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História Em pé de guerra! - Memórias do Passado: Parte I


Escrita por: A-ChanCrazy

Notas do Autor


Oláá!!

Desculpem pelo trol do último capítulo kkk
A-chan cansou de avisar que é retarda, então esse tipo de retardadice é normal vinda de minha parte U.U

Sério. Me desculpem T-T

Mas enfim, resolvi que já enrolei demais pra postar esse capítulo, que na verdade, foi o primeiro que escrevi. Eu pretendia colocá-lo como o início da história Em Pé De Guerra, e então repensei em começar de um jeito mais divertido, e não com a história deprê de alguém

Por isso, cá estou eu, A-chan retarda merecedora de porrada, trazendo o primeiro capítulo não postado de Em Pé De Guerra, e espero que gostem!!

Capítulo 25 - Memórias do Passado: Parte I


Fanfic / Fanfiction Em pé de guerra! - Memórias do Passado: Parte I

28 de Novembro de 2012

- Soul, o Natal está chegando. – disse Maka, enquanto descascava algumas batatas na cozinha.

- E daí...?- ele perguntou, enquanto cutucava um dente com o dedo, e babava no sofá, de cabeça pra baixo.

- “E daí”, que o Natal é especial, não? Você não comemora?

- Não. – ele deu de ombros.

- É tão importante quanto aniversários. – Maka disse. - No meu país, o Natal é a época de namorados, e quem não tem, curte com a família ou os amigos. Sempre tem bolos, canções, um jantar especi...

- Aniversários... São importantes?- Soul perguntou, se sentando.

- Eh? – Maka apareceu na porta da cozinha, segurando a faca e uma batata. - Claro que são. Celebra o dia do seu nascimento. O dia mais feliz de uma pessoa, é quando alguém dá valor pro seu nascimento, não...?

- Valor... – Soul se levantou e saiu andando em direção ao quarto, com um ar pensativo.

- Soul, eu ia perguntar se... – Maka tentou falar, mas ele bateu a porta do quarto, a deixando sozinha- Podemos comemorar o Natal com o pessoal... – ela murmurou, terminando a frase emburrada. - Idiota. – ela retornou pra cozinha.

- “Aniversários são importantes... Se eu me lembro, faziam uma festa pra mim e...”- ele se jogou na cama e olhou pro teto. - “Mas isso não importa... Aniversários não tem valor algum... Foi o que me ensinaram...”- ele fechou os olhos, suspirando. - “Aniversários... São mesmo tão importantes quanto ao Natal...?”.

 

 

- Oh, que garoto adorável... – disse a mulher, enquanto se sentava no sofá de couro branco que se estendia pela enorme sala da mansão. - Como está grande... Logo será um rapaz bonito e forte, assim como o irmão...

- Muito obrigada, madame Sielle... – disse o garoto, se curvando levemente- Mama, acho que eu devo deixa-las á sós. - ele olhou para a mulher que se sentava ao lado da primeira, com um sorriso no rosto, e um olhar calmo e distante. - Não quero incomodar. - a mulher finalmente o olhou, enquanto ele analisava as figuras á sua frente, como sempre fazia, mesmo que apenas para calcular quanto valia cada peça que as pessoas que o cercavam usavam.

Ambas usavam vestidos á altura dos joelhos e tinham uma postura ereta.

Uma, com os ombros á mostra, sem decote algum, porém, com um pequeno corte na lateral da coxa do vestido creme, saltos Gucchi e os lábios marcados por um batom vermelho matte. Os cabelos ruivos presos em um coque baixo muito bem penteado e um topete na frente, era a madame á qual ele se referira á pouco.

Já a outra, usava um vestido preto, com um decote que delineava bem o busto e marcava bem a cintura, um belíssimo Roger Vivier em seus pés e os cabelos brancos, quase prateados soltos, em um corte channe repicado. Ela sequer usava alguma maquiagem para destacar o rosto, pois as maçãs do rosto salientes, o nariz pontudo e a boca avermelhada lhe dava um charme natural, contrastados á pele clara e os olhos verdes como esmeraldas. Apesar de ter 39 anos, era sim, uma das mulheres mais bonitas do mundo. Essa, era sua mãe.

