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História Em pé de guerra! - A Ilha Nautos


Escrita por: A-ChanCrazy

Notas do Autor


Nada á acrescentar outra vez kkk
Baaaaay Bay :3 ;P

Capítulo 38 - A Ilha Nautos


Fanfic / Fanfiction Em pé de guerra! - A Ilha Nautos

Maka on:

 

Ilha Nautos.


Um lugar ao sul do Caribe, onde não há portos, estações de rádios, ou sequer eletricidade. Estamos indo para um lugar onde não tem sinal de telefone e nem nada...

E adivinha como?

Voando.

Não em um avião, claro, afinal, Black Star e Tsubaki aperfeiçoaram sua habilidade das sombras e conseguem tocar o fundo do oceano, acreditem ou não, e Soul... Bem, todos sabem que ele possui até asas.

Foram quase três horas sobrevoando o mar aberto, e graças á velocidade que Soul tem, conseguimos chegar mais rápido que um avião. E Black Star e Tsubaki, por algum motivo, conseguiam nos acompanhar, ameaçando nos deixar pra trás.

Eles estão mesmo muito fortes...

Assim que chegamos á praia, ficamos ali por um tempo, tentando relaxar ao menos um pouco, da dura viagem sentada no cabo de uma foice, e Black Star tentando se recuperar depois de usar a espada demoníaca por tanto tempo.

Estávamos á beira de uma selva fechada, e não havia trilha alguma. Esse lugar é mesmo habitado?

- Bem... – Soul se levantou da pedra onde estivera deitado nos últimos quarenta minutos, olhando pro nada , - É melhor irmos antes que anoiteça, não?

- Ir pra onde?- perguntei, apontando pra mata.

- O norte... – Tsubaki disse, apontando na direção em que falara. - Acho que... Uma tribo chamada Tribo do Norte... Esteja no Norte... – suspirei. Eu não sabia que se chamava Tribo do Norte, então não me julguem.

- Certo, então bora. – falei, num longo suspiro.

Soul voltou à forma de foice e Tsubaki ficou na forma de lâmina, e usando as sombras, ela e Black Star seguiram na direção da suposta vila, enquanto que Soul e eu voávamos. Não foi difícil achar o tal povoado naquela ilha, e logo nos vimos na entrada dela.

Quando entramos, várias pessoas nos olhavam, desconfiadas, nos olhando torto e tudo o mais. Quando tentei falar com um dos aldeões, ele se afastou como se eu tivesse rubéola ou sei lá o que.

- Chamam nossa ajuda e depois fogem da gente?- perguntei, indignada, enquanto Soul seguia em frente, com Black Star.

- Maka, talvez estejam apenas incertos quanto à nós. Somos estrangeiros, de todo jeito. – Tsubaki disse, com um sorriso meigo. Ela não mudou nada. 

Graças a Deus!

As ruas eram de terra, e as casas padeciam ser só madeira e palha. É um tribo, só pode. Fora as pessoas, usando roupas de tecido fino ou de palhas. Também usam braceletes, tornozeleiras e até coroas de flores. Índios. Eu acho. Que não sejam os tais canibais...

Enquanto andávamos pela rua, pude ver algumas mulheres no topo de coqueiros, derrubando os frutos e algumas crianças rindo e as colhendo do chão, colocando em cestos. Pessoas passavam com varas e redes, linhas de anzóis com vários peixes. Uma civilização desprovida de tecnologia e que usa os recursos naturais como meio de sobrevivência... Interessante...

- Err... – Soul parou uma mulher, mas ela disse algo em um idioma estranho. E quem diria que Soul iria começar à falar com ela no mesmo idioma?

Olhei para Black Star e Tsubaki e ambos também estavam com uma interrogação pairando na cabeça.

- Soul, o que ela está dizendo?- resolvi perguntar e ele fez sinal pra eu me calar. A mulher sorria, toda boba. E olhando de perto, nem mulher é. Não deve ser mais velha que eu, isso eu aposto. E essa pele bronzeada, rosto redondo, cabelos pretos ondulados e soltos... Ela é bonita... Tornei à olhar pra Soul e os dois riram de algo.

