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História Em um segundo - Entre um passeio e outro


Escrita por: Autora_CaDantas

Notas do Autor


Mais um capítulo, esse está "romatiquinho".
Pessoal, eu revisei, se tiver algum erro peço desculpas.
Espero que gostem.
Até as notas finais.
Boa leitura.

Capítulo 2 - Entre um passeio e outro


Fazia frio na cidade, Carol se vestiu apropriadamente para um dia de frio usava uma bota preta, uma camisa branca de manga comprida, seu casaco preto e uma calça jeans lavada. Seguiu até o saguão do hotel, lá eles indicaram onde seria o café da manhã, ela seguiu até o local. Ainda estava tudo meio vazio, pois era muito cedo ainda, mas mesmo assim ela preferiu se adiantar. Estava com muita fome, pegou algumas coisas que queria e sentou-se à uma mesa próxima de uma janela onde poderia olhar a paisagem enquanto comia.

― Nossa, como você come. – Ed se aproximava falando para a moça que ficou vermelha e se engasgou levemente com um pedaço de pão, ele estava mais uma vez vestido de maneira despojada, usava uma calça preta, uma camiseta cinza, vestia seu casaco preto e usava um cachecol listrado de preto e cinza e tinha seus óculos escuros pendurado na gola da camiseta e em seus pés estavam os coturnos.

― Não é todo dia que posso comer coisas tão gostosas. – Ela disse depois de recuperada.

― Entendi. Mas acho que lá fora teremos muitos lugares, também gostosos, para comer.

― É, pode ser, mas até irmos para esses lugares estarei com fome de novo. – Ela sorriu mordendo agora um biscoito.

― Essa bolacha é de que? – Ele perguntou.

― Bolacha? Não, biscoito. – Ela disse e sorriu e ele revirou os olhos.

― Bolacha, biscoito, dá tudo no mesmo. Então, de que é?

― Não, sei, mas é bom. Toma pode provar. – Carol esticou seu braço levando um biscoito em direção a Ed que abriu a boca recebendo o mesmo.

― Hum é boa mesmo, acho que vou pegar mais algumas e um café também e acho que um bolo e aquele pão. – Ele dizia tudo que pegaria e foi andando falando sozinho e Carol ficou rindo. Ela achava Ed engraçado e até mesmo um pouco agitado. Ele pegou tudo que desejava e voltou sentando-se ao lado de Carol.

― Você tem bastante coisa ai. – Carol comentou.

― É, acabei não resistindo, a culinária daqui é espetacular. Acho que vou engordar. – Ele disse já olhando para a barriga.

― Mas o objetivo de viajar não é esse? Comer e ser feliz?

― É, acho que você está certa. E por enquanto meu metabolismo ajuda a queimar essas coisas rapidamente. – Ele sorriu comendo uma bolacha. – Eu já estive em Portugal antes, gosto daqui, por isso sempre que viajo para Europa escolho um roteiro que passe por aqui, olhei o roteiro que o Guia me deu e sinceramente não curti muito, conheço lugares bem mais legais que onde eles nos levarão. Como temos a opção de nos separarmos deles, já que somos uma dupla, pensei se você gostaria de conhecer alguns lugares comigo.

― Hum... não sei, você não vai se perder?

― Não, prometo que não e aqui não tem como se perder, falamos a mesma língua.

― É tens razão. – Ela disse imitando sotaque português fazendo Ed rir.

― Mas então, topa?

― Tudo bem, eu acho.

― Achas ou tens certeza? – Agora foi a vez dele de imitar e fazer ela rir.

― Certeza. – Ela disse firmemente.

― Então, vamos agora.

― Mas eu não acabei de comer e...

― Temos poucas horas e muitos lugares para conhecer. – Ed foi puxando Carol pelo braço e seguiram juntos para o passeio.

Tudo começou de maneira divertida, Ed levou Carol ao Oceanário de Lisboa, observaram por um bom tempo os belíssimos aquários, passaram por todos os setores do local, Carol estava encantada e ainda tinha consigo um guia particular que ia lhe contando muitas coisas sobre o local e os peixes que via ali. Ela tirou muitas fotos e em muitas delas seu mais novo amigo estava ao seu lado.

― Agora vamos que preciso te levar a outro lugar.

Seguiram rapidamente para outro canto da cidade, um lugar lindo e tradicional com muitas ladeiras, entraram em um local e ouviram um fado, se divertiram muito, conversaram muito e seguiram passeio pelas ruas de Lisboa, passando por diversos pontos turísticos e miradouros com belíssimas vistas de todo o lugar. Pararam apenas para almoçar e tomarem um café acompanhado de um tradicional pastel de Belém. Não se sentiam cansados, mas retornaram ao hotel para tomar banho e continuar aproveitando a noite do lugar, já que ficariam ali naquela cidade por pouco tempo. Cada um foi para seu quarto e se vestiram para aproveitarem a noite da cidade.

