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História Em busca do tesouro. - Por essa eu não esperava


Escrita por: LadyFatale

Notas do Autor


Yooo mina-san :)
Por favor não me matem por causa da demora pra postar, é que a vida ta corrida demais.
Perdoem ai uma pobre pessoinha que tem uma vida ocupada ^^

Mais enfim, aqui está um capítulo novinho pra vocês e eu espero muito que gostem.

Sweet Kisses ;*

(No próximo eu coloco uma imagem)
E desculpem qualquer erro ortográfico

Capítulo 24 - Por essa eu não esperava


Reiko paralisou.

Tudo o que conseguia ouvir eram os seus batimentos ficando cada vez mais lentos e o ar querendo fugir dos seus pulmões que lutava para conseguir respirar.

Ficou assim durante alguns torturantes e agonizantes sugundos até que foi despertada por Ichigo que a sacudia segurando seus ombros.

— Reiko! Me responde! — O ruivo já sentia um misto de falta de paciência e preocupação (mas principalmente a falta de paciência) tomar conta de si.

— Calma, eu estou bem. — A azulada bufou. — A preocupação maior não sou eu. Me diz, está sentindo dor?

"Calma, eu estou bem". Aquela era, pra Ichigo, a mentira mais descarada que Shirahane Reiko teve a ousadia de contar.

— Não. — Respondeu quando a soltou. — Só me sinto um pouco fraco, mas não deve ser nada.

"Não deve ser nada". Reiko encarou aquelas quatro palavras como sendo a mentira mais mal contada que Ichigo disse um dia.

"Ele mente muito mal"

A azulada pensou.

"Ela é péssima pra mentir."

Ichigo observou a garota até que seus olhares se encontraram e ambos suspiraram.

— Acha que devemos contar para os outros? — O ruivo perguntou. Nenhum dos dois tinha levantado ainda.

A resposta veio rápido.

— Não. Ao menos, por enquanto.

— E se nós ficassemos para falar com a Rangiku depois que todos fossem embora? — Foi a sugestão dada pelo capitão

— A ideia de falar com ela não é ruim, talvez ela saiba o que fazer. — Reiko respondeu.

Tudo combinado, os dois se levantaram, tentaram amenizar a preocupação nítida no rosto, seguiram de volta pra onde estavam e sentiram o peso do olhar de todos em cima de ambos.

Urahara abriu a boca para perguntar o que tinha acontecido com aqueles dois mais foi interrompido por Yoruichi que o comunicou só com o olhar que coisa boa não estava acontecendo.

Todos reunidos novamente, o mapa foi apresentado as feiticeiras que, mesmo se esforçando ao máximo, só conseguiram decifrar algumas informações sobre uma tal "Caverna de Cristais" que ficava localizada em uma parte remota dos mares congelados antárticos.

Depois que o pessoal saiu, Ichigo e Reiko ficaram.

Achando aquilo muito estranho, a ruiva de seios fartos com a garrafa de saquê observou atentamente os dois e sentiu um frio percorrer sua espinha ao sentir a força de um feitiço que de bom não tinha nada.

— Tem algo estranho por aqui. — Inoue comentou temerosa.

— Acho que vocês podem explicar o porquê disso. — Rangiku encarou o ruivo e a azulada. — O que aconteceu?

Sem muitas opções, Ichigo e Reiko tiveram de falar, com detalhes, o ocorrido.

— Você pode fazer alguma coisa? — A azulada perguntou com um pouco de esperança.

— Deixe-me ver...

A pedido da ruiva, Ichigo abriu um pouco sua camisa deixando a "raiz" exposta.

Matsumoto tocou, analisou, se concentrou, disse algumas palavras em uma lingua estranha mais nada adiantou. Parecia que aquele feitiço sempre bloqueava qualquer outro.

Então, tentou algo diferente.

Molhou a ponta dos dedos com saquê e passou os mesmos sobre a marca. Na mesma hora, sua expressão ficou séria.

— É um feitiço poderoso. Tão poderoso que chega a ser assustador. Está sugando a força vital que você tem, lhe deixando mais fraco. — Declarou a ruiva.

