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História Embraced By Darkness - Andorinha


Escrita por: Hannah4Chan

Notas do Autor


Desculpe pela demora do capítulo, comecei a escrever uma outra novela/historia, se chama Tales of Gadabout . Estou querendo lançar um capitulo por semana de Tales of Gadabout e na outra semana de Embraced By Darkness 😅

Capítulo 7 - Andorinha


Fanfic / Fanfiction Embraced By Darkness - Andorinha

Na guilda quando todos sossegaram. Estava sentada numa mesa comendo com o Lugher e começamos a conversar.

-Ei One você não poderia ser um pouco mais discreta? - diz Lugher coçando sua cabeça com leve irritação.

-Eu só estava me apresentando. Eles precisam conhecer o meu nome! - disse  com um sorriso no rosto.

-*suspiro *- assim Lugher suspira desanimado.

-Bom One...vou te explicar algumas coisas que você deve saber sobre o lugar, vou te explicar como funciona a guilda . - disse Lugher com um olhar sério.

-Está bem, o que eu  preciso saber? - perguntei intrigada.

Lugher começou a explicar como funciona a guilda. Segundo ele, os trabalhos que a guilda dispõe, estão em um mural de madeiras que fica visível em toda a guilda, esse mural é fixado nele várias folhas e panfletos de trabalho. Existe vários tipos de trabalho que possa encontrar,  desde matar monstros, escoltar pessoas ou produtos, achar tesouros, resolver problemas em geral em que as pessoas estão dispostas a pagar. Pelo meu entendimento os aventureiros são nada mais que um "faz tudo"!

Lugher também acrescentou que na guilda a certas regras, dentre elas uma das mais importantes é sobre o rank. Você só poderá fazer trabalhos determinado pelo seu rank,  ou seja se você é alguém de rank bronze só poderá fazer trabalhos de rank bronze, mas caso seja um rank mais elevado como por exemplo o ranka prata, você poderá fazer trabalhos de rank prata e bronze, mas não pode fazer trabalhos de outro rank adiante.

Outra regra da guilda que você só poderá elevar seu rank, se completar determinados números de missões concluídas e ter um nível determinado de poder, ou seja cada rank tem uma faixa média de status que você deverá ter para progredir de rank. Mas o mais importante de tudo é trazer prestígio e orgulho para guilda.

Quando você achar um trabalho de seu interesse, você deverá apresentar na administração, para eles autorizarem o trabalho e contatarem o contratante.
Pelo o que o Lugher me disse, notei que a guilda é bem organizada e a burocracia é feita tudo pela administração. Bom esse foi o básico que o Lugher me falou e é o que preciso saber.

-Bom já lhe expliquei quase tudo, pelo menos o que você deve saber. - comenta Lugher.

-Sim, já aprendi como funciona a guilda, amanhã já vou começar a trabalhar! - disse com animação.

-Hehehe, você parece animada. Mas falando sobre amanhã...onde você vai dormir a noite? - Lugher perguntou com um leve sorriso no rosto.

-Ugh... - fiz um som desanimada.

Quando Lugher fez essa pergunta, notei que não tenho onde dormir. Eu só acompanharia o Lugher até a guilda, ou seja nada de dormir na hospedaria com ele. E mesmo que eu vá procurar uma hospedaria, não tenho dinheiro para pagar nem o que comer, ainda estou devendo o Lugher pela taxa de entrada...

-Ei Lugher...você sabe de algum lugar em que eu possa dormir? Para alguém que não tem nenhuma moeda no bolso - perguntei meio envergonhada.

-Hahaha! Sabia que você não tinha onde dormir. Bom quando entrei na guilda estava quase na mesma situação que você, sem nenhum tostão. - Lugher riu da minha situação.

Lugher continua a falar:

-Bom, na época eu dormia no parque no centro perto da guilda, você pode usar os bancos para dormir, são até bem confortáveis. Ah...quase ia esquecendo, cuidado para você não ser abordada por marginais, tem muitos andando pela noite. - Lugher disse com um sorriso malicioso.

- Só pode está brincando! Vou ter que dormir na praça que nem um indigente!? - disse com um rosto desesperado.

-Hehehe! Suas expressões sempre me fazem rir One! - Lugher disse sorrindo.

-O que foi!? Você gosta de rir da desgraça alheia!? - retruquei.