Ele havia puxado sua genética albina, tendo absolutamente nenhuma pigmentação de cor na pele, e até suas sobrancelhas tinham de ser desenhadas. Era um garoto extremamente branco, com olhos grandes e brilhantes, o que o deixava com uma aparência inocente e fofa. Lembrava até um coelho, pequeno e assustado, o que fazia com que as pessoas o achassem adorável á primeira vista.

- De fato, querido, não seja um incômodo. Queira nos deixar á sós, e prossiga com seus estudos em seu quarto. – disse a albina, com um sorriso gentil e um olhar encantador. O garoto reconhecia que em seu olhar, não havia nenhuma gentileza. Apenas frieza e falsas aparências.

- Então me retiro... – ele se curvou outra vez, enquanto se dirigia ás escadas.

- E então?- madame Sielle perguntou, enquanto apoiava sua bolsa sobre o colo. O garoto parou e tornou á olhá-las.  – Onde está o tão famoso Evans? Eu gostaria de conhecê-lo também...

- Ele está em um concerto em Roma no momento. Um orgulho, se me permite dizer. Nunca nos decepciona, e é um talento brilhante, o que possui... – respondeu a mulher, com um ar superior, mas notou que o filho caçula ainda as observava, com um ar curioso. – Soul...

 - Me desculpe... – ele abaixou a cabeça, entendendo a última ordem, mesmo que ela não lhe falasse, apenas um olhar o fazia obedecê-la inconscientemente, e, dando um último sorriso, antes de subir as escadas. Ele abriu a porta de seu quarto, podendo ouvir as vozes das mulheres ecoarem pelo enorme corredor, enquanto removia as luvas de suas mãos..

- Que garotinho educado... – dizia a mulher.

- Teve a mesma educação que o irmão. Uma criança explêndi... – Soul entrou e fechou a porta de seu quarto e escorou as costas nela. Não queria ouvir aquele mesmo discurso outra vez. Estava cansado de ter de aturar toda aquela falsidade.

- Mentirosa... – ele murmurou, enquanto se sentava no chão e cobria o rosto entre os joelhos.

Havia acabado de retornar de sua aula de equitação, e sequer havia trocado de roupa quando a visita de sua mãe chegara. Nesse momento, ele era repreendido, por não manter a postura correta, e fazer o professor explicar-lhe outra vez, uma suposta “vergonha” para sua mãe, que mudou rapidamente sua postura, no instante em que foi anunciada a chegada de sua “amiga” mais íntima, Madame Sielle, filha do Lorde Barllen, e esposa de Edwart Vin’Deauch, um nobre com ligações a realeza. Eram “amigas”, mesmo que tudo o que faziam, era exibir e tentar impressionar uma á outra com as grandes conquistas de seus filhos. E como sempre, sua mãe ganhava ao mencionar o seu filho mais velho.

Devido á festa que ocorreria no final de semana, a mansão Evans estava uma completa correria. Funcionários corriam de lado á outro, tentando organizar as mesas, organizadores de festas ditavam onde tudo deveria ficar e ele recebia frequentes visitas de estilistas que queriam fazer seu terno, mas nada disso importava, afinal, seu aniversário havia sido há duas semanas.

 Quando ele se levantou, se dirigiu até o segundo andar, onde ficava sua “pequena” biblioteca. Era uma área com uma mesa de estudos, uma cadeira comum e várias estantes repletas de livros de nível universitário. Ele dedilhou entre eles, murmurando seus nomes em sussurros desanimados e escolheu química avançada, indo se sentar logo em seguida em sua mesa de estudos. Era a segunda vez que lia aquele livro, e todos os problemas estavam resolvidos, então logo se entediou. Pensou até em praticar o piano, mas já havia passado toda a manhã e o início da tarde em seu quarto, treinando. Estava cansado de tantas lições.

