocou um dedo nos lábios dele.

- Shh. Vamos lá para dentro - disse sorrindo e os olhos de Arno se iluminaram após Élise ter dito aquilo. O sol já estava se pondo e a noite chegando. Ao longe, eles podiam ver as luzes da cidade e do porto acesas.

   Élise saiu de cima dele e começou a se preocupar em como ela iria conseguir descer dali. Arno ajudou Élise a descer, a segurando enquanto ela escorregava pelo caminho que vinheram. Assim que desceram da árvore, Arno não se conteve e voltou a beija-la, desta vez havia algo a mais em seu beijo. Ali, Élise percebeu o quanto ele a amava e a desejava. Eles estavam encostados  na árvore, se beijando apaixonadamente. Arno passava suas mãos pelo corpo de Élise, o que a fazia sentir arrepios pelo corpo inteiro.

   Ela o puxou para mais perto dela, o que o fez gemer. Élise soltou os cabelos de Arno e entrelaçou seus dedos neles.

- Élise eu te amo tanto - ele disse entre beijos suspirando. A paixão ardendo em seu peito.

- Eu também Arno, eu também te amo. - ela passou suas mãos pelo peito dele - Vamos entrar.

    Eles entraram pelos fundos e a cozinha estava escura. Quando estavam indo em direção à escada, Madeleine apareceu.

- Olá Madeleine - Élise a cumprimentou tentando disfarçar.

- O jantar está pronto senhorita. Posso por a mesa? - Élise estranhou o fato de Madeleine estar perguntando aquilo para ela. Geralmente quem decidia isso era seu pai.

- Madeleine, onde o meu pai está? - ela perguntou confusa.

- Está em seus aposentos fazendo alguns preparativos para a viagem. Ele não vai jantar hoje.

- Tudo bem Madeleine, não estamos com fome. Não precisa por a mesa. - Arno olhou de soslaio para Élise enquanto tentava entender porque ela disse aquilo.

- Tem certeza mademoiselle? - ela perguntou

- Sim, tenho - Élise falou decidida. - se sentirmos fome, nós pegamos algo para comer. Não se preocupe.

- Como quizer. - Madeleine começou a encarar Arno e ele pigarreou. - Com licença - ela se retirou os deixando ali sozinhos.

- Vamos - Élise puxou Arno pelas escadas.

- Porque disse para Madeleine que não estavamos com fome?  - Arno perguntou com a mão na barriga. - Eu estou faminto.

- Você não entende Arno? Quero ficar sozinha com você. - ela disse parando no corredor e se virando.
- É sério? - ele disse um tanto animado.

- Vamos pegar algo para você comer. - Élise voltou pelo caminho que tinham passado.

- Não, eu... - ele disse segurando Élise - ahm... Eu não estou mais com fome. - Élise colocou as mãos nos quadris.

- Tem certeza? - ela olhou em seus olhos.

- Tenho sim... err - ele gaguejou. - a fome já passou.

- Sabe Arno, as vezes você parece um garotinho mimado. - ela pegou em sua mão novamente e voltou a puxa-lo pelo corredor até que chegaram ao quarto de Élise. Ela abriu a porta e entrou puxando Arno junto com ela. - Fique ai na porta.

   Ela se dirigiu para sua cômoda e pegou uma chave em uma das gavetas, andando em direção a porta onde Arno estava encostado e o empurrando  para o lado, ela trancou a porta do quarto e voltou a guardar a chave no mesmo lugar.

   Antes dela se virar, Arno a surpreendeu a abraçando por trás. Ele empurrou seu cabelo para o lado e plantou vários beijos delicados ao longo de seu pescoço. Élise suspirou se aconchegando mais em seu abraço, Arno a apertou um pouco mais forte e então ela se virou, ficando cara a cara com ele.

- Élise, não consigo suportar a ideia de que você partirá amanhã. - Arno encostou sua testa na de Élise.

- Shh. Não quero pensar mais nesse assunto. Quero que essa noite seja especial para nós. - ela acariciou o seu rosto.

- Então farei com que seja. - E dizendo isso, ele a pegou em seus braços e a levou em direção á cama.

