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História Élise e Arno - A História Nunca Contada - Maison Royale


Escrita por: Lady_Kitana

Notas do Autor


Quarto capítulo. Espero que gostem : )

Capítulo 4 - Maison Royale


Fanfic / Fanfiction Élise e Arno - A História Nunca Contada - Maison Royale

Depois de horas na estrada, a carruagem começou a diminuir a velocidade até que parou. O cocheiro abriu a porta e ajudou Élise a descer, em seguida ele pegou as suas malas e caminhou com ela até os portões da escola.

   Todo o perímetro era cercado por uma cerca viva de arbustos altos com espinhos, o único acesso a escola era um enorme portão de ferro polido que estava aberto, e ao lado dele estava uma senhora com um vestido todo decorado e com uma cara de rabugenta. Do lado de fora, dava para ver a enorme construção que era a escola,  possuía quatro andares e era absurdamente alta. No jardim que tinha na frente da escola, havia um chafariz, onde cascatas d'água escorriam, brilhando à luz do sol, aquela parecia ser a única parte bonita que havia naquele lugar. Não dava para ver muito bem, mas um pouco ao longe, havia uma pequena floresta nos fundos do terreno, e Élise já sentiu vontade de sair para explora-la.

   O cocheiro sé afastou deixando Élise ali sozinha com aquela mulher, que aparentava ter um pouco mais de quarenta anos e possuía várias verrugas - uma no queixo, uma no buço e outra na testa que mais parecia um terceiro olho - Élise olhou espantada para aquilo.

- Você deve ser a senhoria De la Serre, estou certa? - a mulher perguntou a analisando de cima a baixo.

- Sim - Élise disse empinando o nariz e tentando não olhar para aquelas verrugas horripilantes.

- Sou Madame Levene, a diretora desta instituição. - a mulher das verrugas falou enquanto analisava a roupa que Élise vestia. Em seguida apareceu um homem, com aparencia de uns vinte anos mais ou menos, ele tinha roupas mais simples e parecia ser um empregado. - Este é Jacques, o jardineiro. Ele levará suas malas para o seu quarto, vamos. - Ela saiu andando e Élise relutante a acompanhou.

   O ambiente lá dentro era calmo e silencioso, as cortinas estavam fechadas e o ar ali era abafado. Haviam várias portas, e cada uma correspondia a uma sala de aula diferente. Madame Levene guiou Élise até o segundo andar, onde não havia mais cortinas e as janelas estavam todas abertas. Havia um grande salão ali, com pisos de madeira polidos e grandes quadros nas paredes de paisagens e pessoas que Élise não conhecia. As duas caminharam até o fim do salão e entraram em uma porta no canto, onde havia um corredor e uma escada, subiram as escadas e ao chegarem no terceiro andar, Élise começou a ver alunas cochichando em alguns cantos enquanto olhavam para ela.

- Estes são os dormitórios. - Madame Levene falou enquanto elas passavam por ali. - O seu quarto fica no último andar. Não temos mais quartos disponíveis neste. - elas passaram por mais alguns corredores, e subiram a última escada.

   Por algum motivo inexplicável, só haviam cortinas no primeiro andar. Quando chegaram no último andar, ele estava vazio, só haviam cinco meninas conversando na frente da janela ali, porém elas nem notaram a presença de Élise ali, que ficou grata por isso.

- Chegamos. - Madame Levene disse enquanto abria uma porta no final do corredor. - Este é o seu quarto. Em cima da mesa tem uma folha com todos os horários de suas aulas que começaram amanhã. Não se atrase para as aulas, o jantar será servido ás sete, e o mais importante: não vá para a floresta.

- Oque tem na floresta? - Élise perguntou com sua curiosidade aguçada.

- É proibida para as alunas. Com licença. - e com isso a mulher saiu andando deixando Élise ali parada na porta do quarto.

   Élise entrou em seu quarto, fechou a porta - que felizmente tinha uma tranca - e deitou na cama olhando para o teto. Ela estava decidida a infernizar a vida de todos ali, começando pela mulher das verrugas e as alunas que a importunassem.

      Uma batida na porta a assustou, ela levantou para atender e quando abriu a porta não viu ninguém, apenas as suas malas em frente a porta. Ela as colocou para dentro praguejando por terque carregar aquele peso, e fechou a porta em seguida.

