Região oeste de Librand.
Estávamos na região oeste de Librand, na província Shadur, de acordo com Lugher. Nós já tínhamos saído de Argos há dois dias, onde nós estávamos já não dava mais para enxergar as fazendas de Argos.
Onde nós estávamos não tinha vestígios de ações humanas, era a mais pura natureza.
O lugar onde nós estávamos era em uma uma floresta, com várias árvores e o chão coberto por falhas secas, vimos vários animais exóticos, pássaros voando com suas penas cheio de vivacidade, vimos alguns animais que pareciam com "coelhos"? Não, não era um coelho e sim algo parecido mas definitivamente não era. Bom não sei se posso falar que esses animais são estranhos, já que eles sempre existiram, mas não sei por que sinto que esses animais são muito..." exóticos" ?
Bom depois de entrarmos mais adentro da floresta, nós chegamos em uma área mais aberta sem muita mata fechada, havia no lugar uma cachoeira de mais ou menos 5 metros de altura, e logo em baixo dela era um lago de médio porte.
Paramos nesse lugar para descansar.
-Ei One! Vamos descansar por aqui. Monte o acampamento e a fogueira. - pediu Lugher, descendo do cavalo.
-Tá tá. - concordei com insatisfação.
-Eu vou tentar pescar algo. Vou deixar o Fillipe aqui, se precisar de alguma coisa é só me chamar.
"Só porque estou trabalhando para você agora, fica me mandando fazer todo tipo de trabalho...isso é abuso! "-pensei indignada.
Desde quando partimos de Argos, comecei a trabalhar para Lugher. Ele me fez fazer todo trabalho até agora, como caçar, montar a fogueira, o acampamento, pegar água, alimentar o Fillipe. Sério como eu, uma beldade tenho que fazer esses tipos de trabalho? Bom enfim pelo menos com essas "tarefas" que ele me deu, descobri que sou boa em tudo em que eu faço.
Eu nunca tinha feito esses trabalhos antes como caçar ou até mesmo fazer uma fogueira, mas guando o Lugher me mostrou como se caça, eu aprendi rapidamente, e pouco tempo depois consegui caçar tão bem quanto o Lugher, fazendo ele ficar um pouco irritado.
-Ufa! Terminei de arrumar a barraca! Agora só falta fazer a fogueira. -disse dando uma checada na barraca.
Então o Lugher chegou com vários peixes que ele pescou.
-Você ainda não fez a fogueira? Você é mesmo muito preguiçosa.
-Não enche! Eu já estou fazendo. - disse enquanto preparava a fogueira.
-Pronto terminei - enquanto colocava lenha no fogo.
Enquanto Lugher preparava o nosso almoço, eu sentei perto de onde estava as bolsas de Lugher. Nisso eu vi aquela bolsa com as moedas de prata e certas joias, mas algo me chamou atenção, era uma carta em meio as moedas. Peguei a carta e dei uma olhada, à língua não me era estranho, sabia ler o que estava escrito por mais que não soubesse qual era a língua.
Então eu li a carta.
-Certificado da missão.
Contrato requerido por Alan Patrick.
Missão: Explorar as ruínas de Baker em Lauder e descobrir os acontecimentos estranhos da ruína, se possível resolver o problema .
Informações da missão: Há estranhos sons vindo daquela mistériosa ruína, não sons comuns e sim de gritos desesperadoras, sempre que alguém explorava a ruína nunca mais voltava.
Bônus: Caso resolvido o problema, receberá um bônus adicional.
Recompensa : 15 moedas de prata.
Rank: prata
Para a... guilda dos aventureiros de Librand... -Quando terminei de ler percebido que o Lugher estava na minha frente me encarando, eu sem jeito falei :
-Er...parece que sei ler também. - disse com um sorriso engraçado, tentando desviar do assunto.
-Você mexeu nas minhas coisas!? - perguntou Lugher com raiva em seus olhos.
-Desculpa, não quis fazer por mal...sinto muito por ter mexido nas suas coisas e lido o que não devia. - baixei minha cabeça, me desculpando.
O Lugher olhou para mim e depois suspirou.
-Deixa para lá, o que está feito está feito... Bem isso que você leu era um contrato de trabalho. - falou se sentando do meu lado.
-Contrato de trabalho? É sobre seu verdadeiro trabalho? - perguntei curiosa.
-....
Por um momento o Lugher parou de falar, pensando, logo me respondeu.