Quando ouviu o som de algo bater em sua janela, correu com um grande sorriso no rosto e a abriu. Lá em baixo, no jardim, uma garota com longos cabelos da cor de ouro, usando um vestido branco com rendas e laços, com um chapéu da mesma cor e sapatilhas pretas, acenou alegre.

- Rin!- ele disse, enquanto se pendurava na janela, quando a garota fez sinal para que falasse mais baixo. - Seu pai não...

- Papai me proibiu de vir aqui, mas... – ela dizia tentando não falar muito alto, enquanto ele saltava da janela e caía como se uma queda de três andares não fosse nada. Ela sorriu ao vê-lo se levantar perfeitamente bem. - Você é incrível, senhor. Como voc...?

- Não me trate como um chefe, Rin. – ele fez bico, enquanto andava pelo jardim. - Sou só Soul. – ela sorriu e o pegou pela mão, o puxando pelo jardim.

- O que fazia, senhor Só Soul?- ela disse, quando os dois tiveram que se esconder atrás de uma árvore quando um segurança apareceu perto das fontes.

- Estudando. – ele deu de ombros.

- Eh...?- ela sussurrou. - Até gênios fazem isso...?

- Eu não sou um gênio. – ele disse, enquanto se abaixava e se espreitava pelas moitas, seguido pela garota.

- Mas é o número um de nossa escola, tanto nas provas quando na educação física... Fora que é o segundo herdeiro dos Evans e... – ela ia dizendo quando viu ele fechar a cara. - E... E é uma... Você sabe... – ela tornou á sussurrar. - Você é incrível... Tanto eu quanto os meninos pensamos o mesmo... 

- Hunf! São idiotas por pensarem assim. – Soul disse. - Não sou nada disso. Já disse que não sou gênio incrível e nem nada.

- Você é um masoquista... – ela riu. - Uma foice masoquis...

- Calada, Rin. – ele pegou a mão dela e começou á correr de repente, quando nenhum segurança estava á vista. 

Após correr por entre as árvores frutíferas onde ficavam as mesas de piquenique e a enorme fonte no centro de um pátio, com estátuas e até um pequeno labirinto, chegaram no fundo dos jardins, onde, além do lago, havia uma densa floresta, da qual os Evans se recusavam á se livrar. Eram dezenas de árvores, com raízes altas e cipós para todos os lados, onde qualquer um poderia se perder facilmente. Fazia parte da mansão Evans desde que ela havia sido construída ali, e mesmo sendo uma enorme área encobrida apenas pela vegetação de uma selva, era um ótimo lugar para se esconder quando ele se cansava de tantas lições e aulas que o sufocavam todos os dias.

Era pôr do sol, e a floresta começava á ficar escura, quando os dois se embrenharam na mata e seguiram para o local onde sempre se encontravam. Após caminharem algum tempo, avistaram uma árvore com algumas iniciais escrita á faca. "S", "R", "N", "L", "J", "N", "A", "B" e" C". Cada letra com uma escrita diferente. Soul se aproximou e bateu na enorme árvore três vezes, uma pausa, duas vezes, uma pausa, quatro vezes, e esperaram um pouco.

Quando uma corda com nós foi arremessada lá de cima, Soul sorriu e a escalou primeiro, e a garota logo o seguiu. Ao chegarem no topo da corda, uma tábua de madeira obstruía a passagem, mas Soul a empurrou pra cima e um garoto loiro lhe estendeu a mão.

- Bem vindo, Chefe. – o garoto disse, enquanto ajudava Soul á entrar na pequena casa da árvore que tinham ali. - Estão atrasados...

- Já cansei de dizer... – Soul se sentou no chão de madeira. - Que se continuarem com essa de “Chefe”, vou ser obrigado á desmanchar o nosso clube...

