História EL's - Presentinho.

- Quero dois de vocês na porta do quarto dele, os outros voltem as suas posições. – Peter dá as ordens e respira aliviado por Ravi ter obedecido sua ordem – Showzinho para animar a noite.

- Não brinque com isso senhor, ele poderia ter ferido alguém.

- Foi você que o convidou para a cozinha, não me culpe Maria. – eles sorriem de canto um para o outro – Tem mesmo que me deixar?

- O senhor sabe que sim e além disso ele será um bom EL. Mas não seria mais fácil ensinar alguém que quer estar aqui?

- E qual seria a graça Maria?! Todos que estiveram ou ainda estão aqui vieram por conta própria, nenhuma ordem desobedecida, nenhuma palavra dita contra mim ou você. Quero que ele veja diferente, até porque ele será meu EL e não vendido como os outros.

- Tudo bem. Seu jantar está quase pronto.

- Deixe que eu termino, você precisa descansar depois dessa.

- Se é assim que quer, vou indo até amanhã senhor.

- Até, boa noite.

- Espero que o senhor também tenha.

Peter termina seu jantar e vai até seu escritório, um lugar igual aos outros, livros e mais livros, mesa de madeira maciça, computador, cofre com documentos importantes mas porque proibir a entrada até de Maria, a pessoa que ele mais confia? Bom, se ninguém entrar nada sumirá e se sumir a culpa será unicamente dele. Tira da última gaveta de sua escrivaninha uma coleira de couro e segue em direção ao quarto de Ravi com as mãos para trás.

- Se eu não sair, entrem em 30 minutos. – diz aos seguranças na porta e entra – Ravi, no que está pensando olhando para a parede? Em como me matar? Não quer me responder? Ok. Maria ficou assustada com você, deve desculpas a ela. - Ravi se vira e olha para o rosto de Peter – Vou te falar mais uma vez, não torne isso mais difícil. Não quero seu mal apenas seus serviços, faça o que tem que fazer em 1 anos depois saia e mate seu pai, a mim, quem quiser mas não vai adiantar em nada o que fez hoje. Vá se deitar.

As palavras de Peter parecia entrar pela primeira vez na cabeça do garoto, ele olhou para o chão e obedeceu a ordem do mais velho. Peter prendeu as mãos do garoto e os pés nas correntes sobre a cama e tirou do bolso traseiro a coleira, Ravi começo a se debater na cama mas de nada ia adiantar, Peter apenas o olho por um tempo e logo Ravi se acalmou sendo dominado mais uma vez. Mas antes de colocar ela no pescoço do mais novo Peter deu soco e ponta pés no tronco de Ravi que se contorcia de dor.

- Sabe que assim que eu tiver as mãos livre eu irei tirar isso. – falou o garoto em tom baixo por conta da falta de oxigênio.

- Pode tentar, a chave é minha impressão digital e no meio do couro a vários fios de aço, não é qualquer ferramenta que vai cortar isso. Pense bem Ravi, amanhã te darei outra chance, volto pela manhã para saber o que pensou. AH! Antes que eu esqueça, que essa pequena surra faça você se lembrar da burrada que fez hoje.

- Acorde, já são 7:30 da manhã e você tem trabalho a fazer. – diz Peter Balson entrando no quarto, ele se senta ao lado de Ravi que desperta e o olha pensativo – Está me ouvindo?

- Sim...se...senhor.

Peter se surpreende com a frase dita por Ravi – Acredito que essa é sua resposta, estou certo?

- Sim, eu vou te obedecer mas quero que para de usar essas correntes e essa coleira em mim não sou um animal, machucam muito.

- Não é uma troca Ravi, você as usará até que eu ache necessário. Agora fique parado para que eu as tire, Maria está te esperando não esqueça de se desculpar por ontem. Me ouviu?

- Sim. – Ravi esfrega os pulso já marcados pelo ferro e sai do quarto, ele olha diretamente para Maria e faz uma pequena reverencia – Me desculpe por ontem dona Maria, eu perdi o controle.

- Tudo bem Ravi, está desculpado. – Maria agradece espantada não pelo pedido de desculpa e sim pela coleira colocada em seu pescoço, em seguida olha para Peter – Senhor Balson preciso falar algo em particular com o senhor, pode me acompanhar?

- Sim, espere aqui Ravi.

Eles vão até o segundo andar, Maria para de frente para Peter cruzando os braços e o olha como se esperasse uma explicação. – O que foi? – pergunta Peter sem entender o olhar levemente enfurecido de Maria.

- Você colocou a coleira nele? Está ficando maluco?

