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História Em Suas Mãos - Prólogo


Escrita por: CamrenRari e gunspider

Notas do Autor


Olaaaaa pessoas, como vocês estão? Eu e a Cami (Emison1907), já tínhamos comentado sobre essa fic e resolvemos soltar só um pedacinho para matar a curiosidade de vocês! Não sabemos ainda quando vai sair a atualização, pois temos nossas fic's pessoais em andamento! Dependendo da repercussão, nós vamos tentar conciliar as três! Mas isso não é uma promessa, ok? Espero que vocês gostem!
Beijos e uma boa leitura!

Capítulo 1 - Prólogo


POV CAMILA
Como de costume, estava sentada em meu escritório analisando pilhas de papéis. Não tinha passado nem da hora do almoço e já não aguentava mais ler sobre divórcios, guardas de crianças, ex empregados insatisfeitos ou afastados… E começava a sentir o estresse tomando conta dos músculos do meu corpo. Mal conseguia mexer ou sentir meu pescoço e tinha a sensação de carregar algo pesado em meus ombros. Meu trabalho desgastava muita energia, não sei como dava conta de sair daqui e ir para baladas ou bares com a Normani. Peguei meu celular, desbloqueei a tela, procurei pelo contato dela e cliquei em ligar. Coloquei o celular na orelha e aguardei.

LIGAÇÃO ON:
—Olá chica! – Ri com o sotaque espanhol da Normani, ela não perdia o costume de me chamar assim.
—Olá mamá, como estás?
—Ai Mila, vamos falar nossa língua! Eu tô bem e você? – Gargalhei alto e coloquei a mão sobre a barriga.
—Eu tô bem Mani, eu te liguei pra saber se você vai mesmo almoçar com a sua loira misteriosa. – Tentei fazer uma voz de mistério, mas como ouvi sua risada, conclui que falhei.
—Sim, eu vou! 
—Está nervosa? 
—Não! Qual é Camila? É só uma garota! 
—E daí? Já parou para pensar que ela pode ser o amor da sua vida?
—Ouvir você falando assim nem parece que tem horror a relacionamentos!
—Eu não tenho horror a relacionamentos! Tenho horror de me relacionar, é bem diferente! – Terminei de falar e ouvi Normani gargalhar com vontade do outro lado.
—Tá bom então! Esse é o meu trauma! Invente o seu ok? 
—Mani, não dá! Até nisso somos parecidas!
—Somos nada, você começou a se amarrar naquela morena que estava saindo Camila!
—Comecei e parei! Ela era muito carinhosa e legal, não conseguia achar defeitos naquela mulher e todo mundo sabe que ninguém é perfeito assim!
—A mesma desculpinha de sempre.
—Pelo menos eu tenho uma! E você? Qual é a sua desculpa?
—É, eu tenho que ir, vou me atrasar!

LIGAÇÃO OFF.
Olhei para a tela do celular incrédula, Normani sempre desligava na minha cara ou fugia quando tocávamos em assunto sobre relacionamentos. Voltei a analisar os documentos de um divórcio, encarei os nomes escritos nos papéis e as queixas do meu cliente. Porque as pessoas faziam isso? Se casavam e depois decidiam se separar? Será que algumas se casavam por impulso? Esse era meu maior medo, que eu me cassasse quando estivesse apaixonada. Sim, apaixonada. Porque a paixão é diferente do amor. O amor é um sentimento único, um sentimento que invade o nosso peito e faz nosso coração transbordar de alegria certo? Eu não sabia dizer bem o que era amor, não me lembro de amar ninguém além dos meus pais e Normani. Paixões eu tive bastante, mas nem todas eram prazerosas de recordar. Fui despertada dos meus pensamentos pelo toque do meu telefone, peguei o mesmo em minha mão e deslizei o dedo para atender a chamada.

LIGAÇÃO ON:
—Alô?!
—Olá, senhorita Cabello?
—Sim?!
—É a Allyson da clínica massoterapêutica Hansen&Jauregui, tudo bem?
—Ah sim! Estou bem, obrigada!
—Que bom! Estou ligando para confirmar a sua sessão de massagem hoje! – Massagem? Ah é, eu tinha me esquecido.
—Está confirmado Allyson! Daqui a pouco estarei aí! 
—Tá bom, obrigada senhorita Cabello! Até breve!
—Até! 

