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História Elmarf - Knights Deliverers


Escrita por: Ersj

Notas do Autor


No capítulo anterior... Laís teve um pesadelo mostrando que Alex a trairia. Em seguida, descobre mais coisas sobre seu passado, envolvendo seus pais. Por fim, Alex revela que está apaixonado por outra, fazendo que ela se irritasse e o mandasse embora.

Capítulo 15 - Knights Deliverers


POV. Manuela

Dormia tranquilamente, estava abraçada com meu travesseiro e coberta com um grosso edredom. Uma forte tempestade de neve abre minhas janelas, o que era um sono tranquilo se transformou em um acordar assustado.

Solto o travesseiro, tiro o lençol e levanto para fechar as janelas. Antes que pudesse executar a simples tarefa, vejo guerreiros se aproximando lentamente do castelo, aproveitavam a nevasca para se camuflarem.

Visto minha armadura rapidamente, pego minha catana e uma lamparina. Desço as escadarias correndo para avisar ao Rei, mas pelo que parecia ele já havia percebido.

Diversos guerreiros corriam para fora do castelo, o Rei Clark parecia contente de um modo perverso. Ele se aproxima de mim rapidamente, ainda sem tirar o sorriso do rosto.

Clark: Veja só, Manuela. O grande dia finalmente chegou, o dia em que acabarei com Elmarf. A guerra enfim está acontecendo, a profecia se mostra verdadeira. Agora...

Ele olha para os lados e depois retorna a olhar para mim, mas desta vez sem o sorriso.

Clark: Certifique-se que Fernanda esteja protegida.

Antes de responder qualquer coisa, ele dá as costas pegando sua espada e depois corre para fora do castelo.

Fernanda: O que estamos esperando?

Olho para trás, ela havia acabado de descer as escadarias. Usava um vestido com a saia um pouco aberta, também tinham algumas joias roxas espalhadas pelo corpo, como de costume.

Manuela: Pretende fazer algo usando essas vestimentas?

Fernanda: Claro.

Manuela: Seu pai me mandou protegê-la.

Fernanda: Sim, e?

Manuela: E que devemos obedecê-lo.

Fernanda: Não.

Manuela: Se algo acontecer com você, ele me mata.

Fernanda: Então é melhor nada acontecer comigo.

Fernanda corre para fora do castelo, sigo ela também correndo. Entramos no meio de diversos guerreiros que lutavam, não conseguia mais ver a princesa.

Manuela: Fernanda!

Vejo alguém correr em minha direção, era Laís. Ela se aproximava cada vez mais rápido, mas antes que pudesse desferir um golpe com sua espada, dou uma rasteira que a faz cair. Em seguida, coloco o pé em seus pescoço para impedi-la de se levantar.

Manuela: Não parece tão corajosa agora.

Laís sorri, o que me deixa confusa. Mas logo tudo se explica, pois Alex me puxa por trás e me derruba na neve.

Manuela: Alex?

Ele puxa a espada e vai enfiar em minha barriga.

*****

Acordo assustada. Esse foi um pesadelo que não gostaria de ter novamente.

Faço minha higiene matinal e depois vou tomar café junto ao Rei Clark e da Princesa Fernanda. Mas para minha surpresa nenhum dos dois estavam lá, apenas Emerson que estava sentado bebendo algo.

Sento-me a mesa também.

Emerson: Acordou tarde.

Manuela: Onde está Fernanda?

Fernanda: Bem aqui.

Fernanda entrava na sala.

Fernanda: Tenho uma tarefa para vocês.

Ela vem até a mesa e coloca um saco de moedas ao lado do prato de Emerson.

Fernanda: Terminem de comer e levem esse saco de dinheiro para Vinery.

Emerson: Vinery?

Manuela: É uma vila próxima, fica a dois dias daqui.

Fernanda: Levem isso para Magnólia, ela é bem conhecida por lá.

Manuela: Entendido.

Terminamos de tomar café, nos aprontamos e montamos nos cavalos para partirmos.

Manuela: Vamos logo, o quão antes voltarmos vai ser melhor.

Emerson: Se você diz, não poderei discordar.

Cavalgamos para fora do reino Blooth, serão quatro longos e cansativos dias.

Lembro do incidente no campo de batalha, quando Emerson quase foi morto.