   Élise viu que havia uma cortina jogada em um canto do quarto. Ela subiu em uma cadeira e começou a tentar pendurar a cortina na janela.

 
              ************

   No jardim da escola, a brisa soprava suavemente fazendo as plantas balaçarem.

   Um jovem correu sorrateiramente na direção da cerca externa da escola. Ele a analisava passando suas mãos sobre ela enquanto torcia a cara e olhava em volta procurando outra maneira de entrar na escola, já que o portão estava.

   Ele percorreu todo o perímetro da cerca, dando a volta em toda a área, até que ela por fim acabou na entrada de uma floresta. O jovem sem pensar duas vezes saiu floresta a dentro, e por fim chegou aos fundos da Maison Royale, onde terminava a floresta. Ele ficou ali parado olhando para as janelas, até que por fim viu seu alvo.

- Ela está ali. - ele disse enquanto olhava para uma moça, que estava em uma das janelas pendurada pelo lado de dentro. A moça era Élise, que ainda estava tentando colocar a cortina. Um grupo de garotas que surgiu do jardim o fez correr para dentro da floresta novamente, se escondendo atrás de uma árvore.

- Então, essa é a Maison Royale. - ele falou atrás da árvore. - E Élise De la Serre está naquele quarto. Foi mais fácil do que eu pensei. - disse com um sorriso malicioso.

             ************

- Pronto. - Élise falou descendo da cadeira e olhando para a cortina que havia colocado. - Até que enfim, privacidade.

   Ela abriu uma de suas malas e pegou uma calça e uma blusa com um colete de couro. Já nao aguentava mais usar aquele vestido apertado, que a incomodava até para respirar. Ela se dirigiu para o banheiro que havia em seu quarto e fechou a porta. O banheiro era um pouco menos que o de sua casa, mas ela não se incomodou.

   Tirando o vestido, Élise entrou na banheira e ficou lá pelo que pareceram horas. A banheira era grande, o que a fez imaginar que Arno caberia ali dentro junto com ela, sem nenhum problema. O pensamento repentino de Arno que veio na cabeça dela a fez pensa em quando o veria de novo. Faltavam quatro meses para a ação de graças chegar, e para ela isso era muito tempo. Élise só notou que estava chorando, quando sentiu as lágrimas fazendo cócegas em suas bochechas. Os últimos dias foram incríveis, tanto para ela quanto para Arno. Ela jamais poderia imaginar que eles ficariam tão próximos assim em tão pouco tempo. As lágrimas caíram ainda mais quando ela lembrou da noite passada, quando fizeram amor pela primeira vez, ela não se importava com o fato de que tinha apenas quinze anos e Arno dezessete. Mas se seu pai soubesse disto, ficaria furioso, pois vivia dizendo que os dois eram muito novos para terem qualquer tipo de romance com alguém. Ela tinha medo de que o pai dela desconfiasse de algo, não tinha medo pelo que aconteceria com ela, mas sim pelo que aconteceria com Arno. Já que ele, como protegido de seu pai, tinha que andar na linha.

   Afastando os pensamentos preocupados de sua mente, ela voltou a pensar em Arno. Nos seus beijos, na sua voz dizendo que a amava, nas suas carícias, no seu corpo. Apesar dela o ter visto de manhã antes de ir para lá, a saudade que ela sentia crescia cada vez mais.

   Élise se deu conta do quanto chorava quando começou a soluçar e já não conseguia mais controlar as suas lágrimas. Ela resolveu levantar da banheira e se enrolou na toalha. Quando saiu para o quarto, ela olhou pela janela e viu que ja estava anoitecendo, então ela resolveu vestir seu pijama e se deitar. Não estava com ânimo para descer e terque olhar para a cara daquela mulher rabugenta e das outras garotas esnobes.

   Élise deitou-se na cama e voltou a chorar, suas lágrimas não paravam de escorrer enquanto as lembranças de Arno vinham em sua mente. Olhando em seu relógio de bolso, ela viu que já eram quase oito horas.

   Levantando da cama, ela caminhou até a janela ainda chorando, abriu as cortinas, depois a janela, e ficou ali sentada, olhando para a floresta que ficava em frente a sua janela. Por um momento ela agradeceu por ter aquela vista tranquila e relaxante. O vento começou a soprar mais forte, e os céus se iluminavam com relâmpagos ao longe, a noite estava nublada, sem uma estrela no céu, nem mesmo a lua apareceu.

