História Emison- Unexpected Love ( Amor Inesperado ) - A ida

EMILY POV

Não sei o que era mais incrível: a disposição da Alison de, apesar de tudo, querer ficar comigo, ou a rapidez com que ela chegou no meu apartamento.
- Não sei o que faria sem você agora, porque minha cabeça tá fervendo porque não tô conseguindo fazer essa droga desse trabalho, porque as meninas creio eu que enfiaram o celular em algum lugar bem escondido e difícil de ser achado - diz Alison abrindo os livros e pegando o caderno, com uma comicidade na sua fala, que não me dá outra opção a não ser rir. 
- Tá, vamos lá - eu digo tentando mudar de assunto pra não gerar outro clima de romance que percebi que estava prestes a ser criado com o sorriso que Ali me olhava enquanto eu ri brevemente.
Expliquei o assunto pra ela, e outra coisa que me fez pensar, foi como foi incrívelmente fácil ela aprender o assunto, o que me fez pensar que era apenas uma desculpa para estar comigo.
- Quer comer alguma coisa?  - pergunto ao terminar de explicar o assunto. 
- Não, valeu. Emily, eu sei que isso vai ser chato e enjoado pra você, mas eu quero, e preciso conversar com você de novo sobre nossos sentimentos. - ela iniciou falando com um jeito calmo e cauteloso.
- Ali.. - suspirei - você sabe que isso não pode ser, e apesar de algo por você também estar se gerando dentro de mim, é complicado, porque amo minha namorada. - digo rapidamente, pois tinha medo de não conseguir dizer aquilo.
- Em... Eu sei, eu sei de tudo isso, e sei que estou sendo totalmente infantil alimentando isso, mas não vou desistir, você diz que ama ela, mas nem consegue dizer direito pra mim que você não quer nada. Como eu disse da outra vez, não vou te forçar a tomar nenhuma decisão em relação à sua namorada, mas te peço, por favor, dá uma chance pra mim, quem sabe seus sentimentos não ficam mais claros, mais objetivos...- ela diz com perssuasão e pega em minha mão. 
Olhei para o lado com o olhar confuso e fraco.
- Eu vou pra Rosewood amanhã, vou encontrar ela, e você quer que eu haja como? Não vou conseguir olhar pra ela, e lembrar que posso estar traindo a garota que mais me tem ajudado e apoiado nos ultimos dois anos, sabe? Não é tão fácil. 
- Por um lado não, mas pensa de outra maneira, quando você encontrar ela, vai poder saber se realmente a ama como diz, ou se apenas sente remorso como parece... - fala Alison com insistencia, e por mais raiva que ficasse, sei que de alguma forma ela está certa.
Eu sabia que tudo aquilo poderia passar, ou que tudo poderia ficar mais intenso entre nós, ou até que eu não sinto nada certo por Ali. Mas uma coisa eu tinha certeza: Olhar pra ela, e não poder abraçá- la, tê-la em meus braços, e sentir novamente os lábios dela com os meus, seria a tarefa mais difícil que eu teria se decidisse ficar somente com a Maya, o que parece mais impossível a cada instante, já que não consigo dizer a Alison que pare de uma vez por todas de tentar.
Quando percebemos o fim da conversa, ela percebeu minha aflição e insegurança, e me abraçou. Um abraço apertado e ao mesmo tempo generoso, sincero e puro, que me fez perceber o quanto estava sendo cruel com ela, e comigo mesma, e retribui o abraço me sentindo rendida a ela. 

ALISON POV

Pela primeira vez senti Emily realmente solta ao ficar comigo, rendida, e aos poucos se entregando àquele sentimento confuso, mas ao mesmo tempo avassalador que tomava conta de nós. Ao contrário das outras vezes, dessa vez a própria me beijou, e deixou tão explícito no beijo o quanto queria ficar comigo sem pensar em mais ninguém, que senti finalmente que poderíamos tentar seguir a diante com tudo isso. Ficamos por alguns instantes dando continuidade num beijo forte e sensível, claro e calmo, até que ouvimos o som da porta se abrir, e ao quebrar o beijo, avistar Spencer olhando pra nós com uma cara de " Não acredito que cheguei justo agora ". Eu já tinha percebido a muito tempo que ela não gostava de mim, apesar de não saber ao certo o porquê.
Abaixo minha cabeça com um pouco de vergonha, e apenas ouço Emily falar:

- Quer ajuda com as malas?
- Não, deixa aí, depois eu pego. - Spencer fala e percebo que ela mal olha Emily e sobe pro quarto.
- Liga não, ela tá com raiva de mim, não de você... - a morena tenta contornar a situação.
- Deixa isso pra lá... Enfim... obrigada por me ajudar com o trabalho e.. boa sorte amanhã. - digo pegando meus materiais e me levantando - Ah e... valeu por deixar que isso acontecer. - dou um  sorriso feliz.
Antes que eu saísse, a morena me deu um selinho demorado, como se dissesse " de nada " e ao mesmo tempo " obrigada ". Sorri ao sair, e pela primeira vez me senti acanhada com uma reação dela, mas por dentro, uma alegria imensa tomou conta de mim ao ir pra casa.

