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História Em pé de guerra! - Eater e O Fim do Ritual


Escrita por: A-ChanCrazy

Capítulo 42 - Eater e O Fim do Ritual


Fanfic / Fanfiction Em pé de guerra! - Eater e O Fim do Ritual

 

As coisas estavam confusas. Mistérios haviam surgido em apenas uma visita à uma casa na árvore. As memórias os afetavam mais do que pensavam e as coisas ficavam cada vez mais estranhas.

Já devia passar de meia-noite e os Majuwala ainda se viam ativos. Terminavam de restaurar suas casas, enquanto cuidavam dos feridos do ataque de noites atrás. Soul estava parado, observando de longe Black Star e Maka conversando perto da porta da casa onde Tsubaki estava sendo tratada. Sequer sabiam o que havia acontecido à ela, mas Soul não se via ansioso por respostas.

- “Normalmente eu estaria preocupado... Mas não sinto nada...”- ele olhou outra vez para Maka. – “Nada mesmo...”.

- ... Então é isso... – Black Star suspirou. – Apenas as armas... São afetadas... De alguma forma pela pedra azul?

- É o que eu acho... – disse Maka, pensativa. – Tsubaki teve aquele ataque e Soul quase nos atacou por ela... Ele quase matou o garoto que ele protegia dois minutos antes de entrarmos naquela sala... Essa pedra... Kid disse pra mantê-la longe de Soul e Tsubaki... – Maka parou de falar ao ver a expressão do azulado tornar-se inexpressiva. – Não se preocupa. Tsubaki vai ficar bem. – ela tentou sorrir. De certo modo, entendia como o amigo se sentia. Já vira Soul fazer coisas pra protegê-la e o sentimento de fraqueza e incapacidade ainda a perturbava.

As mulheres que cuidavam dela saíram da casa, disseram algo aos dois e se foram. Sem entender o que elas haviam dito, os dois resolveram entrar.

Encontraram Tsubaki em um amontoado de feno e uma peça grossa de tecido, que mais parecia um tapete. Ela tinha as veias marcando a pele clara em negro e seu rosto estava coberto por curativos. Ela ainda se remexia, tremia e virava-se, de lado à outro, murmurando coisas.

Ambos se aproximaram e a olharam, aflitos. Nunca a viram tão fora de si assim. Maka deixou a mochila de lado e se ajoelhou ao lado da morena. Ouvia a voz dela repetindo diversas vezes as mesmas palavras e isso por si só já era perturbador.

- ... Armor... Defeatus... Sangna... Armor... Defeatus... Sangna... Arm... – Maka suspirou. Aquilo não fazia sentido. Sequer era sua língua.

- Ela não vai voltar ao normal?- Black Star pergunto.

- Não sei... – Maka murmurou. – Armor Defeatus Sangna... O que seria is...- antes que ela terminasse de falar, Tsubaki abriu a boca, curvando as costas e arregalando os olhos, emitindo um som estranho pela boca. Um ruído inumano, que fez Maka recuar pra trás.

Tsubaki gritava, e logo Soul entrou na casa

- O que está havendo?- ele perguntou, parando na porta.

- Não sei!- Maka disse, enquanto Tsubaki voltava à se remexer, arrancando as faixas do rosto. Black Star tentou pará-la, mas ela o afastava, tentando chutá-lo, enquanto arrancava as faixas do rosto. Seus olhos estavam completamente negros e ela se sentou, afastando-se. Seu rosto estava completamente curado, sem os arranhões e as partes onde arrancara pele horas atrás. Embora suas veias ainda marcassem a pele e seus olhos estivessem completamente pretos.

Ela bufava, mostrando os dentes, como uma fera selvagem, enquanto se encolhia longe deles.

- O que deu nela?- Soul perguntou, com indiferença, se aproximando. – Tsubaki...

- Armor Defeatus Sangna... – Maka murmurou e Soul parou no lugar, levando as mãos à cabeça. Ele começou à gritar, enquanto caía de joelhos, puxando os próprios cabelos.

- Mas o qu...?!- Maka estava confusa, quando Soul começou à bater a cabeça no chão, repetidas vezes.

- PARA DE DIZER ESSA PORCARIA!- Black Star explodiu, segurando Soul pelos ombros, vendo o albino revirar os olhos, enquanto sangue escorria pela testa, sujando o rosto. As veias dele começavam à marcar a pele, assim como as veias de Tsubaki, e ele tentava soltar-se do azulado.