LIGAÇÃO OFF.
Estava tão preocupada com o meu trabalho que nem lembrei que tinha uma sessão de massagem hoje. Me levantei da cadeira, peguei minha bolsa, guardei meu celular na mesma e saí do meu escritório. Avisei Ashley, a minha recepcionista, que sairia para o meu horário de almoço. Passei em minha casa, vesti um biquíni por baixo da minha roupa e segui para a clínica. Hoje eu estava ansiosa para a massagem, acredito que seja por causa das minhas dores, tinha esperança que depois de alguns apertões melhoraria. Estacionei meu carro na mesma vaga, desci do mesmo, acionei o alarme e andei alguns metros até chegar ao portão. Apertei a campainha e aguardei. Enquanto isso olhava a vista geral daquele estabelecimento. A porta da entrada era de vidro e bem próxima a um portão alto e cinza, acredito que era por causa da segurança. A recepcionista atendeu o interfone e pediu minha identificação. Liberou minha entrada após eu dizer meu nome e veio abrir a porta de vidro para mim.
—Você é nova aqui? – Perguntei assim que vi a cara da menina, eu não me lembrava do seu rosto e a outra garota que me recepcionava nunca abriu a porta para mim. Mas eu gostei disso.
—Ah, eu sou sim senhorita Cabello! – A menina falou sorridente.
—Percebi! Como você se chama? – Perguntei curiosa.
—Allyson, mas pode me chamar de Ally! – Ela falou ainda sorrindo. Meu Deus, como uma pessoa conseguia sorrir tanto?
—Tudo bem Allyson! Você que vai me conduzir até a sala hoje? – Perguntei e ela assentiu com a cabeça sorrindo para mim novamente. Ok, eu já estava começando a ficar irritada com isso. Ela foi na minha frente me mostrando o caminho que eu já sabia décor, mas como eu não queria ser grossa fiquei em silêncio.
—A senhorita sabe o que fazer a partir daqui? – Allyson perguntou.
—Sei sim! Ao contrário de você, eu não sou nova aqui! – Falei e forcei um sorriso para não parecer arrogante. Ela sorriu para mim, saiu da sala e fechou a porta. Fui até o banheiro que tinha ali, pendurei minha bolsa no cabide e tirei minhas roupas. Olhei no espelho e ajeitei meu biquíni. Voltei até a sala, me deitei de bruços na maca e como sempre aguardei a massagista. Era engraçado, eu sempre vinha fazer massagem aqui e nunca tinha olhado para a mulher que tirava todos os meus nós de tensão. Ouvi sua voz pouquíssimas vezes e só sabia que seu sobrenome era Hansen. Como posso vir tanto a um lugar e não saber nada da pessoa que me atende? Ouvi a porta ser aberta, fechei meus olhos e esperei o contato de suas mãos sob a minha pele. O barulho do seu salto contra o assoalho se espalhava por toda a sala, quanto mais ela se aproximava de mim, mais o barulho aumentava. Senti uma respiração forte próxima a minha pele e notei que era da minha massagista, relaxei ao saber que ela tocaria minha pele em breve. Senti um óleo ser jogado em minhas costas e me contorci de leve pelo líquido estar gelado. Ué cadê a música ambiente de sempre? Será que ela tinha esquecido? Pelo jeito eu não era a única com um dia cheio. Suas mãos tocaram levemente em meus ombros e uma corrente elétrica se espalhou por todo o meu corpo. O mesmo estremeceu um pouco e senti minha respiração ficar descompassada. Mas o que é isso? Eu não havia sentido isso antes em nenhuma de minhas sessões, o que estava diferente?