-Eu não gosto de rir da desgraça alheia, gosto de rir da sua desgraça. - Lugher disse com um sorriso arrogante em seus rosto.

-Pirralho...!

-Me chamando de pirralho assim...eu ainda estava até pensando em deixar você passar a noite em minha casa.

-O que!? Como assim!? Você têm um lugar para ficar!?- falei surpresa.

-Sim, eu deixaria você passar a noite na minha casa mas parece que sua atitude é bem rude para minha generosidade. - Lugher falar com um olhar malicioso e um sorriso cínico em seu rosto.

Neste momento suspirei bem fundo e pensei :

"Este moleque é bem astuto...muito bem se você pensa que vou vacilar, você está muito enganado, tenho o meu orgulho. "-pensei indignada.

-Bom se você pedir com jeitinho eu posso reconsiderar. - Lugher comentou.
-Err...

-Vamos não estou ouvindo.

- Desculpe por te chamar de pirralho...Por favor! Deixe eu dormir na sua casa hoje! - implorei com um olhar de cachorro que caiu da mudança.

Sim minha aparência não condiz nada com alguém que tem orgulho, mas o que posso fazer!? Não quero dormir na praça como um indigente, só de pensar nisso... Já imagino eu tomando banho no chafariz da praça... Simplesmente prefiro engolir meu orgulho do que passar por isso.

-Hahaha! Muito bem, então vamos para casa, já está ficando tarde.

-Mas já!?

-Sim preciso apresentar o lugar onde eu moro, é um lugar simples mas bem aconchegante.

-Bom... Então vamos lá.

Na parte sul de Ellipery.

Já estava no final da tarde, o sol já estava se pondo. Lugher e eu estávamos andando por um bairro no sul da cidade, era um bairro mais humilde com o que tinha visto na cidade, quando andávamos pelas ruas, havia várias roupas penduradas pelas casas, as ruas por mais que eram pavimentadas, era bastante lamacento.
Havia muitos becos escuros, onde tinham vários tipos de pessoas fazendo algumas coisas suspeitas, prefiro nem saber o que é, as casas eram de construção mais antigas com várias partes de madeira, caindo aos pedaços.

Bom está na cara que essa é a área pobre da cidade, havia alguns pedintes sentados pelas calçadas, a maioria senhores de idade, mas havia algumas crianças também.

-Ei Lugher tem certeza que é aqui onde você mora? - perguntei um pouco preocupada.

-Claro que não! Só estou andando por aqui, porque gosto de andar em vários lugares, pensando na vida, sabe! - Lugher disse sarcasticamente.

-Não precisa ser grosso, já entendi!

-Não precisa perguntar o óbvio!

-Bom enfim...você mora por aqui...mas onde exatamente?

-Eu moro em uma humilde pensão... Na verdade é uma taberna mas eles também servem como uma espécie de hospedaria.

-Uma pensão?

-Sim mas atualmente só eu estou me hospedando. Então eles funcionam mais como uma humilde taberna.

-Entendo...

Passaram alguns minutos de caminhada e chegamos a taberna onde o Lugher mora.

Como posso dizer? Esperava menos da taberna, achava que o lugar estava caindo aos pedaços inicialmente. Mas quando observei, a fachada era bem arrumada. A taberna era feita de alvenaria, as paredes eram brancas, as janelas eram de madeira, e a porta era velha mas bem conservada, em cima da porta havia uma placa pendurada com o nome da taberna escrita, se chamava Andorinha, o lugar tem três andares. Bom por mais que o lugar seja humilde, percebia-se que era um lugar bem cuidado.

-É aqui onde eu moro, o lugar use chama Andorinha.

-Parece ser um bom lugar.

-Sim é um ótimo lugar... Vem vou te apresentar a dona do lugar. - assim Lugher segura minha mão e me leva para dentro da taberna.

Quando entramos o lugar estava bem iluminado, tinha vários senhores e senhoras sentados pelas mesas de madeira, bebendo e jogando conversa fora. O lugar era bastante limpo e cheirava a bebida e uma deliciosa comida.

Todos na taberna estavam animados, o oposto das pessoas que estavam de fora. E na taberna algo me chamou a atenção, na verdade não só a minha atenção mas das pessoas quê estavam na taberna.

