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História Elycia Mensagens - Sunday


Escrita por: Debnamkarey

Notas do Autor


Chocadissima com esse capítulo
Espero que gostem
Bjao <3

Capítulo 19 - Sunday


A cabeça de Lindsey dava leves indícios de que ia começar a doer enquanto ela caminhava para dentro da casa. Já deveriam ser cinco da manhã e por incrível que pareça nem todos tinham ido embora da festinha da noite anterior. O efeito do álcool mesmo que leve, ainda retardava seus sentidos, porém não foi difícil para ela chegar até o quarto que dividia com Eliza e Marie.  A última vez que tinha visto Marie fora há pelo menos trinta minutos atrás, não tinha como ter certeza já que sua cabeça parecia literalmente estar em um nó. Eliza por outro lado não havia dado nem sinal desde que tinham ido dançar, o que era estranho uma vez que a loira era uma das pessoas mais festeiras que ela conhecia. Foi com esses pensamentos que a morena tinha chegado ao quarto. Viu alguém deitado na cama e teve certeza que era Eliza. Tecnicamente aquele era o dia de Marie dormir na cama e ela no colchão mas Lindsey não se importou, Marie não estava ali mesmo. Ela se jogou no lado vazio da cama e ia fechar os olhos finalmente, quando alguém pareceu ter caído da cama. Lindsey viu a sombra tentar sair dali e apesar de estar morrendo de sono queria saber por quê Eliza estava indo embora do quarto.

- Eliza? – chamou enquanto tateava o apagador do lado da cabeceira da cama, de modo a acender a luz.  

Quando a luminosidade preencheu o quarto, Lindsey arqueou as sobrancelhas surpresa ao notar que a pessoa que estava deitada ali segundos antes, não era Eliza, mas sim Alycia, que parecia querer enfiar a cabeça no chão assim que seus olhos encontraram os de Morgan. – Alycia? 

- Bom Dia Lindsey...- saudou Alycia limpando a garganta. A garota torcia o tecido do vestido nervosamente, mas Lindsey ainda estava lenta demais para se quer reparar naquilo.

- Bom Dia...- respondeu a morena cerrando os olhos. Não entendeu por que Alycia estava na cama de Eliza ou preferiu não tirar conclusões precipitadas. – Cadê Cotter aquela cuzona? – indagou Lindsey olhando para os lados do quarto. 

Alycia balbuciou várias vezes antes de falar. 

- E-eu não sei. Ela estava aqui quando eu dormi.- afirmou olhando para os lado, era certo que evitava contato visual com Lindsey. – A gente estava conversando e eu devo ter caído no sono...- se explicou a morena.

- Ela deve estar lá fora...- disse Lindsey forçando um sorriso antes de tombar a cabeça no travesseiro. Alycia disse algo e simplesmente saiu. 

Lindsey não teve dúvidas nenhuma quando pegou seu celular e discou o número de Eliza. Apesar de ter dito para Alycia que a loira provavelmente estaria lá fora, Lindsey sabia que não, já tinha ficado o tempo todo lá e não vira sinal da amiga. 

“Onde você está Cotter?” – questionou logo de uma vez.  

“Bom Dia pra você também Morgan!” - Respondeu com uma voz parcialmente desanimada.” Pedi para o motorista do meu pai vir me buscar bem cedo, mas você estava ocupada demais bebendo pra reparar nisso...” 

Lindsey não conseguiu ficar nem chocada com o fato de Eliza ter ido embora daquele jeito. Só balançou a cabeça negativamente se perguntando o que tinha acontecido daquela vez. 

“ Por quê?”- foi tudo que Lindsey perguntou. Não iria xingar Eliza ou qualquer outra coisa. “ Outra coisa, encontrei alguém perdido na sua cama.”

“ Eu tinha que levar o documento pro meu pai em mãos...” afirmou do outro lado da linha. Lindsey revirou os olhos. 

Ela não podia negar que Eliza mentia extremamente bem, porém passar anos e anos, dia e noite com a loira, tinha feito Lindsey se tornar um detector de mentiras em relação a ela. 

 

“Você podia muito bem mandar Jack entregar esse fucking documento pra você.” – acusou Lindsey. Seus sentidos já estavam bem melhores e a morena respirou fundo para não jogar o telefone no chão e o despedaçar em mil pedacinhos. “ O que você fez com Alycia?” 

“Nada, não viaja! A gente só conversou...” – 

“Então por quê você fugiu? Eu convivo com você há anos e sempre que você faz alguma merda ou está com medo você foge!” – disse Lindsey calmamente daquela vez. Se lembrava das inúmeras vezes que Eliza fazia aquele tipo de coisa. 

