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História Emissarium - O motivo da expiação - Capítulo II - O Pingente


Escrita por: NikaSama

Notas do Autor


Resolvi postar logo o segundo capitulo pois é nele que a história começa a esquentar. ;)
ótima leitura! ^^

Capítulo 2 - Capítulo II - O Pingente


Fanfic / Fanfiction Emissarium - O motivo da expiação - Capítulo II - O Pingente

O Pingente


Era possível ir andando da escola para o Shopping, afinal há coisas boas de se morar em uma cidade pequena. Não era grande nem muito luxuoso  mas tinha uma praça de alimentação admirável! E foi por lá que começaram, escolheram seus lanches preferidos, Laila pediu um hamburguer completo com tudo que se tem direito, um refrigerante grande e fritas grandes, Meggam pediu um cheeseburguer sem salada, um milk shake de chocolate e fritas médias. Se dirigiram à uma mesa perto da saída da praça de alimentação, sempre sentavam na mesma mesa quando comiam ali.
    Laila estava radiante com sua roupa preferida que era uma camisa curta branca de botões deixando sua barriga a amostra um shorts jeans cintura baixa  de lavagem desbotada e desfiado nas pontas, o seu toque final era uma gravata curta feminina carmim e seu All Star vermelho combinando. Meggam sempre usava calças não muito apertadas e babylooks não muito justas, parecia não querer tornar visível o desenho do seu corpo, e usava coturnos de couro cano curto marrom escuro ou botas com cano alto, mas naquele dia usou o uniforme da escola mesmo, havia esquecido ou como Laila a acusou, não deu a menor importância de como estava vestida.
Entre conversas descontraídas e risadas, Meggam por alguma razão sentiu-se incomodada, como se alguém a estivesse observando.
-Eu quero só ver, vamos ser as únicas a terminar o ano letivo e não arranjamos ainda namorados para nos levar ao baile de formatura!- Laila dizia mordendo uma batata com seu tom brincalhão.
-Você também está sentindo?- Meggam ficou séria por um estante, com  um olhar perdido, sentiu um arrepio lhe percorrer a espinha, como se tentasse perceber de que direção vinham os olhares.
-Hellooow!? Meggam o que foi? Sentindo o quê?- Laila achou ser brincadeira da amiga tentando lha aplicar uma pegadinha.
-Nada, deve ser a minha imaginação!-  disse rindo e disfarçando o ocorrido.
-Não vai me dizer que aquelas vadias estão te perseguindo de novo?-Laila se referia a Diana e sua trupe, seu tom de voz soou bravo e com raiva.
-Nãooo! Imagina, faz bastante tempo que não as vejo e se me vêem no colégio disfarçam com medo de que eu as entregue pelo que me fizeram.- disse Meggam abaixando a cabeça.
Laila encarava Meggam e achou melhor não falar sua opinião que já expôs diversas vezes, de denunciar todas elas pelo horror que fizeram Meggam passar, mas ela sabia que sua amiga não era do tipo inconformada e briguenta pois essa era ela mesma.
    Continuaram as palhaçadas de Laila e os joguinhos de com quem ir ao baile. Andaram e viram muitas vitrines, atividade que Laila amava. Mas em uma loja de antiguidades a atenção de Meggam ficou presa a uma peça especifica, um pingente redondo dourado com um desenho cravado em seu centro, era antigo e parecia de ouro, por sinal era bem caro com uma plaquinha de $ 8.000,00 informando o preço. Mas antes que Meggam pudesse gravar a figura Laila a puxou para olharem uma loja de sapatos. Já estava ficando tarde, haviam andado o Shopping todo e as duas teriam que dar por encerrado o passeio.
    Saindo do Shopping estava garoando, Laila fez uma careta porque ela odiava chuva, se despediram rapidamente e foram cada uma para suas casas. Meggam caminhava com os braços cruzados, andando rápido tentando se proteger da chuva, ainda lembrando da sensação que havia sentido a pouco no shopping. 
    Ao longe uma figura misteriosa em meio a uma sombra observa a garota que caminhava pensativa.
- Do destino não se esquiva menina, há de conhecer o verdadeiro significado da sua existência!