Era uma jovem garçonete (eu acho) que estava servindo as mesas com várias canecas de bebidas em suas mãos. Ela conversava com as pessoas da taberna e parecia que os senhores e senhoras que frequentavam, gostavam da presença dessa jovem.

Pelo que eu vejo ela ainda era uma criança mas esbanjava animo e alegria para a taberna. As vezes tinha impressão que ela emanava pura energia.

Ela era bem bonita mesma pela sua idade, seus cabelos castanhos eram compridos por mais que esteja amarrado com uma trança. Ela tem uma pele bem clara e seus semblante sempre havia uma expressão fofa e sorridente que aumentava sua pura beleza. Ela tinha olhos da matiz da mais bela pedra de jade. Seu olhar era belo e cheio de vida, seus cílios longos davam um charme mais acurado. Ela era um pouco mais alta do que o Lugher, tinha um vestido simples com um avental amarrado em sua cintura. Quando ela for mais velha com certeza se tornará ainda mais bela.

Logo que ela estava entregando os pedidos, Lugher prontamente foi em sua direção me levando junto e a chamou :

-Helena! Há quanto tempo! - Lugher disse animado com uma sorriso em seu rosto.

-Lugh! - gritou animada logo quando viu o Lugher.

"Lugh? "-pensei.

Assim rapidamente a jovem corre em direção ao Lugher e o abraça. O impulso do abraço fez o Lugher dá uns passos para trás.

"Mas o que...!? "- pensei com um rosto surpreso.

-Lugh senti muita saudade de você! - disse a jovem com um grande sorriso e um pouco de lágrimas em seus olhos.

A jovem continuou a falar:

-Você é sempre assim! Você aparece e depois some do nada, sem nem se despedir ou avisar que vai partir. Você é muito egoísta! - disse a jovem com uma expressão irritada em sua face.

-Sinto muito...não farei isso de novo. - Lugher se desculpou com um rosto corado.

- É o que você sempre diz! - a jovem começou a cutucar a bochecha de Lugher.

- Er...-quando Lugher ia falar algo, ele se calou, ficou com um rosto vermelho e desviou o olhar.

"Nunca vi esse tipo de expressão no Lugher, ele até que está bem fofo. "- pensei comigo mesma.

-Você não tem jeito mesmo...vou te perdoar dessa vez! - disse a jovem com um sorriso sereno em seu rosto.

-Ah...garoto...- chamei o Lugher.

-Ah mesmo! One esqueci de apresenta-la.

-Bom não se preocupe...quem é essa adorável jovem? - perguntei calmamente.

-O nome dela é Helena, ela é a filha da dona da hospedaria. Ela tem a minha idade, é uma boa menina. - enquanto o Lugher a  apresentava, Helena ficava me encarando. Não sei se ela estava mesmo me encarando ou só era impressão minha.

-Lugh... Quem é essa tiazona? - pergunta Helena, puxando a manga da roupa de Lugher.

-Hahaha! - Lugher rir da pergunta.

-Tiazona!? Escuta aqui está na cara que ainda sou bem jovem! Nem fodendo quem sou uma tiazona! - falei enraivecida.

Eu sei que usei uma linguagem grosseira com uma criança... Mas quem não ficaria com raiva!? Ela me chamou praticamente de velha!

- Essa foi boa Helena! Bom Helena...essa tiazona... Hehehe... - Lugher começa a rir de novo.

-Pare de rir garoto! - irritada, peguei o Lugher pelo colarinho.

-Calma One! Só foi uma brincadeira! - Lugher disse com um sorriso em seu rosto.

-Ei largue o Lugh, sua velha! - Helena afirmou.

-Velha!? - em choque pelo que ela disse, larguei o Lugher, deprimida.

-Bom Helena, como estava falando... Ela se chama One, digamos que ela é uma companheira minha.

-Hum...uma companheira?  - Helena pergunta desconfiada.

-Sim! Sobre isso, preciso falar com a sua mãe.

-Ela está na cozinha, você pode ir falar com ela.

-Okay, vou ir vê-la. One você espera sentada aqui, eu já volto.

-Está bem...

Assim Lugher foi embora em direção a cozinha e eu fiquei sentada numa mesa esperando. Assim Helena veio até mim com uma caneca de hidromel.

-Aqui está sua bebida! - Helena coloca com força a caneca na mesa.

-Não me lembro de ter pedido... - falei encarando ela.