“Eu já disse porque Lindsey, se não quiser acreditar, não acredite.”- respondeu imparcial.

“Você convida todo mundo pra cá e simplesmente desaparece? Qual é o seu problema Eliza?” – Lindsey não conseguiu mais manter o controle. “O que houve?” 

“Lindsey, eu te vejo mais tarde... E diga a Alycia que sinto muito pelo infortúnio” 

“Seja lá o que você fez Eliza, conserte isso!” – pediu Lindsey. “ Eu te conheço há tempo suficiente para saber que você não sairia daqui por algum motivo. Você mal suporta seu pai, não é como se você fizesse questão de levar isso para ele pessoalmente!” 

“Até mais tarde Lindsey e se divirta.” 

Lindsey suspirou antes do telefone ser desligado do outro lado. Parecia que todo cansaço mental e físico, havia se esvaído do seu corpo depois daquela conversa, por isso apenas se levantou da cama e foi procurar respostas. 

- Eliza foi embora.- anunciou Lindsey. 
Alycia estava penteando os fios molhados de seu cabelo quando a morena tinha aparecido no quarto ao lado.. – O que aconteceu? 

Alycia se virou para Lindsey com um olhar confuso. 

- Como assim? – questionou um pouco insegura. 

- Eu conheço Eliza, e ela ir embora assim, tenho certeza que algo aconteceu...- disse Lindsey exasperada. – Pode me contar qualquer coisa Alycia... 

Alycia adquiriu uma expressão perturbadora, olhou para o teto e soltou uma respiração pesada. Ficou calada e pensando por longos segundos, parecia incerta sobre abrir sua boca. 

 

- Eu contei algo muito pessoal e pesado pra ela. – finalmente disse a garota fechando os olhos. Lindsey viu a expressão da garota se mudar para arrependimento. – Talvez isso a tenha assustado, eu não sei. Eu não deveria ter contado. 

- Eliza é bem complicada as vezes. – disse Lindsey. – Ela tem um jeito louco de lidar com muita informação e mudanças. 

- Então ela simplesmente foi embora?- Alycia soltou um riso irônico e balançou a cabeça não acreditando. Em seguida fitou o chão e mordeu o lábio inferior com força. 

- Ela mandou eu dizer um “sinto muito” para você. – comentou Lindsey. Talvez Eliza realmente não estivesse mentindo, talvez elas tivessem só conversado.  

A morena não negava que estava curiosa para saber o que Alycia tinha contado para a loira, a ponto da mesma ter ido embora do lugar o mais rápido possível. 

- Sinto muito? – Alycia riu outra vez e Lindsey estranhou a reação. – Ela sente muito pelo o que exatamente? 


Flash Back on 

- Quer sair daqui? – tinha perguntado Eliza. 

Alycia só conseguiu assentir. As lágrimas escorriam de seu rosto e ela não teve certeza se sua voz sairia.

Elas passaram pela música barulhenta e por dezenas de pessoas afetadas pelo álcool até chegarem na entrada da casa. Naquela altura, as lágrimas em seu rosto já tinham secado e seu corpo parecia ter entrado no eixo. 

Apesar daquela maré de lembranças sobre a faculdade ter sido jogada para fora de sua boca, ela sentia um pequeno alívio brotar dentro de seu peito, e teve certeza que aquele desabafo com Eliza, com certeza tinha feito um bem danado a ela. 

- Vamos,  vem aqui... – chamou Eliza da porta de seu quarto.  A loira tinha notado que Alycia tinha parado no corredor e estava hesitando em acompanha-la. – Eu não mordo, eu juro...- brincou. 

Alycia sorriu com humor  e Eliza comemorou o fato de te-la feito rir por aquele segundo. 

- Tudo bem...- se rendeu Alycia. 
As duas não demoraram para entrar no quarto. Eliza se deitou em um lado da cama e Alycia apenas se sentou. 

- Vamos conversar. – anunciou Eliza ajeitando seu rosto no travesseiro macio. – Me fale alguma coisa feliz, qualquer coisa. Não quero que você chore mais. 

Alycia virou o rosto acanhada e sorriu. Ela agradeceria se existisse mais pessoas no mundo que a fizessem sorrir tão facilmente quanto aquela garota fazia.

 

- Deite-se aqui do meu lado, Alycia. – pediu a loira dando leves batidinhas na cama. Alycia nem se quer pensou em negar, já estava ali mesmo  e bom, elas eram amigas. Amigas faziam aquelas coisas, certo? Ela dormia na mesma cama que Maia, com Eliza era a mesma coisa. 