Com toda a paciência do mundo, voltei para Black Star e Tsubaki, que estavam à ver navios, focados mais nas pessoas carregando comidas do que na pouca vergonha que se seguia às nossas costas.

- Então... – Soul falou do nada e quase saltei de susto.

- Não faça mais isso!- alertei, dando um tapa no ombro dele e ele revirou os olhos.

- Então o quê?- Black Star disse. - Descobriu o quê?

- Então que a Nahana é uma dançarina de ula da vila e... Não, não é isso. – ele sacudiu a cabeça. – E... Eu esqueci o que queria perguntar. – todos bufamos, irritados.

- Então ficou fazendo o quê enquanto conversava com a Pocahontas?- perguntei.

- Só... Conversando. – ele riu. – O clima, o tempo, o caminho até as estátuas... E o líder que foi caçar sabe-se lá o quê noite passada e ainda não voltou.

- Oh, então não ficou só paquerando. – Black Star riu.

- Como assim o líder saiu e não voltou?- Tsubaki perguntou, resolvida à ignorar as gafes do azulado.

- Simples: o cara saiu com uma trupe de cabra armado, passou o dia todo fora e não voltou. Por segurança, eles não saem da vila durante a noite, mas desde que as estátuas surgiram, parece que eles tem tido muito azar. – Soul encolheu os ombros. – E essa noite tem luau. – ele sorriu, todo bobo.

- Tá enfeitiçado pela morena, né? E pra quem perdeu o lider na mata esse povo tá é felizinho demais pro meu gosto... Deveriam estar aos prantos e desesperados, ao invés de distribuir sorrisinhos graciosos e acolhedores. - comentei, seca. – Então vamos dar uma olhada nas estátuas e tentar descobrir algo mais com as... – notei que Soul mantinha o olhar fixo em uma outra garota. Pelo amor da paçoquinha! Ele veio aqui pra paquerar ou investigar? Estalei os dedos na frente do rosto dele e ele pareceu voltar à si. – Preste atenção, Don Juan, ou não vamos terminar isso aqui nunca.

- Não me chame de Don Juan. – ele fez careta. – Me chame de Don Juan Carlos Cabral. – ele estalou a língua e revirei os olhos.

- Tá bem, Cabral. Dá um tempo na descoberta do Brasil e foque na missão. – Black Star começou à rir

- Crabal! Hia há há há... Brasil... Hie hehehehe... Há há.... Mas o que eles dois tem à ver?- ele parou de rir do nada e todos reviramos os olhos.

Após andarmos por mais algum tempo, enfim encontramos as tais estátuas. Era impossível não encontrar, afinal.

Pareciam gárgulas, empilhadas uma sobre a outra, viradas em direções opostas, postas uma ao sul, uma ao norte, uma ao leste e uma à oeste. Tinham presas à mostra, como se estivessem prontas pra atacar, mas de suas bocas, narizes, olhos e ouvidos jorravam um liquido vermelho e expresso.

Notei que as pessoas evitavam passar perto da estátua e alguns curiosos nos olhavam fixamente. Me aproximei das gárgulas e toquei na mandíbula de uma, e molhei a ponta dos meus dedos com o líquido, e quando olhei de perto, realmente era sangue.

Olhei na direção em que as gárgulas olhavam e de um lado havia a mata, do outro, uma montanha, do outro, o mar e no último... Eu não sei. Não consigo ver além da mata, de todo jeito.

- Então é isso... – Soul disse, seco. – Saquearam Nova York e encheram a mercadoria com xarope de groselha. Adorável visão...

- Não precisamos do seu cinismo agora. – falei, torcendo o nariz.

- Maka, talvez as direções em que as estátuas estejam viradas indique algo... – Tsubaki comentou. – E se nos separássemos e fôssemos averiguar?

- Hmm... Boa ideia. - comentei. – Mas se o povo daqui não sai da vila ao anoitecer, pode ser por um motivo. – olhei pra Soul. – Cabral, vá atrás de mais informações.