-Mais cedo ou mais tarde você vai descobrir... - falou coçando a cabeça.
-Escuta One! Esse contrato era de um trabalho que eu fiz dias antes de te conhecer. - disse Lugher pegando a carta de mim.
-Então você fez esse trabalho? Você conseguiu completa-lo? - perguntei com relutância.
-Sim, completei essa missão. - assim Lugher pega um cartão de metal com uma cor prateada de seu bolso, e me mostrou
No cartão de metal dizia :
-Explorar as ruínas de Baker, em Lauder e descobrir os acontecimentos estranhos estranhos da ruína, se possível resolver o problema .
Contrato: Comprido.
Requerido por : Alan Patrick
Associação requerida: Guilda dos aventureiros de Librand.
Atrás do cartão, havia uma espécie de brasão mas não sabia que brasão era. Quando terminei de ler, olhei para Lugher.
-Esse foi o último trabalho que eu fiz. Eu trabalho em uma guilda de aventureiros.
-Uma guilda de aventureiros? - perguntei por curiosidade mas já tinha uma noção do que o Lugher falou.
-Sim, uma guilda de aventureiro, um lugar onde você pode encontrar qualquer tipo de trabalho, para ganhar alguma recompensa. Pode ter os trabalho mais bobos que existem mas podem ser os trabalhos mais perigos também, é um lugar que independente de sua idade, sexo ou raça a única coisa que importa é suas habilidades.
-Então quando você disse que você tinha um trabalho perigoso era isso?
-Sim - falou seriamente.
-Ah, então é só isso!
-Só isso...? Como assim? - perguntou meio inclinado.
-Achava que era um trabalho mais perigoso, como assassino de aluguel, ou um ladrão foragido. - respondi prontamente.
-Bom eu faço alguns trabalhos perigosos também, eu mato monstro que você nem imagina.
-Monstros? Eles existem? - perguntei curiosa
-Sim eles existem, você verá eles mais cedo ou mais tarde.
-....
Fiquei quieta por um tempo pensando, o Lugher ficou me encarando mas depois foi até a fogueira, onde estava fritando os peixes.
-Bom é esse o meu trabalho. É melhor nós nos separarmos quando chegar na capital, tenho meus contatos, posso te arrumar um emprego. - falou enquanto comia o peixe.
-Você pode me arranjar um emprego? - perguntei tendo uma ideia.
-Sim posso te arrumar um emprego de acordo com suas habilidades.
-Perfeito! Então eu quero entrar para a guilda dos aventureiros.
-Bom então... Cof! Cof! Cof! - tossiu quando se engasgou surpreso.
-Como assim!? Você entrar na guilda do aventureiros!?
-Sim, eu quero entrar na guilda, parece ser interessante!
-Não importa se é interessante, trabalhar numa guilda não é fácil.
-O que? Então não posso entrar na guilda!? - perguntei o encarando.
-Não é que você não possa...mas é difícil no início....tem certas regras....você não só tem que ser forte, você têm que saber se virar.
-Ótimo então me teste! Vamos duelar, se eu conseguir te provar que consigo me virar, que eu sou forte suficiente para me defender , você vai pessoalmente me levar para a guilda.
-Argh...como isso terminou assim. - disse coçando a cabeça irritado.
-Está bem, vamos duelar, se eu notar que você consegue se virar sozinha, eu te levo pessoalmente para a guilda. Mas se você não conseguir, nós vamos nos separarar! - Lugher proferiu.
-Okay! Vamos lutar então! - disse animada.
Então o Lugher foi até o Fillipe e pegou em uma das bolsas , duas adagas. Depois ele veio até mim e explicou como seria o duelo.
-Olha...o duelo vai ser o seguinte:
-Cada um vai usar uma adaga e lutar contra o outro, evitar acertar em lugares vitais. O objetivo é desarmar o adversário e imobiliza-lo.
-Vamos usar adagas de verdade?-perguntei meio nervosa.
-É claro que sim, você achar que vai lutar sempre desarmada? No mundo de hoje em dia, é muito imprudente sair sem levar no mínimo uma arma. O mundo é repleto de perigos. É por isso que existem as guildas de aventureiros, porque nós que resolvemos esses problemas.
-Bom...então tá...só preciso te desarmar e imobilizar.
-Isso mesmo.
Lugher me entregou a adaga, eu a peguei e fiquei a encarando.
-O que foi não sabe usar uma adaga? Se quiser posso te ensinar algumas coisas antes.