-Bom... O Lugh me pediu para dar algo para você beber. - Helena disse com tom áspero e um olhar feroz em mim.

"O olhar e o jeito de dizer dela está bem diferente da primeira impressão que tive. Parece que ela tem algum rancor comigo."-pensei inquieta.

Então a Helena sentou em minha frente e começou a ficar me encarando.

-Er...posso ajudar em algo...? - perguntei relutantemente.

-Desde quando você conhece o Lugh!?Eu nunca te vi antes! Eu saberia se você fosse alguém da guilda! - Helena disse com o rosto corado.

-Han!?

-Vou repetir minha pergunta. Desde quando você conhece o Lugh?

-...

Fique em silêncio por um momento mas depois algo veio algo em mente e falei.

-"Lugh"é uma apelido bem fofo para Lugher. - disse com um sorriso torto no rosto.

-Ei não ignora minha pergunta! - Helena disse com um rosto vermelho de raiva.

-*suspira *... Para que fazer tanto estardalhaço. Eu o conheço isso que importa. - assim sentada, coloquei minhas pernas em cima da mesa, peguei a caneca de hidromel e comecei a beber.

-Isso não respondeu a minha pergunta.- Helena disse me encarando.

-Bom...eu conheço ele a menos tempo que você. - assim que terminei de falar, dei um gole no hidromel.

-Parece que você não vai falar nada...bom vou voltar a trabalhar, mas isso ainda não acabou.

-Pense no que quiser. - prontamente respondi.

Na cozinha da taberna.

Lugher acaba de entrar na cozinha da taberna. A cozinha era bem simples, louças para todos os lados, panelas no forno, vários tipos de leguminosas pendurados pela cozinha, mas tudo era bem limpo.

Na cozinha havia uma senhora de meia idade, seus cabelos castanhos tinham traços de fios brancos, seus olhos cansados tinham a cor de uma jade, por mais que ela seja um pouco rechonchuda, seu rosto era bastante elegante. A senhora vestia uma vestido bem simples com um avental amarrado em sua cintura e um pano amarrado em sua cabaça para segurar os seus cabelos. Bom podemos dizer que ela é uma senhora que aparenta ser simpática.

Então Lugher caminhou em sua direção.

-Há quanto tempo tia Martha! - Lugher disse se aproximando.

-Ah finalmente você voltou, pivete! Achava  que você já tinha morrido em algum beco por aí - disse a senhora se afastando do fogão.

-Que pensamento cruel você teve! Assim que você recebe seu inquilino? - disse Lugher com um sorriso sarcástico.

-Nem vem com essa, seu aluguel está atrasado.

-Bom falando em aluguel, está aqui o dinheiro que estava devendo. - Lugher pegando um pequeno saco de couro de seu bolso, joga para Martha.

Prontamente Martha pegou o saco de couro e abriu. No saco havia várias moídas de bronze e umas quatro moedas de prata.

-Tem muito mais dinheiro do que você estava devendo. O que você aprontou dessa vez? - Martha perguntou desconfiada.

-É assim que você pensa sobre mim!? Só porque estou dando dinheiro a mais, você já pensa que eu fiz alguma coisa!?- Lugher disse com uma sorriso torto em sua face.

-Sim, você é um mar de problemas, sempre arranjando confusão por aí.

-Assim você me mágoa...

- Fale logo, o que você quer?

-Bom...esse dinheiro extra é para pagar a hospedagem de minha companheira.

-Você trouxe alguém aqui? Você não é alguém que se aproxima muito das pessoas. - Martha pergunta desconfiada.

-Essa minha companheira é uma excessão.

-Bom quem é essa pessoa então?

-É a loira que está sentada na mesa no canto, o nome dela é One. - disse Lugher apontando para mim.

Assim Martha me observava pela porta da cozinha.

-Ela é bem bonita...

-Serio? Nem percebi.

-Então vai alugar um quarto para ela?

-Não sou tão generoso a esse ponto. Ela vai dormir no meu quarto mesmo, esse dinheiro são para as despesas dela aqui.

-Você vai fazer ela dormir com você!? - Martha perguntou indignada.

-Que tipo de pergunta com duplo sentido é essa!? Ela vai dormir no meu quarto por ser mais econômico, também eu durmo no sótão, é bem espaçoso lá. Então não se preocupe com nada.

