História Em pé de guerra! - 2° Season- Soul Eater Teen- Prólogo

Um Ano Depois

Em frente ao aeroporto, o grupo de amigos se despedia de um albino e uma loira, que se viam prestes á entrar em seus respectivos vôos. A morena deu um abraço demorado na loira, enquanto que o azulado trocava um "toca-aqui" com os punhos com o albino.

- Então vão mesmo, né?- perguntou o azulado, com um ar melancólico. - Soul, eu já aviso que se não voltar pelo menos uma vez, eu vou até onde estiver e te enfiar em um saco outra vez. - os dois riram.

- Se tentar isso, vão te matar. - Soul disse, jogando a mochila por cima do ombro.

- Mas... Tem mesmo certeza sobre isso?- o moreno perguntou. - Digo... Agora que é um Death Scythe... Você e Maka são conhecidos como a primeira dupla dessa geração á conseguir essa façanha... Chichi-ue estava tão orgulhoso de vocês...

- Eu fiz uma promessa. - o albino disse. - Não posso descumprí-la... 

- Entendo. - o moreno enfim desistiu. - Então... Quem sabe nossos caminhos se cruzem outra vez...

- É. Tenho certeza de que vai aparecer algum Kishin em Paris e vocês estarão convidados pra um chá. - o albino disse, todo formal e cortês, fazendo os três rirem outra vez. No grupo das garotas, a loira se via com lágrimas nos olhos, se despedindo das amigas.

- Maka eu irei enviar mensagens pra você todos os dias, ouviu?- Lizzy disse, em tom de ameaça- E ai de você se ousar se esquecer da gente.

- Eu prometo não esquecer vocês, meninas. - a loira sorriu, abraçando a maior, que enfim se derreteu em lágrimas.

- Achei que estava só brincando quando disse que ia embora... - disse Tsubaki, enxugando as lágrimas com um lenço de bolso.

- Meninas, eu prometo manter contato e visitar vocês sempre que der. A vida no Japão é corrida, sabe... - a loira se continha pra não se desabar em lágrimas, mas era impossível, vendo as duas amigas se desfazendo.

- Maka... - Crona disse, abraçando o próprio corpo. - Tem mesmo... Que ir?

- Eu... Prometi á minha mãe que voltaria. Ela está ansiosa até, com a minha chegada. - a loira disse, dando um último abraço na amiga- Eu prometo ligar e mandar mensagens á todas vocês... Por favor, não esqueçam de mim, tá?

- Digo o mesmo. - disse Tsubaki. - Vamos sentir saudades, Maka-chan...

- Eu também... - a loira pegou a própria mala e sorriu, se afastando lentamente das amigas. Já havia se despedido dos rapazes, mas era mais próxima das garotas, obviamente. Estava triste por partir e deixar os amigos pra trás, mas se sua foice não estaria mais presente, não faria sentido algum continuar na Death City, muito menos na Shibusen.

O albino olhou no relógio de pulso e percebeu que já estava atrasado.

- Caraai... - ele pegou a outra mala e a gata que estava no colo de Tsubaki. - Tsubaki, valeu por ficar com essa preguiçosa.

- Soul... - a morena tentou questionar, mas o albino apenas sorriu.

- Falou pra vocês. - ele se despediu de todos, antes de entrar no aeroporto, após enfiar a gata dentro de sua caixa e arrastar sua bagagem. A loira o seguia, lembrando-se de que o vôo dele sairia quinze minutos antes do seu. 

Antes de se separarem em frente aos terminais, ela o puxou pela manga da blusa.

- O que é?- ele se virou, pra fitá-la, mas antes que dissesse qualquer coisa, ela o abraçou.

- Espero que dê tudo certo pra você... E que cumpra a promessa que fez á sabe-se lá quem. - ela sorriu.

- Pois é... - ele disse, retribuindo o abraço com uma mão, visto que a outra ocupava-se em segurar a gata. - Talvez eu te mande notícias. - ele riu, recebendo um soco nas costas. - Tá bem, eu mando, eu mando...

- Acho bom mesmo. - ela afastou-se do abraço, e o fitou. - Você...- ela ia dizer algo, mas parou.

- Eu o quê?- ele perguntou, sentindo-se um pouco envergonhado por ser encarado daquele jeito. A garota sacudiu a cabeça levemente, enquanto sorria e dava outro passo pra trás.

- Faça um bom trabalho, Soul. E não decepcione seus pais. - ela sorriu, segurando firme as suas malas.

- Err... - ele se viu confuso. - "Fazer um bom trabalho... Ela... Sabe que eu...?"- ele ficou tentando á perguntar, mas ao vê-la sorrir, sorriu junto, automaticamente. - Certo. Eu farei. 