   Colocando-a na cama, ele se deitou ao seu lado acariciando seus cabelos ruivos enquanto ela sorria. Élise deu um beijo em seu rosto e entrelaçou seus braços no pescoço dele. Arno começou a beija-la enquanto a abraçava firmemente. Ele rolou para o lado ficando por cima de Élise que o puxava para mais perto de seu corpo enquanto o beijava.

   Parando de beijar Élise, Arno se sentou sobre ela e começou a desamarrar seu corpete a olhando nos olhos, quando ele terminou, jogou o corpete no chão e a puxou para perto dele. Ficando sentada na cama com Arno em seu colo, Élise começou a desabotoar a camisa dele enquanto Arno olhava em seus olhos sorrindo. Jogando a camisa no chão, ela voltou a  beija-lo passando suas mãos pelas costas nuas de Arno, enquanto ele tirava a blusa de Élise. Ela levantou os braços enquanto ele puxava a blusa para cima, Arno começou a beijar o pescoço dela e foi descendo para seu busto. Élise começou a sentir um arrepio percorrendo todo o seu corpo sentindo seu desejo por ele crescer cada vez mais.

   Deitando-a novamente na cama, ele pressionou seu corpo contra o dela o que a fazendo com que ela sentisse sua ereção. Élise levou suas mãos até a barra da calça de Arno e começou a puxala para baixo, ao ver o que ela estava tentando fazer, ele ficou de pé na cama e sorriu para ela, que o olhou confusa.

- Porque ficou de pé? - perguntou

- Para você tirar a minha calça. Não é isso que queria fazer? - ele ergueu uma sobrancelha.

- Ah, sim... - ela falou desconcertada e sentou-se na cama.

   Ela chegou mais perto dele e puxou sua calça para baixo, Arno parou de respirar, nervoso. Élise já o tinha visto sem roupa várias vezes, mas fazia muito tempo, e muita coisa havia mudado em seu corpo desde então. Ele ficou ali esperando ela falar alguma coisa, mas ela não falou, o que o deixou ainda mais nervoso. Élise não sabia o que dizer, ela não fazia idéia de que Arno tivesse mudado e crescido tanto assim.

- Venha cá. - Ela falou rompendo o silêncio e deitando-se sobre ela, Arno voltou a beija-la intensamente.

- Eu quero você Élise - ele sussurrou em seus lábios e começou a tirar a calça de couro que ela vestia.
  
   Segundos depois os dois já estavam nus, Arno abraçando e beijando Élise, passeando com suas mãos em seu corpo, a pele dela era suave e delicada. Arno já estava começando a soar de nervosismo, ele não sabia mais o que fazer. Estava com medo de ir mais em frente com Élise e ela não gostar, pois como ela não havia dito nada, ele também não o fez. Eles ficaram ali apenas nos beijos e aproveitando as carícias um do outro, por horas.

   O desejo de ter Élise como  mulher naquela noite, estava consumindo Arno, e por mais que ele tentasse disfarçar, seu corpo não estava ajudando em nada.

- Arno? - Élise sussurrou entre beijos.

- Sim?

- Eu quero ser sua esta noite. - ela disse fitando seus olhos. Arno sentiu como se um peso tivesse sido tirado de seus ombros.

- Oh Élise, você não sabe como eu estava esperando que disesse isto. - ele se virou e agora estava em cima dela.

- Bom, faz tempo que eu já havia percebido, - ela sorriu - mas eu estava esperando você falar algo. - ela passou as mãos pelo peito de Arno que, estava sentado em cima dela.

- Eu te amo Élise. - e então ele a penetrou.

   Élise gritou - em parte por ter sido pega de surpresa, porém a dor que ela sentiu foi a maior causa de seu grito - ela se preocupou se mais alguém além dela é Arno teriam escutado aquilo.

- Élise? - Arno disse preocupado. - Eu te machuquei? Me perdoe, eu... Eu não sabia que iria te machucar assim. - ele disse acariciando o rosto dela.

- Está tudo bem. - ela sorriu - Só tente ir mais devagar. - ele  assentiu e então continuou.

