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História Em pé de guerra! - Anos Depois


Escrita por: A-ChanCrazy

Notas do Autor


Oi
Como eu disse, estou apenas organizando uma pequena bagunça kkk
Não se importem comigo U.U

Capítulo 34 - Anos Depois


Fanfic / Fanfiction Em pé de guerra! - Anos Depois

Nos bastidores do anfiteatro Newmark, o rapaz tinha sua gravata borboleta ajeitada pela milésima vez pela belíssima assistente, que usava um vestido preto, justo, até a metade de suas coxas, um salto Gucchi e os lábios marcados por um batom extremamente vermelho. Seus cabelos ruivos encaracolados encontravam-se presos em um coque desfiado, junto de uma presilha repleta de pedras caríssimas. Ela sorria á cada segundo, tentando agradar o rapaz que mantinha-se com uma expressão neutra.

Não era a primeira vez que estivera ali. Muito menos em qualquer outro lugar prestigiado. Ele era considerado um gênio pianista, tão novo, e brilhante, como o irmão. Ele olhou para o espelho e seu terno de corte francês encontrava-se perfeitamente ajustado ao seu corpo.

Por volta de 1,82, pele clara e olhar preguiçoso, ele via nada além de desânimo em suas feições. Até seus gestos lentos e demorados emanavam a mais pura preguiça.

- Ora, vamos!- seu irmão chegou próximo e bagunçou mais ainda os cabelos brancos do garoto desanimado. - Seu desânimo está me matando, sabia?

- Foi mal... –ele suspirou. - Assim está melhor?- ele forçou um largo sorriso, deixando transparecer seus dentes pontiagudos.

- Não, não está. –o irmão insistiu. - Você agora é um motivo de orgulho pro papai e pra mamãe. E ainda ousa ficar com essa carranca emburrada?

- Não te respondo por que estou guardando minhas energias para esta noite. – o garoto fez bico, demonstrando sua total infantilidade, o que fez seu irmão rir alto.

- Prontinho. – a garota sorriu, ao terminar de prender a bendita gravata. - Está lindo. – ela ajeitou o cabelo do garoto, mas por mais que tentasse, sempre permanecia bagunçado.

- Obrigado, Jessy. – o garoto disse, dando um sorriso tímido pra garota. Odiava elogios. Mesmo que viesse de seus empregados.

- Soul, você vai se sair bem. – o irmão falou, com um enorme sorriso estampado no rosto. - Melhore seu humor e se divirta, como sempre fez.

- Vou fazer o meu mel... – Soul ia dizendo, quando a porta atrás de si se abriu de súbito.

- Evans-sama... – um homem baixinho e corpulento, usando um smoking e os cabelos grisalhos muito bem penteados para trás entrou dentro do quarto onde os três se encontravam. - Está na hora.

- Obrigado, Charlie. – o garoto disse, olhando para o irmão, que sorriu. - Vou nessa... –ele suspirou, seguindo o homem porta á fora. – “Faça um bom trabalho...”- ele remoeu pela milésima vez aquelas palavras ditas pela garota, no terminal do aeroporto, anos atrás. - “Estou fazendo um bom trabalho... Não estou?”.

 

Naquela noite, no Teatro Newmark, a plateia constituída apenas da mais alta sociedade, se encantou com mais uma performance virtuosa de Soul Evans, que durou três horas.

Na noite anterior, ele havia se apresentado no Royal Albert Hall, um dos locais de apresentações clássicas mais famosas do mundo, e, novamente, havia sido aplaudido de pé, com seu público emocionado ao ponto de conter as lágrimas nos olhos.

Era considerado um gênio inovador da música clássica, com suas obras compostas por si mesmo, tocadas apenas uma vez durante a apresentação, pois ele tocava o que lhe viesse á mente, o que fazia o público sempre vangloriá-lo. Era talentoso, de fato, e seu talento era o motivo de maior orgulho de sua família, embora Wes tenha obtido muito mais sucesso, Soul ainda sentia vontade de retornar para a escola onde fizera amigos, conquistado méritos não tão importantes quanto os que havia conseguido ao retornar á família Evans, mas que eram algo que mostrasse quem era de verdade.

Um jovem talentoso, astuto, brilhante com um piano á frente, charmoso e sorridente. Era o que saíam nos jornais á cada apresentação. Suas músicas compostas na hora do concerto era realmente adorado pelos adoradores de óperas e músicas clássicas em geral.

Após a festa de recepção, ele e Wes se viam novamente em direção ao heliporto particular da família Evans, rumo ao próximo local de apresentação. Roma.

Ele mal teve tempo de dormir, e comer, quando teve de ir para o jato particular da família, com Wes ao seu lado. Sua turnê estava próxima do fim, e finalmente teria longos três meses para aproveitar seu tempo livre como bem entendesse.