- Foi mal!- Maka disse, impaciente. Se essas três palavras fazem isso à eles, dizer ao contrário mudaria algo?- Err... Sangna... Defeatus Armor?- Tsubaki começou à rosnar, enquanto começava à puxar o próprio cabelo e Soul jogava-se pra trás, caindo no chão e voltando a bater a cabeça no mesmo.

- EU MANDEI PARAR!!- Black Star gritou, já irritado. Sangue começou à sair dos olhos e da boca de Soul. – Ele está mordendo a própria língua!- Black Star tentou abrir a boca do albino, mas Soul começou à cuspir o sangue, enquanto se virava e tentava se controlar.

- Isso.. I-i-isso... – ele gaguejou. – As palavras... Elas ficam indo e vindo... – ele dizia, batendo a cabeça no chão. – Tem controle... Argh!- ele começou à arranhar o chão, escrevendo algo, enquanto rosnava. – Elas vem e Vão... As imagens não param... É um inferno... Isso dói... – ele riu alto. Um riso seco, doentio. Ele arfava, enquanto piscava diversas vezes, tentando manter a consciência. – Diga... Isso é um inferno... Eu não quero mais... Quanto tempo faz? Eu não... – ele murmurava, enquanto ainda arranhava o chão. – Foco... Concentre-se... Concentre-se...

- Soul... – Maka se aproximou.

- Diga... Diga elas... – ele repetia, quando parou de arranhar o chão. – Elas vem e vão... Não sei o que eu estou falando... – ele riu outra vez... – Parece que tem uma bomba fazendo tictac no meu crânio... Diga... Essas imagens... Estão partindo minha cabeça... Isso dói muito... – ele murmurava, começando à arranhar os olhos, mas Black Star segurou as mãos dele- Elas vão parar se... S-se dizer... - ele disse, deitando-se de bruços, tremendo e cuspindo sangue. – Diga logo... - Maka olhou para o que ele havia escrito no chão.

- Armor Liberate Infinea...?- Maka leu, e no mesmo instante Tsubaki gritou, curvando-se pra frente e começando à vomitar um líquido preto. O mesmo aconteceu com Soul, e o líquido espalhava-se pelo chão. Ambos tossiam, enquanto seus corpos se sacudiam, tentando livrar-se daquele líquido escuro de seus organismos. – Soul?- ela se abaixou ao lado do parceiro, dando tapinhas em suas costas. Viu as veias que antes ficavam negras, destacando-se na pele, agora clareando, como se o líquido que ambos cuspiam fosse o que deixava suas veias saltando da pele daquela forma.

Black Star amparou Tsubaki, tirando seus cabelos do meio do líquido que ela cuspia, quando ela engasgou com o próprio vômito e começou à tossir. Maka e Black Star fizeram o possível, vendo os dois se contorcer.

Tsubaki apoiou as mãos no chão, respirando com dificuldade, e limpou a boca com as costas da mão.

- Sei... Sei por que... Pegavam as armas... – Tsubaki dizia, quando Soul se sentou, sem se importar em se sujar com o líquido negro. Ele suspirou, tentando regularizar a respiração.

- Aquela... Aquelas malditas... Elas... – ele piscou lento, caindo pra trás. Tsubaki caiu logo em seguida. – Elas... Querem o... Que nos deram... Há muito... Tempo... – ele dizia, antes de perder a consciência.

- E o que seria isso?- Black Star perguntou, vendo tanto Tsubaki quanto Soul completamente apagados, um ao lado do outro.

- As bruxas querem de volta o que deram à eles à muito tempo?- Maka se viu confusa. - E o que isso teria à ver com a Lua de Sangue? Bem... Talvez isso explique o que aquela pedra tem à ver com tudo isso... Ela parece afetar somente as armas... Isso é realmente estranho... Seria... As bruxas querem o poder das armas outra vez?- ela olhou pra Black Star. – Mas... Isso é possível? Digo... Tomar o poder de uma arma...

- É melhor não concluirmos nada... Precisamos terminar esse ritual e voltar pra Shibusen. Lá, entregaremos essa pedra esquisita ao Kid e... Veremos o que fazer...

- Você agindo sério. Tem certeza que não se sente diferente? Não falta memórias?