   Élise começou a se contorcer na cama, agarrando os lençóis e tentando disfarçar a dor. Arno beijou suavemente seus lábios, depositando uma trilha de beijos ao longo de seu pescoço e passeando com sua boa pelo tronco de Élise, que começou a esquecer a dor e se concentrar no prazer dos beijos dele, seu corpo inteiro se arrepiou. Arno continuou a beijando com um desejo que parecia não ter fim, e realmente o que um sentia em relação ao outro não tinha fim.

   Ele agora segurava gentilmente os quadris de Élise, enquanto a penetrava suavemente e a olhava nos olhos, ambos sorrindo um para o outro.
  
   Após acabarem, Arno deito-se ao lado de Élise, que o olhava sorrindo. Ele acariciou seu rosto suavemente enquanto olhava em seus olhos. Élise chegou mais perto dele e deitou-se em seu peito, ouvindo os batimentos de seu coração. Pegando o lençol que mais cedo haviam jogado no chão sem perceber, Arno os cobriu e a beijou novamente.

- Élise? - ele perguntou

- Sim?

- Quer fazer isso de novo? - perguntou ansioso.

- Oque? - Élise sorriu docemente para ele - Eu adoraria, mas estou exausta. - ela bocejou - Além do mais, ainda está doendo. - disse enquanto se remexia sob os lençóis, abraçando Arno.

- Ah... Me desculpe por isso. - ele coçou a nuca - Sabe, esta é a melhor noite de minha vida. - ele acariciou as costas nuas de Élise.

-  Também é a melhor noite da minha vida Arno. - ela colocou uma perna sobre as dele. - Não se preocupe com isso, acho que da próxima vez não vai mais doer. - ela beijou o pescoço dele e não muito tempo depois, eles adormeceram.

- Élise? - François bateu violentamente na porta - Abra esta porta. Porque a trancou?

   Os dois acordaram assustados por causa do barulho.

- Élise? - François bateu com força novamente - Abra esta porta. Élise? - ele gritava

- É o seu pai! - Arno sussurrou desesperado. François já estava tentando arrombar a porta

- Rápido saia pela janela! - Élise se levantou rápido vestindo uma camisola ( coisa que ela raramente usava ).

- Onde estão minhas roupas? - ele perguntou se levantando da cama.

- Eu não sei. Rápido vá! - ela o empurrou para a janela.

- Eu não posso sair assim, estou pelado. - a pele dele estava mais pálida que o normal.

- Aqui! Achei sua camisa - Élise a jogou na direção dele.

- Élise! - a porta balançou quase quebrando.

- Rápido! - Arno correu para a janela e saiu por ali. Ao checar para ver se não tinha nenhuma roupa dele espalhada pelo chão, ela viu que o lençol em sua cama estava sujo com sangue. - Droga - ela sussurrou e correu para esconder a mancha. - Sim papai? - ela gaguejou

- Porque demorou para responder? - Ele disse da porta

- Perdão, eu estava dormindo. - ela correu e pegando a chave, destrancou a porta. François entrou olhando para todo o canto do quarto, como se suspeitasse de algo.

- A carruagem chegará em breve para busca-la. Esteja pronta ás oito.

- Sim papai.
- Monsieur De la Serre! - era o grito de Madeleine, ela parecia estar desesperada.

- Por Deus! Mas o que significa este escândalo Madeleine? - François perguntou exasperado.

- Tem um homem... - ela sacudiu as mãos - Tem um homem pelado escalando a casa!

- Oque? Você deve estar paranóica Madeleine, vá descansar um pouco. Tanto trabalho deve estar lhe fazendo mal. - ele revirou os olhos. Élise segurou o riso, sabendo de quem se tratava, imaginando a cena em sua mente.

- É sério. - ela se exaltou e saiu o puxando pelo corredor -  Veja o senhor mesmo!

   Élise aproveitou a situação e correndo até a janela, olhou por todos os lados, mas não viu nada. Ela correu para o quarto de Arno para checar se ele tinha conseguido escapar.

              ***********

- Não estou vendo nada,  Madeleine. - François falou com sua mão na testa, tentando facilitar a visão.

- Mas ele estava ali senhor! - ela disse com as mãos na cintura. - provavelmente ele fugiu.

