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História Élise e Arno - A História Nunca Contada - A Visita do Sr. Weatherall


Escrita por: Lady_Kitana

Notas do Autor


Hoje tive um tempinho então escrevi mais um capítulo. Espero que gostem♡

Capítulo 7 - A Visita do Sr. Weatherall


POV Arno

- Sr. Weatherall?! - eu gritei, enquanto congelava no lugar.

   Olhei desesperado para Élise que apenas deu de ombros e sorriu rapidamente para mim. Ela fechou a porta e a trancou. Merda. Eu estava fazendo tanto esforço para me esconder e acabaria  descoberto desta maneira?

- Mas... mas... - o Sr. Weatherall disse enquanto me olhava e colocava suas mãos na cabeça. - Mas...que diabos significa isto? - ele gesticulou assustado na minha direção, se controlando para não gritar e chamar a atenção de quem estava do lado de fora.

- Ahm... - Élise gaguejou -...Bem, eu lhe disse que... - ela pigarreou enquanto pensava no que iria dizer. - Bem Sr. Weatherall, eu lhe disse...

- Me disse? - Mas do que está falando menina?

- Eu lhe disse... sobre isto - ela apontou para mim, que ainda estava de quatro no chão ao lado da cama, e totalmente sem roupa. Eu nunca senti tanta vergonha em minha vida.

- Não... você realmente não me disse nada sobre isto. - ele apontou para mim exatamente como Élise tinha feito.

- Disse sim. Quando respondi a carta que  monsieur me enviou. Eu... - ela tomou fôlego. -... lhe falei sobre como estavam as coisas entre mim e Arno. - ele piscou confuso e esfregou os olhos.

- Eu não recebi carta nenhuma, Élise. - ele sentou-se na cadeira onde eu havia me sentado com Élise na noite anterior.

- Ahm... mas eu enviei. - Élise colocou as mãos nos quadris. - Vai ver ainda não foi entregue.

- Sim...talvez. - Mas não mude de assunto. - O que Arno está fazendo em seu quarto, quando ele deveria estar em Versalhes? Tem idéia do risco que isso traz para vocês? Se alguém descobrir...estarão perdidos. - ele balançou a cabeça negativamente.

- Eu sei Sr. Weatherall, mas é que... - ela colocou suas mãos na cabeça. - Ah, o senhor deve nos entender... é difícil ficar longe dele. - ela apontou para mim. " Eu vou mesmo continuar parado nesta posição desagradável e constrangedora, enquanto assisto a conversa? " - pensei.

- Eu...eu entendo...foi muito difícil para mim quando Julie se foi. - sua voz entristeceu.

- Julie...?- Élise perguntou um pouco espantada. - Que Julie?...Por acaso está falando da... - sua voz sumiu.

- Sim Élise, eu estou falando da sua mãe. - ele disse um pouco desconcertado. Élise ia gritar, mas Weatherall foi rápido e tapou a boca dela. - Shh. Não faça escândalos. Ou quer que a Madame Levene venha aqui?!

- Mas...a minha...você...e a... - ela fechou os olhos e sacudiu a cabeça.

   Eu também não conseguia acreditar no que ele estava dizendo. Julie De la Serre - falecida mãe de Élise e esposa de François - tinha um relacionamento com o Sr. Weatherall? Eu não conseguia acreditar. " Quem diria " - pensei.

- Olha Élise, sei que isso parece um tanto...ahm como vou dizer...

- Assustador?! - ela disse com uma voz fina.

- Sim...é um tanto...assustador para você, mas compreenda... assim como você é Arno, Julie e eu também nos amávamos. - ele deu de ombros.

- Mas mamãe...era comprometida. - ela sacudiu a cabeça.

- Ela casou-se com o seu pai  apenas por que o pai dela, queria fazer um acordo de negócios com o pai de François. Apenas por isso. Ela dizia o amar, mas na verdade... - pude ver uma lágrima escorrer pelo rosto dele. -...na verdade, ela amava a mim.

- Meu Deus! Eu não consigo acreditar. Não pode ser... - Élise sentou-se na cama e apoiou seu rosto com as mãos. - Você ai! - ela aportou para mim. - Não vai levantar e dizer nada?