- Se quer realmente saber... Não me lembro de nada antes dos oito anos... E muitas coisas parecem estar com falhas. Não me lembro de um monte de coisas... Principalmente de como fiz da Tsubaki uma... Deathscythe... – Maka o olhou, incrédula.

- Suas memórias...

- Pensei que ficaria assim... Mas sei que me lembrava disso essa manhã... Não... Quando saímos daqui eu tinha muito mais memórias... Eu lembro... De ter certeza de muitas coisas... Agora não sei nem por que estou na Shibusen... – ele riu, sem graça. – Soul e você também mudaram. Eu vi. Você... Abandonando os outros e seguindo em frente... E ele... Sendo mais sentimental e racional... Esses não são vocês... Então... Pode-se concluir de que esse também não sou eu...

- Nossa... – Maka respirou fundo. Iria gravar cada palavra dita pelo azulado. Nunca o vira falar coisas... Sem ser sobre sua “grandiosidade divina”... – Black... Isso... Você está perdendo suas memórias?

- Acho que enrolei tanto pra escolher uma... Que aquela bruxa doida resolveu levar todas. – ele riu, dando de ombros. – A lua vai aparecer amanhã...

- Segundo o que Kid disse, ela leva nove dias pra levar seu ciclo completo. Temos até amanhã à noite pra completar esse ritual, antes que ela inicie seu ciclo. Vou falar com Kid outra vez e dizer o que aconteceu. Mas antes, me ajude aqui. – ela disse, começando à mover Tsubaki de lugar. Sem muito esforço, Black Star carregou Soul pra fora da casa, enquanto Maka levava Tsubaki. Eles chamaram alguém e mostraram a bagunça na qual o lugar ficara, depois da sessão de auto-espancamento, palavras desconexas e vômito de gosma preta que ocorrera ali.

Era fim de tarde. Soul e Tsubaki ainda não haviam acordado, e estavam deitados lado à lado, em camas parecidas com as quais Tsubaki estava antes, só que em outra casa.

Maka estava terminando de comer o que os Majuwala haviam oferecido, quando ouviu um gemido de dor. Olhou para dupla e viu Tsubaki se remexendo.

- Tsubaki!- ela largou a comida e se aproximou da amiga, que abria os olhos.

- Maka...- Tsubaki disse, com a voz rouca. – O que... Eu...?

- Como se sente?

- Enjoada... – ela disse, se forçando à se sentar.

- Não se esforce muito. – Maka a ajudou. – Do que... Se lembra?

- De tudo... A... A pedra... As visões... Maka, eu vi coisas terríveis... Não era muito claro... Mas eu tenho certeza: aquela pedra tem controle sobre nós. E não é só isso... Ela... Me mostrou coisas... Eu vi o que fazem com as crianças que elas levam. É terrível... Ver aquilo doía como se estivesse tendo minha alma arrancada do meu corpo... Era doloroso... E assustador... – Tsubaki tinha os olhos marejados, olhando nos olhos de Maka. – Mas o que as bruxas fizeram aquelas crianças... É imperdoável... – ela mordeu o lábio inferior, que tremia. – Eu nunca senti raiva... Ou ódio... Mas isso... Parece que vou explodir... Se eu não fizer nada... É revoltante... – ela já chorava. Maka olhava a amiga, sem saber o que fazer.

- Quer se vingar pelas armas que sofreram nas mãos das bruxas?- Black Star perguntou. Ele estava parado na porta. Tsubaki o olhou. Seus olhos estavam frios, tempestuosos. Ela não parecia a sempre passiva e meiga Tsubaki. Estava irritada. Ela concordou com a cabeça. – Então iremos nos vingar. Mas Tsubaki, eu vi o que vocês viram. Não senti nada, mas eu vi. Estou tão irritado quanto você. – ele se aproximou, abaixando-se e a olhando nos olhos. – Apenas não deixe seu ódio por elas tomar conta. Essa não é você. – ele disse, sério. – Não se esqueça de quem é. Acredite, isso é frustrante. – ele deu um sorriso fraco, e Tsubaki sorriu junto, concordando com a cabeça e enxugando as lágrimas. Maka os observava. Eles eram uma boa equipe.

- É lindo... – Ouviram a voz de Soul ironizando, e ao olharem, viram o albino sentado. – Sabia que Black Star não era mais o Black Star...

- Soul, você está bem?- Maka perguntou.