- Você e seu orgulho inferior... – todos os que estavam ali disseram ao mesmo tempo, enquanto que Soul bagunçava o cabelo, finalmente desfazendo o penteado que a sua babá havia lhe feito pela manhã.

- Desculpem pelo atraso. Por causa da festa de amanhã, haviam muitos seguranças pra todos os lados... Foi um sufoco passar por tudo aquilo, chamar o Chefe... - Rin começou, enquanto cruzava os braços.

- EI! - Soul protestou outra vez, mas foi ignorado.

-... E ainda retornar. - ela riu, terminando o seu relatório. - Mas enfim, chegamos... - ela tirou o chapéu e o jogou de lado.

- Chegamos... - Soul suspirou, enquanto se livrava de suas botas e da gravata. Havia, outra vez, se esquecido de tirar o uniforme. 

A casa da árvore era encoberta pelos galhos e pela camuflagem que eles haviam feito nela, a cobrindo com várias folhas. Era impossível vê-la, á menos que entrasse nela. Um lugar de madeira clara, com as paredes pintadas de preto e repleto de cartazes e luzes de Natal para iluminar. Haviam puffs, uma tv com um console para vídeo game, algumas estantes com jogos e mangás e uma mesa caso quisessem lanchar.

Eram sete crianças, e apenas uma delas, era uma meninas.

Um, tinha cabelos loiros, na altura dos ombros, olhos verdes e uma pequena pinta abaixo dos olhos, apelidado de Non-chan, cujo o nome era Ishikawa Medano. Outro, de cabelos azuis, franja de testa e o colarinho da blusa sempre levantada, era Cristopher Lawther. Mas apelidado de Law, pois ele detestava seu nome.

Havia também um garoto de cabelos pretos, com um lado do rosto tampado pela franja, e os cabelos que iam até a metade das costas. Seu estilo era vitoriano e sempre falava pouco, com uma expressão sempre séria, chamado Jonathan Johanson Joseph III. Ou JJ, para abreviar. Era filho de um aristocrata inglês, que ainda mantinha-se na era vitoriana, acreditando que o jeito recatado e certo, era a melhor maneira de se viver.

O quarto á entrar nesse clube, era France Dubois. Um garoto pequeno para sua idade, e com a aparência afeminada, olhos azuis claros e cabelos loiros cacheados, como os de um anjinho. Era apelidado de Neko, por sua enorme paixão pelos felinos. Um outro, mais gordinho, e que sempre estava á comer algo, era Arthur Van’Deck IV, mas era chamado apenas de Art.

Havia também uma dupla de gêmeos idênticos, chamados Sebastian e Cristian Alvarez, cujo a única diferença, são os olhos, pois os de Sebastian eram azuis claros, e de Cristian, verdes. Ambos tinham pele branca e cabelos pretos como o carvão, os fazendo serem chamativos para as garotas, mesmo ainda tendo nove anos. Para todos, havia um apelido. Non-chan, Law, JJ, Neko, Art, Bast e Cris, Lady (Rin) e Chefe (Soul). Soul odiava seu apelido, mas havia sido escolhido por votação da maioria.

- Então sua família vai comemorar seu aniversário amanhã, não é?- Law perguntou, se sentando em um puff e colocando um saco de batatas no colo.

- É... – Chefe suspirou, enquanto ligava o vídeo game e o restante amontovam seus puffs ao redor da tv. Cada um tinha uma cor, por isso não usavam os dos outros. Era a “regra” do clube. – Um monte de gente que não conheço, todos loucos para ver alguma performance de Wes.

- Estão usando seu aniversário como desculpa pra chamar a atenção da mídia e promover mais o seu irmão outra vez, não é...?- Lady perguntou, enquanto pegava das batatas de Law.

- Algo assim. – disse o Chefe, entregando a manete para Non-chan. - Só sei que amanhã vai ser um saco. Mas aniversários são assim desde sempre. Lembro que seu aniversário foi assim também, não foi, Neko?