*****

O homem descia o machado em direção a cabeça de Emerson, mas jogo me jogo em cima dele, o derrubando. O machado voa de sua mão e cai um pouco distante.

Emerson levanta e corre para pegar o machado. O homem ia fazer o mesmo, mas seguro em sua perna.

Homem: Solte-me, sua inútil.

Ele me levanta pelo cabelo, mas dou dois chutes em sua barriga, fazendo ele me soltar e se afastar. Pego minha catana e tento acertá-lo nas pernas, porém ele usa o escudo para se defender.

O homem vê que Emerson já havia alcançado o machado, mas antes que pudesse tirá-lo do chão, é atingido na perna pelo escudo que foi lançado pelo homem.

Emerson cai no chão vendo que sua perna estava com uma abertura, de onde saía muito sangue. O homem investia em sua direção.

Emerson: Não pense que será assim tão fácil.

Emerson, mesmo caído sentado no chão, pega o escudo. O Homem pega o machado e vai acertar no rosto do caído, mas ele protege levantando o escudo.

O machado entra dentro do escudo e fica preso. Emerson aproveita e lança o escudo para longe, consequentemente fazendo o machado ir também.

O homem enforca Emerson, o levantando. Mas chego por trás dele e enfio a catana em suas costas. Ele cospe sangue, solta Emerson e os dois caem no chão.

A perna de Emerson ainda sangrava, mas não parecia tão incomodado com a dor. Ajudo ele a se levantar.

Emerson: Obrigado.

Manuela: Vamos logo para o castelo.

*****

Cavalgamos por horas, paramos em uma vila onde deixamos nossos cavalos em um estábulo.

Emerson correu para um floresta congelada, eu fui atrás dele.

Manuela: Emerson! O que pensa que está fazendo?

Escuto um arbusto se mexendo.

Manuela: Emerson?

Um homem baixo, forte, moreno e com duas grandes lâminas avança. Rapidamente puxo a catana e bloqueio suas espadas. Ele vai para trás e depois tenta acertar minha perna com uma espada e meu pescoço com a outra. Novamente consigo defender os dois golpes usando a catana.

Emerson aparece segurando três filhotes de lobo. Um deles mordia seu dedão, o outro tentava subir em seu ombro e o último estava quieto olhando ao redor.

Manuela: O que está fazendo?

Emerson percebe que estava lutando com um ladrão. 

O ladrão aproveita minha distração, solta e pega o saco de dinheiro preso ao meu sinto, me dá um murro e corre para o lado mais profundo da floresta.

Emerson corre também, mas não atrás do ladrão.

Manuela: Aonde vai? Temos que pegar o dinheiro!

Esqueço Emerson e corro atrás do ladrão, ele não pode fugir com aquele dinheiro. Era difícil segui-lo, ele passava com muita agilidade entre as árvores

Manuela: Se parar agora juro que não te mato.

Ele puxa um galho e, ao soltar, o galho vem em minha direção. Dou uma rasteira por baixo do galho e volto a correr. Ele olha para trás e vê que eu ainda o seguia, então usa uma de suas lâminas para cortar um árvore que cai em minha frente, mas pulo por cima dela.

Continuar dessa forma não irá adiantar, ele é mais rápido do que posso ser. Corro por outro lado da floresta. O ladrão olha para trás e vê que já não seguia mais ele, então para de correr e ri segurando o saco de dinheiro. Mas, para surpresa dele, apareço ao seu lado e me jogo em cima do mesmo. Embolamos pela neve, até que nós dois íamos cair de um penhasco. Para minha sorte Emerson segurou meu braço e me puxou, mas não posso dizer o mesmo para o ladrão.

Manuela: Onde estava?

Emerson: Fui deixar os lobos filhotes em segurança.

Manuela: Sério isso?

Emerson: Eu te salvei, não foi? Então está tudo certo.

Emerson observa o penhasco.

Emerson: Temos um problema. As moedas foram embora junto com aquele ladrão.

Manuela: Está enganado.

Mostro o saco de moedas a ele, que sorri animado.

Emerson: Como conseguiu?

Manuela: Por enquanto que rolávamos consegui tomar dele.

Emerson: Que ótimo. Agora vamos achar algum abrigo, está cada vez mais escuro e não vai querer esbarrar com mais um ladrão, certo?