- Ah, claro, afinal, agora sou o cachorrinho mestrado nas artes da espionagem... – ele saiu resmungando. – Ah, quase esqueço. – ele voltou e entregou o celular para Black Star, parou ao lado da gárgula e fez uma pose. – Bate uma... – ele parou e me olhou. Bufou, me empurrou pro lado e voltou à fazer a pose. – Bate uma foto, Black.

- Xá comigo!- Black Star ajoelhou e começou à tirar fotos. – Agora faz olhar de gavião. – Soul riu e mostrou dedo feio, enquanto fazia poses, como se fosse um rapper vindo do gueto. Olhei pra Tsubaki e ela também estava com a mesma cara que eu.

A famosa cara: “Eu mereço”.

Quando Soul enfim se foi, após uma dúzia de fotos com a estátua sangrenta, Tsubaki, Black Star e eu resolvemos dar mais uma volta pela aldeia.

- Vocês ser pessoas Shibusen... – uma mulher idosa, usando uma coroa de flores amarelas e usando uma saia longa com flores presas à cintura e faixas ao redor do busto nos parou, enquanto andávamos pelas casas.

- Err... Sim. – confirmei. – Me chamo Maka Albarn, artífice de foice.

- E eu sou o grandioso Black Star, o homem que superará Deus!- Black Star gritou do nada. – Um assassino das sombras.

- Sou Tsubaki. – Tsubaki se curvou. – A senhora fala nossa língua?

- Um pouco. – ela disse, sorrindo banguela. - Mãe Tierã me dizer coisas sobre vocês. Mãe Tierã dizer que jovens precisar de ajuda.

- Ah, sim, precisamos. – falei. – Viemos aqui investigar sobre a estátua e...

- Estátua ser sinal. – a mulher disse. – Estátua não ser perigo. Calamidade vir do lado que vento sopra. Caos vir do lado que sol se põe. Luz vir do lado de pássaro voar. E nem Mãe Tierã sabe o que vem lado de sol nascer...

- Okay... – murmurei. Pra ser sincera, não entendi nada. Só sei que algo vai vir de cada uma das direções que a gárgula aponta, mas o que seria?

- Agora, jovens Shibusen descansem, descansem. – ela sorriu, me pegando pela mão e me levando pra algum lugar. Black Star e Tsubaki nos seguiram, enquanto a mulher começava à falar coisas sem sentido outra vez.

O que me preocupa é o fato dessa estátua jorrar sangue. Não é comum... E como Kid disse, se tiver algo à ver com a lua de sangue, algo realmente ruim está pra acontecer... Ou seria só impressão?

 

Maka off:

 

Soul on:

 

Quem diria que esse povo falaria uma língua morta? E eu achando que todas aquelas aulas chatas que tive depois que voltei da Shibusen nunca me valeriam de nada.

Quem dera se eu tivesse ficado de bico fechado quando reconheci o idioma da Nahana...

Agora estou aqui, obrigado à procurar informações sozinho. Será que ninguém lembra que em meio à esse povo eu sou... Uma gota de leite no café? Todos me olhando, como se eu tivesse uma placa de néon em letras brilhantes piscando em cima da minha cabeça: “Ei, olhem pra mim e minha pele de giz”.

Parei algumas pessoas, perguntando sobre as estátuas ou o líder, mas todos pareciam ter medo de falar e me deixavam com poucas respostas. E uma até que acho que deixaria aqueles de lá satisfeitos, mas não é nada do que eu quero saber.

Foi então que uma senhora segurou meu braço e me acompanhou rumo à lugar nenhum.

- Err... Então, a senhora costuma grudar em rapazes feitos de cera normalmente?- resolvi perguntar, quando vi que ela não falava nada, apenas apertava mais a mão no meu braço e sorria.

- Você fala minha língua então.. – ela sorriu. Dentes tão brancos... Pra um povo que não parece conhecer a tal pasta de dente... – Que bom. Assim não falo tudo picado. – ela parou de me guiar e subiu uma pequena colina, fazendo sinal para que eu esperasse. Ela sumiu dentro de uma casa e voltou pouco depois, carregando um banquinho.

Suspirei e observei ela trazer o banquinho e colocá-lo na minha frente.