- “Quem sabe eu possa visitar a Shibusen...”. – ele fingia ler um mangá, enquanto seu irmão se ajeitava na poltrona á seu lado.

- Finalmente a última apresentação, hein. – ele disse, sorrindo para o irmão caçula. - Papai e mamãe estão contentes com você. Fora, que logo eles prometeram voltar e...

- Não vai fazer diferença. – Soul deu de ombros, mesmo que fosse apenas da boca pra fora. - Quando acabar essa turnê, poderei enfim descansar. O que acha de eu viajar?- ele sorriu para o irmão, mas viu o sorriso do irmão mais velho desaparecer.

- Soul... Papai ainda não te falou?

- Falou o quê?

- Você vai pro colégio interno de Durcksen, na Rússia, em duas semanas. –Wes disse. - Achei que estivesse á par. Papai até me mandou cuidar de todos os documentos. Ele disse que estudar apenas em casa e fazer as apresentações pode não ser saudável, e... Eu concordo.

- Quero viajar. Sair e descansar. – Soul falou.

- Bem... Você precisa completar os estudos antes... E... Conhecer pessoas da sua idade. Achei que seu desânimo durante essas três semanas tivesse á ver com a escola, por isso preferi não dizer nada... Mas você precisa...

- Não. Wes. – Soul disse, voltando-se pro mangá. - Eu estou cansado. Faz três semanas que não durmo direito, que não como direito, e o tempo que fiquei em uma mesma cidade foi mais que sete horas. Viver em aviões e carros indo de país á outro está acabando comigo. Eu não vou á escola nenhuma. Estou bem estudando em cas...

- Não. Irá para a escola de Durcksen. Você mal sai, e quando sai é para alguma apresentação. Não vou deixar que sua vida seja só casa/trabalho.

- E casa/escola parece uma opção mais atrativa, certo?- Soul deu de ombros. - Okay.

- Está tudo bem? Você não está...

- Foda-se. – ele disse, rabugento. - Me deixa em paz, Wes. – ele tornou á ler o mangá.

O irmão o fitou por um momento, antes de suspirar e pegar uma revista para folear. Ambos seguiram em silêncio toda a viagem.

 

Após a apresentação, novamente Soul se via aplaudido de pé. As câmeras espalhadas por todo o hall capturara toda a ação que o garoto fizera desde o momento em que pisara no palco. Ele odiava apresentações ao vivo, pois não podia sequer se sentar errado, pois viraria motivo de especulações por todos os tabloids, e sua mãe ficaria louca.

Enfim sua turnê se encerrara. Quem viu, viu, quem não viu não vai ver uma outra vez. Enquanto seguiam para o hotel após a festa de recepção, Wes tentava tirar o irmão de sua áurea negativa em que entrara logo após a conversa no avião, mas tudo o que recebeu foi um quase degolamento do garoto estressado o suficiente pra lamentar a morte do irmão depois.

Os dois chegaram ao hotel e logo Soul desmaiou em sua cama, tamanho era o seu cansaço.

Soul acordou com o celular vibrando dentro do bolso, e após ignorar três vezes, ele finalmente resolveu atender, visto que quem quer que fosse, não estava disposto á desistir.

- Alô...?- ele murmurou, sonolento.

Soul-kun?- era uma voz feminina. Ele não reconhecia a voz, mas sabia que já a ouvira antes.

- Quem é?

Eu. – ela disse. - Não se lembra mais da própria namorada?

- Ahh... – ele esfregou o olho, enquanto se forçava á se sentar- Milena... Né?

- QUEM DIABOS É MILENA?!!- ela gritou, revoltada, e ele riu, esfregando os olhos.

- Minha querida babá... – ele disse, num suspiro. - Rin... Sua voz está estranha...

- Estou gripada...

- Então vá dormir e me deixe fazer o mesmo...

- Você está sendo tão frio agora... Soul, por favor, você... Está pensando em terminar, não é?- ela disse, receosa, e Soul suspirou. Estava exausto, e ela apenas lhe enchia mais a paciência com suas inseguranças.

- Só estou cansado...  – ela suspirou, do outro lado, e ele já pensava em desligar, quando ela murmurou algo.

- Sua turnê já acabou... Quando vai voltar?

- Em um ano ou dois, quando me deixarem dormir em paz. – ele disse, entre bocejo e outro. - Te ligo de volta quando eu acord... – ele desligou, sem terminar de falar. - Opa...  Foi sem querer... – ele murmurou, jogando o corpo pra trás e antes que dormisse novamente, o celular logo chamou. Ele murmurou um “puta que pariu, que mina foda...” antes de atender.