Ed terminou de vestir-se e bateu à porta do quarto de Carol, que abriu rapidamente.

― Então, está pronta?

― Ainda não, preciso achar um sapato. Se quiser entrar e me esperar tudo bem, só não repare a bagunça.

― Tudo bem. – Ele concordou e entrou. – Mas que bagunça? Não vejo nada fora do lugar, bagunça está o meu quarto, tenho pena de quem o arruma.

― Sério que não vê bagunça? – Ela perguntou e ele afirmou com um aceno. – Então tá. Pode sentar, ainda estou tentando achar meu sapato. Está frio preciso de um fechado e confortável.

― Ah isso sim, precisa ser confortável mesmo. – Ele olhava para todos os cantos do quarto. – Nossa você trouxe muita coisa.

― Você acha? Eu achei até pouco.

― Eu só trouxe uma pequena mala e uma mochila. Já você, trouxe uma mala enorme e uma de mão. Essa mala parece até o malão do Harry Potter. – Ele disse e riu, fazendo a menina sorrir também.

― Achei! – Ela exclamou já calçando os sapatos. – Agora podemos ir.

― Certo então, só aviso que essa noite podemos não voltar pra cá.

― Ah tudo bem. Só quero me divertir. – Ela concordava.

― Então ótimo. – Ele disse e saíram mais uma vez.

Dessa vez seguiram para disfrutarem a noite de Lisboa seguiram até uma movimentada rua e procuraram um lugar para sentar, conversar e beber uma coisa ou outra, ali só dava mesmo para refrigerante, suco, água ou coquetéis sem álcool, devido à idade dos dois.

― Então, melhor que se divertir é se divertir sóbrio. – Ed comentou. – Se fosse no Brasil estaríamos bebendo uma cerveja. – Carol concordou. – Então está marcado, quando retornarmos iremos beber cerveja juntos. – Ele esticou a mão e Carol esticou a sua e ambos apertaram as mãos como se fechassem um acordo. – Está gostando do passeio?

― Sim, muito. Você em um só dia me levou a tantos lugares que nem estavam no roteiro, eu realmente estou adorando. Obrigada. Já tenho belas fotos para mostrar em casa.

― Não precisa agradecer, se você não estivesse aqui eu faria tudo isso provavelmente sozinho. Acho que nenhuma outra pessoa daquele grupo gostaria de fazer essas doideiras. Então, eu que tenho que agradecer a você por me fazer companhia.

― Tudo bem, somos gratos um ao outro.  Mas deixa eu perguntar, desses lugares que iremos, qual você ainda não conhece?

― Ah sim, Itália. Mas você, por ser a sua primeira viagem longa por que esse roteiro? Todos sempre escolhem a Disney.

― Ah eu queria algo mais cultural. Estava indo sozinha, então queria agregar conhecimento, sabe. A Disney é algo que você deve aproveitar com amigos ou seus pais, ir sozinho naqueles brinquedos não deve ser tão divertido assim.

― É, você tem razão. Mas é raro um pensamento como o seu, você é diferente, moça. Eu fui para a Disney, mas não foi minha primeira viagem e eu fui com uns primos, e de fato, teria sido chato ir sozinho. Quem sabe um dia eu não volto lá e te chamo para irmos juntos? – Ele disse e sorriu.

― É pode ser, você é um bom guia. E melhor, não cobra nada. – Carol disse e Ed riu.

― Então, vamos conhecer mais pessoas.

― Como assim? – Ela perguntou.

― Vamos nos entrosar com o pessoal.

Ed chamou algumas pessoas que estavam em pé, por não ter mais lugares para se sentar no local, para se juntarem a eles e a noite rendeu, as pessoas eram divertidas e muito falantes, eram de Portugal e estavam ali aproveitando a noite fria e divertida do lugar. Carol se mostrou muito comunicativa, chamando atenção de todos, ela era culta e conhecia muito da cultura Portuguesa, falou sobre fados, poesias, ela amava Fernando Pessoa, o que deixou Ed bastante impressionado, os portugueses que conversavam com eles pareciam não querer ir embora, a noite rendeu, assim como a conversava. As 5h da manhã, eles resolveram retornar ao hotel, precisavam dormir, ao menos um pouco.

― Pronto, a princesa está entregue. – Ele disse deixando Carol em seu quarto, dando um beijo na mão da moça.

― Muito obrigada, és um cavalheiro. – Ed se curvou em agradecimento. – Durma bem e obrigada pelo dia e pela noite maravilhosa.

― Por nada, descanse que daqui a pouco teremos muito mais. – Ele disse se despedindo.

