História Em algum lugar, de todo lugar - A primeira viagem

Depois das palavras vindas do céu algo aconteceu, era como uma explosão nuclear dentro dos meus olhos, a garota ao meu lado parecia sentir o mesmo.
Logo acordei em uma clareira de grama alta e me perguntei o que estava acontecendo, parecia história de RPGs como Dungeons&Dragons ou outros devido a quantidade de história Si-Fi.
Deixei esse pensamento besta de lado já que afinal aquilo era realidade. Me levantei e segui em frente foi quando ouvi uma voz familiar gritar pelo meu nome:
_Adam! Espere aí!
Era a garota da primeira vez. Desativei meu modo cavalheiro e perguntei com indelicadeza:
_Como sabe meu nome?
_Não é tão difícil descobrir o nome de uma pessoa quando chamam ela._Disse a garota com uma cara otimista e feliz.
_O cara do céu deve ter dito pelo menos uns 15 nomes. Como soube que o meu era Adam._disse a ela ainda com indelicadeza.
_Você se espantou quando ele disse o seu e logo depois ficou bravo. Posso não ser muito inteligente mas sei como as pessoas pensam.E caso você ainda não saiba o meu nome é Lia Joy.
Mesmo eu odiando pessoas otimistas ela era diferente, queria ser gentil com todo mundo mesmo isso não ajudando ela.
Antes que eu pudesse falar algo apareceu uma garota estranha dizendo:
_Se já terminaram gostaria de falar um pouco.
Fiquei surpreso com ela chegar e falar desse jeito sem mais nem menos. Dei uma analisada nela e conclui: se isso não é um mundo Si-Fi nada mais faz sentido. Ela era uma garota baixa com roupas parecidas com as de personagens de Final Fantasy. Eu então disse com raiva na voz:
_Quem diabos é você?
Lia observava com atenção a situação e logo se prepara para dizer algo otimista como sempre:
_Você deve ser uma loli guia! Como nos RPGs, agora você vai nos dar o equipamento inicial ou algo assim?
Eis aqui a ingenuidade em pessoa, Lia Joy.
_Não faço a mínima ideia de quem ou o que é uma loli guia e nem tenho nada a oferecer a vocês além de informações._disse a garota estranha
_Pois então que fale._disse a ela com firmeza na voz.
_Pois bem, vocês não devem estar entendendo muita coisa. Agora irei explicar, vocês já sentiram como se o mundo não estivesse na paz, já sentiram como se tudo que vocês fazem fosse coberto de sangue gritos e medo?
Nesse momento senti um aperto em meu coração, era uma combinação de raiva medo e tristeza. Lia estava chorando por dentro com esse pensamento.
_Se vocês já sentiram isso, posso dizer que a história tem muito mais sangue do que vocês pensam. E é para isso que vocês estam aqui.
_Como assim?_Eu perguntei confuso.
_Vocês são bem ingênuos. Apenas saibam que vocês vão consertar os meus erros._disse ela com um sorriso esquisito no rosto.
Ela então saiu dali voando.
_Ei espera aí!_ disse com pressa na voz.
_O que vocês estão fazendo aí em baixo?
_Caso você não tenha percebido, nós não podemos voar!
_É claro que podem.
_Hein?_disse como se fosse a única palavra que eu pudesse dizer diante a situação.
_Vocês estão presos ao chão porque pensam que estão, além disso, vocês não são físicos nesse mundo, apenas suas ações. Em resumo, se pensarem que são capazes de fazer algo aqui é porque são.
Achei aquele pensamento estúpido. Mas antes que eu pudesse falar algo Lia já tinha saltado para o céu.
_Vamos lá, não seja pessimista assim, talvez você consiga voar sem ser puxado pelo seu mal humor._disse Lia rindo de mim
Sem paciência pulei para o céu para não ficar sozinho no chão.
Enquanto estavamos no céu ela nos explicou a situação:
_Meu nome é Ásri e estamos na Idade média, a época das bruxas e dos dragões. Durante essa época houve uma guerra que poucos ficaram sabendo sobre. A guerra entre a magia e a força, e a força ganhou e dominou o mundo.
_Peraí, esta dizendo que bruxas, dragões, feiticeiros e essas coisas existiram?_perguntei deixando de lado todas as minhas aulas de história.
_Sim_Disse ela com calma na voz.
Logo nós pousamos em um vilarejo, eu sabia algumas coisas sobre viagem no tempo, então sabia que ninguém lá me enxergaria, e Lia já havia recebido uma explicação de Asri. Estávamos andando normalmente quando Asri levou um espanto e disse:
_Ora, eis aí o primeiro capítulo da história.
Logo segui o olhar dela e vi uma criança prestes a ser atropelada por uma carruagem.
_O que estão esperando? Salvem a garota._disse Ásri
Meu instinto dizia que não, mas o momento heróico estava clamando meu nome. Eu pulei na frente da carruagem e formei uma barreira para proteger a garota, eu sabia que apesar das pessoas não poderem me enxergar nem me tocar, a física dos meus poderes é completamente real.
A carruagem parou viu a garota no chão e ajudou ela, Ásri parecia feliz. Mas eu percebi algo diferente, logo após ela ser ajudada pelo homem da carruagem. Ela começou a andar na minha direção. Ela provavelmente iria passar direto. Mas ela olhava diretamente para mim com os olhos brilhantes, quando ela parou na minha frente ela segurou minha mão e disse:
_Obrigado por me salvar moço!
_Peraí Ásri, isso está errado não?
Acalme-se garoto, tudo ao seu devido tempo.