- Eh...?- o garoto se via perdido lendo um mangá. - Ah, é... Meu pai faz essas festas apenas para tentar firmar contratos lucrativos com os pais dos meus "coleguinhas" de classe. Um completo idiota, não?

- Ei, seria demais se o “aniversariante” faltasse á própria festa, não é?- Art propôs, enquanto Cris abria outro pacote de batatas e lhe oferecia.

- Seria suicídio. – Chefe disse, e todos o olharam. - Não posso desobecê-los. Se eu fizer minha família passar por essa vergonha...

- Mas, você não gosta, não é?- Lady disse.

- Nem um pouco. – Chefe suspirou, dando inicio á partida no jogo de corrida. - Mas pense por outro lado: você gosta de usar esses vestidos feios e laços?

- Odeio. – Lady respondeu, fazendo uma careta.

- Então por que usa?- ele continuou.

- Papai diz que preciso... Oh, entendi. – ela sorriu. - Parece que todos ainda somos presos no mundo que não gostamos...

- É... – todos murmuraram.

- O clube é divertido. A única coisa que eu gosto. – disse Neko, com um sorriso tímido. - Por isso, não quero que ele se desmanche nunca.

- Eu também. – disse Bast e Cris ao mesmo tempo.

- Isso. – os outros concordaram.

- De todo o jeito, ainda preciso ir naquela festa... – o Chefe curvou para o lado quando fez uma curva no jogo, o que fez todos rirem de sua mania de virar junto do controle, mas ele já estava acostumado com suas próprias manias esquisitas. - Aliás, eu comprei um novo jogo...

- Não me diga que é aquele que vimos naquela loja, enquanto voltávamos pra casa?- Bast perguntou, se animando.

- Esse mesmo. – Chefe sorriu. - Fiquei á fim de jogar, mas não sei onde eu o deixei... – ele tornou á fechar a cara. - Meu pai surgiu tão rápido que precisei esconder ele... Da próxima vez, eu trago e todos jogamos, que tal?

- Como o esperado do Chefe!- Cris disse, sorrindo com os olhos brilhantes.

- Mas nós não podemos ir nas lojas da cidade... - Law disse, lambendo os dedos. - Seu pai já não te proibiu de sair de casa?

- Proibiu. Afinal, "Nobres como os Evans não deveriam entrar em uma loja da plebe". - ele engrossou a voz, adicionando o ar esnobe que seus pais possuíam, fazendo todos rirem. - Foi o que ele disse. Mas eu não ligo. Os seguranças são lerdos, também... É fácil enganá-los.

- Se meu pai souber que faço esse tipo de coisa... - Art falou com certo temor, enquanto comia seu terceiro saco de salgadinhos, lambendo os dedos alaranjados.

- Aqui é o único lugar onde não precisamos manter nossa etiqueta. - disse Cris. - Não se preocupe. Ninguém vai descobrir á menos que um de nós diga algo á respeito. - todos concordaram.

- Mas como um gênio como você pode esquecer... – Lady ia dizendo.

- Eu já disse que não sou um gênio... Wes é um gênio. Não confundam as coisas. Sou só Soul.

- Desculpe... – Lady olhou para baixo. - “Maldito complexo de inferioridade...”.

Todos ficaram jogando e conversando até ser tarde da noite, e quando resolveram voltar, Soul os levou até o fundo da floresta, onde ficava o muro pelo o qual seus amigos passavam. Ele já conhecia muito bem aquela floresta, e o escuro não o assustava, pois sabia exatamente onde pisar, porém, seus amigos ainda não haviam se acostumado. Por isso, sempre servia de guia.

Ele os ajudou com as escadas, e quando retornava para casa, pegou um livro que sempre deixava escondido atrás de uma pedra e seguiu pelo jardim.

- Jovem Mestre!- um segurança o avistou. - O que faz fora tão tarde? É perigoso...