A morena repousou seu corpo ao lado de Eliza e suspirou fundo fitando o teto, buscando em sua mente algo feliz. Ficaram por longos minutos em silêncio sem dizer absolutamente nada. 
Apesar da música de la de baixo estar parcialmente alta, não era como se pudesse interromper sua sequência de pensamentos. 

- Eu adorava ir para escola de bicicleta. – contou Alycia. – E todos os dias na volta, sem que ninguém percebe-se, eu ia andar por uma estrada fora da cidade. Os dois lados eram cercados por árvores, sem casas ou fábricas ou fumaça ou barulho urbano. – um sorriso formou-se em seus lábios ao encarnar a lembrança em sua mente.- Eu sempre colocava os fones nos ouvidos no último volume, pra tocar a minha música favorita e quanto mais eu corria e sentia o vento bater no meu rosto, mais eu parecia voar. Eu me sentia tão livre, e eu só queria que aquele momento não acabasse nunca. – Alycia fechou os olhos e a paisagem que ela tanto amava pareceu ter tomado conta de seus sentidos. – Eu só conseguia gargalhar e até mesmo chorar. Eu sentia como se eu pudesse fazer qualquer coisa, como se não houvesse limites. Como se o tempo já não existisse. –  A morena percebeu que Eliza estava calada e quando virou seu rosto para o lado, encontrou as órbitas azuis a fitando. Talvez a loira quisesse absorver um pouco daquele sentimento em que Alycia descrevia com tanta sinceridade ou talvez ela já tivesse sentido uma parcela dele, já que agora parecia estar capturada e hipnotizada por cada palavra da amiga.. – Durava alguns minutos ou segundos, mas eu me sentia plenamente feliz, como se todos os mecanismos do universo tivessem parados somente para que eu pudesse sentir aquele momento. – finalizou a morena. 

Eliza continuou atenta Alycia ao seu lado. Ela não teve resposta por um longo tempo. Aquilo era sincero demais, puro demais. 

Como aquela garota conseguia ser tão doce? Como poderia descrever algo tão singelo e transparente, a ponto de você acreditar poder tocar no sentimento contido nas palavras que saiam de sua boca? 

- Isso é incrível. – disse depois de muito tempo. 

- Isso soou muito bobo, não foi? – Alycia fechou os olhos com força e sorriu envergonhada. 

- Não! O que você está dizendo?- interrompeu a loira. – Isso foi a coisa mais sincera e verdadeira que eu já ouvi em toda minha vida.- afirmou Eliza olhando para o lado outra vez e encontrando os olhos esmeralda de Alycia. 

 

-Por quê você ia me beijar aquele dia? – Alycia não soube em que momento aquelas palavras resolveram pular de sua boca daquele jeito. Sem freio e sem filtro. 

Talvez fosse porque sempre que se pegava fitando os olhos azuis de Eliza, a lembrança inapagável deles indo em sua direção, como se fossem afogar cada pedaço do seu corpo, tomava conta de sua mente instantaneamente.

Eliza soltou um riso e mirou o teto. A loira se perguntou se alguém no mundo conseguia fazer ela se sentir tão sem reação quanto a garota ao seu lado. 

- Por quê eu senti vontade.- respondeu. 
Alycia respirou fundo ao ouvir a resposta e seus dedos travaram o lençol ao seu lado. Aquilo definitivamente não era a resposta que ela esperava ouvir. Não mesmo. 

- E p-por quê sentiu vontade?- gaguejou Alycia. Estava insistindo com aquilo, e sabia que no momento caminhava num campo minado. 

- Isso definitivamente eu estou tentando descobrir.- disse a loira com sinceridade virando sua cabeça para o lado. Alycia daquela vez não correspondeu ao seu olhar. Fitava o teto enigmática, como se tivesse visão de raio-x e pudesse ver as estrelas sobre o teto de madeira. Como se qualquer coisa fosse interessante demais do que encarar o tom de azul bem ao seu lado. – E por quê não olha nos meus olhos? Eles são tão feios assim? 

- Eu tenho medo...- sussurrou Alycia soltando um riso nasal. Sim, ela tinha medo de olhar para a loira. Especialmente naquele momento, naquele assunto. 
Ela pensou em todos as ações que a levaram naquele exato momento. Era muita coisa para uma noite. A morena já podia sentir aquele formigamento maldito. Aquela tensão maldita. Aquele punhado de sentimentos malditos que ela não deveria estar sentindo. Aquilo era uma droga. Ela definitivamente estava ficando louca. Sim, era aquilo. 

- Medo de quê, exatamente?- Eliza perguntou baixinho.