-Está bem vou ceder dessa vez mas nada de fazer desse lugar como um motel, ouviu!?

-Quem você pensa que eu sou? Não sou esse tipo de homem que você pensa... Eu sou um santo comparado com muitos humanos que existem por aí. - disse Lugher arrogantemente.

-Hum...não sei o que minha filha vê em você... - sussurrou Martha.

-O que você disse?

-Nada importante, bom melhor você ir falar com sua companheira, vou providenciar alguma comida para vocês.

-Ei se você puder, pode arrumar algumas roupas extras para One, ela só tem a roupa do corpo. Se você puder arranjar umas roupas velhas, eu ficaria agradecido.

-Está bem, está bem...vou vê o que posso fazer. - assim que Martha termina de falar, ela se afasta e logo volta a cozinhar.

Lugher então caminhou a onde estava, e sentou a mesa, ao meu lado. Tirei minhas pernas de cima da mesa e voltei a sentar normalmente.

-Bom então vou poder ficar aqui? - perguntei.

-Sim já resolvi tudo.

-Ainda bem! Já estava cansada, quero logo ir para o meu quarto e deitar na minha cama.

-Bom, você vai dormir no mesma quarto que eu. Têm amgum problema?-Lugher perguntou.

-Por mim não tem problema, nós já dormimos no mesmo quarto antes, também já acampamos juntos. - disse despreocupada.

-Bom eu não uso os quartos para hóspedes aqui...eu durmo no sótão da hospedaria.

-Por que você dorme no sótão?-perguntei intrigada.

-É bem mais espaçoso do que os quartos normais e é o lugar mais isolado da hospedaria. Não gosto de ficar tombando com pessoas que não tenho o mínimo interesse... Por  isso decidi alugar o sótão, para morar. - Lugher disse com um leve sorriso no rosto.

"Hum...parece que o Lugher não é alguem que se socializar muito..." - pensei.

Quando estava distraída com meus pensamentos, percebi Helena no lado de Lugher.

-Olá Lugher, minha mãe me pediu para entregar essa sopa para vocês. - Helena entrega as sopas com um sorriso meigo no rosto.

"Que sorriso é esse!? Ela não estava assim comigo, momentos atrás. "-pensei indignada.

-Ah! Obrigado Helena, você é prestativa como sempre.

-Então Lugher... Quanto tempo você vai ficar por aqui? - Helena pergunta timidamente com um rosto corado.

-Bom não tenho muita certeza...talvez quando encontrar um trabalho interessante talvez... - Lugher responde.

-Entendo...- Helena disse com um rosto triste.

-...

Fiquei em silêncio, prefiro não falar nada e continuar bebendo.
Rapidamente Helena me encara, e pergunta para o Lugher:

-Lugher quando a tia One vai poder ir embora? - Helena pergunta com uma sorriso cínico.

-Cof! Cof! - me engasgei com a bebida.

-Escuta aqui! "Tia One" é meu rabo! Não sou sua tia e nem tenho idade para ser chamada assim! - Disse enraivecida.

-Ora, ora não foi minha intenção ofendê-la. - Helena responde cinicamente.

Lugher observou a discussão e entrou na conversa no intuito de melhorar o clima.

-Ei One, acalme-se não foi a intenção da Helena de ofendê-la, mas você não deveria se portar deste jeito, lembre-se que você é adulta, então se porte como uma! - afirmou Lugher pondo um fim nessa desavença.

-Está bem...-concordei e voltei para meu canto e comecei a tomar minha sopa.

-Bom...Helena respondendo sua pergunta, digamos que a One não vai embora tão cedo. - Lugher responde tranquilamente.

-Han!? Como assim!? - Helena pergunta preocupada.

-Ela vai passar a morar aqui, já resolvi isso com sua mãe. A One vai dormir no sótão comigo, assim será mais barato para mim.

-Ela vai dormir com você!?

-Sim, lá no sótão tem um sofá, ela poderá dormir ali.

-Vou ter que dormir no sofá? - pergunto desanimada

-É melhor do que dormir na rua. - Lugher prontamente responde.

-Agh... - tentei argumentar mas não deu.

-Mas Lugher você mal a conhece direito. Você não deve deixar alguém que você mal conhece, muito próximo a você, ela poderá fazer algo. - Helena protesta.