- Sente. – ela disse, e olhei ao redor. – Você mesmo. Quero que sente. – ela deu dois tapinhas no banco e sorriu outra vez. Obedeci, suspirando e no mesmo instante, ela puxou meu cabelo pra trás, me fazendo inclinar. - Alto, bonito, forte... Tem poder da arma junto à alma também... Corajoso... – ela dizia, enquanto me olhava nos olhos, me mantendo inclinado, de modo que eu olhasse o céu, e ela, curvada sobre mim. – Hmm... Servirá. – ela enfim me soltou, e eu me sentei direito, ajeitando a blusa.

- Vou servir pra quê?

- Sacrifício. – ela disse, e franzi o cenho. – Não como pensa. Nós, os Majuwala, somos contra a morte de seres iguais. Não sacrificaremos você. – ela apontou os dedos finos e tortos na minha direção. – Sacrificaremos uma memória.

- Err... Tá, né. Mas pra quê?

- Acalmar as quatro ira. – a mulher disse, dando a volta e segurando minha mão, fechou um olho e olhou minhas unhas de perto. – A lua vermelha irá surgir e manchar o céu. À cada mil luas, uma surge. Nosso povo é encarregado de acalmar a ira da lua vermelha, evitando o caos. Mãe Tierã disse que quatro jovens viriam sacrificar uma memória. Ela não quer jovens da tribo, como sempre quis. Ela quer jovens de fora.

- Quem é a Mãe Tierã?

- Ela é tudo o que existe. Tudo o que há e tudo o que somos. – ela disse, olhando pro alto. – Mãe Tierã é você, eu, a pedra, a árvore. – acenei com a cabeça, prestando atenção. – Essa noite, quando sacrificarem as memórias, a lua de sangue surgirá calma e pacífica.

- Hmm... Então só precisamos sacrificar memórias... Certo... Como fazemos isso?

- No ritual tudo será esclarecido. Agora... Durma. – ela disse, tocando na minha testa, e de repente, tudo ficou escuro.


Acordei ouvindo sons de tambores e canto, enquanto ouvia murmúrios. Vozes conhecidas.

- ... Então pra que nos amarraram?!- essa parecia irritada.

- Acalme-se Maka... – era a Tsubaki?

- Cadê a comida?!- Black Star... - Que tipo de recepção para a chegada do grandioso Black Star é essa? Sem comida nenhuma? Estão me subestimando?

Abri os olhos, sentindo algo pesar meus pulsos e tornozelos e olhei ao redor.

- AH, ACORDOU, BELA ADORMECIDA?!- Maka gritou. Estava do meu lado, usando uma saia de mato e flores e faixas, assim como todas as outras garotas da vila. Só que era tudo branco. – Como consegue dormir enquanto vão nos sacrificar feito gado, hein?- histérica como sempre... Aja paciência... Olhei pro lado e vi Tsubaki vestida igual, só que usando rosa, e os cabelos soltos. Ergui a cabeça e vi Black Star usando só uma saia enorme de capim.

- Maneiro... – ri, debochando dele.

- Olhe pra você antes de olhar pra mim. – Black Star fez bico, emburrado e olhei pra baixo. Eu usava a mesma saia de capim, só que com um cinto de flores vermelhas na minha cintura. Meu riso morreu.

- Nada maneiro. – falei, voltando à recostar a cabeça.

- A gente tem de... – Maka ia dizendo.

- Sem tempo pra histeria. – disse. – Não nos matarão. Apenas sacrificarão nossa memórias.

- E isso era pra me acalmar?

- Não, só pra informar. – revirei os olhos.

- Como sabe disso?- Maka retrucou.

- Caras maneiros ficam por dentro dos assuntos. – dei de ombros. – Aliás, ninguém aqui teve coragem de dizer sobre o líder desaparecido. Eles parecem ter medo da floresta.

- Mesmo?- Maka disse, em deboche. – Sabe o quanto isso importa agora?

- Muito. – respondi. – Algumas crianças e jovens tem desaparecido nos últimos tempos. O líder foi procurá-los junto de seus melhores rastreadores e desde então não voltaram.

