...mas que frio. - resmungou Jikan tremendo. Aquilo na verdade parecia ser oque mais fazia ultimamente. - A essa hora, o contrário seria estranho. - Parou oque estava fazendo e olhou pra baixo, se desconcentrando um pouco do lamén que escolhia aquela hora no combini. - Estranho...
~ FLASHBACK ~
- MAS QUE DROGA JIKAN, VOCÊ NÃO TOMA JEITO! - reclamava cambaleando apoiando no ombro do filho.
- Certo...pai...certo...pra cama, agora. Assim. - Jikan o guiava até a cama, já estava acostumado com aquilo então um suspiro bastava pra ele relaxar e voltar a escrever depois de colocar seu pai na cama.
Sentou-se de volta em sua mesa, colocou de volta os óculos os ajeitando num movimento só, deu um suspiro e voltou a escrever. "Little demons" era sua nova obra, a qual ele estava trabalhando a cerca de uma semana e tinha incriveis...5 páginas. A obra juntava lolicon e mecha, assim como todas as outras. Jikan acreditava que isso dominaria o Japão já que na mente dele, era oque o mundo masculino compraria, e ele nem sabia o porque.
- Humpf... - suspirou em seguida foi tomado por um bocejo. Olhou para o relógio e novamente para seu texto - Talvez seja hora de dormir. - Assim, bocejou mais uma vez enquanto desligava o notebook retirava os oculos, os deixando ali mesmo na mesinha.
Era uma noite de inverno, silenciosa, não se ouvia nem mesmo os grilos que o tanto irritavam. Assim, o silêncio parecia muito convidativo pra uma noite de sono tranquila, que ele só conseguia ter quando seu pai voltava pra casa depois de vários dias fora na boemia.
Deitou-se na cama, um, dois cobertores. Ele respirou fundo. - Engraçado...eles ainda tem o cheiro da mamãe. - Jikan começou a pensar sobre sua mãe, o cheiro bom que dali saia, e junto aquele delicioso silêncio, não demorou a cair no sono.
- Jikan, você não toma jeito.
Vi a frente uma garota, ela vestia um seifuku, que não lhe era estranho mas nunca havia visto aquele uniforme por ali.
- E-eh...sou eu...quem diabos é você? E oque ta fazendo no meu quarto? CADÊ O MEU PAI? P-AAAI!!
- CALA A BOCA...eu só estou aqui pra te entregar isso. - Ela tirou da bolsa um caderno. O nome dizia "Doki Yuriya". Ela corou.
Não passava muita coisa por sua cabeça então, só pode pegar evitando de tocar na garota. Ela saiu correndo.
- O...oque? ESPERA, ESPERA AÍ !
Saiu correndo pela casa atras da garota. Ao descer a escada viu a porta da frente aberta e em meio a neve entrando e o vento gelado batendo, não a viu mais.
Jinkan acordou com o barulho de uns gritos. Olhou para todos os cantos do seu quarto e para a janela, na qual ja entrava luz, oque signifcava que já havia amanhecido.
Saindo de seu quarto se deparou com Rena, discutindo com seu pai que aparentemente também acabara de acordar da ressaca e só resmungava na cama sem entender sequer uma palavra.
- Oh meu deus Jinkan, você ta bem? esse irresponsavel chegando tarde de novo? VOCÊ DEVIA TER VERGONHA SATOSHI - falou virando-se para o velho recém acordado que só resmungava como resposta. Rena parecia muito uma mãe, ela não tem filhos, nem marido, tem apenas uma floricultura onde minha mãe sempre a visitava. Ela ajudava nas compras e tarefas básicas de casa e era praticamente impossivel recusar algo dela. - Aposto como você nem viu querido, está gelado... aposto que esse bêbado chegou tarde de novo e esqueceu a porta aberta.
- A-aberta? a porta da frente?
- Isso mesmo, querido. Aposto como a casa ficou gelada a noite inteira e a culpa É DESSE SEM VERGONHA. - Voltava a brigar com o velho, dando umas guarda-chuvadas de fraco nele enquanto ele permanecia deitado. Uma cena um tanto cômica mas o garoto logo relacionou a porta com o sonho estranho.
- Está tudo bem Rena, obrigado.
- Tome cuidado querido. Eu trouxe tofu fresquinho, já deixei na geladeira. - Disse se retirando. - Tome cuidado, eu volto mais tarde porque hoje vou fazer onigiri, de atum, aqueles que você gosta.
- O-obrigado mesmo! - Disse corando. - Até logo!
- Até logo querido!
Fechou a porta e deu um suspiro apoiando a cabeça na mesma. Logo o pensamento sobre o sonho voltou, talvez tenha sido apenas uma coincidência. Logo, Jikan subiu as escadas em direção ao banheiro, onde tomou seu banho pensando um pouco mais sobre o ocorrido. Não demorou muito. Secando-se, voltou para o quarto, e com um movimento pegara uma camiseta que estava dobrada na gaveta; antes de fechar ele não pode acreditar no que seus olhos viram: o caderno, em nome de Doki Yuriya.
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