   Eu me recompus. O que eu iria dizer? Eu estava tão surpreso quanto ela estava. Não só pelo fato do que tinha ouvido, mas também pelo fato  de que Frederick havia me pegado em um momento totalmente desnecessário.

- Nossa... - eu disse levantando, cobrindo minhas partes íntimas com as mãos. Foi tudo que consegui dizer.

- Por Deus! Vai vestir uma roupa menino, não consigo mais olhar para você assim. - ele disse cobrindo os olhos.

- Ahm...Vocês dois tem muito o que conversar. - falei enquanto pegava minhas  roupas, que estavam espalhadas em lugares diferentes do quarto. - Com licença. - fiz uma mesura e corri para o banheiro.

POV Élise

   Arno correu para o banheiro, sem ao menos dizer nada. Ele estava tão envergonhado e surpreso quanto eu. Eu não pude acreditar no que o Sr Weatherall havia dito... ele e a minha mãe? Tudo que eu conseguia pensar era "eca!"

- Élise, compreenda por favor. Julie e eu... - ele fez uma pausa e tomou fôlego. -...éramos apaixonados um pelo outro. Não tem nada de mal nisto.

- Agora entendo por que você e ela passavam tanto tempo sozinhos na floresta. - falei enquanto olhava fixamente para a porta do banheiro, torcendo para que Arno saísse logo dali.

- Bem, agora você sabe. - ele se levantou e começou começou andar de um lado para o outro. - Olha Élise, creio que você ja saiba qual o motivo de eu ter vindo aqui.

   Merda, ele chegou justamente na parte onde eu não queria que ele chegasse. Eu preferia continuar falando sobre ele e minha mãe.

- Por que a Madame Levene tem reclamado tanto assim de você? É verdade que você está se comportando mal? Que tem faltado com respeito a diretora, professores e alunas? E que você arrumou briga na sala de aula? - ele falou um pouco surpreso.

- Sim. É verdade. - afirmei enquanto erguia minha cabeça para olha-lo nos olhos.

- Eu estou impressionado com esse tipo de comportamento, Élise. Realmente não consigo acreditar.

- Apenas acredite, Sr. Weatherall.

- Por quê está agindo assim? - ele sentou-se ao meu lado na cama.

- Simplesmente por que não quero ficar aqui neste lugar.

- Mas você precisa ficar aqui. Não entende?

- Não, eu não entendo. Por quê me mandaram para cá? Isso deve ser pior que o inferno.

- Precisa ficar aqui, para aprender como se portar em um lugar importante, para aprender a ser educada, refinada...

- O quê há de errado com o que sou? - eu o interompi.

- Nada, Élise. Você só precisa aprender a se comportar na frente de pessoas mais, digamos, importantes. Por exeplo, se você for em um janar no Palácio, o que vai fazer? Como vai saber se está agindo da maneira correta na frente dos convidados? Todas as moças de sua classe precisam passar por esta escola. Você entende? - ele deu tapinhas em meu ombro tentando me confortar.

- Eu sei. Apenas não quero fazer tudo isso. Não podem conseguir uma professora particular para me ensinar estas coisas? Eu não quero ficar aqui. - falei com voz birrenta. O tipo de voz que eu só usava quando queria algo, mas não estava conseguindo ter.

- Não, Élise. Lamento. Terá que ficar aqui até que complete seus estudos...

- Mas... - Eu o interrompi, porém ele colocou um dedo em minha boca e continuou a falar.

- Élise, sem " mas ". Terá que ser forte, e aguentar isto.

- Quanto tempo terei que ficar aqui? - perguntei triste, já sabendo que eu não conseguiria vencer.

- Não tenho certeza. Se você for bem nas provas, conseguirá se formar em uns sete anos. - Eu dei um pulo da cama, me colocando de pé.

- Oque?! Não acredito nisto,  Frederick Weatherall! Você só pode estar brincando comigo. - eu perdi o controle. Já estava gritando desesperada, andando de um lado para o outro no quarto. - Eu não vou passar todo este tempo aqui!

- Seu tempo acabou,  Weatherall. - a voz de Madame Levene disse do lado de fora do quarto.

- Prometa que vai se comportar, Élise. Seja forte. - ele beijou minha testa. - E quanto a Arno, tomem cuidado para não serem vistos. - Ele disse se virando e andando em direção à porta. Eu assenti.