   Ao ouvir um trovão, Élise estremeceu. Ela ainda tinha medo de trovão, e isso a fez lembrar de que sempre que havia uma tempestade, Arno estava lá com ela. Mas desta vez ele não estava, seria a primeira noite de tempestade em nove anos que ela passaria sozinha.

   Ao sentir um pingo de chuva em sua pele, ela se afastou da janela e a fechou. Ela começou a chorar ainda mais e voltou para sua cama sem fechar as cortinas. Ela só queria chorar, não conseguia fazer mais nada, nem ela mesma estava se reconhecendo. Nunca havia chorado tanto assim, ela sempre foi uma garota forte, quase nunca chorava, mas tudo que ela tinha passado nesses últimos dias, estava fazendo uma bagunça em seus sentimentos.

   A chuva caia forte la fora, e os raios no céu iluminavam o quarto toda vez que caiam. Élise continuava chorando, e agradeceu pelo som do trovão e da chuva, estar abafando os soluços de seu choro.

   O som inconfundível de pedras batendo na janela fez Élise parar de chorar, apenas para prestar atenção se era realmente aquilo que ela estava escutando. Ela não queria levantar, porém sua curiosidade falou mais alto e alguns segundos depois ela estava indo espiar pela janela.

   Seu coração congelou de susto ao ver a sombra de alguém lá em baixo, jogando pedras na janela. " Quem estaria fazendo isso no meio desta chuva? " - ela pensou.

   Élise continuou espiando na sombra da janela, eperando um raio iluminar o céu para ela poder ver quem era o sujeito. Não demorou muito para que um raio caísse, revelando a identidade daquela pessoa. Era Arno.

   Élise não conseguiu acreditar. Por um momento ela achou que estava imaginando coisas, até ele acenar para ela. O coração de Élise começou a bater mais forte, e pela primeira vez naquele dia, ela sorriu de felicidade. Ela abriu a janela de seu quarto e fez sinal para que ele subisse, e então ele começou a escalar a parede. A chuva ainda estava forte e o cabelo de Arno estava caindo em seus olhos, sua roupa molhada estava colada em seu corpo. Élise se perguntava como ele conseguiu chegar ali, ainda mais no meio daquela chuva.

- Eu disse que viria - Arno falou enquanto passava pela janela do quarto.

- Meu Deus, Arno! Você é louco. - ela enxugou seu rosto molhado pelas lágrimas. Ela o abraçou forte, e ao retribuir o abraço, Arno molhou o pijama de Élise, porém ela não se importou.

   Recuando sua cabeça para trás, Arno encarou Élise e percebeu seu rosto vermelho.

- Você estava chorando - ele disse enquanto passava a mão pela bochecha dela.

- Estava com saudade - ela corou.

- Agora estou aqui com você. Não fique mais triste.

- Não estou mais. Não agora que você chegou - disse sorrindo, e se afastando um pouco dele para olhar sua roupa. - Você está todo molhado. Precisa trocar de roupa.

- Sim eu sei. Infelismente, não tenho nenhuma roupa extra comigo agora. Desculpe por deixa-la molhada também. - Élise corou, não sabia em que sentido Arno tinha dito aquilo.

- Não tem nenhum problema em me deixar assim, acredite. - ela disse dando um sorriso malicioso, que Arno entendeu erguendo uma sobrancelha e retribuindo o mesmo sorriso.

- Eu estava com muita saudade de você. - ele beijou seu rosto.

- Você precisa tirar estas roupas molhadas. - Élise falou com uma voz maliciosa.

- Você também precisa. - ele falou no mesmo tom.

   Segundos depois, os dois começaram a se beijar, e não demorou muito para que começassem a tirar as roupas.

- Élise, eu te amo. - Arno disse deitado ao lado de Élise.

- Eu também te amo Arno. - ela beijou o peito dele.

- Sabe, eu não consegui ficar nem um minuto sequer longe de você. Assim que a carruagem partiu eu a segui e cheguei aqui. Fiquei escondido na floresta até a noite.

- Nossa, você está virando profissional em andar por ai sem ser notado não é? - Élise se deitou sobre ele.

- Sim, - ele sorriu e abraçou Élise. - sabe que por você eu faço qualquer coisa.