    Na mesma noite Meggam estava em seu quarto, vestiu a calça folgada  de estampa escocesa vermelha e a regada preta combinando assim ficava mais a vontade quando ouviu seu celular tocar, não esperava pela ligação de ninguém, se preocupou com Laila no mesmo instante, ainda mais  naquele horário. Levantou de sua cama onde estava como em um pulo  e atendeu ao estridente barulho musical do celular.
-Alô! - Não se escutou resposta, apenas uma respiração calma e ritmada e o um ruído do péssimo sinal em dias de chuva. -Alô!? Quem é? Com quem gostaria de falar?
    O silêncio prosseguiu a deixando desconfortável e inquieta, decidiu então desligar com o pensamento que talvez fosse engano ou até mesmo um trote. Voltou a se deitar na cama e ficou pensativa com o telefonema e aquela misteriosa respiração do outro lado da linha, não parecia Laila, era sem muita certeza uma respiração masculina, tentou afastar aquilo de sua mente.  Abriu sua bolsa de escola e decidiu fazer seus deveres escolares, o de matemática estava especialmente difícil, mas ao retirar um caderno da bolsa caiu no chão  uma corrente dourada com um pingente redondo.
    -Oh meu Deus! Mas como?
    Ela o segurou, enquanto sentia o toque frio do metal em sua mão, o olhava analisando-o , não era qualquer pingente e sim aquele que Meggam avistara no Shopping. "Como aquilo fora parar ali?".  O símbolo gravado parecia com um losango esguio em diagonal para a direita e um traço em diagonal para esquerda com pequenos círculos em suas extremidades, em cada ponta lateral do balão o traçado passava formando quatro finos riscos com círculos em suas pontas, formando um símbolo desconhecido e estranho aos olhos de Meggam que parecia não conseguir parar de olhar aquele pingente.
Meggam foi retirada de seu transe quando seu celular tocou novamente mas dessa vez foi o som de uma mensagem, um toque menos constante e que se dissipou rápido. Meggam soltou o pingente na cama e pegou seu celular que não era o modelo mais novo do mercado mas lhe servia de grande ajuda e era o que seu salário podia comprar, abriu-o e leu a mensagem que dizia:
    '' Me encontre na Ponte Velha de Pedras exatamente a meia noite , tenho que entregar-lhe o teu destino.''
    Meggam sentiu por um leve momento um nervosismo que lhe causou náuseas ao ler a mensagem, mesmo sem a entender. ''Do que poderia se tratar? Será que foi outro engano? Mas duas vezes seguidas assim seria um pouco difícil de acreditar em coincidências.''
     Ficou um tempo meditando se deveria realmente sair e ainda mais naquele horário para um local tão afastado de tudo. Não era muito longe  mas não era rodeado de residências e sim uma espécie de parque florestal preservado, era a parte mais antiga da cidade.
Decidiu-se enfim " Claro que não! Era uma ideia absurda!". Foi em direção à sala, desceu as escadas e viu um recado de sua mãe que dizia:
    ''Feche bem as portas e janelas para não entrar nenhum ladrão,
    não invente de ser descuidada, ok?
    Coma e durma cedo, dormirei fora esta noite. 
     Wanda.''
    ''Que amoroso e sutil !'' Pensou Meggam mas não era novidades que sua mãe havia arranjado alguém,  um namorado quem sabe. Meggam chateada de ter que ficar sozinha em casa novamente começa a trancar todas as janelas e por ultimo a porta principal, sobe de volta a seu quarto que fica no segundo pavimento da casa, quando de repente o relógio marca 23:00hs e com o soar das badaladas o chão e a casa em si parecem vibrar, um tremor súbito e medonho, Meggam não entendia o que estava acontecendo, ouviu barulhos de coisas caindo no andar abaixo ajoelhou-se e segurou firme em sua escrivaninha que era de madeira maciça e deveras pesada o suficiente para não se abalar.  ''Um terremoto???'' , mas nunca havia tido um terremoto antes em seu estado, muito menos em sua cidade! De repente o tremor cessou e Meggam desceu correndo para ver os estragos na casa, tinha escultado no momento do tremor barulhos muito altos no andar de baixo, chegando ao térreo ela olhou incrédula todas as portas dos armários da cozinha estavam abertas, mas o que mais a deixou assustada foi a porta de entrada principal estar escancarada. "Como aquilo era possível se ela havia trancado a chaveadas!?".  Recobrando a calma voltou a trancar a porta e arrumou a bagunça da cozinha de potes e pacotes caídos no chão, limpou tudo. Quando olhou para o relógio viu a hora, 23:30hs. 
