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História Em Busca da Verdade - Primeiro dia


Escrita por: Bekah1201

Notas do Autor


Oiii, amores, tudo bom com vcs? Espero que sim.
Mais um capítulo aí, gente. Desculpa se demorei pra postar, é porque tá tendo uma reforma na minha casa e ta uma confusão aqui, então me perdoem. Prometo que semana que vem vai sair tudo direitinho, no tempo certo e na hora certa, blz? Blz.
Boa leitura!!!

Capítulo 5 - Primeiro dia


Fanfic / Fanfiction Em Busca da Verdade - Primeiro dia

"Continue fazendo

o que um dia

começar foi impossível."

 

Dias atuais...

O sol da manhã irradiava pela janela do meu quarto. Através do silêncio ensurdecedor que predominava no recinto, era possível ouvir o canto dos pássaros ao longe, tão doce, tão calmo, tão belo.

Já fazia um dia desde que eu me mudei para a casa da minha nova família adotiva.

Não consegui conhecer muito da gigantesca casa ou da família em si, pois quando cheguei já estava escuro, devido ao longo caminho desde o abrigo até essa nova casa, então fui direto pra cama. Mas hoje eu vou pra escola com os meus irmãos e pretendo conhecê-los mais, além de tentar aproveitar o café com o sr. e a sra. Ramos.

Me levantei da cama e fui para o banheiro, que mais parecia um outro quarto da casa de tão grande e elegante que era.

Eu me despertava mais com o insistente som de cada gota que caía da torneira e me tirava do transe que, por ora, meu corpo lutava para continuar no mesmo.

Nunca fui numa escola. Não numa de verdade, com regras, horários, professores rígidos e tudo mais. E por causa disso, nunca precisei acordar 6 da manhã em ponto.

Tomei meu banho na, aparentemente, caríssima, porém pequena - em relação ao tamanho do banheiro e de toda àquela luxuosidade que envolvia a casa - banheira de granizo que ficava no banheiro.

Vesti o uniforme que estava pendurado em um cabide na porta do guarda-roupa. Um papelzinho estava preso e nele eu pude ler a seguinte frase "Espero que o seu dia seja tão bom como o café que eu preparei pra você. Ass: Catarina". Amassei o papel e o joguei no lixo.

A camisa da escola um pouco justa no busto foi o que vesti, junto com uma calça jeans e um tênis preto. Não tinha ficado ruim, mas... Não sei, acho que é porque não estou acostuma em me ver assim.

Prendi o meu cabelo e desci as escadas, indo em direção à sala de jantar.

No corredor que ficava o meu quarto, havia mais dois.

Passei por um deles, mas percebi que não havia ninguém ali. Tinha uma cama de solteiro bem arrumada, como se não tivesse sido tocada à anos. Ao lado uma estante tomava quase todo o espaço, estava cheia de livros, uns grossos, outros mais finos, outros mais velhos e outros novinhos em folha, ainda com a embalagem.

Ao passar o olhar pelo quarto, não consegui encontrar uma mísera foto sequer que revelasse o dono daquele lugar.

Não havia nada de mais. Apenas a aparência monótona que, por acaso, era uma das únicas características daquela casa inteira.

Continuei andando e parei na frente do outro quarto.

O segundo quarto era mais decorado. Tinha também uma estante cheia de livros. Na cama, que ficava na frente da porta, várias coisas estavam desorganizadas, como se tivessem sido jogadas sem nenhuma vontade ou ânimo. E no centro havia um rapaz. Uns 14 anos, pensei. Ele estava de costas para porta, mas mesmo assim, fiz de tudo para que ele não percebesse minha presença, muito menos a pressão do meu olhar sobre ele.

Suas costas estavam expostas, trajava apenas uma calça jeans azul-marinho. Água pingava do seus cabelos negros. Eram tão negros como as penas de um corvo num céu nublado e cinzento.

