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História Elos do Destino - Capitulo 1 - POV Hermione


Escrita por: AmandaStone

Notas do Autor


Olá amadas e amados!
Nova história de minha autoria, e a primeira sobre o universo Harry Potter.
A fic é sobre um casal que eu shippo hard desde que li HP pela primeira vez, Hermione e Krum!
Por anos eu procurei fics sobre eles, mas infelizmente não existe muitas escritas, então, por que não fazer uma?
Espero de coração que vocês gostem!
Sintam-se bem vindos ao universo Krumione!
Beijos!

PS: se alguém tiver interesse em Game of Thrones, eu escrevo uma fic "Em meio ao Caos" sobre Sansa Stark e Petyr Baelish!

Capítulo 1 - Capitulo 1 - POV Hermione


Parece que foi ontem que Harry, Ron e eu vivíamos como nômades em busca das Hórcrux espalhadas e que travamos batalhas contra Voldemort e seus Comensais em Hogwarts. Acho que essa sensação é forte, pois em meu peito, a ferida das perdas de pessoas amadas, ainda sangra.

Logo após o fim da Guerra, fui à procura de meus pais para desfazer o feitiço de memória Obliviate e retornar à vida dos dois, como se nada tivesse acontecido, como se o tempo que fiquei distante, eu tivesse passado na Escola. Achei que seria melhor assim.  Naquele mesmo ano, diferentemente de Harry e Rony que se tornaram Aurores, resolvi voltar à Hogwarts para cursar o último ano com a direção da Prof.ª Minerva, fui Monitora Chefe naquele ano e passei no N.I.E.M.´s com nota máxima O (ótimo) e diante da possibilidade de trabalhar aonde eu quisesse, escolhi o Departamento de Execução das Leis da Magia, com a meta de colocar um fim em todas as leis discriminatórias a favor dos puro-sangue, que são tão marcantes nessa sociedade mágica.

Esse mês fará 3 anos que entrei para o Ministério e graças a presença do Ministro Kingsley Schaklebolt, estou aos poucos alcançando meus objetivos e nem posso acreditar que já sou sub-chefe da Seção de Controle do Uso Indevido da Magia! Com esse aumento de salário, saí da casa dos meus pais e pude comprar um apartamento em Londres, bem perto de uma cabine telefônica que leva ao Ministério. O apartamento é pequeno, mas aconchegante, tem dois quartos, uma sala integrada com a cozinha, uma pequena lavanderia, um banheiro, um pequeno armário para os casacos e um lavabo.

No mesmo ano que entrei para o Ministério, Ron me pediu oficialmente em namoro durante uma noite de verão na Toca diante de toda a família Weasley. Não sei ainda hoje ao certo o motivo da insegurança que tive ao dizer sim ao pedido, mas isso constantemente me atormenta. Ron continua difícil de lidar, genioso, explosivo, apesar de ter um coração de ouro, às vezes sinto que ainda somos apenas amiguinhos briguentos como na época de Hogwarts, isso é desgastante especialmente agora que sou uma mulher, não quero estar na cama com um amigo, quero um homem que me passe segurança, não instabilidade.

Retornei dessas lembranças dando um pulo de susto da cadeira com o apito irritante da chaleira no fogão de casa. Servi-me com meu chá favorito "Black tea" com um pouco de leite, como de costume em um domingo chuvoso às 17h, estava ouvindo músicas e valsas clássicas trouxas e bruxas. Mal começo a degustar meu chá, quando ouço um estrondo na porta da frente...

- "Quem é?" – pergunto ainda sentada na poltrona, quem ousa atrapalhar o chá das 17h de algum bom inglês?

- "Ron."

Levantei-me calmamente enquanto, outra vez a porta levava pancadas insistentes.

-"Vai tirar o pai da forca? Calma..." - eu disse ao abrir a porta.

- "Sério Hermione? Você só pode estar de brincadeira que você colocou um feitiço de anti-aparatação aqui no apartamento!" - ele estava vermelho e de braços cruzados.

-"E qual o problema? Não quero aparatações surpresas me pegando desprevenida, o sentido de se ter uma casa, é poder ficar à vontade!" - isso fazia um completo sentido na minha cabeça.

-"E a rede de Flu, não ligou por quê? Tive que aparatar na rua ao lado e esperar a sua boa vontade de abrir a porta, uma vez que, nem a chave do apartamento eu tenho!" - ele disse em tom acusador.

-"Ainda não liguei a rede de Flu e nem tenho previsão de ligar. Quanto à chave, Ron, nós não somos casados..."

-"Porque você não quer!" – ele fazia questão de jogar isso na minha cara o tempo todo.

-"Me deixe terminar de falar, por Merlin! Ron, cada um de nós tem a sua casa e seu individual, eu acabei de comprar esse apartamento, eu quero saber como é me virar um pouco sozinha."

-"Já faz três anos...e eu continuo morando na Toca! A Gina é mais nova que eu e vai casar antes de nós, você tem medo de se arrepender, por acaso?"

Essa pergunta me pegou desprevenida. Sim, eu tinha medos e incertezas, mas não queria magoá-lo dizendo isso.