— Há algum meio de desfazê-lo? — Inoue perguntou preocupada.

Rangiku demorou a responder:

— Infelizmente não.

Um suspiro de indignação escapou dos lábios de Reiko. Porém, depois de respirar fundo, ela resolveu recorrer a outros meios.

— Você tem algum feitiço que possa me fazer saber a história por trás dessa flecha misteriosa? — A azulada perguntou.

Rukia demorou um pouco para responder mais acabou falando:

— Na verdade, tem um. Mas ele é muito perigoso.

Reiko respirou fundo enquanto Ichigo a observava atentamente. Passaram-se alguns segundos e a resposta veio:

— É um risco que eu estou disposta a correr.

Na mesma hora, o olhar âmbar do capitão e os olhos azuis cristalinos da garota se cruzaram. Sem dizer nada, o ruivo implorava através dos olhos para que Reiko não fizesse aquilo.

Mas a azulada não se importou. Ou, ao menos, fingiu não se importar.

— Não tem problema.

Então, tudo começou.

Depois que Inoue pegou uma livro muito velho e empoeirado, Matsumoto o folheou até chegar ao final do mesmo e apontar para um feitiço.

A ruiva disse algumas palavras, fez uma faca de pura prata aparecer na sua mão e a entregou a Reiko lhe dizendo em seguida o que fazer.

— Ainda da tempo de voltar atrás. — Rangiku disse em um certo momento. — Veja bem, só duas pessoas realizaram esse feitiço e o final delas não foi dos melhores.

— Ambas enlouqueceram. — Rukia esclareceu.

O Kurosaki sentiu o coração falhar. Não queria que Reiko fizesse aquilo, não queria que ela acabasse louca. A queria sã e, principalmente, ao seu lado.

Mesmo com esse risco, a azulada continuou.

Passou a faca na palma da mão deixando que a lâmina ficasse toda suja de sangue. Depois, pôs a faca em cima de um papel com vários símbolos escritos e Rangiku começou a fazer sua parte. A ruiva começou a dizer palavras numa lingua que ninguém entendia e, enquanto fazia isso, o sangue presente na faca cobria todas as linhas dos símbolos desenhados para logo depois retornar a lâmina.

Ao pegar a faca, Matsumoto a passou sobre a mão cortada de Reiko mas não fez  novo corte no local. Na verdade, passou a lâmina como se estivesse a limpando na mão da garota que sentiu um certo ardor depois daquilo.

— Ponha a mão em cima das marcas. — Rangiku mandou.

Novamente os olhares de Reiko e Ichigo se cruzaram. O ruivo, num pedido mudo, implorava para que a azulada não continuasse, mas ela estava determinada demais para parar ali.

A determinação de Reiko não era por si própria, mas pelo homem de cabelos laranjas a sua frente.

Respirou fundo e fechou os olhos assim que sentiu a pele do ruivo contra a palma de sua mão.

Bastou tocar na marca e inúmeros flashes com diversas imagens passaram diante da azulada. Tudo durou muito pouco, apenas alguns segundos, mas foi o suficiente para deixar Reiko ofegante além de bastante pálida.

— Reiko! — Ichigo a segurou quando ela tirou a mão de seu peito repentinamente e quase caiu por ter perdido o equilíbrio.

Aos poucos, a azulada ia voltando ao normal.

— Eu estou bem Ichigo. — Falou alguns segundos depois. — Só sinto um pouco de tontura mais vai passar.

"Ela está em sã consciência"

O ruivo pensou e agradeceu mentalmente enquanto ajudava a garota a ficar de pé.

— Me diga, o que você viu? — Rangiku perguntou.

Reiko demorou alguns segundos para responder.

— Eu não sei dizer, foi tudo muito rápido.

Aquilo era mentira. Reiko tinha visto e, além de conseguir identificar cada imagem, havia montado tudo como um quebra-cabeça deixando as informações perfeitamente claras em sua mente.