-Helena você está tendo preocupações desnecessárias, não se preocupe quanto a One, por mais estranho que possa parecer, eu confio nela. Além do mais nem ela mesmo se conhece... - Lugher responde com um tom firme.

Depois de Lugher ter falado, a Helena ficou quieta, com dúvidas em seu rosto mas depois ela desviou o olhar para mim, me encarnando ferozmente.

Neste mesmo instante dei um sorriso arrogante, e mostrei minha língua para ela, provocando-a,  confesso que foi imaturo da minha parte mas foi engraçado vê o rosto dela de derrota. Normalmente não iria provoca-la, mas ela precisa de uma lição e aprender a respeitar os mais velhos( não que eu seja velha).

-Bom se essa é sua decisão Lugher...não vou me opor. - Helena disse com uma tristeza em seus olhos.

"Parece que ela gosta do Lugher...acho que não devia provocá-la...talvez só um pouquinho "- pensei calmamente.

-Bom ainda bem que você entendeu. Bom eu e a One vamos nos retirar, iremos para o nosso quarto. Boa noite Helena.

-Boa noite...Lugher - Helena tristemente disse.

Então eu e o Lugher nos levantamos e fomos em direção às escadas para o andar de cima, mas quando passei em frente à Helena, sussurrei em seu ouvido:

-Boa noite Helena.

Então continuei a andar e momentos depois Helena virou e disse :

-Eu não vou perder para você!

Continuei a seguir o Lugher e subimos para o andar de cima.

"Não sei nem o que estamos jogando, nem sei se quero vencer, ainda acho que ela entendeu mal a minha relação com o Lugher... Ah deixa para lá, isso não importa. "-pensei enquanto coçava a cabeça.

No segundo andar da hospedaria, havia um corredor  com várias portas, cada porta um quarto diferente, o piso era todo de madeira, a parede tinha cor creme, também havia uns móveis bem rústicos.

Fomos até o final do corredor, havia uma portar bem velha, a qual Lugher abriu, era um cômodo quadrado bem pequeno, acho que só cabia no máximo quatro pessoas dentro. Neste cômodo havia alguns materiais de limpeza como uma esfregão ou um balde. Mas havia uma escada de madeira aclopada na parede.

-É aqui, vamos só subir essa escada e já estamos no sótão. - Lugher explica.

Chegamos ao sótão, estava bastante escuro a única luz que se via era a luz da lua que entrava pela janela, uma janela redonda com detalhes de madeira.

Então Lugher foi até a parede e apertou  um botão, ligando as luzes.

-Bom como posso dizer? Bem vindo ao meu lar. - assim o Lugher apresenta o sótão onde mora.

Para ser sincera eu esperava um lugar empoeirado, cheio de teia de aranha. Mas o lugar era bem limpo e iluminado, havia alguns móveis rústico no sótão como armário, uma escrivaninha, uma pequena mesa com duas cadeiras e alguns baús.

Havia um sofá marrom no meio do sótão, parecia-me velho mas não havia cheiro de mofo. Logo abaixo da janela redonda havia uma cama de solteiro, o lugar era todo de madeira .

-Até que é bem cuidado - disse observando o lugar.

-A Helena sempre limpa o lugar guando estou fora, por mais que eu tenha dito que ela não precisava. - Lugher disse com um leve sorriso.

-Ela se deve gostar muito de você então.

-Acho que sim, ela é uma ótima amiga.

-Hum..."amiga " sei... - sussurrei baixinho.

-Você disse alguma coisa One?

-Não é nada.

-Bom...vai ser aqui onde você vai dormir por enquanto. - disse Lugher apresentando seu quarto.

-Agradeço por você me dar um teto onde dormir, mas vou ter mesmo que dormir no sofá ?- perguntei.

-Bom pensei melhor, acho que seria melhor você dormir no chão. - disse Lugher com uma sorriso cínico no rosto.

-O que!? Dormir no chão!? Isso não chega a ser diferente de um cachorro!

-Hum...você não parece muito diferente de um, você sempre fica gritando alto por aí, parece que um cachorro que não para de latir. - disse Lugher com uma sorriso sádico.

-Ora seu...! - guando ia agarrando o colorinho de Lugher, eu pensei melhor e parei meu impulso.

-Quer saber deixa para lá! Não vou brigar com meu benfeitor...por mais que não goste de sua atitude e nem de dormir no chão. É bem melhor que dormir na rua. - disse com um rosto emburrado.