- Não pergunte se não quer saber a resposta. – ele disse, tentando se por de pé, mas cambaleou e apoiou as mãos nos joelhos. – Mas pra quem realmente se interessa... Eu estou horrível. Cabeça dói, tronco dói, pernas doem, braços doem, estômago revirando, visão falhando, até respirar queima. Em outros casos eu diria “Tô bem”... Mas isso aqui tá foda. – ele respirou fundo, antes de se reerguer e sair andando.

- Aonde vai?- Black Star o olhou.

- Precisamos terminar o ritual. Se não terminarmos, perderemos todas as nossas memórias. A mulher me disse isso. Ela disse que viraríamos cascas vazias que não se lembrariam nem mesmo de como respirar. – todos ficaram calados. Soul saiu andando, e quando estava longe, uma linha de sangue escorria por seu nariz. Ele se apressou em limpar, e saiu perguntando pros moradores onde estava o líder.

Os outros o seguiam, inclusive Tsubaki, apoiada em Black Star. Eles viam o albino falar com todos que passavam. Poucas palavras, antes dele passar ao próximo.

Quando um dos Majuwala apontou em uma direção, ele sorriu e seguiu nela, fazendo sinal para os outros fazerem o mesmo.

Eles seguiram direto na direção indicada, até que saíram da vila. Seguiram por mais algum tempo, sem perguntarem nada, até que Soul parou e escorou em uma árvore, apoiando a cabeça nela e respirando fundo diversas vezes.

- Soul, está mesmo bem?- Maka perguntou.

- Sim... Só... Me lembrei de umas coisas ridículas que... Não lembro de ter feito... – ele sacudiu a cabeça, antes de se afastar da árvore e continuar andando.

- Pra onde vamos?- Black Star perguntou.

- Achei que nunca iam perguntar. – ele sorriu. – Parece que há uma caverna na montanha aqui perto. O líder foi pra lá. Eles costumam pegar água na gruta que tem dentro dela, e também... Velam os mortos lá.

- Velam os mortos onde pegam água?- Maka franziu o cenho.

- Não sei. – Soul deu de ombros. – Embora eles usem inglês como idioma base, eles tem seu próprio “sotaque”. Mudaram várias... – ele chutou uma pedra, quase caindo em seguida, mas se reequilibrou no mesmo instante, seguindo algo invisível com os olhos, bufando em seguida. – Não tô na minha melhor fase... – ele riu baixo de si mesmo. – Enfim, eles alteram muitas coisas e o que sei é o básico. Por isso eles podem tanto sepultar os morros naquela caverna... Ou... Vender bodes com lanternas lá... – todos pararam e o fitaram. – É. Eu sei. Por isso a primeira é a mais plausível. Mas continua confuso. – ele riu outra vez. – Ou talvez seriam... Barcos?- ele murmurou.

- Soul, você está estranho. – Maka sacudiu a cabeça e voltou à segui-lo. Tsubaki e Black Star entreolharam-se e resolveram seguir também.

- Eu sei. – ele disse. – Ontem eu estava sendo sincero demais. Hoje... Estou quase surtando por qualquer coisa. Estou inconstante, né? Porcaria de galho!- ele usou a lâmina da foice pra cortar um galho que bateu em seu rosto. – Queime no inferno, sua planta desgraçada!- ele a chutou longe, antes de continuar o caminho. Todos o olhavam, intrigados. – Do que falava mesmo?

- Tá legal... – Maka respirou fundo. – Soul, calma. Ontem você era o natureba protetor de plantas e agora quer que uma dance rumba no inferno... Precisa se acalmar um pouco.

- Me acalmar?- ele se virou e a fitou. - Me acalmar?!- ele estava histérico. Começou à rir. – É idiota por acaso? Eu? Me acalmando? Rá! Só por cima do meu cadáver! Aquele bicho voltou e por alguma razão fica tocando música horrível e dançando feito uma lumbriga com coceira no cu! Eu quero é que se exploda! Se eu tiver minhas memórias de volta, vou saber quem ele é e como me livrar dele!- ele disse, voltando à andar.

- “Ele”? “Ele” quem, Soul?- Maka disse, já preocupada. Torcia pra que não fosse quem pensava que era.

- Um tal de Eater! Um demônio irritante que... – Soul se virou e a fitou. Em seguida, franziu o cenho. – Ah, só pode ser brincadeira... Para... Para com isso... – ele fez cara de nojo, antes de se virar. – Argh... Eu mereço...