-"Ron, cada um tem o seu tempo. Se o Harry e a Gina estão prontos pra casar, isso é ótimo, mas eu preciso de mais um tempo." - falei o mais calma possível, com o Ronald eu sempre pisava em ovos por não saber qual seria sua reação.

-"Tanto faz Mione. Deixe que todo o Departamento de Aurores me ache um incompetente que não é bom o bastante pra você." - ele me olhou com os olhos tão duros de raiva que não pude controlar os meus olhos encherem de lágrimas, mas não revidei a resposta, simplesmente mudei de assunto.

-"Quer chá?" - ele afirmou com a cabeça, então peguei uma xícara e um pires, alguns biscoitos e servi o chá.

-"Obrigado." - ele respondeu seco.

-"Então, como anda o trabalho?" - ele começou pouco à vontade, mas à medida que a conversa fluía, Ron se animou e me contou sobre como eles capturaram um bruxo que estava praticando algumas Artes das Trevas em animais e a forma que ele os controlava.

-"Quando eu vi eu estava abraçado a ele, Mione, sem brincadeira, ele tinha mais ou menos 1,30m de altura, mas se debatia tanto que me fez morder a língua!" - rimos tanto dessa parte que perdemos o fôlego, nos damos tão bem quando não falamos sobre o nosso relacionamento, eu o amo tanto como sempre amei o Harry e eu nunca magoaria nenhum dos dois.

Então, em um ímpeto, sentei em seu colo e o beijei demoradamente, e de repente aquilo me pareceu tão errado quanto seria fazê-lo com meu primo trouxa. Tentei de outra maneira, fiz com que ele beijasse meu pescoço e enlacei minhas pernas em sua cintura.

Foi quando ouvi de fundo uma música que me fez congelar, e naquele momento, meu corpo e mente se encheram de recordações e com os olhos fechados eu me via novamente no Baile de Inverno do 4º ano, sentia meus pés saírem do chão enquanto duas mãos firmes estavam em minha cintura e aqueles olhos escuros e quentes me olhavam com um misto de alegria e desejo, aquela era a valsa que dancei com Viktor Krum.

-"Mione, o que foi? Você está congelada olhando pro nada..." - Ouvi Rony falar enquanto me chacoalhava pelos ombros.

-"De repente me... me deu um, mal estar... eu... eu preciso... me desculpa." - saí correndo pro banheiro, lavei meu rosto e sentei no chão de piso frio.

Viktor...

Nos correspondíamos mensalmente desde o 4º ano, mas nunca mais me comuniquei com ele desde que tive que sair sem rumo na caça das Hórcrux, ele não teria como saber onde eu estava e eu não poderia revelar a minha coordenada, assim, nos afastamos e eu fui covarde e insegura demais pra retomar essa conversa.

Foi com ele que dei meu primeiro beijo e lembro como se aquilo tivesse acontecido ontem e minha boca estivesse dormente e vermelha ainda. Lembro-me de cada detalhe, dos jardins da escola magicamente decorados, das pequenas fadas ao nosso redor nos iluminando, do cheiro amadeirado do seu perfume, de cada toque, de como o beijo começou leve e me causou arrepios no corpo todo, de como foi ficando cada vez mais intenso e me deixando sem fôlego, tudo isso me parecia tão certo! Eu queria mais... Mas esse mais, eu nunca tive.

Confesso que ainda tenho as cartas dele guardadas em uma caixa com um feitiço anti-revelação, e tudo o que sei sobre ele no presente momento, é que ele ainda joga pela Seleção Búlgara em época de Copa de Quadribol. Mas, nunca mais vi nenhuma foto sua, nunca mais ousei procurar notícias sobre ele... Penso que ele esteja ainda mais alto e mais forte do que aos 18 anos, afinal, ele tem 25 anos agora.

-"Morreu aí dentro? Vou chamar alguém do St. Mungos!" - gritou Ron do lado de fora da porta me despertando do devaneio.

-"Não precisa! Estou saindo já!" - me levantei desengonçada e abri a porta -"Acho que o peixe do almoço me fez mal... acho que só preciso me deitar um pouco, obrigada por arrumar a cama...”.

-"De nada, se quiser, eu posso passar a noite por aqui com você e vamos trabalhar juntos amanhã, o que acha? Trouxe até a minha escova de dentes!" - ele me perguntou animado.

Um alerta vermelho ressoou em minha cabeça ESCOVA DE DENTES!? Daqui a pouco, quando eu menos perceber, ele vai trazer as cuecas pra eu lavar!

-"Pode, mas só por hoje, amanhã eu vou estar bem melhor. E, por favor, não deixe o apartamento um chiqueiro, você sabe que eu gosto das minhas coisas organizadas, ok?!" - deitei contrariada mais cedo do que ele.

Dormi, mas a qualidade do sono foi perturbadora e me lembrou de meus dias nômades. Ron ronca alto demais e se mexe como uma minhoca na frigideira tive que fazer um feitiço Abaffiato e um de barreira pra conseguir dormir de maneira descente. Meu corpo estava na cama, mas a minha cabeça continuava a rodar ao ritmo da valsa.


Notas Finais


E aí, o que acharam lindezas? :)
Nos vemos no próximo capítulo!
Beijos!


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