Ao ouvir a resposta da azulada, Rangiku arregalou os olhos sem acreditar. As duas pessoas que já haviam realizado o feitiço poderiam facilmente dizer tudo o que viram nos mínimos detalhes. Porém, com aquela gartoa de cabelo azul as coisas não foram assim e isso deixou as três feiticeiras intrigadas.

— Desculpe, acho que não deu certo. — Rukia a olhou. — Mas, se precisarem de alguma outra ajuda, podem nos procurar.

Os dois visitantes acentiram discretamente e se retiraram. Enquanto caminhavam, Ichigo olhava para Reiko e percebia que, debaixo de toda aquela marra, havia algo que estava a machucando e isso lhe dava um certo aperto do peito.

Mal sabiam eles que as coisas mudariam tanto...

///-///-///-///-///-///

Haviam se passado vários dias.

Na noite seguinte a do dia em que visitaram as "feiticeiras da gruta" como as chamaram, todos os hospedes de Urahara se despediram e partiram.

Agora, dias depois, navegavam para as águas congelantes do mar antártico.

[.....]

Já era noite.

Ichigo saiu de sua cabine e foi até o convés pois tinha perdido o sono. Mas, para a sua surpresa, encontrou uma azulada que deixava a mente divagar em pensamentos enquanto olhava para qualquer ponto fixo. Reiko estava muito seria durante aqueles dias e isso de certa forma assustava já que a garota sempre era falante e enchia o saco de Ichigo até dizer chega.

Sentou ao lado dela e, segundos depois, perguntou:

— Você está bem?

— Vou ficar. — Reiko respondeu baixo. — Ainda se sente fraco?

— Um pouco.

Sem dizer mais nada, a azulada fitou os olhos do capitão que ganharam uma intensidade sem tamanho ao encararem aquelas esferas azuis tão belas.

Aquela intensidade repentina que o olhar do ruivo ganhava era a coisa que Reiko mais gostava de admirar.

Ainda calada, abriu um pouco a camisa do Kurosaki que sentiu o corpo inteiro se arrepiar com o toque dos dedos gelados da garota sob a sua pele quente.

— Isso deveria está em mim. — A azulada disse num tom quase inaudível. — A flecha e todo o resto deveriam ter me atingido...

— Isso não devia atingir nenhum de nós dois. Principalmente você. — Ichigo rebateu.

Reiko ainda ficou encarando as "raízes" no peito do ruivo capitão por alguns segundos antes de tirar a mão de lá e suspirar.

— Pelo mapa, a Caverna de Cristais não fica longe. — Comentou.

— Está realmente disposta a continuar?

— Estou. Mas acredite, isso vai ser difícil.

— Eu sei, por isso estou aqui. Se não consegue fazer sozinha, me deixe fazer com você.

Ouvir aquilo fez um pequeno sorriso surgir nos lábios femininos.

— Obrigado. — Agradeceu.

— Não precisa...

Antes que Ichigo pudesse terminar a frase, foi surpreendido por algo que realmente não esperava.

Reiko o abraçou com vontade permitindo-se enconstar a cabeça no peitoral definido e ouvir os batimentos do ruivo. No começo, o capitão ficou sem ação mas logo depois acabou cedendo e retribuiu o abraço aconchegando a azulada ainda mais em seus braços. Não esperava aquilo dela, mas não achou ruim.

Muito pelo contrario.

Quando se separaram, Ichigo sorriu irônico.

— Por essa eu não esperava. — Comentou.

— Eu imaginei que diria isso.

Aquilo deu uma ideia ao capitão Kurosaki. Aproveitando que a azulada tinha se distraído de novo, o ruivo lhe cutucou. Assim que Reiko virou, Ichigo a surpreendeu lhe dando um beijo na testa.

— O-O que foi isso? — Perguntou sem jeito sentindo as bochechas começarem a esquentar mesmo no frio extremo que fazia.

O ruivo sorriu travesso antes de responder:

— O que foi? Achou que você era a única que podia "surpreender"?

Então, ambos sorriram um para o outro e deram continuidade a viagem que mudaria suas vidas...

Para sempre.


Notas Finais


Esse ta menos que os anteriores mais prometo que vou fazer mais nos que vão vir por ai.

Até o próximo!


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