- O que queria que eu fizesse depois do showzinho de ontem, passasse a mão na cabeça dele?

- Não senhor, mas sabe que a última vez que alguém usou aquilo não terminou bem.

- Eu lembro Maria mas ficarei mais atento dessa vez, fique despreocupada nada acontecerá com ele. Espera ai - diz Peter interrompendo Maria – Você está me tentando me dar um sermão?

- Sim e daria sempre que achar que precisa, sou mais velha e devo te lembrar dos riscos do que faz.

- Está o protegendo, isso o estragará.

- Cuidei de cada EL que passou por aqui e estraguei algum deles? – pergunta Maria arrumando a gravata de Peter.

- Não, nunca sairão da linha.

- O que quer que eu faça hoje com ele senhor?

- Coloque ele para fazer e apenas o oriente, você ficará só mais 2 dias e preciso dele preparado.

- Ok.

Eles descem as escada como se aquela conversa nunca tivesse acontecido, Ravi está olhando para os prédios da cidade por uma grande janela na sala e não percebe a chegada dos dois.

– Ravi – diz Peter em tom autoritário se aproximando do garoto que se vira e o olha fixamente – Você fara as tarefas de casa a partir de hoje, Maria apenas te orientará em como executa-las então por hoje obedeça as ordens dela. *Slam! Blam! *

- Está com olhar triste. – diz Maria para Ravi que volta a olhar a paisagem.       

- Como não estar Maria? Eu deveria estar lá fora vivendo livremente mas eu fui colocado aqui por aquele que se diz meu pai e tenho que viver com essa coleira. Mas tudo bem, vou sair daqui e me livrar desse fardo. - Ravi se vira e caminha até Maria - Pode me dar algo para comer? – ela estava no comando, não podia mostrar fraqueza ou compaixão mas o coração de mãe falou mais alto quando Ravi pediu por comida -  Por favor, estou faminto.

- O máximo que posso fazer por você é de dar uma maça, também sigo regras e não posso quebra-las. Desculpe.

- Eu aceito. – ele a olha e agradece com um pequeno sorriso.

- Eu vou falar com ele quando voltar sobre suas refeições mas não posso prometer nada Ravi. Coma e vamos começar a trabalhar antes que sobre para mim.

- Obrigada Maria. Ele sempre fez isso? – Ravi se encostada no balcão e dá a primeira mordida.

- A que você está se referindo?

- Aos El’s, ele sempre aprisionou pessoas para vende-las depois?

- Faz uns 7 anos. Porque a pergunta?

- Curiosidade, se vou ficar aqui tenho que saber sobre ele. – Ravi dá uma das últimas mordidas.

- Não sei se deveria te contar mas você será o último EL e talvez por isso pretende ficar com você até o final do contrato. Não será vendido igual aos outros.

- Então eu deveria estar lisonjeado, não é? – Ravi rir sarcasticamente e dá a última mordida.

Mais tarde naquele dia depois de realizar as tarefas perfeitamente Ravi toma banho e vai até a cozinhar terminar o jantar que Maria o ajudou a começar era torturante para ele que estava com fome e não podia comer sem a permissão de Peter, a carne parecia deliciosa ele pensou em comer mais ficou com medo de Peter olhar a gravação das câmeras e descobrir a desobediência e acabar apanhando novamente. Peter chegaria mais tarde naquele dia e Maria não podia esperar pela chegada dele pois precisar pegar o ônibus para ir para casa então o deixou sozinho com os seguranças, Ravi não viu problema e se sentou no sofá esperando a chegada do mais velho, já passava das 22:00 quando Peter entrou e viu Ravi adormecido no sofá.

- O que pensa que está fazendo? – Ravi acorda e se levanta assustado com o Peter apertando a gola de sua camisa.

- Eu..pre...parei o jantar e..eu...estava espe...rando você chegar. – Ravi gaguejou por conta do medo.

- Se já terminou vá para seu quarto, meu sofá não é lugar para um EL se sentar. – Peter empurra Ravi que cai no chão da sala - Regra número 1, deve ir para o seu quarto até ás 21:00, me entendeu?! – Ravi engole algumas palavras e fecha os punhos tentando controlar a raiva - Arrume a cozinha e vá para cama.

Ravi segue com os olhos Peter que sobe as escadas tirando seu paletó e gravata, vai até a cozinha e limpa como ordenado mas antes que ele terminasse de secar as mãos Peter aparece novamente.

- Terminou Ravi – pergunta Peter parado ao pé da escada.

- Sim.

- Então venha, já está tarde. – Ravi segue Peter até o quarto, eles entram e como as outras noites Ravi é acorrentado com as mãos para trás e os pés ao chão.