- E daí?- Maka e sua irritante língua afiada.

- Um passarinho paranóico disse certa vez que...- comecei.

- Há um esconderijo de uma bruxa nessa ilha. – Tsubaki completou.

- Boa, garota. – sorri. – Pelo menos uma garota do grupo pensa.

- Cala a boca. – Maka fez bico, e eu ri. – Então acha que as bruxas sequestraram crianças dessa vila também?

- Provável. E o medo do povo quanto à floresta deve ser por causa das bruxas. – falei, olhando pro alto. Estávamos no meio de uma cabana, amarrados no chão.

- Essa festa nem tem comida. – Black Star resmungou. – Onde já se viu, amarrar o grandioso Black Star?!

- Para de escan... – Maka ia dizendo.

- Pra quem estava pior que isso à poucos segundos...- alfinetei.

- Tenho meu direito aos meus momento de pânico, não? – ela virou o rosto.

- Oh, todos acordaram... – ouvi a voz da velha de mais cedo e todos olhamos para a entrada da cabana. Tanto ela quanto um monte de gente entrava na cabana.

Todos usando mato como roupa. Alguém precisa ensiná-los à como trançar algodão...

Eles nos cercaram, de lado à lado, e a velha se aproximou de Maka.

- Escute, jovem... Não doerá à menos que se recuse ao sacrifício. – ela disse e Maka me olhou, confusa.

- Vai doer se resistir. – resolvi falar.

- O ritual será rápido... – ela começou. – Primeiro, vamos ao sul... – ela tocou na barriga de Maka, que se contorceu.

- Não resista. – falei, ao ver Maka começar à chorar, mordendo o lábio e se sacudindo. – Oe, qual parte do “não resista” tá difícil de entender?

- M-mas... – ela disse, com a voz trêmula.

- Só relaxa. – voltei à olhar pro teto, enquanto a velha começava à cantar uma música estranha enquanto os tambores voltavam à ser tocados.

Pude sentir o ar ficar mais denso e até as chamas das tochas tremularam. E Maka ali, chorando e se contorcendo de dor.

Quando ela gritou, as chamas se apagaram e a mulher murmurou um “sinto muito” no final da canção. Em seguida, ela passou pra mim.

Suas mãos frias tocaram minha barriga e senti um arrepio frio correr pelas minhas costas.

- Agora... O leste... – ela disse, antes de começar a cantar. Não sentia nada além dos arrepios e de uma sensação de algo como um anzol puxando algo do fundo das minhas entranhas. Enquanto ela cantava, os tambores ecoavam alto nos meus ouvidos, e tudo o que tinha consciência era da minha própria respiração. Estava tão relaxado, que meus olhos pesavam.

Quando os fechei, foi como cair em um completo escuro. Parecia que eu deslizava por um tobogã, fazendo voltas e curvas, para enfim parar no nada. Imagens começaram à se desenrolar na minha frente.

O término com a Rin, a briga com meu pai, a ligação da Shibusen, os concertos, os estudos, a época da Shibusen, a época das rinhas de rua, meus dias comuns na mansão Evans, eu atacando Wes, meus aniversários promovendo a carreira de Wes, meus dias solitários, meus cinco anos, quando percebi que só existia pra ser a sombra de outro, meus quatro anos, quando praticamente vivia grudado em Wes. Três, dois, um... Tudo foi passando rápido na minha frente, enquanto cada uma das coisas que eu lembrava ou não vinham à tona. Coisas que eu nem tinha ideia de que havia acontecido...

Coisas do tipo... Aos dois anos, eu adorava beijar minha mãe... E o Wes... E fugia feito diabo da cruz só de ver meu pai por causa dos dentes dele... E chorava quando me olhava no espelho por que meus olhos e dentes me assustavam, causando risos em todos que me viam. Eu tinha medo de mim mesmo.

- Escolha uma. Seja triste ou feliz... Escolha... – ouvi a voz da velha. – Ao fim do ritual, sua memória estará de volta, como se nunca tivesse saído de lá...

Escolher uma... Okay. Acho que uma em especial nunca me fará falta.

 

Soul off:

 

Continua...



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