-Droga, eu precisava ter dormido cedo!
    Subiu as escadas chegando em seu quarto pensava que aquilo tudo iria ter explicações no jornal amanhã pela manhã e que não fora nada demais, tentava imaginar como os japoneses aguentam a constante ameaça de terremotos. Quando novamente outro tremor e dessa vez muito mais intenso que o outro fez com que os armários se desgrudassem da parede e tudo o que havia arrumado fossem em direção ao chão. Os enfeites de porcelana da estante da sala colidiam contra o chão se quebrando em mil pedaços, e com um vento muito forte a porta da frente se abriu novamente como se estivesse apenas encostada. 
-Mas o quê?!
    Meggam estava muito assustada com aquilo tudo, seu coração parecia querer lhe abandonar e sair pela boca, suas mãos tremiam e suas pernas não respondiam ao seus comandos, mas o que mais a deixava em pânico foi que sua voz não saía, como em um pesadelo que não se consegue gritar. 
    Sua casa parecia-lhe o lugar menos seguro nessa confusão, ficar encarando aquela paisagem de destruição e perigo deixava Meggam inquieta e desconfortável, não quis parar para pensar, em um impulso saiu de casa passando pela porta principal correndo o mais rápido que podia com aquela agitação toda.  A noite estava fria e ela estava apenas de pijama, correu tanto e sem destino, seus olhos estavam transbordando e nem ela mesma entendia o porque, talvez estivesse daquele jeito pelo susto ou o estresse, mas algo apertava seu peito, tinha algo errado. O ambiente começou a ficar cada vez mais escuro , quando decidiu parar para recuperar o fôlego se viu de frente a Ponte Velha de Pedras. Ao lembrar da mensagem que havia recebido, ficou paralisada, tudo bem, poderia ser mera coincidência, afinal aquela antiga ponte ficava mais ou menos perto de sua casa e alguém pode ter usado isso como uma referência para o trote, talvez Diana e suas lacaias... Mas, não, era muito estranho, ela olhava para a ponte com um certo ar de admiração afinal é a ponte mais antiga da cidade  feita de pedras em forma de arco adornada com madeira da melhor qualidade e por baixo passava um pequeno rio de águas escuras, dizem que ela existia mesmo antes da cidade ser estabelecida.
 Meggam se aproximou, suas mãos estavam fechadas em punhos em um aperto tão forte que parecia que suas unhas iriam ferir sua carne. Se deteve por um instante sentindo um calafrio que lhe percorreu pelas pernas, espinha e nuca, sentia que se desse mais um passo que fosse iria estar perdida, um sentimento estranho , algo sem explicação iria lhe acontecer, um pressentimento tão intenso que um gosto de féu lhe tomou a boca fazendo-a sentir enjoos e tontura, mas algo quente como brasa a despertou de seu topor momentâneo, Meggam direcionou o olhar para sua mão direita que abriu de imediato não suportando o contato com seja lá o que fosse estar ferindo sua mão.
     Arregalou os olhos como se tivesse visto a um fantasma ao comprovar o que era que lhe abrasava a pele, o misterioso pingente dourado a aquecer e a queimar sua pele deixando aquela marca em sua mão, avistou rapidamente uma sombra tomar forma e em um impulso jogou o pingente com força no chão, querendo que tudo aquilo não passasse de um pesadelo sem sentido, porque aquilo não fazia sentido algum. Tinha que acordar, precisava acordar!
 

 


Notas Finais


Digam por favor o que estão achando ok? ;)


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