- Sei. - Élise brincava com o cabelo dele. - Obrigado por vir.

- Eu nunca irei te deixar Élise. - Arno sorriu para ela, que em seguida o beijou.

   Enquanto se beijavam, eles rolavam pela cama sorrindo um para o outro entre beijos apaixonados. Arno parou e sentou-se em cima de Élise, que sorria empolgada para ele. Respirando fundo, ele penetrou Élise, que gemeu enquanto apertava o seu braço.

- Ainda está doendo? - ele perguntou preocupado.

- Não, eu só fui pega de surpresa. Pode continuar, está muito bom. - ela disse ofegante.

   Arno começou a se movimentar, enquanto Élise continuava apertando seus braços e começava a seguir o seu ritmo. Os dois ficaram assim por muito tempo, Élise não fazia idéia de quanto tempo exatamente já havia se passado. Arno espalhava beijos pelo pescoço dela, e em seguida desceu para os seios.

   Já era madrugada quando eles acabaram. Olhando no relógio que havia na mesa de cabeceira, Arno viu que já passavam das duas da manhã.
Élise se enrolou no lençol e se aninhou entre os braços dele.

- Você é tudo para mim Élise. - ele beijou a testa dela e quando olhou para o seu rosto, viu que ela já estava dormindo. Ele encostou sua cabeça no rosto de Élise e acabou adormecendo com seu rosto colado ao dela.

   Quando Élise acordou no dia seguinte, Arno não estava mais la. Ela olhou para o lado e viu um bilhete na mesa de cabeceira, desdobrando o papel, ela o leu.

" Élise, sinto muito por não estar ai quando você acordar. Eu tive que sair antes do amanhecer, para não correr o  risco de alguém me ver. Estou na cabana do jardineiro na floresta, eu disse para ele que era um viajante e que precisava de um lugarpara descansar por alguns dias antes de seguir viagem, e ele concordou em me deixar passar uns dias em sua casa. Deixe sua janela aberta ao anoitecer para que eu possa entrar sem fazer barulho. Até hoje a noite.

Ass; Seu amado e querido Arno.  "
 
   Sentando-se na cama sorrindo, Élise guardou o papel na gaveta e foi conferir os horários da aula. Sua primeira aula começaria ás nove, então ela se apressou e foi se arrumar. Ela odiou o fato de terque andar de vestido e sapatos altos, para todos os lados durante o dia inteiro. Após estar pronta, ela resolveu descer para avaliar o clima no lugar, pretendendo importunar qualquer um que olhasse torto para ela, e Madame Levene estava no topo de sua lista negra.

   Chegando no terceiro andar, Élise passou pelos quartos das outras alunas, felizmente não havia ninguém ali, no segundo andar ela se deparou com Madame Levene que veio direto em sua direção fazendo uma cara feia.

- Ei mocinha, o que a fez pensar que poderia sair sem seu uniforme? - Madame Levene disse enquanto apontava para o vestido que Élise estava usando.

- O simples fato de que você não tem nenhum direito para mandar até no que eu quero vestir. - Élise empinou o nariz, se mostrando mais confiante do que ela realmente estava.

- Se continuar assim, você ficará de castigo. Temos sérias normas aqui na Maison Royale e não vou deixar que uma sujeitinha como você as desrespeite. - Ela levou as mãos à cintura.

- Você não manda em mim. Eu vou me vestir como eu quiser. E se você continuar me importunando eu juro, que irei fazer você se arrepender disto. - Élise colocou o dedo na cara de Madame Levene, e se virou em direção ás escadas que levavam ao primeiro andar.

   Ao chegar lá em baixo, ela viu algumas alunas passeando pelos corredores e olhando curiosas para ela, provavelmente pelo fato de não estarem usando uniforme.

- Ei menina! - uma garota com cabelos negros e olhos verdes a chamou encostada em um canto da parede. Élise se dirigiu em direção à ela para ver o que queria, e as meninas que estavam ao redor pararam de conversar, somente para ouvir a conversa.

- Oque foi? - Élise perguntou com uma cara carrancuda.

- Porque não está de uniforme? - a menina perguntou - Por acaso pensa que é melhor do que nós e que as regras não a aplicam a você? Pois digo que está muito enganada. - falou com os braços cruzados.