Carol jogou-se sobre a cama e adormeceu rapidamente, teve bons sonhos aquela noite, acordou feliz, mesmo que tivesse dormido pouco. O dia parecia estar mais quente, então colocou uma meia calça preta e vestiu um vestido vinho, soltou os cabelos e passou um lenço no pescoço, pegou um casaco e o pendurou em sua bolsa, calçou uma bota confortável, pegou seus óculos escuros, deu uma olhada na hora e constatou que o café ainda estava sendo servido no hotel e ela foi aproveitar para comer um pouco, ia chamar Ed, mas achou melhor não acordar o rapaz, eram 10 da manhã ainda, ela tomou café e nada de Ed aparecer, Carol pegou alguns dos biscoitos que o rapaz havia gostado, embrulhou em um guardanapo e retornou para seu quarto. Acabou dormindo um pouco mais e por volta das 13 horas batiam na porta.

― Oi, desculpe se te acordei. – Ed parecia arrasado, estava de óculos escuros, vestia calça jeans meio rasgada na perna, usava uma camiseta roxa, all star preto e tinha sua tradicional mochila de couro marrom com um casaco pendurado nela. Suas roupas estavam amassadas e seus cabelos ruivos desgrenhados.

― Não, eu estava apenas cochilando, entre.

― Obrigado.  Você dormiu bem? – Ele perguntou já entrando no quarto da menina.

― Sim, acordei as dez e ainda consegui tomar café, voltei e acabei dormindo um pouco mais. E você, dormiu bem?

― É, mais ou menos. Mas quando consegui dormir eu dormi muito. Era para ter acordado mais cedo, perdemos muitas horas de diversão.

― Ah, peguei para você no café mais cedo. – Ela pegou um pequeno embrulho e entregou a Ed.

― Nossa, que bondade de sua parte. Muito obrigado, eu adorei essas bolachas. E estava mesmo com fome, vamos almoçar?

― Sim.

― Depois vamos conhecer algumas praias e uns pontos turísticos bem legais, amanhã podemos retornar à programação da excursão.

― Tudo bem.

― Então vamos, vou te levar em um lugar para comer uma comida perfeita.

E de fato foi a comida perfeita, tudo muito bom, perfeitamente preparado e temperado ao melhor estilo português.

― Vamos caminhar, temos belos lugares para ver.

Então caminharam por algum tempo, passaram por mais alguns belos lugares, até pararem na praia, que estava vazia pelo frio que fazia.

― Nossa! Aqui e tão lindo. – Ela se surpreendia.

― Sim, por isso sempre que posso eu venho aqui. – Ed dizia contemplando a visão. – Está com muito frio?

― Não.

― Então podemos ficar aqui um pouco?

― Sim, eu adoraria. – Ela concordava feliz.

― Eu trouxe uma toalha, do hotel mesmo, que se dane. Vamos sentar? – Ed oferecia retirando uma toalha grande do hotel de dentro da mochila e já a esticava sobre a areia.

― Claro. – A menina concordou.

Ficaram sentados lado a lado apenas observando o movimento do mar, sentindo o vento frio correr e fazendo gelar até a alma. Mas estavam gostando do passei e ainda mais da companhia um do outro.

― Está com frio? – Ele perguntou.

― Só um pouco, agora que paramos.

― Então vou te ajudar, vem cá. – Ed puxou Carol, para junto de si rapidamente a envolvendo em seus braços. – Pronto, agora eu te esquento e você me esquenta. – O coração da menina acelerou e ela, mesmo com frio, sentiu seu corpo queimar e sabia que estava vermelha, escondeu seu rosto no braço de Ed e ficou ali por um instante. – Melhor assim?

― Sim. – Ela murmurou.

― Bom então. – Ele finalizou. Depois daqui o que acha de fazermos compras?

― Acho legal, tenho algumas coisas que desejo comprar.

― Ótimo, mas ainda não quero ir, estou gostando de ficar aqui, com você. – Ele disse de maneira calma.

― Uhum. – Carol murmurou, se aconchegando nos braços do rapaz, ela podia sentir um cheiro agradável que vinha dele, um perfume suave que a deixava tranquila, era algo tão bom que parecia estar sonhando acordada, esqueceu o frio, e o desconforto de estar sentada em areia de praia.

― Sabe, já vim aqui por diversas vezes, mas essa é a primeira vez que me sinto verdadeiramente feliz aqui. Acho que você me faz bem. Desculpe se isso soa estranho, não nos conhecemos faz muito tempo, mas sei lá. Eu me sinto bem com você.

― Também me sinto bem com você. Acho que para uma primeira viagem sinto como se tivesse sido premiada. – Ela disse e sorriu. – Eu estava com medo no avião e a ponto de desistir e voltar para casa, mas você me fez ficar e continuar e agora não tenho mais medo.

― Posso te confessar uma coisa? – Ele perguntou e ela acenou que sim. – Eu também estava com medo. Morro de medo de altura. – Ele disse e a beijou nos lábios.


Notas Finais


Então, gostaram? Preciso de feedbaks.
Kissus ;) ^.^


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