- Soul?- não era sua namorada. – Quanto tempo...

 

- Tem certeza de que não vai? Mas vai ser tão divertido!- a morena se sentou diante da loira. Ambas lanchavam na sala do colégio Karakura, em Kyoto.

- Desculpe, Ayumi-chan. – a loira a olhou. - Eu realmente preciso estudar esse final de semana. Os testes começam semana que vem, fora as provas do cursinho. Não posso ser reprovada. Não tão perto da formatura. Faltam só dois meses, lembra?- a morena fez bico.

- Claro que lembro... Três longos anos no ensino médio, onde você saiu com a gente duas vezes. – ela falou, começando á almoçar.

- Posso sentar aqui?- uma outra garota morena, porém de cabelos curtos falou, balançando seu obento cor de rosa nas mãos. As duas assentiram e logo a terceira já estava ocupando as duas mesas unidas- O que falavam?

- Ela não vai ao festival de fogos desse fim de semana. –disse a morena, com a cara emburrada.

- O quê?- a outra encarou a loira. - Mas vai ser tão divertido!

- Foi o que eu disse! Eu disse á ela até, que o Togashi-kun vai levar alguns amigos dele, e que mostrei fotos dela para um deles, que se interessou bastante.

- Verdade?- a de cabelos curtos arregalou os pequenos olhinhos, surpresa. - Viu? Eu te disse que você era bonita!- ela apontou os hashi’s pra amiga. - Agora, por que não vai?

- Estudos. – ela se explicou. - Não tenho tempo pra me divertir. E muito menos ir á encontros.

- Mas... É tão injusto!

- Ayumi-chan, Hiiro-chan... Já disse que...

- QUE PAPO É ESSE DE VOCÊ NÃO IR?!- uma terceira, dessa vez loira e com cabelos cacheados se uniu ao trio, já colocando sua cadeira na mesa improvisada. - Você vai e pronto!

- Sakura-chan, eu não... – a loira ia dizer.

- Em nome da nossa amizade. – as três falaram ao mesmo tempo, olhando para a loira.

- “Não tem jeito... Elas realmente querem que eu vá...”  - Okay. – ela suspirou. - Mas não ficarei muito. Tenho provas e...

-,Entendi, entendi. – as três riram. - Mas também temos provas, e nem assim estamos deixando o festival de lado!

- Ei, Maka-chan, eu posso te emprestar uma yukata linda!

- Obrigada... – ela disse, com um meio sorriso formado em sua boca.

- KYAAAAAHHH!!!- suas amigas gritaram ao mesmo tempo. - KAWAII!!

 

Ao chegar em casa, Maka acendeu a luz apenas de seu quarto, enquanto se livrava de sua blusa de uniforme. Ela parou em frente ao espelho na porta de seu quarto e se analisou por alguns instantes.

Diferente de antes, ela já era uma garota formada, com curvas visíveis e seios fartos. Seu rosto ainda lembrava o de uma criança, embora estivesse sempre séria, suas amigas faziam escândalos cada vez que ela abria um sorriso, alegando que ela era fofa e parecia uma boneca, devido á sua pele clara e lisa. Seus cabelos, mesmo presos em sua tradicional maria Chiquinha, alcançava sua cintura, e sua franja, jogada para um lado, quase tapava-lhe um dos olhos. Seus 1,54 estavam distribuídos entre curvas e fofura. A garota ideal com a qual a maioria dos garotos de sua escola sonhavam.

Recebia sempre muitas declarações de garotos, e convites para ir á encontros, mas não se importava com relacionamentos. O mais importante eram os estudos. Sua mãe, ainda em viagem, sempre mandava presentes e cartões postais, enquanto que ela se virava com seu trabalho de meio período, a escola e o cursinho preparatório.

Desde que deixara a Shibusen, não treinava mais, por isso se considerava fora de forma.

 

- Maka-chan deixa que eu arrumo seu cabelo!- Ayumi disse, enquanto que Hiiro se ocupava em fazer a maquiagem de Maka.

- É realmente necessário?- Maka perguntou, quando Hiiro terminou de passar o gloss rosa claro em sua boca. - Digo... Eu não...

- Shhhii!!- Sakura disse, enquanto fazia o laço de sua yukata. - É um encontro! Precisa ser fofa e bonitinha.

- Não quero parecer fofa e bonitinha. –Maka falou, olhando as amigas irem de lado á outro pra tentarem terminar de arrumá-la. - Hiiro-chan... – ela falou, tentando se livrar do lápis creón que a amiga tentou passar em seu olho.