Era musculoso mas nem tanto. Sua pele branca era o evidente fato que o semelhava ao sr. Diego, diferente da de dona Catarina. Sr. Diego era branco, com cabelos escuros e um pouco cacheados, tinha feições mais angulosas e já a dona Catarina era mais diferente. Poucas coisas no garoto eram genéticas das dela. Tais como o cabelo escuro, o formato da boca carnuda e bem rosada - e mesmo com isso, dona Catarina ainda passa batom vermelho, era impressionante - e a beleza e o equilíbrio do corpo. Ele era incrivelmente lindo que poderia hipnotizar qualquer um que o ficasse encarando por muito tempo.

Ele vestiu a camisa que, até pouco tempo estava segurando, pegou uma mochila que estava em cima de sua cama e se voltou para porta.

Foi tão rápido que eu não consegui fingir que não estava observando-o.

- Oi? Ham... Quem é você mesmo? - Perguntou ele, surpreso por me ver.

- Oi, eu sou a Bruna. Eu fui adotada pelo sr. Diego e a sra. Catarina.

- Ah, então você é a Bruna, desculpe, eu tinha esquecido desse fato. Meu nome é Fernando. - Ele estendeu a mão, e por causa da branquidez da sua pele, as veias que iam de seu pulso até o resto do braço eram muito visíveis.

- Prazer. - Apertei sua mão e sorri para o mesmo.

- Então, você tá perdida? Essa casa é muito grande e mesmo morando desde sempre aqui, eu ainda me perco de vez em quando.

- Na verdade, não. Eu estava indo pra cozinha. - Apontei para o final do corredor onde uma escada em caracol se encontrava.

- Ah, eu também. Vamos? Estou morrendo de fome!

Nós seguimos o caminho em silêncio total, só era audível o som da minha respiração que estava ficando cada vez mais pesada, e os batimentos do meu coração que dava pra ouvir lá do primeiro andar.

Ficar perto de Fernando era muito vergonhoso. Ele era tão lindo e parecia ser tão gentil, que eu só tive vontade de pará-lo e ficar lhe analisando, como um pintor olhando sua obra de arte e admirando seus recursos.

- Então... Você vai estudar comigo e com Felipe? - Ele perguntou quando percebeu que o silêncio entre nós já estava muito extenso. Olhou pra mim e esperou curioso minha resposta.

- Felipe é o outro irmão? - Perguntei à ele, quando me lembrei que Paula havia me dito que existia um outro irmão.

- Sim. - Um sorriso bobo brincou em seus lábios e então ele olhou para baixo.

- Sim, eu vou.

- Que bom, assim você pode conhecer uns amigos meus. - Disse ele ansioso.

- Ok.

Chegamos na sala de jantar, e lá a sra. Catarina estava terminando de fazer ovos mexidos enquanto o sr. Diego estava lendo um jornal na mesa.

Ao seu lado um garoto estava sentado, comendo uma torrada com manteiga. Pude deduzir que era o tal Felipe. Já ele tinha mais coisas que lembrava a dona Catarina.

Suas bochechas eram bem acentuadas e por incrível que pareça, ele era um pouco mais forte que Fernando. Tinha pele morena e cabelos longos, e encaracolados como os do sr. Diego, porém a cor deles era castanho. Diferente dos de dona Catarina e dos do sr. Diego. Ninguém tinha cabelos castanho, de quem aquele garoto puxou, pensei intrigada. Seu cabelo estava preso mas também estava meio solto.

- Bom dia, Bruna. Dormiu bem? - Foi dona Catarina que falou, com sua doçura e tranquilidade de sempre.

- Dormi, sim.

- Que ótimo, agora venha tomar o seu café porque vocês três já estão atrasados pra escola.

Sentei na cadeira ao lado de dona Catarina, já a mesma estava sentada ao outro lado do sr. Diego. Fernando foi sentar ao lado de Felipe, que agora estava mexendo no celular.

- Mãe, posso sair com o Thiago depois da aula? - Perguntou Felipe. - Nós queremos ir no novo cinema que inaugurou na rua perto da escola.

- Pode, contando que você esteja em casa antes das 22:00, por mim tudo bem. - Ela olhou para o sr. Diego e ele com sua cara emburrada apenas concordou com a cabeça, sem dizer uma palavra desde que Bruna chegou na sala de jantar.

Felipe digitou alguma coisa no celular e depois voltou a atenção para a sua torrada.

Nós ficamos em silêncio, sem apresentações, nem nada. Até que o sr. Diego olhou para o relógio em seu pulso e disse.