 Alycia tinha a sensação que a loira sabia exatamente o que ela estava tentando dizer e por isso não respondeu. Apenas ficou sentindo as sensações que seu corpo transmitia. Era perturbador o fato de seus braços estarem arrepiados. Ou o fato de parecer que milhares de borboletas voavam em seu estômago como uma dança de primavera. Ou sentir como se todos os órgãos de seu corpo fossem derreter como um gelo derrete ao ser exposto ao sol das três da tarde. Ou sentir suas bochechas queimando ao ponto de parecer estarem pegando fogo, literalmente. 

Eliza a olhou e seus olhos azuis,  pareceram ter adquirido um tom mais escuro. A loira naquele momento só conseguiu assistir Alycia lentamente se aproximar dela e pairar bem acima de seus olhos.

 A morena apenas aceitava ser traída pelo próprio corpo, entregando o turbilhão de sentimentos que passavam a todo segundo pelos seus sentidos, como uma corrente elétrica. Ficou encarando as órbitas azuis por um tempo, aquela era a resposta para a pergunta, simples assim. Alycia sentiu o peito de Eliza subir e descer desesperadamente, como se seu coração estivesse batendo fora do peito e aquilo foi motivo suficiente para que ela fechasse seus olhos e encostasse seus lábios quentes nos de Eliza. Ela a beijou calmamente, apenas um toque de lábios, apenas um cumprimento frágil e sereno. Alycia tinha certeza que seus lábios tremiam. E Eliza estava parada, como se não conseguisse executar movimento além de respirar pesadamente e sentir os lábios da garota tocarem os seus. A morena sem pressa, separou seus lábios dos de Eliza, e continuou com os olhos fechados. 

- Por isso...- ela sussurrou respondendo a pergunta que a loira tinha feito. 

Assim que Alycia abriu os olhos, encontrou dois planetas brilhantes e azuis a encarando. Ela não soube ler o que eles transmitiam, e quando estava pronta para se afastar, sentiu a mão de Eliza se encaixar firmemente em sua nuca, enquanto a outra pousava em sua cintura. Não demorou mais do que dois segundos para que seus lábios se chocassem ansiosamente. Se o beijo anterior havia sido macio e frágil, os adjetivos desse seriam definitivamente quente e desesperador. As línguas combinavam movimentos enquanto seus corpos pareciam estar grudados. Alycia deu gemido baixo quando a loira puxou seu lábio inferior com os dentes. O barulho do beijo deixava tudo mais excitante e nada, absolutamente nada, passava na mente de ambas há não ser mais contato. Eliza experientemente tinha virado os corpos, de modo que Alycia estivesse com as costas no colchão. Em seguida retomou o beijo, e viu suas duas mãos travarem na cintura morena, a puxando desesperadamente contra o próprio corpo. O vestido de Alycia subiu, parecendo ter se encolhido, e a loira lutou contra todos os seus demônios para não se aprofundar naquilo. Ela sugou o lábio de Alycia e sentiu a outra suspirar contra sua boca. Posteriormente tirou suas mãos da cintura da morena e as encaixou uma em cada lado de seu rosto, como se quisesse fundir suas bocas, se é que aquilo era possível. Não demorou muito para que que ela desconectasse ambos os lábios e trilhasse beijos por toda a extensão do pescoço de Alycia, fazendo com que ela gemesse baixinho contra seu ouvido, o que tornava tudo tão profundo que a loira achou que fosse derreter tamanho desejo que sentia. Seu corpo pulsava por Alycia, ela não sabia o quão longe iria e realmente não estava pensando naquilo, uma vez que tudo estava acontecendo tão rápido. 

- Eliza...- interrompeu a outra. 
Eliza fechou os olhos e juntou toda força que tinha e então se afastou. 

- Okay...- respondeu ofegante. 
Seu corpo tremia em êxtase. Seus sentidos estavam tão aguçados, que ela se perguntou se Alycia não era alguma droga que a transformara em alguma pilha de excitação. 

- Eu...- começou a dizer a morena. Eliza apenas pousou seu dedo indicador nos lábios inchados de Alycia e disse “shhh” bem baixinho. 

- Por favor, não estrague. – pediu. Ela só queria permanecer naquele momento, daquele jeito. 
Não sabia o que aconteceria pela manhã e não tinha a menor vontade de descobrir. Ela se aproximou de Alycia, a abraçando por trás, enquanto estavam deitadas, e caiu no sono aspirando a flagrância doce dos cabelos de sua amiga virtual. 

Flashback Off 

 


Notas Finais


Sorry qualquer erro perdoa escrevi isso tudo hoje e bem rapido...o que acharam ?


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