EMILY POV.

Tentei me culpar por estar fazendo aquilo, mas na verdade, só conseguia sentir vontade de estar novamente com aquela loirinha, e nem em Maya conseguia pensar. A manhã de sábado chegou, Spencer acordou logo cedo pra ir no colégio com a mãe terminar de resolver a papelada da matrícula, e eu saí em seguida pra encontrar Maya em Rosewood.
Chegando lá fui primeiro ver meus pais, já faz mais de duas semanas que não os vejo, como nos primeiros dias de aula os professores sempre passam exercícios e trabalhos, tive que ficar sem vê-los por quase dois finais de semana. Quando cheguei lá, pra minha surpresa,
 Maya estava ao lado da minha mãe me esperando na porta de casa. 
Desci do carro e fui até elas ouvindo Maya dizer com um sorriso ao me ver saindo do carro:

- Como eu sabia que você viria aqui primeiro, e já não tava aguentando mais a saudade, resolvi compartilhar a ansiedade de te ver com sua mãe. - diz Maya me abrançando forte.
A única coisa que eu fiz foi abraçá- la com um sorriso largo e retribuir os olhares que ela me dava, de um jeito tão tímido, que me lembrei da primeira vez que a vi, mas eu sabia porque me senti tão estranha. Abracei minha mãe em seguida, e disse a ela o quanto sentia falta, apenas para ela ouvir.  Entramos, ficamos conversando nós três sobre como estava sendo minha vida lá, o que de certa forma não me agradava, por ter que omitir alguns detalhes.

SPENCER POV

Depois que saí do colégio com minha mãe, segui outra direção, e com a certeza de que ela ia ficar irritada, não falei pra nada.
Como eu sabia que a Emily ainda não estaria em casa, resolvi ir para um restaurante comer alguma coisa, e fazer vários nadas por alguns minutos. Para minha pequena surpresa, vi em uma mesa no canto, Aria, e não faço idéia do porquê, mas me senti quase obrigada a ir falar com ela, que estava de cabeça baixa, e me lembrando da força que ela me deu outro dia, resolvi falar com ela.

- Tão solitária, menina - chamo sua atenção parada em sua frente na mesa.
- Ah, e aí Spencer... - ela me diz um pouco surpresa e com um semblante um tanto quanto frustrado. 
- Está esperando alguém pelo visto, não é? - perguntei ao ver seu semblante.
- Estava. Mas acredito que essa pessoa não venha mais. - ela olha a hora em seu relógio de pulso, e faz uma cara de ' fazer o quê'. - Senta aí se quiser - ela diz mudando de assunto, e como eu também estava sozinha, acabo aceitando. 
- Deixa eu adivinhar: Estava esperando o namorado ou algo do tipo, e ele te deu o cano. Acertei?  - digo com minha expressão de adivinha. 
- Em cheio - ela da um riso nasal.- Você pelo visto, brigou com alguém de novo, acertei? - ela completa.
-Sempre - rio levemente.
- Meu Deus.... Quer pedir alguma coisa? - exclama Aria.
- Um Licor só,  por enquanto. - respondo.
Jogamos conversa fora, e falamos de problemas. Não costumava fazer aquilo ali com ninguém, além de Emily, e não sei explicar, mas me sentia a vontade com a Aria, e de alguma forma ela parecia confiar em mim também, contando seus problemas. 

EMILY POV

Foi ficando tarde, e eu decidi voltar pra N.Y, e quando contei a Maya que estava pretendendo voltar em alguns minutos, ela insistiu pra que eu ficasse um pouco mais.

- Amor, por favor... quero te mostrar uma coisa na minha casa - ela pede me puxando pra fora, e eu acabei indo e a acompanhei até sua casa, que ficava a pouco mais de 100 metros da minha. Entramos, e fomos direto para seu quarto. 
- Meu Deus, Maya... Que lindo! - digo fascinada ao entrar em seu quarto, e ver que ela tinha o tematizado todo, como se fosse no fundo do mar. 
- Com sua auxência, tive que arrumar alguma forma de te ter mais junto de mim. - diz Maya ao ver minha adimiração e encanto. A verdade, é que eu de verdade tinha adorado tudo aquilo, e me senti acolhida naquele quarto, junto a ela, e apesar de por um momento, me lembrar de minhas falhas em Nova York, naquele momento não consegui me sentir culpada, pois quando meus pensamentos começaram a me perturbar, Maya me fez os esquecer com um beijo suave e de saudade, e senti o quanto seus lábios ansiavam pelos meus. Nos detemos nesse beijo por alguns instantes, até que ela com carícias em meus cabelos e sua mão deslizando pelo meu corpo, me fazendo sentir arrepios e uma onda de calor percorrer meu corpo, nos fazendo deitar em sua cama e nos amarmos por quase uma hora. Nos despedimos de uma forma doce e logo fui novamente para casa da minha mãe me despedir dela e pegar meu carro e voltar  para N.Y. 
Cheguei tarde da noite, pois a viagem é demorada, então me joguei na cama e dormi em um sono profundo