- Soul! Espera!- Black Star o segurou, antes que ele voltasse à andar. – O que está havendo?

- Eu... Acho que estou louco... – ele riu, sem graça. – Eu meio que estou vendo... Um demônio usando um terno preto com riscos de giz em vertical... Um terninho de dois botões, sabe... – ele dizia.

- Ei! Esse é o Eater! Não se lembra dele? Ele estava possuindo você e devorando sua alma! Ele surgiu depois que...

- Eater? Eu o conheço então... – Soul murmurou, olhando pra saia de Maka. – Tentou me possuir?! Cretino!- ele se aproximou, como se fosse chutar Maka, mas chutou algo ao lado dela, assustando-se em seguida ao olhar pro topo da cabeça dela. – Okay... Aquelas visões das crianças e a pedra esquisita não me fizeram bem...

- Espera!- Maka o segurou pelos ombros. – Está vendo ele?!

- Sim. – Soul disse.

- Desde quando?- Tsubaki o olhou.

- Desde que acordei. – ele disse. – Ele me perguntou se eu estava bem e... Ah... Foi mal... Ele realmente me irrita.

- Está vendo seu demônio?- Maka o olhou, séria. – Soul, não cai no papo dele. Ele quase te matou. – Soul voltou à olhar pra saia de Maka e fez careta. – O que foi?

- Sério?- ele voltou à olhar pra Maka. – Com rendinha rosa?- Maka o encarou, confusa, até perceber algo. Começou à ficar vermelha.

- TIRA ESSE DEMÔNIO DE PERTO DE MIM!!- ela saiu andando, bufando.

- M-Maka, espera!- Soul disse. – Não é por aí! E... Ele olhou da Tsubaki também!- a morena começou à ficar vermelha. – Qual é! São só calcinh...

- CALA A BOCA!- as duas disseram ao mesmo tempo, envergonhadas.

- Eu não tô bem!- Soul massageou as têmporas. – Vamos por ali!- ele apontou numa direção e voltou à seguir. Relutantemente, as duas o seguiram, seguidas por Black Star.

Após algum tempo caminhando, adentraram na caverna. O caminho ia se estreitando de acordo com que andavam, até que não dava para andar lado à lado e mal enxergavam o caminho, até verem algumas tochas iluminando o caminho.

Quando chegaram ao fim do estreito corredor, se viram em uma imensa gruta, onde uma cachoeira desaguava à frente. Havia um lago também e areia ao redor. E ali em frente, haviam alguns homens, mexendo em barcos. Eram comuns, mais para canoas gigantes, repletos de pinturas.

- Ah, eram barcos. – Soul sorriu, se aproximando. O homem, ao vê-los, sorriu e se aproximou. Ele cumprimentou à todos e Soul começou à falar com ele. Todos olhavam ao redor. O lugar tinha cheiro de terra úmida, cachoeiras e madeira.

Pouco depois, o homem chamou os outros e todos se aglomeraram ao redor. Ele disse algumas palavras e todos os outros pareceram concordar. Em seguida, voltou-se pra Soul e disse algo mais.

Em seguida, todos largaram seus serviços e foram saindo da caverna. Soul foi junto e todos foram atrás.

- O que ele disse?- Maka perguntou.

- Que o ritual só pode ser feito pelas anciãs próximas de Tierã.

- E deixa eu adivinhar... – Maka falou, seca. – Só aquela dona do japonês ruim é que é próxima dessa deusa?

- Claro que não. – Soul revirou os olhos. – O ritual é feito pela mais velha. Há outras duas. Irão terminar o ritual assim que chegarmos na aldeia, por isso estamos voltando. Terão que nos amarrar de novo.

- Sem problemas. – Maka deu de ombros.

Quanto mais se aproximavam da vila, mais Maka se sentia aflita. Sentia olhos sobre si. Estava quase gritando de raiva, por estar sendo observada, mas toda vez que olhava ao redor, via Tsubaki e Black Star conversando, Soul falando sozinho -ou não- e os homens seguindo seu caminho. Seriam as árvores?

Não. Era algo mais... Incômodo... Um pressentimento talvez? Algo a deixava inquieta. Talvez estivesse se preocupando demais. Ou talvez não.

 

Continua...



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