- Me desculpe, Staz... – Soul sorriu de forma gentil. - Não conseguia me concentrar lá dentro, então resolvi dar um passeio, e trouxe meu livro comigo para estudar um pouco... Não queria causar problemas... – Soul se curvou. - Me perdoe pelo meu descuido. Prometo não causar mais problemas á vocês...

- O-oh... N-não é isso, Jovem Mestre... Me perdoe por minha impaciência. – ele se curvou. - Estou feliz que esteja bem, mas insisto que entre novamente. Está frio e pode adoecer...

- Estou bem, não se preocupe... – Soul disse, enquanto andava até em casa. - Obrigado por se preocupar, Staz...

- “O Jovem Mestre é realmente um garoto gentil...”- pensava o segurança, vendo o garoto entrar novamente para a mansão.

Enquanto Soul passava pela sala, ouviu sons estranhos vindos do escritório de seu pai, e á passos quase inaudíveis, caminhou pelo corredor até ele. A porta estava entre-aberta, e um feixe de luz passava por ele. Soul se abaixou e olhou pela pequena fresta, sua mãe, em pé, perto da mesa, com seu pai olhando vários papeis.

- Escute, já está decidido. – dizia ela. - Este verão ele irá se mudar para a escola da qual te falei.

- Não vejo motivos... – o homem dizia, quando a mulher bateu a mão na mesa.

- Não precisamos de motivos! Mas se os quer, tudo bem... Ele, ao invés de estudar, fica por aí com seus amigos. Isso é inaceitável! Eu o vi saindo pelo jardim mais cedo, querido!

- Mandá-lo para outro país... É apenas jogá-lo fora de sua realidade e forçá-lo á aprender outra cultura até que...

- Mas querido... Se continuar assim, ele será um total fracasso. Wes, quando tinha nove anos, fazia bem mais. Wes era um verdadeiro gênio...

- Está certo... – o homem suspirou. - Irei pensar... Mas não conte com...

Soul se afastou da porta e seguiu pelo corredor, retornando pra sala. Não estava interessado na conversa. Ele subiu pelas escadas e entrou em seu quarto, largando o livro pelo caminho e se jogando na cama.

- “Eu tenho que fazer algo... Se eu for embora, Rin, Non-chan... Neko, Jj, Cris, Bast, Law e Art.... Eles vão ter de desmanchar o clube e... E aí ficarão novamente daquele jeito... Depois de tanto tempo, eu finalmente consegui fazer eles se soltarem... E agora... Preciso melhorar muito... Talvez eu deva encontrar algum livro que ainda não li naquela biblioteca e..."- ele se virou e começou á fitar o enorme lustre que pendia de seu teto. Os cristais em forma de lança balançavam de forma majestosa e lenta, de um lado á outro, enquanto a luz era refletida por todo o quarto. - "Ainda não consigo agradá-los... Preciso melhorar mais, antes que..."- as lágrimas começaram á escorrer no canto dos olhos, e ele cobriu os olhos com o braço, suspirando outra vez. - "Continuo sendo inútil... Tenho que sorrir... Amanhã ele estará de volta... Tenho que sorrir...". - ele abriu um largo sorriso, enquanto sentia o peito doer cada vez mais. - "Sorrir... É realmente horrível...".


Notas Finais


Oláá!!

Capítulo longo, pois é. Eu pensei em fazer sempre longos assim, mas não dá.
sou preguiçosa e perfeccionista, e dois mil é o número ideal. Por isso, quando faço menor, penso que é um capítulo inútil, e quando faço um maior, penso que é um capítulo esnobe. Vai entender.
Então, fiquem com essa esnobice aí, e na próxima, alcançarei a perfeição, com certeza!

SqN ;-;

A-chan não consegue. Dois mil é muito pouco, mas também é muito muito. Estou indecisa. Capítulos de cinco mil palavras é muito pra vocês? Se for, eu picoto eles mais um pouco ...


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