As amigas já haviam se arrumado antes mesmo que Maka chegasse. Deram um horário falso, para que pudessem arrumá-la elas mesmas. E no fim, Maka parecia uma boneca japonesa, enfeitada, usando um kimono rosa com rosas pretas e o laço preto.

Elas saíram e encontraram-se com os rapazes na entrada do templo onde o festival ocorreria. Um rapaz loiro, com olhos azuis claros e extremamente bonito, foi quem se apresentou á Maka.

-   Sou Kirigaiya Setoki. –cele falou, enquanto Maka se curvava levemente.

- Maka Albarn. – ela falou. - É um prazer te conhecer. – ela sequer forçou um sorriso. Não estava gostando daquilo e nem mesmo tentava disfarçar. - Espero que possamos nos divertir juntos. – ela completou, ao ver a cara que o garoto fez devido ao seu desânimo.

O grupo começou o passeio juntos, mas logo cada um se separou. Maka ficou amaldiçoando suas amigas por um bom tempo, enquanto que o rapaz tentava chamar sua atenção enquanto jogava um dos jogos das barracas.

- Oe, Maka-chan... – ele a chamou pela terceira vez. - Quer ir pra casa?

- Oi?- ela o olhou. - Ah, não... É que... –ela notou que o havia ignorado por um bom tempo. - Eu estou com fome.

- Fome?- ele entortou a cabeça levemente, enquanto cruzava os braços. Maka engoliu em seco, esperando que o garoto risse da sua cara, mas o que ele fez a surpreendeu. - Sei de um ótimo lugar que está vendendo crepes. – ele a puxou pela mão, abrindo um largo sorriso enquanto abria caminho pela multidão.

- Crepes?- ela perguntou, enquanto era arrastada, mas avistou as amigas. - MENINAS!- ela se livrou da mão que a segurava e foi até elas. - Por que sumiram?!

- Queríamos te deixar á sós. – Ayumi disse, enquanto que Setoki vinha logo atrás.

- Não gosta de crepe?- ele perguntou.

- Gosto sim. – disse Maka. - Só que não estou me sentindo muito bem, Setoki-kun...

- Não se sente bem? Dói em algum lugar? Se machucou? – ele perguntou, ligeiramente preocupado.

- Minha cabeça não está muito boa. –Maka mentiu. Só queria se livrar desse encontro furado. – Eu... Queria ir pra casa agora...

- Poxa... Mas já?- Ayumi perguntou. –Mas...

- Por favor... – Maka fez cara de dor.

- Tudo bem. –,Mei disse em um suspiro- De todo jeito, dormiremos com você. –cela olhou pro namorado. - Pode...

-,Levaremos vocês até em casa. – disse o namorado de Ayumi.

- Mesmo?- a mesma se animou. - Desculpe estragar a noite assim.

- Tudo bem. – o namorado dela sorriu.v- Me diverti bastante. E vi você vestida linda assim, compensou meu dia.

- “Como não se apaixonar por um tipo assim?”- até Maka suspirou, igual todas as amigas.

Enquanto seguiam para a casa de Maka, ela mal podia acreditar. Os rapazes realmente as acompanhavam. Todos eles. Inclusive Setoki. O que ela faria se eles quisessem um chá? Nada contra os rapazes, mas ela queria estudar.

Ao chegar em sua rua, Maka viu um carro parado na porta de sua casa, e uma figura se encontrava com as mãos nos bolsos, encarando a construção. Ela e os outros trocaram olhares, enquanto se aproximavam. Maka pediu para todos esperarem um pouco, enquanto ia ver o que o estranho queria, mas seu corpo se recusou á se mover no instante em que viu aqueles cabelos brancos e bagunçados.

Ele virou o rosto e exibiu um sorriso cínico e com dentes pontiagudos, enquanto os olhos vermelhos e emanando a mais pura preguiça a fitaram de cima á baixo.

- Não... Pode ser... – ela estava chocada, ainda parada no mesmo lugar, alguns metros de distância do rapaz. – “S-se for ele mesmo... Por que está tão mais alto... Que eu?”- ela o mediu de cima á baixo, enquanto este se aproximava dela á passos despreocupados.

- Tampinha!- ele disse, apoiando o braço na cabeça dela, e cutucando a bochecha dela- Ohh... Se for a sem peitos de anos atrás, acho que terei de mudar seu apelido. – ele riu.

- O que... Você está... – Maka ia perguntar, quando os amigos dela se aproximaram.

- Maka-chan, está tudo bem?- Ayumi se aproximou, junto do namorado. - Quem... É esse...?- ela fitou o rapaz de cima á baixo e engoliu em seco.

- Um... – Maka olhou para os amigos- Albino de merda irritante... – ela fechou a cara, voltando a fitar o rapaz que sorria descaradamente.

 

Continua...



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