- ... Última chamada para o vôo 462, rumo á França... - eles ouviram a voz repetir através do auto-falante.

- Merda!- ele ergueu as malas outra vez, e dando uma última olhada para a parceira, se pôs a correr até o seu portão, conseguindo embarcar em seu avião no último segundo. 

Ela viu o vôo dele decolar pelas janelas de seu terminal, e suspirou, pegando a mala e seguindo para embarcar em seu vôo.

- "Então... Acho que isso foi um adeus, né...".- pensou ela, após se aconchegar em sua poltrona. Ela escorou a cabeça no vidro e suspirou, enquanto olhava para a pista, onde carrinhos iam e vinham, bagagens eram postas em aviões em outras pistas e funcionários corriam de lado á outro- "Pelo menos... Foi divertido...".- ela sorriu, consigo mesma, antes de abrir um livro e começar á lê-lo, aguardando a hora de decolagem.

Diante das portas da enorme mansão, o albino era recebido pelo mordomo, e os empregados, que se desfizeram em ajudá-lo com a bagagem. Ele entregou a gata para o mordomo.

- Cuide bem dela, Charlie. - o garoto disse, em tom formal. - É um animal de estimação precioso para mim. Eu odiaria vê-la se perder.

- Certamente o farei, Jovem Mestre. - disse o homem, com seu bigode bem aparado pendurado abaixo do nariz, e seu terno que lhe caía perfeitamente bem, enquanto este sumia para um canto, provavelmente querendo limpar e deixar aquela gata de acordo com a nova vida- no luxo- . O garoto andou até a enorme sala, e viu sentada em um sofá, a mulher albina, de olhos cintilantes e aparência jovial, um rapaz albino, com um largo sorriso no rosto, vindo em sua direção para o abraçar, e um homem com seu terno de corte francês que lhe caía mais que perfeitamente bem parado junto á lareira, com um pequeno sorriso.

- Estou de volta. - ele disse, quando a mulher se levantou, para recebê-lo, e era agarrado pelo irmão em um abraço de urso caloroso. O pai apenas acenou com a cabeça, ainda sorrindo. - "Estou em casa..."- ele pensou, feliz, ao receber o abraço duplo do irmão e da mãe, que o enchiam de beijos.

Quando ela entrou na pequena casa, no bairro nobre de Osaka, ela mal podia acreditar. Tudo estava como havia deixado. Tudo estava em seu lugar, sem poeira acumulada e nem nada. 

- Estou de volta!- ela disse, deixando o casaco no cabide, ao lado da porta, e seguindo pelo pequeno corredor no hall de entrada. Quando uma mulher de cabelos loiros e olhos verdes claros surgiu na porta da cozinha, com um avental branco, as mãos sendo secas em um pano de prato, os cabelos presos em um coque e um sorriso enorme no rosto apareceu na porta da cozinha, que era interligada á sala.

- Maka... - ela disse, se aproximando e segurando a garota pelos ombros, a fitando de cima á baixo. - Como cresceu... Está tão bonita...

- Mama, vai me deixar envergonhada, falando assim... - a garota disse.

- Não importa, querida. Estou tão orgulhosa de você... - a mulher puxou a garota para o sofá. - Vamos, diga-me: Como foi? Soube que derrotou um kishin... É algo grandioso... E seu parceiro? Era bonito? Soul... Eater, né? Ele era fofo? Foi gentil com você? Um dia irá apresentá-lo á mama, não é? Estou louca para saber cada detalhe da sua experiência... Estou tão feliz... Conseguiu fazer uma foice melhor que a minha... - ela dizia, dando abraços e beijos na filha, enquanto se desfazia em lágrimas. Maka também chorava, de tantas saudades que sentiu da mãe. - AH, Mama está preparando um banquete para esta noite! Seus amigos estão loucos para revê-la e eu quero ouvir tudo durante o jantar... Oh, mas como minha garotinha cresceu e está bonita e...

- Mama... - ela desfez um abraço, sorrindo. - Não esqueceu de me dizer algo?- ela disse, em tom sugestivo, e a mulher acalmou-se, olhando para a filha de um jeito terno.

- Bem vinda de volta... - ela disse, com uma voz doce, enquanto passava alguns fios do cabelo dela para trás da orelha. - Querida.

- Estou de volta. - Maka sorriu, voltando á abraçar a mãe. - Tem tantas coisas que eu tenho que te contar. - ela riu. - A primeira é que meu parceiro era um idiota. - as duas começaram á rir. - E a segunda, é que era um cara maneiro....

 Continua...