- É mesmo? - Élise disse com um sorriso presunçoso. - Pois digo que quem está enganada é você. Além do mais, eu não sou obrigada a ficar aqui escutando galinha cacarejar, tenho mais o que fazer. - ela saiu andando e então a menina a segurou pelo braço.

- Você acha mesmo que vai chegar aqui e sair fazendo o que quer? Sugiro que fique de boca calada antes que eu a cale. - Élise sem pensar duas vezes usou os movimentos de defesa que tinha aprendido e em um piscar de olhos já tinha se livrado das garras da menina e agora a prendia na parece com um braço, enquanto torcia a mão dela com o outro.

- Você está me ameaçando? - Élise ergueu uma sobrancelha. - Você está brincando com fogo sua vadia. - Disse torcendo mais ainda sua mão, fazendo a menina gritar. - Não mecha comigo, ou você terá sérios problemas, mais do que já tem. - ela soltou a garota, que continuou ali parada, e saiu andando para a sala de aula.

   Naquele mesmo dia até hora do almoço, Élise já tinha arrumado encrenca com mais da metade da escola, e as meninas que não estavam com medo dela, estavam começando a enfrenta-la.

   Ela sentou-se em uma mesa mais isolada que tinha, agradecendo por ninguém sentar ali para encher sua paciência. Ela terminou de comer seu almoço e levantou-se para sair, quando a garota de cabelos negros que havia a ameaçado mais cedo, bateu uma colher na taça anunciando que iria falar. Elise parou em um canto só para ver o que ela iria dizer.

- Escutem meninas, tenho certeza de que já notaram a aluna nova. - E naquele momento, todas as cabeças naquele ambiente sê viraram para Élise. - Em tão pouco tempo ela conseguiu desequilibrar toda esta instituição, fazendo muitas de vocês correrem quando ela chega pertou. Pois eu digo meninas, se ficarem comigo, não serão atingidas por essa ruiva mal educada. Vamos unir forças para faze-la se calar. - algumas meninas abaixaram a cabeça com medo, porém outras mais velhas gritaram e levantaram suas taças, enquanto a menina de cabelos negros olhava para Élise e dava um sorriso debochado. Élise então resolveu sair daquele lugar, apenas para pensar em um plano de fazer a galinha - como Élise a chamava - se calar.

   Como não haveria mais aulas naquele dia, ela subiu para o seu quarto e passou a tarde toda lá, ela não estava nem um pouco afim de descer e olhar para a cara de todas aquelas garotas arrogantes.

- Senhorita De la Serre? - era a voz de Madame Levene.

- Oque é? - Élise fez uma voz grave.

- Preciso ter uma conversa com a senhoria. Vá até o meu escritório. - e com isso ela saiu.

- Oque será que essa velha quer? - ela se perguntou e não muito tempo depois, resolveu descer para ver o que ela queria.

   Por sorte, Élise não encontrou a galinha pela escola, e todas as meninas saíram da frente quando ela passava. Ela chegou na sala da Madame Levene e respirando fundo, abriu a porta.

- A senhora queria falar comigo. - ela disse enquanto entrava.

- Sim, sente-se. - ela fez sinal para que Élise sentasse na cadeira em frente a mesa dela. - Serei breve, se você não mudar seu comportamento por aqui, serei obrigada a tomar medidas mais severas.

- E quais seriam? - Élise perguntou,  porém ela não estava nem ai para o que poderia acontecer.

- Irei chamar um de seus responsáveis ou tutores, e caso você não melhore seus comportamentos, acabará sendo expulsa da Maison Royale. E nós sabemos que você não quer isso. - ela disse ameaçadora.

- Tanto faz. - Élise revirou os olhos e se levantou da cadeira.  - Se não tem mais nada para me dizer, não tenho mais nada para fazer aqui.

- Tome cuidado. Você está na minha mira senhorita.

- Tá, tá. Já sei, já sei. - ela falou saindo pela porta.

   Élise subiu corredo as escadas para evitar encontrar  com a galinha. Ela não queria mais arrumar confusão,  pelo menos não por aquele dia. Ela estava torcendo para ser expulsa da escola, já que só assim ela poderia voltar para a sua vida de antes.

   Chegando em seu quarto, ela fechou a porta e foi para o banheiro tomar um banho e se preparar, para quando Arno fosse ve-la a noite.


Notas Finais


Obrigado por ler! Em breve estarei postando o quinto capítulo.


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