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História Em busca de um céu não cinza. - Palavras machucam mais do que punhos


Escrita por: TheRazorsEdge

Capítulo 2 - Palavras machucam mais do que punhos



E então os três cercavam Nate, que ainda estava caído no chão tentando se recompor, cada um ficava de um lado, e o suposto líder dos três ficava de frente pra Nate. O mesmo ainda estava atordoado com o ataque surpresa que levou, e ainda não tinha assimilado que isso aconteceu logo na volta às aulas.

E então, o garoto abaixa, apoia seus braços na coxa e começa a encarar Nate, olhando-o de baixo a cima. Por fim, o garoto resolve falar:

- E então ô depressivo, o que você acha que vai acontecer agora? - Perguntava ele abrindo um sorriso discreto.

Nate por sua vez não respondia, ele apenas virava seu rosto pro lado e tentava ignorar os três. 

- Se fingir que não tá ouvindo vai ser pior! - Gritava o garoto, e após o grito, desferida um soco diretamente no nariz de Nate.

Logo, muitos estudantes começam a se aglomerar no corredor em volta dos três, e nisso, porém, apenas estudantes e nenhuma autoridade, como professores e coordenadores. 

Nate continuava sem responder, porém, dessa vez ele encarava diretamente o sujeito, não desfixava o seu olhar dele nem por um segundo. 

- Qual o seu problema? - Perguntava o garoto enquanto se levantava. - Além de tudo você é surdo? - Perguntava ele dando uma joelhada no lado direito do rosto de Nate.

E nisso as falas paralelas no corredor começam a aumentar, os que estavam perto comentavam sobre o assunto, e os que estavam longe perguntavam sobre, já que havia muita gente atrapalhando a visão. 

- Tá com medo de reagir, emozinho de merda? - Perguntava ele mais uma vez, dando um chute no armário do lado de Nate.

Nate por sua vez deixava sua pergunta sem respostas novamente, fazendo o brutamontes ficar irritado, e decidir tirar satisfação. 

- Por que diabos você não reage nem com uma palavra? - Perguntava mais uma vez enquanto chutava a coxa de Nate.

E então por um minuto, o corredor fica em silêncio total, todas as conversas paralelas e gritos param instantâneamentes, parecia até que algum diretor estava por perto, mas não, o motivo do porque todos pararam era porque Nate estava se levantando do chão, com dificuldades, mas estava levantando.

Ao se levantar completamente, Nate encara o garoto, e o garoto o encara de volta, logo, Nate pergunta a ele:

- Você pode me encher de pancadas todos os dias, mas sabe por que eu nunca vou ligar?

- Por que? - Perguntava o garoto agarrando o pescoço de Nate e o empurrando contra o armário. 

- Porque você não pode derrubar algo que já está no chão. - Respondia Nate com toda a serenidade do mundo, franzindo sua testa enquanto encara friamente o garoto.

E então todos do corredor começam a gritar, zombando do brutamontes que acaba de ser humilhado com apenas uma simples frase de Nate, que não demonstrava medo nenhum com sua presença. 

- Argh...Você tá fudido na moral. - Dizia ele soltando Nate.

- Vai me soltar? Eu pensei que eu estava fudido. - Retrucava Nate.

- Não abusa da sorte, pode ir voltar a se cortar que eu tenho coisas mais importantes pra fazer. - Respondia o garoto, se virando com os outros dois e indo em para a esquerda, provavelmente em direção ao pátio. 

- Babaca. - Sussurrava ele, e em seguida se abaixa pra poder pegar suas coisas que se espalharam pelo chão no momento da colisão. 

O corredor então começa a se esvaziar, obviamente todos estavam ali por causa da briga, e já que ela já havia acabado, todos resolvem voltar e continuar o que já estavam fazendo, já que ainda faltava 30 minutos para as aulas.

Porém, enquanto Nate arrumava suas coisas, dois garotos chegam ao seu redor e um deles pergunta à Nate: 

- Tá afim de uma ajudinha? - Dizia ele se abaixando e pegando um livro.

- Não preciso de ajuda, mas já que você insiste. - Respondia Nate sem nem mesmo olhar para o garoto, e pegando o livro de sua mão. 

O garoto então percebe que Nate não é do tipo de se enturmar fácil, e como nunca tinha falado com ele antes das férias, decide se apresentar.

- Eu sou Lucas, e esse aqui do meu lado em pé é o Arthur, qual o teu nome?

- Me chamo Nate. - Dizia ele se levantando e colocando a mochila nas costas e seu capuz, se preparando pra ir.

- Calma aí cara - Lucas puxava o ombro de Nate. 

- Que foi? - Perguntava Nate virando apenas a cabeça.

- Você é da nossa classe de matemática não é? Porque nós três não nos sentamos juntos hoje? - Perguntava Lucas colocando a mão atrás de sua cabeça e sorrindo.

Nate não entendia a ação repentina de Lucas, e sentia um pouco de insegurança em se relacionar com outras pessoas, então, recusou o convite. 

- Desculpa, mas eu não posso.

- Deixa de ser careta, é só por um dia, se você não quiser mais a nossa companhia amanhã a gente nunca mais fala contigo, okay? - Perguntava Arthur, que entrava na conversa de repente.

Nate fica calado por uns segundos , e então, chega a seguinte conclusão: 

- Tá bem...mas só se sentarmos no fundo, eu não gosto da frente. 

- E aonde caralhos você achava que a gente ia se sentar? - Perguntava Lucas rindo. - Vem, vamos entrar na sala logo e garantir os lugares. - Completava ele.

Nate, por um simples impulso, decide dar uma chance à eles, afinal, tudo o que ele queria era fugir um pouco de sua rotina padrão de vida, então, ele acompanha os dois até a classe de matemática. 

Entrando lá, ele se senta na última cadeira encostada à parede esquerda, Arthur se senta em sua frente e Lucas se senta de seu lado.

Faltando apenas 10 minutos para a aula começar, eles tentam passar o tempo trocando ideias, até mesmo sobre League of Legends, porém, uma garota interrompe a conversa, dizendo a seguinte frase:

- Então, você é o famoso Nate, não é? - Perguntava ela estendendo a mão e sorrindo.


~Fim do segundo capítulo 





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