-Não precisa, eu acho que consigo. - falei apontando a adaga em direção ao Lugher.
"Não sei o por que mas quando peguei a adaga, senti que já soubesse usar a arma...parece algo natural...algo que que meu corpo e minha mente já aprendeu...mas eu não lembro....é a mesma sensação é quando lutei contra os mercenários e quando fui caçar com o Lugher. "-pensei enquanto encarava o Lugher, me posicionando.
"Como assim? O olhar dela é muito feroz, ela sabe empunhar uma adaga e se posicionar de um jeito certo e profissional."- pensou Lugher.
Nós nos posicionamos com nossas adagas empunhadas, esperando o movimento um do outro, estava um silêncio entre nós , só escultavamos o som do vento que batia nas folhas das árvores, do som da cachoeira tão delicado como abraço de um amante.
Enquanto encaravamos um ao outro sem fazer movimento, até eu dar um passo falso. Lugher correu em minha direção como uma cobra em silêncio dando um bote, ele me atacou com sua adaga, dando um corte de baixo pára cima.
SLASH!
Foi tão rápido que não racionei direito mas consegui desviar por reflexo, senti uma suor frio correr pelas minhas costas, assim eu desviei e pulei para trás com objetivo de me afastar do Lugher.
"Merda! Passou raspando! O Lugher não está de brincadeira "-pensei enquanto me afastava dele.
-Então você conseguiu desviar de meu golpe. Admito até que você é boa. - disse Lugher empunhando sua adaga em minha direção.
-Aquilo não foi nada. Só estava testando você. - disse com um sorriso sarcástico.
Então comecei a mover meus pés tentando evitar ficar no mesmo lugar por muito tempo e Lugher me acompanhava com olhos, sempre prestando atenção em mim. Isso não parecia ter fim até que tive uma ideia.
Parei e fiz uma cara surpresa, fazendo o Lugher estranhar.
-Lugher tem caras suspeitos ali!!! - apontei na direção oposta de Lugher, fazendo minha atuação de surpresa , sim aquilo era mentira, não tinha ninguém lá, era só para distrair o Lugher.
Então Lugher instintivamente se virou para vê o que era então corri em direção ao Lugher. Não sei como fazia isso mas quando eu corria, não fazia nenhum barulho e sabia quais pontos que poderia acertar ou não no Lugher.
Segurei a adaga fazendo um corte em direção ao Lugher. Então ele percebeu que era mentira o que havia falado e prontamente se virou em minha direção mas eu já estava a menos de um metro até ele com minha adaga empunhada continuei até alcançar o Lugher.
"Merda ela me enganou" - Lugher pensou em fúria.
TRUMP!
Assim acertei a mão de Lugher fazendo largar a adaga. Eu o acertei com lado da adaga onde não estava a lâmina, assim não o machucou.
"Consegui! "-foi o que pensei até que Lugher pegou meu braço que segurava a adaga e chutou minha perna fazendo eu cair e então prontamente fez uma chave de braço em mim.
-Aí aí! Mas que merda! O que foi isso!? - caída no chão gritei irritada, enquanto o Lugher fazia uma chave de braço em mim.
Com a pressão que ele fazia em meu braço, acabei soltando a adaga.
-Só porque você desarmou o inimigo, não quer dizer que ele desistiu de lutar. E você é muito trapaceira, mas parece que o jogo virou, não é mesmo? - desse Lugher com um sorriso sádico.
-Cara não sei por que ainda confio em você, você me engana e depois me ataca, você é mulher maliciosa, em One? - fala com um tom de gozação.
-Aí aí aí!- gritei de dor enquanto Lugher fazia mas pressão em meu braço.
-É melhor desistir, eu posso deslocar seu braço a qualquer momento.
-Não me subestime, garoto ! - Gritei com um sorriso meio torcido da dor, franzindo as sombrancelhas.
-Ora ora, você é teimosa viu - Lugher falou balançando a cabeça com um sinal de desaprovação.
-Não fique tão metido!
Irritada concentrei minhas forças no meu braço que estava sendo mantido por Lugher, só pensava em dar um belo soco no Lugher, então comecei a concentrar minha força no meu braço para tentar me livra da chave de braço.
Assim comecei a mexer meu braço o levantando mesmo com o Lugher junto.
Eu não sentia muito peso, para falar a verdade até que era leve, não sábia se eu era forte demais ou se Lugher era leve.
-O que!? - Lugher gritou surpreso.