POV LAUREN
— Quebra essa pra mim, por favor?! - disse Dinah.
— Está ficando louca? Tá vindo trabalhar bêbada de novo? Eu não sei fazer massagem, Dinah. - falei irritada. Ela só podia estar brincando, eu não sei nada de massagem, a única coisa que eu sei fazer é sentar e escutar outras pessoas contando seus problemas, e isso era a única coisa que eu sabia fazer direito.
— Qual é Lauren?! Quantas vezes eu já não quebrei seu galho? É só ir lá e dar uns apertões... - falou manhosa, Dinah é uma manipuladora de primeira, sabe exatamente o que dizer e o que fazer para conseguir o que quer.
— Vai começar a jogar na minha cara todas as vezes que me ajudou? - perguntei séria. Dinah respirou fundo e fechou os olhos, acho que notou que eu não estava de brincadeira. 
— Lauren, por favor? Eu preciso almoçar com essa gata... não me deixa na mão. - fazia algum tempo que Dinah estava se engraçando com uma nova garota, Normani, o nome da misteriosa mulher que "roubou" se coração, como Dinah contava.
— Por que não pede para Ally desmarcar essa cliente? - perguntei, era tão fácil e Dinah estava fazendo uma confusão num copo d'água.
— Bateu a cabeça no box do banheiro hoje? É a Camila - ela disse como se eu conhecesse todos os seus clientes. 
— Quem é Camila, Dinah? - perguntei sarcástica.
— Só a cliente mais chata e mais rica do mundo, eu não posso simplesmente dispensa-la, ela surtaria. Por favorzinho Laur?! - disse fazendo bico.
— Tá, tudo bem, mas você me deve um sorvete de baunilha. - falei apontando o dedo em sua direção.
— Eu já disse que te amo hoje? - ela perguntou sorridente, abraçou-me e depositou um beijo na minha bochecha.
— Mas... ela não vai achar estranho por ser outra pessoa? - perguntei caindo  na real, aquilo não ia dar certo.
— Você não dá a mínima pelo o que eu faço mesmo, hein?! - rebateu Dinah me desvencilhando de seus braços, ela sempre brigava comigo por esse motivo, dizia que eu não tinha interesse pelas suas coisas, que era por isso que eu nunca sabia nada sobre seu trabalho, seus hobbies, suas paixões... o mesmo drama de sempre. A encarei arqueando uma de minhas sobrancelhas. Ela bufou e revirou os olhos, sei que ela sabia exatamente o que eu estava pensando - Nenhum cliente meu me olha, eles nem reparam no meu rosto, bando de mesquinhos - vociferou cruzando os braços - eu entro na sala e eles já estão deitados, quando eu termino a sessão, saio da sala para dar a privacidade pro cliente se trocar. E pronto, ninguém vê ninguém. Já te falei isso sabia?
— Desculpa, sou desligada. - falei.
Levantei-me da minha mesa saindo da sala em direção a recepção.
— Ally, pode ligar pro meu cliente da hora do almoço e dizer que eu talvez me atrase pra nossa sessão? - perguntei a nossa nova recepcionista. 
— E pode confirmar com a Camila, Ally. Lauren vai fazer a massagem hoje - disse Dinah sorridente, ela estava toda feliz e alegrinha com sua nova paixão, eu queria ver até quando isso ia durar, pois DJ tinha o costume de se decepcionar com as pessoas que entravam em sua vida. Perdi a conta de quantas e quantas vezes ela me ligou chorando de madrugada, era sempre a mesma coisa, o mesmo ciclo, Dinah conhecia uma garota, se apaixonava, se apegava, a pessoa não a levava a sério, destruía seu coração e Dinah passava uma semana chorando e tomando potes e mais potes de sorvete de abacaxi com vinho.
— Tá bom, vou ligar para ambos os clientes. - respondeu Ally sorrindo. Eu tinha gostado daquela menina, ela era simpática e parecia estar curtindo o emprego. Dinah fez muito bem em dispensar a garota anterior e contratar essa outra. Confesso que achei que não daria certo, tenho a péssima mania de achar que o pior vai acontecer a qualquer momento, Allyson tinha apenas 16 anos, mas estava me surpreendendo.
Voltei para minha sala enquanto uma Dinah feliz e saltitante ia saindo porta a fora da clínica. 
Deitei-me no divã dos clientes para poder descansar enquanto a cliente de Dinah não chegava, como era o nome dela mesmo? Ah, não importa. Não sei se Dinah confiava muito em mim ou se estava ficando louca mesmo. Dei risada a esse pensamento, era óbvio que ela estava enlouquecendo, eu era péssima em quase tudo que eu fazia, exceto em meu trabalho e em cozinhar, porque até mesmo meu casamento estava definhando.
Acabei cochilando enquanto pensava nos meus problemas pessoais e acordei com Ally batendo na porta.
— Sra. Jauregui...?! - ela disse enquanto abria minha porta devagar.
— Ally, por favor, me chame de Lauren, corta essa de sra. Jauregui, dá a entender que eu sou velha. - falei de uma forma descontraída.
— Oh, me desculpe - disse um pouco preocupada. - Vim avisa-la que a cliente já chegou.
— Ah sim, já estou indo, obrigada por me avisar.
— Imagina - disse Ally sorridente enquanto fechava a porta.
— Ally?! - a chamei.
— Sim? - ela perguntou voltando a abrir a porta.
— Eu preciso vestir alguma roupa pra fazer massagem? Como que Dinah faz isso? - perguntei me dando conta de que eu não fazia ideia dos pequenos detalhes. Ally riu e depois se desculpou quando se deu conta de que eu estava falando sério.
— Bom, Dinah tem um avental dentro da sala dela. - ela respondeu.
— Ah sim, obrigada, eu me viro daqui pra frente. - falei sorrindo apreensiva.
Respirei fundo saindo de minha sala. Eu e Dinah tínhamos a clínica juntas, DJ era massoterapeuta e eu psicóloga. Desde jovens dizíamos que nunca mais íamos nos separar e assim tem sido ano após ano.
Entrei na sala de Dinah e percebi que a tal cliente já estava deitada na maca. Ótimo, ela realmente não me veria. Não pude deixar de reparar no tamanho de sua bunda, "uau", disse a mim mesma. Me repreendi e tentei afugentar meus pensamentos, é errado ficar reparando nos clientes, Lauren. 
Achei o avental de Dinah pendurado perto da porta, o vesti e me aproximei da maca. E agora? O que eu faço? É só meter a mão direto? Percorri meus olhos pelo ambiente e avistei sobe uma pequena estante alguns óleos e cremes de massagem, escolhi um aleatório que em seu frasco dizia: "óleo relaxante, traz leveza e segurança". O joguei sobre seu corpo e percebi que ela se contorceu. Droga, estou fazendo errado, ela vai perceber. Respirei fundo e esfreguei minhas mãos, afim de tentar aquecê-las um pouco. 
Coloquei minhas mãos sobre ela, senti que se arrepiou com meu toque e contraiu seu corpo. Que estranho, eu também tinha me arrepiado quando minhas mãos encontraram sua pele.


Notas Finais


E ai, o que acharam? Alimentamos ainda mais a curiosidade de vocês ou conseguimos amenizá-la? Deixe a opinião de vocês aqui no comentário, ok? Beijos e até mais!


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