-Nossa, quem diria que você tem auto controle? Hehehe - Lugher rir descontraído.

Lugher continua a falar:

-Não se preocupe One, esse negócio de dormir no chão é só brincadeira, você poderá dormir no sofá por enquanto. - Lugher disse  dando uns tapinhas nas minhas costas.

-Já devia saber, você se finje ser uma pessoa fria e sádica mas na verdade por dentro tem um coração de mocinha. - disse com um leve sorriso.

-Pense no que você quiser

Depois de conversarmos, eu e o Lugher arrumamos nossas coisas e fomos dormir. Ele estava deitado na cama e eu no sofá. O sofá era um pouco pequeno, parte das minhas pernas ficavam de fora do sofá.

Começamos a conversar na calada da noite:

-Ei Lugher, vou começar a trabalhar amanhã, tem algum conselho?

-Hum... Vai ter de vez em guando trabalhos ridículos mas nunca subestime nenhum trabalho.

-Sério?

-Sim, sei por experiência própria, subestimei certos trabalhos, e quebrei a cara por isso.

-Entendo... - disse com um tom desanimado suspiro.
-...

Lugher ficou em silêncio por algum tempo, parecia que estava pensando em algo.

-Ei One, se você conseguir completar seu trabalho amanhã com êxito, vou lhe dá um presente.

-Um presente!? Mas você já me ajudou com tanta coisa. Não quero está com mais dívidas com você! - disse francamente.

-Não se preocupe, esse é um presente meu! Não precisa dar nada em troca, digamos que vai ser uma "motivação" para o seu trabalho. - disse Lugher com um leve sorriso.

-...

Fiqui em silêncio, olhando para o Lugher do sofá.

"O Lugher pode ser um tanto rude, desde quando o conheci, nós só discutimos...mas ele sempre me ajuda... Fico em dúvida se ele faz por bondade ou com segundas intenções. Mas deve haver algum motivo..."-pensei receosa com rosto cenho.

-Você deve estar pensando o porquê de eu te ajudar tanto, não é? -Lugher disse com um rosto indiferente.

-Ugh...

Engoli seco depois da pergunta, mas logo concordei.

Assim Lugher deu uma leve e baixa risada e depois falou:

-Estaria mentindo se não houvesse motivos... - assim Lugher se ergue e fica sentado na cama.

"Como pensava... Há segundas intenções... " -pensei tristemente.

Assim Lugher continua a falar:

-Eu não sou tão bondoso como você pensa... Pelo contrário eu me considero uma má pessoa, te ajudei por motivos egoísta e pessoais, talvez para alimentar meu próprio ego....

-Como assim...? - me levantei ficando sentada no sofá fitando o Lugher.

-Como eu disse antes... É algo pessoal, mas não se preocupe minhas intenções não são ominosos ou nocentes. - Lugher disse consternado.

"Escuto firmeza em suas palavras...mas tamanha tristeza. "-pensei enquanto observava-o.

-Como posso crer em suas palavras? - perguntei seriamente.

-Posso não ser uma pessoa benevolente, de um bom coração, fiz coisas muito ruins para sobreviver... Mas uma coisa é certa... Eu sou uma pessoa veraz. - Lugher disse fitando seus olhos resplandecente em mim, com um semblante resoluto.

"O Lugher deve ter passado por muita adversidades na vida, ele deve ter seus motivos, depois dessas palavras... Sinto que conheci um pouco mais sobre o Lugher, ele pode ter me ajudado com segundas intenções mas eu confio nele, confio nas suas palavras."- pensei calmamente, enquanto ficava em silêncio.

Até Lugher cortar o silêncio:

-Bom One! Está ficando tarde, melhor nós dormirmos, temos um longo dia pela frente. - Lugher disse com um sorriso torto em seu rosto.

-Sim... É melhor nós dormirmos, hoje o dia foi longo... Boa noite Lugher. - disse com um sorriso sereno.

-Boa noite, One.

Em seguida fomos dormir, um sono sereno mas ao mesmo tempo receoso.



Notas Finais


Bom talvez daqui para frente demore os capítulos de Embraced By Darkness, porque estou escrevendo um outra história e estou lançando os capítulos também. Espero que tenham gostado do capítulo 😁


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