Manuela: Com certeza não.

Voltamos para vila onde deixamos nossos cavalos. Como já havia anoitecido, um monge deixou que dormíssemos em um mosteiro que ficava por ali. O único problema era que vários outros viajantes também iriam dormir conosco.

Horas depois, vários guerreiros dormiam e roncavam em um grande quarto. Para meu azar, era a única mulher no meio de todos eles, isso me intimidava.

Depois de muito tentar, acabei dormindo. Porém, de madrugada, acordei escutando um barulho estranho. Olho para a cama ao lado, Emerson dormia tranquilamente.

Manuela: Emerson.

Cutuco o braço dele, mas parece não adiantar.

Manuela: Emerson.

Cutuco de novo. Ele se mexe.

Emerson: Me deixa dormir, vai.

Manuela: Está escutando esse barulho estranho? Não acha que devemos ir dar uma olhada?

Ele não responde nada.

Manuela: Está me ouvindo?

Novamente ele não responde nada.

Manuela: Emerson!

Vários guerreiros acordam e começam a resmungar.

Guerreiro: Vai dormir, esquizofrênica.

Manuela: Eu não sou esquizofrênica. Além disso também não consigo dormir.

Emerson: Por que não escuta ele e vai dormir?

Manuela: Tem um barulho estranho lá fora.

Emerson: Está com medo?

Manuela: É claro que não!

Guerreiro: Ah, vai se ferrar! 

Manuela: Vai você!

Percebo que Emerson já havia voltado a dormir. Levanto e saio lentamente do mosteiro.

Manuela: O que será que me incomoda?

Vejo que um árvore balançava ao lado do mosteiro por conta da nevasca.

Manuela: Então era só isso? Não creio.

Ia entrar novamente no mosteiro, mas antes escuto um barulho de lâminas. Sigo ele passando por algumas casas até chegar em uma que estava com a porta aberta. Antes de entrar percebo que tinham pegadas na neve que mostravam que alguém acabara de sair. Sigo as pegadas até o estábulo, onde elas acabaram.

Manuela: Será que?...

Entro no estábulo, estava ainda mais escuro que o lado de fora. Tudo estava tranquilo, como se ninguém estivesse aqui, mas sei que alguém se esconde.

Manuela: Quem está aí?

Vejo a silhueta de uma pessoas se aproximando e consigo escutar duas espadas sendo puxadas. Não importa quem seja, mas parece que não vai querer um conversa amigável.

Ele ataca com suas duas espada, dou alguns pulos para trás para não receber os golpes. Vou puxar a minha catana, mas percebo que a deixei no mosteiro.

O ladrão se aproveita e tenta cortar meu rosto. Viro minha cabeça para desviar o ataque, mas acabo com o pescoço cortado. Boto a mão no pescoço e sinto o sangue se espalhando. O homem me empurra e dá um giro terminando com um chute em minha barriga, que me faz cair em uma montanha de feno.

O ladrão gira as duas lâminas por enquanto que se aproxima de mim para dar o golpe final.

Ladrão: Nunca mais irá entrar em meu caminho.

Ele ia me atacar com as duas espadas, porém meu cavalo relincha e o assusta. Aproveito sua distração e dou um chute em sua perna esquerda, o fazendo cair de joelhos e derrubar uma das lâminas. Levanto, pego a lâmina e coloco em seu pescoço.

Manuela: Acho que você que não vai entrar mais em meu caminho.

Ele usa a outra lâmina para derrubar a que eu segurava. Depois me puxa meu braço direito e me derruba no chão, ao lado da lâmina. Viro e vejo ele se afastar, pois dava para escutar pessoas se aproximando. Um cavalo dá um coice, o fazendo vir cair em minha direção, porém pego e levanto a lâmina que estava ao meu lado, fazendo ele ser perfurado por ela ao cair.

Alguns homens entram com tochas e me veem caída no chão segurando um lâmina com um homem morto e perfurado por ela. Derrubo o ladrão e a espada no chão, depois corro passando pelos homens, que se aproximam para ver quem foi a minha vítima.

Corro até o mosteiro e deito em minha cama, espero que de manhã não ocorra nenhum imprevisto.

Horas depois, Emerson me acorda.

Emerson: Para quem não estava conseguindo dormir, você dormiu bastante.