-Você vai vê garoto! - disse o encarando.
Então levantei meu braço, levantando o Lugher, ergui meu corpo, fazendo o Lugher ficar pendurado em meu braço.
-Sua mulher gorila! Isso não é normal!- exclamou surpreso.
-Quem disse que sou normal!? - disse com um sorriso sádico.
O derrubei no chão, quando Lugher caiu, o imobilizei da mesma forma eu fez comigo.
-Parece que o jogo virou, não é mesmo? - disse com um tom de gozação.
Então pressionei o braço de Lugher até ele fazer uma careta de dor em seu rosto.
-Argh! -Lugher bufou de dor.
-Viu? Quando eu quero, EU CONSIGO!
-Está bem! Você venceu, sua aberração! - exclamou com insatisfação.
-Hehehe. - rindo, soltei Lugher e depois o ajudei a se levantar.
-Espero que você cumpra o acordo garoto. - disse acariciando sua cabeça, assim bagunçando seu cabelo.
-Sua idiota, é clara que vou comprir! Promessa é dívida! E eu sempre cumpro minhas dívidas! - disse irritado logo batendo na minha mão que estava na sua cabeça.
-Vish...que menino grosso. -falei e quanto esfregava minha mão batida friamente por Lugher.
-Olha só para deixar claro, eu não estava lutando a sério, não usei nem 10% das minhas habilidades! - Lugher retrucou com um beicinho.
-Humm...sei....hehehe...isso é desculpa para mal perdedor.-disse com gozação.
-É verdade! - Lugher disse irritado.
-Acredito sim, é verdade! - continuei com um tom sarcástico.
"Para ser sincera eu acredito nas suas palavras, você se segurou e que você é mais forte que isso. Não sei o por que mas eu sei."- pensei comigo mesma.
Assim terminou o dia, já estava noite. Estávamos deitados no chão dentro da barraca, de um lado Lugher e do outro eu. Era uma noite muito bonita o céu parecia um rio de estrelas, a lua emanava uma beleza pura, com uma tonalidade azulada bem suave. Comecei conversar com o Lugher:
-Ei garoto. Como é a capital?
-Hum... É um lugar bem grande, bem maior que as vilas que você viu...também é cheia de casas e pessoais de diversas raças.
-Diversas raças?
-Sim. Já que aqui é um reino humano, não se encontra muitas raças não-humanas no interior. Mas você pode encontrar bastante na capital mas claro que não é tão grande quanto a população humana.
-Entendi. Você conhece muitos não-humanos?
-Eu conheço sim muitos não-humanos...na guilda tem muitos para falar verdade.
-Sério!? Tem tipo outras raças na guilda!? - me levantei surpresa.
-Pelo menos 30% da guilda é de não-humanos.
-Nossa! Fico imaginando como será que eles são.
Lugher começou a me olhar com uma expressão pensativa.
-Bom existe várias raças com vários tipos de aparência, alguns podem parecer bem diferentes dos humanos, outros são até bem parecido com os humanos, só com algumas características diferentes.
-Por exemplo? - perguntei.
-Bom...tem os elfos, eles tem algumas semelhanças com os humanos mas também diferenças, um exemplo clássico é as orelhas que são pontudas.
-Entendi, então me fale uns que são bem diferentes dos humanos.
-Bom...tem os homem-bestas....na verdade não é o nome mesmo da raça, é só uma generalização que as pessoas usam, eles mesmo se dividem em várias sub-raças diferentes, como os selvagens, khajitas, homens ursos, crocomans, lizardmans entre outros.
-Bom...estou tentando imaginar como seria essas raças...-falei com uma expressão pensativa.
-Bom você vai ver quando chegar lá.
-Está bem, fico na ansiedade mesmo.
-Ei garoto. Posso te fazer outra pergunta?
-O que foi dessa vez? - Lugher se virou em minha direção.
-Bom como posso dizer...eu notei que a noite, seus olhos brilham no escuro, achava que era normal antes...mas sei lá...fui observa se meus olhos brilhavam como os seus...mas não foi o caso.
-...
-Garoto? - estranhei o silêncio dele.
Notei que o Lugher estava relutante em responder, então eu desvie o assunto.
-Bom você não precisa responder, está ficando tarde.
-É mesmo, melhor nós dormirmos, temos um longo caminho pela frente. - Lugher prontamente respondeu com um relutante sorriso em seu rosto.
-Boa noite garoto.
-Boa noite...One.
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