- Eu não vejo nada. - ele pensou um pouco. - Espere, você conseguiu ver o seu rosto? - perguntou desconfiado.

- Não, ele estava com o que parecia ser uma blusa em volta de seu rosto.

- Tem certeza?

- Sim. - ela levou as mãos a cabeça. - Tudo que consegui ver foi uma bunda grande e branca iluminada pelo sol.

- Ainda bem que eu não estava aqui para ver isso. - ele fez cara de nojo. - Sabe Madeleine, isso deve ser coisa de sua imaginação. Você precisa arrumar um marido.

- Monsieur De la Serre, não preciso de um marido. Já estou muito bem sozinha. - ela empinou o nariz.

- Não é o que parece. Quando uma mulher de sua idade começa a imaginar homens pelados por ai...- ele começou a rir. E Madeleine saiu andando voltando para dentro da casa.

              ************

   Élise entrou no quarto de Arno, fechando a porta em seguida. Arno estava sentado em sua cama ainda sem roupa.

- Parece que você andou atraindo os olhares de outras  damas por ai não? - ela disse brincalhona.

- Você não faz ideia de como foi humilhante. - ele se deitou na cama - Ela gritava coisas sobre " uma bunda grande e branca iluminada pelo sol ". Foi constrangedor. - Élise caiu na gargalhada.

- Queria poder estar lá para ver a cena. - ele levantou da cama

- Vou tomar banho Élise. Quer me acompanhar? - ele disse enquanto se aproximava com uma sobrancelha levantada.

- Não podemos demorar, meu pai quer que eu esteja pronta ás oito.

- Não será problema. - disse sorridente, e então eles foram para o banheiro.

   Tirando a roupa,  Élise entrou na banheira e sentou-se de frente para Arno.

- Vamos só tomar banho tudo bem? Não posso demorar, u tenho que estar pronta ás oito.

- Tudo bem Élise. - Meio desconcertado, ele cobriu suas partes íntimas com as mãos. 

- Porque está cobrindo ai? - ela perguntou sorrindo - Tudo que está aí eu já vi.

   Ele queria fazer amor com Élise novamente, porém, como ela já havia dito que apenas queria tomar banho, ele não tocou mais no assunto. Mas o corpo dele não estava disfarçando em nada. Ele estava com medo de que ela visse aquilo e percebesse que ele não queria só conversar.

   Élise chegou mais perto dele e o beijou, molhando o chão quando ela se moveu na banheira. Ela sentou-se no colo de Arno, o pegando de surpresa. Ele ainda estava com as mãos em suas partes íntimas e quando Élise se sentou, ela sentiu por cima das mãos dele.

- Não iríamos apenas tomar banho? - ele perguntou cauteloso, porém torcendo para que a resposta dela fosse não. Élise sorriu e o beijou intensamente por alguns minutos.

- Oque acha? - ela perguntou segurando em seu pescoço.

- Que você mudou de idéia? - falou esperançoso, ela sacudiu a cabeça dizendo que sim e Arno a beijou. Tirando as mãos de onde estavam, ele segurou as costas de Élise com uma de suas mãos, enquanto a outra passeava pelo corpo dela.

- Onde está Élise? - Eles ouviram as vozes de François pelos corredores. - A carruagem já vai chegar. Onde essa menina semeteu?

   O Sr. De la Serre mal desconfiava o que sua filha estava fazendo naquele momento, e se descobrisse, faria picadinho de Arno.

      Assustados, eles pararam de se beijar, e saíram da banheira depressa. Secaram-se rapidamente, Élise vestiu sua camisola, e Arno conseguiu vestir uma calça antes de François abrir a porta.

- Estava me despedindo de Arno, papai - ela falou cabisbaixa.

- Vá se aprontar, Madeleine já preparou suas malas. - François olhou para Arno de soslaio.

- Olá senhor De la Serre - Arno disse com um aceno,  tentando disfarçar.

- Olá Arno. - ele se voltou para Élise. - Estou indo para Londres resolver alguns assuntos, nos vemos no dia de ação de graças querida. Manteremos contato por carta. - ele beijou sua testa - Arno, comporte-se e procure Olivier mais tarde. Ele tem alguns serviços para você fazer.