Manuela: Você nem imagina pelo que passei.

Emerson: Na verdade...

Ele sai do mosteiro e eu o sigo, vejo que alguns cidadãos estavam me esperando. Junto a eles estava o que parecia ser o líder deles.

Manuela: Vocês não vão me pegar!

Todos trocam olhares confusos. Emerson ri sem graça e dá duas tapinhas nas minhas costas.

Emerson: Não liguem, ela é meio paranoica. Traumas de infância, sei que entendem.

Todos parecem aceitar a explicação, exceto eu.

Líder: Sou Havak, o representante maior e mais importante da vila. Queria vir pessoalmente agradecer sua coragem.

Manuela: Agradecer?

Havak: Sim, há tempos que aquele ladrão nos atazanava. Nunca nenhum dos poucos guerreiros da cidado conseguiu pegá-lo.

Manuela: Foi ótimo ajudar vocês, mas agora temos uma viagem para seguir.

Passo por eles para ir ao o estábulo.

Havak: Espere!

Viro e olho para ele.

Havak: Ainda não pegou sua recompensa.

Ele sorri e depois me leva até o centro da cidade, onde me dá um saco de moedas se ouro e ganho aplausos da maioria dos cidadãos.

Emerson me dá uma leve cotovelada. Olho para ele de cara feia.

Emerson: Então a minha mentora do mal é uma heroína?

Manuela: Não enche.

Ele ri.

Depois da cerimônia, eu e Emerson pegamos os cavalos no estábulo e seguimos nossa viagem para Vinery.

Já de tarde, avistamos uma loja no meio do nada. Cavalgo rapidamente em direção a ela.

Emerson: Não faz isso!

Ignoro ele e continuo cavalgando. Chego na frente da loja e desço do cavalo. Emerson me alcança e faz o mesmo.

Emerson: Não faz isso.

Manuela: Por que não? Precisamos de comida.

Emerson: Esse lugar é perigoso.

Manuela: Como sabe?

Emerson: Já entrei aí.

Manuela: Você tem medo do perigo, não eu.

Emerson: Confie em mim, ao menos uma vez.

Suspiro e subo novamente em meu cavalo.

Manuela: Vamos logo, medroso.

Ele sorri e depois sobe em seu cavalo. No caminho passamos por um rio, Emerson pulou na parte que não estava congelada.

Manuela: Vai morrer congelado.

Emerson: Veja pelo lado bom, morrerei limpo e sem fome.

Percebo que ele procurava peixes, e, para minha surpresa, depois de um tempo consegue pegar dois. Ele sai do rio todo molhado e joga os peixes no chão.

Manuela: Parece que você não é tão inútil assim, é um bom sobrevivente.

Emerson: Obrigado, mas o peixe não vai assar sozinho. Que tal um fogueira?

Procuramos gravetos, juntamos e fazemos uma fogueira. Emerson assa os peixes e depois comemos, não era comida do castelo mas ficou comestível. Depois continuamos cavalgando até o fim da tarde, quando finalmente avistamos Vinery.

Manuela: Está logo ali!

Emerson: Ótimo, meu cavalo não aguenta mais.

Manuela: O cavalo ou você?

Emerson: Os dois.

Cavalgamos rapidamente até que chegamos na cidade. Prendemos nossos cavalos e vamos para um bar onde diversas pessoas conversavam.

Emerson: Agora temos que encontrar a Mag.

Manuela: Mag?

Emerson: Sim, a mulher que devemos entregar o dinheiro.

Manuela: Nem a conhece e já deu um apelido?

Emerson: Não é questão de intimidade, é de esquecimento mesmo. Não sei a pronúncia certa do nome dela.

Emerson ri.

Manuela: Certo, fale com algumas pessoas que estão na mesa e eu falo com o barman. Lembre, o nome dela é Magnólia.

Emerson: Certo, lembrarei disso.

Emerson vai para uma mesa cheia de camponesas, eu ia em direção ao barman quando esbarro em alguém.

Manuela: Não olha por onde anda?

Percebo que era Alex, mas não sei se fiquei feliz ou surpresa com esse reencontro.

Manuela: Alex?

Alex: Manuela, que bom te ver.

 

 

 

Continua...


Notas Finais


No próximo veremos que não serão apenas Alex e Manuela que irão se encontrar em Vinery.


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