- Adeus Sr. Weatherall. - falei quando ele abriu a porta. Madame Levene estava lá, e ficou me encarando com a mesma cara feia de sempre.

- Adeus Élise. Espero que se comporte a partir de agora. - e com isso ele se foi.

   Fechei a porta e a tranquei. Fui em direção ao banheiro e abri a porta. Arno estava na banheira.

- Claro que eu vou me comportar! Ele não faz idéia do quanto eu vou me comportar. - disse revirando os olhos.

- Você precisa se acalmar, Élise. - Arno disse de dentro da banheira.

- Para você é fácil dizer isto, não terá que ficar preso aqui pelos próximos sete anos. - eu sentei no chão, me encostando na porta.

- Sete anos?! - ele exclamou, levantando da banheira e derramando água no chão. - Não me digas que ficará aqui por sete anos! - ele já estava tão desesperado quanto eu.

- Infelizmente, terei que ficar. - eu limpei uma lágrima que já ameaçava a cair. - A menos que... eu seja expulsa. - sussurrei.

- Élise, do jeito que as coisas andam, eu tenho sérias dúvidas de que a Madame Levene vai desistir de você tão fácil assim. - ele andou na minha direção, esparramado poças d'água no chão.

- Aquela bruxa velha deve saber que eu quero ser expulsa. Por isso ela vive ameaçando e não cumpre. - coloquei minhas mãos na cabeça. - Faz idéia de quanto tempo ficaremos sem nos ver? - Eu sussurrei, minha voz estava sumindo, dando lugar ao choro.

- Nos veremos quando você for nos visitar, Élise. - ele estava tentando me reconfortar, mas não estava tendo sucesso. Ele se abaixou ao meu lado. Eu estava sentada no chão, com as pernas dobradas e as mãos apoiando meu rosto. - Encontraremos um jeito. - ele colocou uma mecha de cabelo atrás da minha orelha.

- Que jeito, Arno? Eu não quero ficar aqui. - parei de segurar o choro e as lágrimas começaram a sair de meus olhos sem parar.

- Não fique assim. - tentou limpar minhas lágrimas.

- Para você é fácil falar, não terás que ficar aqui por sete anos. - abaixei minha cabeça.

- Élise, o que tenho que fazer para vê-la sorrir de novo? Por favor, eu não consigo ver você assim deste jeito. - Ele se ajoelhou-se na minha frente e levantou meu queixo, para que eu olhasse para ele. - Não chore. - ele sorriu tentando me reconfortar.

   Eu não consegui dizer uma palavra sequer. Apenas fiquei  ali chorando, na frente dele. Eu tenho que parar com isso, como o Sr. Weatherall me disse, eu preciso ser forte, preciso aguentar firme. Ultimamente eu estava muito emotiva e isso não era normal para mim. Eu tenho que parar com esse choro, e agora.

- Élise? - Arno me chamou, me tirando de meu devaneio enquanto enxugava minhas lágrimas. - Por favor. - ele implorou. Respirando fundo, eu engoli o choro e tentei me acalmar. Demorei um pouco, porém consegui me conter.

- Obrigado . - agradeci. - Eu já estou melhor. - Pude ver um sorriso se espalhando por seus lábios, assim que ele me ouviu dizer aquilo. - A partir de hoje, eu não vou mais chorar por causa dessa situação toda. Vou aguentar firme, tudo isso. Eu prometo. - forcei um sorriso.

- Essa é a Élise que eu conheço. - ele deu tapinhas em meu ombro. - Venha. - disse se levantando e estendendo a mão para que eu me levantasse também. Ele me abraçou.

- Arno, você está me molhando. - reclamei um pouco brincalhona. Ele me pegou no colo.

- Já que está molhada, não vai se importar com isto. - ele me colocou dentro da banheira.

- Mas que droga, Arno! - eu disse me remexendo na banheira. - Por que fez isto? - torci uma manga da minha blusa e ele sorriu.

- Você já vai descobrir. - ele disse dando um sorriso malicioso enquanto entrava banheira.


Notas Finais


Espero que tenham gostado, se tiverem alguma sugestão para a história ou algo assim, deixem nos comentários. Se tudo correr bem, Domingo tem um novo capítulo. Bjs♡


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