- Vamos que eu tenho hora e vocês estão muito atrasados.

Eu, Fernando, Felipe nos levantamos, e meio perdida, só fiz seguir Fenando.

- Tchauzinho, crianças. E Fernando... Você vai sar hoje, querido? - Disse dona Catarina se direcionando à Fernando.

- Não, venho pra casa depois da escola. - Sua voz, por alguma razão, transmitiu uma certa tristeza e hesitação. Ele apertou a mão na alça da mochila e então olhou pra baixo.

- Mas você não ia sair com a Clara? Você tinha me pedido permissão desde semana passada. - Dona Catarina perguntou curiosa. - Aconteceu alguma coisa?

- Nós terminamos, mãe.

- Nossa, que pena, meu amor. Depois você me explica direito, Ok? Agora vai, seu pai já foi com o Felipe. - Ela se voltou pra mim e disse. - Você também, Bruna. Vá com o Fernando. Ajude ela, querido. - E olhou pra Fernando, pedindo com o olhar.

- Ok, vamos logo.

E então saímos.

 

 

 (...)

 

 

A viajem até a escola não demorou muito.

Depois de se despedir do sr. Diego, nós fomos direto para sala de aula. Na verdade, apenas Fernando e Felipe, eu fui para a diretoria receber meus horários e tudo mais.

A diretora era bem simpática e me recebeu com muita alegria. Ela me acompanhou até minha primeira aula e, ao longo do caminho me mostrou um pouco da escola. Paramos na frente da porta e ela se despediu de mim.

Entrei e pra minha infelicidade, todos os alunos pararam quando me viram. Olhei em volta com esperança de achar algum rosto familiar mas não encontrei ninguém.

- Olá, você é a aluna nova, não é? - A pergunta veio de uma moça que estava de frente para o quadro com um piloto na mão. - Sou sua professora de História. Manuela. Como você se chama?

Fiquei surpresa com o fato daquela jovem mulher que mais parecia ter 19 anos, ser uma professora de história. Tinha uma feição tão jovem e tão ingênua que eu me perguntei se ela teria mais do que 22 anos de idade.

- Bruna.

- Oi, Bruna. Pode se sentar. Fique a vontade.

Procurei um lugar para mim e só havia um lá no final. Fui até lá e ao lado de um garoto, me sentei.

Ele olhou pra mim e sorriu. Um sorriso receptivo e acomodativo. Ele era louro e tinha olhos intensamente azuis.

- Bom, Bruna. Pegue seu livro e preste atenção na aula. Já estamos perto das provas e você perdeu muito assunto. Então, tente se concentrar, Ok? - Manuela disse e se voltou para o quadro.

- Oi, eu sou o Caio. Bruna, né? - O garoto ao meu lado me perguntou e eu assenti com a cabeça.

- Você parece ser bem calada, não?

- Um pouco. - Disse.

- Bom, prazer em conhecê-la.

Sorri para o mesmo e ele percebeu que essa era a minha resposta.

Ele se adireitou e voltou a olhar para o quadro.

 Seguimos a aula tranquilamente e até que foi legal. Nunca tive um aula numa escola assim. Nada mal para meu primeiro dia.

Várias horas se passaram e o sinal tocou, avisando que estava na hora do intervalo.

Segui os outros adolescentes até a catina e entrei na fila para pegar o meu lanche.

Para uma escola boa como aquela, um sanduíche minúsculo com um certo recheio que pra mim parecia estar estragado e uma lata de refrigerante era um lanche considerado inadimicível e decepcionante.

Peguei minha bandeja com meu lanche e procurei uma mesa pra sentar.

Estava uma confusão ali. Havia várias pessoas em pé, sentadas, andando pra lá e pra cá. Eu estava bem perdida mesmo, não conseguia me mexer direito com o amontoado de gente que estava se fazendo.

Meio tropeçando em mim mesma, avistei uma mesa e até lá tentei ir.

Cortei alguns caminhos em direção à mesa até que me esbarrei em uma garota.


Notas Finais


É isso, se tiver uma bosta, me perdoem também, vou tentar melhor se preciso.
Não esqueçam de comentar e favoritar. Bjsss


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