- Serviços? - Arno quis saber confuso.

- Agora que Élise não estará mais aqui, você terá algumas tarefas também. Irá ser o ajudante de Olivier.

- Que maravilha. - Arno falou irônico - Terei que passar os dias seguindo a versão masculina de Madeleine. - disse revirando os olhos.

- Não demore para se aprontar Élise, a carruagem não irá demorar, adeus. - e com isso, François se virou e saiu

- Tenho que me arrumar. - Élise disse caminhando para a porta, Arno a seguiu.

   Ela entrou em seu quarto e em sua cama já arrumada, havia um vestido azul claro, esperando para ser usado. Élise detestou a idéia de que teria que usar vestido, ela mal conseguia se mecher direito quando usava um, pois eram pesados e atrapalhavam demais para andar.

- Usará isto? - Arno sorriu, sentando-se na cama.

- Infelizmente, sim - ela disse tirando sua camisola, ali mesmo na frente de Arno, e começou a colocar o vestido. Ele a observava enquanto ela trocava de roupa. - Pode me ajudar com isto? - ela disse apontando para as cordas do espartilho que havia na parte de trás do vestido. - É só puxar e apertar.

- Parece doloroso. - ele disse enquanto apertava o espartilho. - Pronto.

   Ela se virou e deu uma olhada no espelho.

- Oque achou? - Arno a  perguntou enquanto cruzava os braços.

- Sinceramente, achei que ficaria pior. - disse sorrindo

- Não pode me culpar, sabe que não sei fazer estas coisas.

- Em compensação, tem outras que você sabe fazer muito bem. - Élise falou se aproximando dele.

- Não, você é melhor nisto do que eu. - Ele segurou na cintura dela. - E tem mais, espero terminar o que começamos na banheira em breve.

- Mas como? Se eu vou para a Maison Royale ficar confinada lá?

- Espere e verá. - Ele a beijou, os dois saboreando e aproveitando cada momento daquele beijo, como se fosse o último.

   A porta do quarto se abriu, era Madeleine. Novamente ela havia pego os dois ali, mas por sorte agora eles não estavam tirando suas roupas, apenas Arno que ainda estava sem camisa. Ela entrou no quarto segurando uma pilha de lençóis.

- Olá Madeleine - Élise a cumprimentou tentando soar à vontade.

- Bom dia senhorita De la Serre. A propósito, eu lavei os lençóis que estavam sujos, vou colocar esses novos no lugar.

" Droga, os lençóis! " - Élise pensou preocupada. Eles eram a única prova do que havia acontecido na noite anterior.

- Só por curiosidade Madeleine, alguém além de você os viu? - Élise perguntou

- Não senhorita. Somente eu. - Madeleine disse com certa desconfiança.

- Eu cortei meu dedo sem querer ontem a noite. - Élise disse com um sorriso culpado. Ela sabia que Madeleine não era boba. Madeleine a olhou de soslaio, enquanto colocava os lençóis em um canto do quarto.

- Sei de que tipo de corte se trata Élise, eu já tive a sua idade um dia. Com licença. - então ela se retirou.

- Droga! Madeleine viu os lençóis. Eu tinha esquecido disto. - Arno disse levando as mãos a cabeça.

- Não se preocupe, ela já os lavou. - ela disse o confortando.

   Eles olharam pela janela e viram uma carruagem estacionando logo ali. Élise o olhou, seus olhos se enchendo d'água. Eles voltaram a se beijar mais uma vez e então com um pesar no coração, desceram as escadas e foram para o pátio onde ela estava parada.

- Vou sentir sua falta minha amada Élise. - Arno sussurrou em seu ouvido.

- Eu também vou sentir a sua. - ela deu um beijo no canto de sua boca e entrou na carruagem. Ela começou a chorar, e no momento que se virou para olhar Arno mais uma vez, ele não estava mais lá.

- Hora de colocar o plano em ação - Arno disse consigo mesmo, escondido atrás de um arbusto.



Notas Finais


Obrigado por ler! Em breve, posto o próximo capítulo.
: )


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